O XXIII Encontro SOCINE acontecerá na Unisinos, em Porto Alegre, de 08 a 11 de outubro de 2019.

A lista dos trabalhos aprovados pode ser acessada aqui. Os associados também podem checar a avaliação final de seus trabalhos pela sua área de associado.

Todos os aprovados precisam realizar o pagamento dentro do prazo para que sua participação seja confirmada. Os valores, após o primeiro prazo, terão acréscimos. O pagamento deverá ser feito pela área do associado, via Paypal.

Primeiro prazo: 10 de junho a 12 de julho – R$190,00 (profissionais) / R$95,00 (estudantes/profissionais sem vínculo)
Segundo prazo: 15 de julho a 26 de julho – R$220,00 (profissionais) / R$110,00 (estudantes/profissionais sem vínculo)
Prazo final: 29 de julho a 02 de agosto – R$260,00 (profissionais) / R$130,00 (estudantes/profissionais sem vínculo)

Tendo qualquer dúvida ou dificuldade, favor contatar a secretaria no e-mail socine@socine.org.br.

Ficha do Proponente

Proponente

    Andreson Silva de Carvalho (ESPM-RJ)

Minicurrículo

    Doutor pelo PPGCOM da Universidade Federal Fluminense, na linha de pesquisa de Estudos de Cinema e Audiovisual. Já atuou como professor nos cursos de cinema da UFF e da Escola de Cinema Darcy Ribeiro. É atual professor de produção e edição de som nos cursos de cinema, jornalismo e design da Escola Superior de Propaganda e Marketing do Rio de Janeiro.

Coautor

    Talitha Gomes Ferraz (ESPM-Rio/PPGCine-UFF)

Ficha do Trabalho

Título

    Acessibilidades em cinemas: entre novas estruturações e experiências.

Seminário

    Exibição cinematográfica, espectatorialidades e artes da projeção no Brasil

Resumo

    Analisamos as condições de acesso de pessoas com deficiência à sala de cinema, no que se refere principalmente à inserção da audiodescrição de acordo com demandas trazidas pela Instrução Normativa 128/2016 regulamentada pela ANCINE. Investigamos como as ambiências e as estruturações da sala de cinema podem ser impactadas em vista de alterações que se sobrepõe ao caráter coletivo da experiência de espectatorialidade em prol do atendimento a demandas particulares de deficientes.

Resumo expandido

    A sala de cinema é um dispositivo técnico-midiático e sociocultural destinado à exibição, recepção e fruição coletiva de filmes, cujas configurações e modelos são historicamente afetados por constantes rearranjos das tecnologias de projeção de imagem e som, e cernes sociais, culturais, econômicos/mercadológicos, políticos, urbanos e geográficos, locais e globais, que se agenciam aos seus usos e consumos. Portanto, uma reflexão sobre as condições de acesso a este equipamento deve estar atenta às formas como o público se engaja tanto nas experiências de espectatorialidade e recepção (ambiência, percepção, sensorialidades no que diz respeito ao “estar no espaço”, e inteligibilidade, participação emocional e identificação no que se refere ao filme) como na experiência de ida ao cinema (cinemagoing).
    Neste trabalho temos o interesse em especificar tais condições de acesso por meio de uma análise dedicada às acessibilidades. Pretendemos nos filiar, num primeiro momento, a uma noção mais ampla de acessibilidade, que compreende igualmente a existência da figura de explicadores de filmes, cartelas, músicos, sonoplastas, cantores e atores localizados à frente ou atrás das telas (elementos muito comuns em exibições de películas na época do cinema silencioso), legendagens e dublagens (necessárias após o advento do som), lanterninhas (para o auxílio à locomoção dentro das salas) etc.
    Essas particularidades ingressam nos modos como caracterizamos e padronizamos o dispositivo cinema e, da mesma forma, as categorias identitárias espectador e público cinematográficos. De certa maneira, aqui nos referimos a toda uma lista de arquétipos que, agenciados, ajudaram a sedimentar ao longo do tempo um conceito de sala de exibição mais vernacular, vinculado a um paradigma que vem sendo amiúde debatido (e reorientado) diante das rupturas, dessacralizações, desmaterializações e “transubstanciação” dos elementos da “instituição-cinema” a partir da entrada do digital e de novos meios de difusão audiovisual, tal como o VOD (GAUDREAULT e MARION, 2016).
    No mesmo cenário de mudanças, assistimos também, em outro plano, a uma recontextualização sociocultural e política de maior visibilidade e inclusão de minorias, até então relegadas ao silenciamento e à marginalidade. A participação de grupos minoritários na agenda de acesso à educação e cultura irá descortinar urgências na reformulação de como até hoje se tem organizado os espaços construídos das cidades e as práticas de sociabilidade e lazer.
    A Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência (Lei 13.146/2015) e os seus desdobramentos, que especificamente no âmbito do cinema se traduzem na Instrução Normativa 128/2016 regulamentada pela ANCINE, são um gatilho para fomentar novas formas de modelação das salas, tendo em vista as necessidades de adequação do dispositivo para atender a essa nova demanda.
    Com a chegada das acessibilidades voltadas para pessoas com deficiência, novas estruturas serão disponibilizadas, entre elas, a audiodescrição (AD). Até então, o que havia nos cinemas relacionado à percepção sonora eram a dublagem e a legendagem de filmes. Sugerimos que as alternativas de acessibilidade suscitam o embate entre a fruição/espectatorialidade individual de pessoas com deficiência (onde localizamos a AD) e o modelo canônico de sala de cinema que pressupõe a experiência coletiva. Até que ponto podemos perceber mais uma mutação no seio da instituição-cinema com a inserção das acessibilidades entre as ambiências e estruturações da sala de cinema? Quais alterações isso traz para as sociabilidades e estatutos de espectatorialidade? Há uma aposta na individualização do público e do sentido coletivo da experiência do cinema? Longe de propor respostas, este trabalho se põe no encalço de pistas que aprofundem o tema da acessibilidade em salas de cinema e os critérios que caracterizam este equipamento e seus públicos.

Bibliografia

    BRASIL. Agência Nacional do Cinema. Dispõe sobre as normas gerais e critérios básicos de acessibilidade visual e auditiva a serem observados nos segmentos de distribuição e exibição cinematográfica. Instrução Normativa nº. 128, de 13 de setembro de 2016. Disponível em: . Acesso em: 19 abr. 2019.
    GAUDREAULT, A., MARION, P. O fim do cinema? Uma mídia em crise na era digital. Campinas, São Paulo: Papirus, 2016.
    ROGERS, M; MATAMALA, A; ORERO, P. Researching Audio Description: New Approaches. Barcelona: Palgrave Macmillan, 2016.
    SOUZA, C. R; FREIRE, R. de L. A chegada do cinema sonoro ao Brasil. In RAMOS F. P; SCHVARZMAN S.(Org.). Nova História do Cinema Brasileiro – Vol. 1. São Paulo: Edições Sesc, 2018.

O livro “XXII SOCINE: 50 anos do maio de 68”, organizado por Lisandro Nogueira e Cleomar Rocha já está disponível para download em nosso site. A obra é composta de 11 artigos que lidam com a temática do maio de 68 pela perspectiva do cinema, que foi o tema do XXII Encontro SOCINE realizado em Goiânia, em 2018. De acordo com os organizadores, “Não há dúvidas de que o tema foi, é, e será sempre instigante, ainda mais aos olhos de muitos que (sobre)viveram (a)os tempos de 68, especialmente no Brasil, e que durante o evento debateram e refletiram sobre o legado de tão importante período da história mundial para a contemporaneidade. Na presente coletânea de textos procuramos demonstrar um pouquinho do que foi a XXII SOCINE, bastante eclética, mas que correspondeu muito bem à chamada para trazer a reflexão dos acontecimentos políticos, sociais, culturais e artísticos do ano de 1968”. O livro leva o selo editorial da SOCINE e ficará disponível em nosso site para download na seção Livros.

XXII Socine 50 anos de maio de 68
1650 Downloads

Tema do XXII encontro da Sociedade Brasileira de Estudos de Cinema e Audiovisual (SOCINE): “herança do maio de 1968 do ponto de vista do cinema, das novas redes de comunicação digital e da televisão”.

A Sociedade Brasileira de Estudos de Cinema e Audiovisual (SOCINE) repudia veementemente as manifestações recentes do governo federal contrárias a disciplinas das Humanidades como Filosofia ou Sociologia. Tais manifestações se constituem como ameaças inaceitáveis a áreas de conhecimento fundamentais que já convivem há anos com espaço reduzido nas políticas de financiamento de ensino e pesquisa no país.

A SOCINE considera que tais manifestações, além de desconhecerem a centralidade das Humanidades na construção da cidadania e no desenvolvimento do país, demonstram uma completa ausência de um projeto sério de educação e ciência.

Por isso, a SOCINE também assina a nota de repudio redigida pela ANPOF, disponível em:
http://www.anpof.org/portal/index.php/pt-BR/artigos-em-destaque/2075-nota-de-repudio-a-declaracoes-do-ministro-da-educacao-e-do-presidente-da-republica-sobre-as-faculdades-de-humanidades-nomeadamente-filosofia-e-sociologia

Diretoria SOCINE

Encerrou-se na última sexta, 19/04, o pagamento da anuidade e a submissão de trabalhos para o XXIII Encontro SOCINE que acontecerá de 08 a 11 de outubro na Unisinos, em Porto Alegre, RS. As propostas entram agora em período de avaliação e a divulgação dos trabalhos selecionados está prevista para o dia 10/06/2019.

Num momento em que a pesquisa brasileira sofre cortes, a SOCINE tem buscado reagir às dificuldades postas a toda área, implementando descontos a profissionais sem vínculo, criando novas formas de desligamento que possibilitam uma economia aos sócios e diminuindo a quantidade de anuidades atrasadas a serem pagas. Além disso, a escolha do tema deste ano levou em consideração a necessidade de refletirmos sobre preservação e memória audiovisual num período como este que vivemos. Por tudo isto, nos anima o fato do Encontro deste ano ter registrado o maior número de trabalhos submetidos nos últimos dez anos, totalizando 595 propostas enviadas. Em momentos de dificuldades como estes que o fortalecimento de nossa Sociedade e Encontro se faz cada vez mais importante e por isso, agradecemos a todas e todos que inscreveram seus trabalhos. Faremos mais um instigante e afetuoso Encontro, dessa vez em Porto Alegre.

Para finalizar, gostaríamos de informar aos sócios que não pagaram a anuidade, que é possível realizar o pagamento normalmente pelo sistema durante todo o ano. Para aqueles que buscam economizar, pode-se optar pelo Desligamento Parcial, que gera um desconto de 50% no valor da anuidade.

Para pagar e submeter os trabalhos é necessário que o sócio já cadastrado na Sociedade acesse nosso site socine.org.br e coloque seu CPF e sua senha no PAINEL DO ASSOCIADO.

Estando logado em nosso sistema, o sócio deverá clicar em MINHA CONTA e em seguida DADOS DE PAGAMENTO. Vai aparecer uma tela com o Histórico de pagamentos e ao lado Instruções de pagamento, onde é feito o processo via Paypal. Assim que o pagamento é realizado, aparece escrito PAGO no Histórico na coluna Anuidade 2019. Com isso é possível submeter o trabalho em seguida.

Para submeter a proposta de comunicação, você deve clicar em ENCONTROe em seguida INSCRIÇÃO. Abrirá uma tela com a explicação sobre cada uma das 4 modalidades e ao lado em Minha proposta você encontra os botões com as modalidades para se inscrever nelas. Você irá clicar naquela que você gostaria de enviar seu trabalho e preencher os campos. Depois de enviar a proposta você ainda pode edita-la até o encerramento do prazo. Após isso, a proposta entra em avaliação e não pode ser mais modificada.

Qualquer dúvida sobre o processo, entre em contato com a Secretaria pelo e-mail socine@socine.org.br