O XXIII Encontro SOCINE acontecerá na Unisinos, em Porto Alegre, de 08 a 11 de outubro de 2019.

A lista dos trabalhos aprovados pode ser acessada aqui. Os associados também podem checar a avaliação final de seus trabalhos pela sua área de associado.

Todos os aprovados precisam realizar o pagamento dentro do prazo para que sua participação seja confirmada. Os valores, após o primeiro prazo, terão acréscimos. O pagamento deverá ser feito pela área do associado, via Paypal.

Primeiro prazo: 10 de junho a 12 de julho – R$190,00 (profissionais) / R$95,00 (estudantes/profissionais sem vínculo)
Segundo prazo: 15 de julho a 26 de julho – R$220,00 (profissionais) / R$110,00 (estudantes/profissionais sem vínculo)
Prazo final: 29 de julho a 02 de agosto – R$260,00 (profissionais) / R$130,00 (estudantes/profissionais sem vínculo)

Tendo qualquer dúvida ou dificuldade, favor contatar a secretaria no e-mail socine@socine.org.br.

Ficha do Proponente

Proponente

    Michel Schettert (UFRJ)

Minicurrículo

    Atua na área de audiovisual. Durante o mestrado, desenvolveu uma disciplina acadêmica sobre ritmo cinematográfico baseada nas relações entre imagem e corpo. Durante a graduação, teve bolsas PIBIC e Ciência Sem Fronteiras, tendo estudado na UFRJ (Comunicação-RTV), UFRGS (Comunicação-P&P) e Université Lille III (Études Cinématographiques), na qual iniciou seus estudos em dança contemporânea. Pesquisa Videodança desde 2014, tendo exibido trabalhos em festivais dentro e fora do Brasil.

Ficha do Trabalho

Título

    Videodança: o sonho do cinema pulsante

Resumo

    A partir da definição de Glauber Rocha sobre cinema, “uma ideia na cabeça e uma câmera na mão”, a pesquisa apresenta um modo de agenciamento coreográfico para a câmera, envolvendo os conceitos de ritmo sob a perspectiva do corpo.

Resumo expandido

    O ato de filmar em meio ao acaso provoca uma série de questionamentos que se somam à definição de cinema formulada por Glauber Rocha. A pergunta que inaugurou a presente pesquisa foi: Como editar vídeos gravados a partir de uma ideia na cabeça e uma câmera na mão? Em busca de respostas, a dança expressou em sua essência criativa algumas mensagens positivas para o problema citado. Através da palavra-chave “videodança”, teve início o acesso a uma bibliografia básica que permitiu o aprofundamento da relação entre cinema e dança, revelando assim outros aspectos dessa investigação.
    O texto da pesquisadora australiana Karen Pearlman, “A Edição como Coreografia”, explica que o trabalho de um coreógrafo é análogo ao de um editor, pois ambos trabalham o ritmo da imagem, moldando frases de movimento e manipulando pulsos em transições. Porém, o problema do ritmo na montagem não começa na ilha de edição, pois as tomadas “já estão impregnadas de tempo”, como bem ressalta Andrei Tarkovski em “Esculpir o Tempo”. Sendo a edição uma etapa posterior à captação de imagens, o texto da australiana acaba contribuindo para se pensar o ritmo dentro do trabalho criativo de um diretor de cinema.
    Consequentemente, explora-se o processo criativo tanto da mise-en-scène quanto da coreografia, que tratam, respectivamente, da movimentação dos elementos à frente e detrás da câmera. Porém, diferentemente dos manuais de cinema estrangeiros, que abordam a coreografia sob um aspecto mecanicista, tal como aparece em “Film Directing Shot by Shot”, de Steven Katz, esta pesquisa coloca a coreografia em função da câmera na mão, ou seja, seguindo a premissa de Glauber Rocha que incorpora acaso e improvisação.
    Portanto, apresenta-se aqui um método para que o diretor escreva as instruções de movimento de câmera na mão, algo que supostamente resultará no agenciamento do aqui chamado “cinegrafista-dançarino”.
    O percurso da pesquisa, cujo sumário se enumera abaixo, culmina na proposta de uma disciplina acadêmica sobre ritmo cinematográfico, a qual prevê o uso de dinâmicas em sala de aula, bem como a transmissão de repertório sobre ritmo na imagem.
    1- Ritmo: apontamentos etimológicos, críticos e culturais
    2- A câmera no meio do encontro entre cinema a dança
    3- Estilo como questão de atitude
    4- Coreografia na direção cinematográfica
    5- Dib Lutfi: a intuição de um cinegrafista-dançarino
    6- Ritmo cinematográfico: proposta de disciplina

Bibliografia

    BARTHES, Roland. Como Viver Junto. São Paulo: Martins Fontes, 2013.
    BAZIN, André. O que é o cinema?. São Paulo: Ubu Editora, 2018.
    BENVENISTE, Émile. Problème de linguistique générale, 1. Paris: Gallimard, 1966.
    CALDAS, Paulo (org.). Dança em foco: Ensaios Contemporâneos de Videodança. Rio de Janeiro: Aeroplano, 2012.
    COSTA, Flavia Cesarino. O primeiro cinema. Rio de Janeiro: Azougue, 2005.
    DELEUZE, Gilles. Cinéma 1. Paris: Les Éditions de Minuit, 1983.
    GIL, José. Movimento total. São Paulo: Iluminuras, 2005.
    GUIDO, Laurent. L’Âge du Rythme. Paris: Payot Lausanne, 2007.
    LABAN, Rudolf. Domínio do movimento. São Paulo: Summus, 1978.
    LEPECKI, André. Exaurir a dança. São Paulo: Annablume, 2017.
    MITRY, Jean. Esthétique et psychologie du cinéma. Paris: Éditions Universitaires, 1963.
    PEARLMAN, Karen. Cutting rhythms. Malden: Focal Press, 2009.
    SGANZERLA, Rogerio. Textos críticos 1. Florianópolis: Ed. da UFSC, 2010.
    TARKOVSKI, Andrei. Esculpir o tempo. São Paulo: Martins Fontes, 2010.

O livro “XXII SOCINE: 50 anos do maio de 68”, organizado por Lisandro Nogueira e Cleomar Rocha já está disponível para download em nosso site. A obra é composta de 11 artigos que lidam com a temática do maio de 68 pela perspectiva do cinema, que foi o tema do XXII Encontro SOCINE realizado em Goiânia, em 2018. De acordo com os organizadores, “Não há dúvidas de que o tema foi, é, e será sempre instigante, ainda mais aos olhos de muitos que (sobre)viveram (a)os tempos de 68, especialmente no Brasil, e que durante o evento debateram e refletiram sobre o legado de tão importante período da história mundial para a contemporaneidade. Na presente coletânea de textos procuramos demonstrar um pouquinho do que foi a XXII SOCINE, bastante eclética, mas que correspondeu muito bem à chamada para trazer a reflexão dos acontecimentos políticos, sociais, culturais e artísticos do ano de 1968”. O livro leva o selo editorial da SOCINE e ficará disponível em nosso site para download na seção Livros.

XXII Socine 50 anos de maio de 68
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Tema do XXII encontro da Sociedade Brasileira de Estudos de Cinema e Audiovisual (SOCINE): “herança do maio de 1968 do ponto de vista do cinema, das novas redes de comunicação digital e da televisão”.

A Sociedade Brasileira de Estudos de Cinema e Audiovisual (SOCINE) repudia veementemente as manifestações recentes do governo federal contrárias a disciplinas das Humanidades como Filosofia ou Sociologia. Tais manifestações se constituem como ameaças inaceitáveis a áreas de conhecimento fundamentais que já convivem há anos com espaço reduzido nas políticas de financiamento de ensino e pesquisa no país.

A SOCINE considera que tais manifestações, além de desconhecerem a centralidade das Humanidades na construção da cidadania e no desenvolvimento do país, demonstram uma completa ausência de um projeto sério de educação e ciência.

Por isso, a SOCINE também assina a nota de repudio redigida pela ANPOF, disponível em:
http://www.anpof.org/portal/index.php/pt-BR/artigos-em-destaque/2075-nota-de-repudio-a-declaracoes-do-ministro-da-educacao-e-do-presidente-da-republica-sobre-as-faculdades-de-humanidades-nomeadamente-filosofia-e-sociologia

Diretoria SOCINE

Encerrou-se na última sexta, 19/04, o pagamento da anuidade e a submissão de trabalhos para o XXIII Encontro SOCINE que acontecerá de 08 a 11 de outubro na Unisinos, em Porto Alegre, RS. As propostas entram agora em período de avaliação e a divulgação dos trabalhos selecionados está prevista para o dia 10/06/2019.

Num momento em que a pesquisa brasileira sofre cortes, a SOCINE tem buscado reagir às dificuldades postas a toda área, implementando descontos a profissionais sem vínculo, criando novas formas de desligamento que possibilitam uma economia aos sócios e diminuindo a quantidade de anuidades atrasadas a serem pagas. Além disso, a escolha do tema deste ano levou em consideração a necessidade de refletirmos sobre preservação e memória audiovisual num período como este que vivemos. Por tudo isto, nos anima o fato do Encontro deste ano ter registrado o maior número de trabalhos submetidos nos últimos dez anos, totalizando 595 propostas enviadas. Em momentos de dificuldades como estes que o fortalecimento de nossa Sociedade e Encontro se faz cada vez mais importante e por isso, agradecemos a todas e todos que inscreveram seus trabalhos. Faremos mais um instigante e afetuoso Encontro, dessa vez em Porto Alegre.

Para finalizar, gostaríamos de informar aos sócios que não pagaram a anuidade, que é possível realizar o pagamento normalmente pelo sistema durante todo o ano. Para aqueles que buscam economizar, pode-se optar pelo Desligamento Parcial, que gera um desconto de 50% no valor da anuidade.

Para pagar e submeter os trabalhos é necessário que o sócio já cadastrado na Sociedade acesse nosso site socine.org.br e coloque seu CPF e sua senha no PAINEL DO ASSOCIADO.

Estando logado em nosso sistema, o sócio deverá clicar em MINHA CONTA e em seguida DADOS DE PAGAMENTO. Vai aparecer uma tela com o Histórico de pagamentos e ao lado Instruções de pagamento, onde é feito o processo via Paypal. Assim que o pagamento é realizado, aparece escrito PAGO no Histórico na coluna Anuidade 2019. Com isso é possível submeter o trabalho em seguida.

Para submeter a proposta de comunicação, você deve clicar em ENCONTROe em seguida INSCRIÇÃO. Abrirá uma tela com a explicação sobre cada uma das 4 modalidades e ao lado em Minha proposta você encontra os botões com as modalidades para se inscrever nelas. Você irá clicar naquela que você gostaria de enviar seu trabalho e preencher os campos. Depois de enviar a proposta você ainda pode edita-la até o encerramento do prazo. Após isso, a proposta entra em avaliação e não pode ser mais modificada.

Qualquer dúvida sobre o processo, entre em contato com a Secretaria pelo e-mail socine@socine.org.br