O XXIII Encontro SOCINE acontecerá na Unisinos, em Porto Alegre, de 08 a 11 de outubro de 2019.

A lista dos trabalhos aprovados pode ser acessada aqui. Os associados também podem checar a avaliação final de seus trabalhos pela sua área de associado.

Todos os aprovados precisam realizar o pagamento dentro do prazo para que sua participação seja confirmada. Os valores, após o primeiro prazo, terão acréscimos. O pagamento deverá ser feito pela área do associado, via Paypal.

Primeiro prazo: 10 de junho a 12 de julho – R$190,00 (profissionais) / R$95,00 (estudantes/profissionais sem vínculo)
Segundo prazo: 15 de julho a 26 de julho – R$220,00 (profissionais) / R$110,00 (estudantes/profissionais sem vínculo)
Prazo final: 29 de julho a 02 de agosto – R$260,00 (profissionais) / R$130,00 (estudantes/profissionais sem vínculo)

Tendo qualquer dúvida ou dificuldade, favor contatar a secretaria no e-mail socine@socine.org.br.

Ficha do Proponente

Proponente

    Livia Perez de Paula (ECAUSP)

Minicurrículo

    Doutoranda em Meios e Processos Audiovisuais (ECAUSP), mestra em Multimeios e graduada em Midialogia pela Unicamp. É pesquisadora do Laboratório de Investigação e Crítica Audiovisual (LAICA), do Mirada – Estudos de Gênero e Audiovisual e membro do conselho editorial da Revista Movimento. Dirigiu os documentários ‘Lampião da Esquina’ e ‘Quem Matou Eloá?’. Atua como organizadora do Cineclube das Outras e curadora de festivais.

Ficha do Trabalho

Título

    COMULHER: A experiência do vídeo feminista na redemocratização

Seminário

    Mulheres no cinema e audiovisual

Resumo

    Entre 1985 e 1998 o COMULHER produziu trinta e seis audiovisuais de diferentes durações, estéticas e autorias. O conjunto de vídeos assume uma estética documental e na maioria das vezes de registro de eventos específicos ou campanhas relacionados às mulheres. O objetivo desta comunicação é apresentar o acervo dos vídeo e aventar possibilidades de analise deste material considerando o panorama político, econômico e social do período.

Resumo expandido

    A partir dos anos 1980 surgem publicações da imprensa alternativa mais atentas à noção das diferenças e questões de interseccionalidade como o Mulherio (1981-87), e especialmente o Chanacomchana (1981-87) , que diferentemente das publicações dos anos 1970, se pautavam em especificidades femininas e pautavam as invisibilidades e opressões dentro do próprio feminismo discussão praticamente inexistente na imprensa feminista da década anterior. É também neste período que acontece a popularização do vídeo no Brasil. Há neste momento uma conjuntura que faz com que a realização audiovisual se vincule aos movimentos sociais produzindo ‘vídeos populares’ atreladas à agenda política e utilizados na difusão de informações, conscientização e mobilização de pautas de grupos específicos.
    A partir de 1985, Márcia Meireles, Maria Angélica Lemos e Shuma Shumaher, que vinham do grupo Mulher Dá Vida, fundam o COMULHER – Comunicação Mulher em 1985. Atuante até os dias atuais o coletivo COMULHER define suas produções como vídeos com temáticas relacionadas às mulheres e aos direitos humanos: saúde, sexualidade, direitos LGBT, educação, ativismos, negritude, lesbianidades, tecnologias, violência, participação política, cultura, comunicação, meio ambiente, feminismos.
    Entre 1985 e 1998 o COMULHER produziu trinta e seis audiovisuais em U.matic de diferentes durações e com alternância de mulheres assumindo a direção. O conjunto de vídeos assume uma estética documental e na maioria das vezes de registro de eventos específicos ou campanhas relacionados às mulheres como em Márcia Presente (Márcia Meireles e Maria Angelica Lemos, 1991) em que as diretoras documentam as manifestações na cidade de Santos em torno do julgamento do caso de Márcia Leopoldi, cruelmente assassinada pelo ex-namorado, ou Gênero (Márcia Meireles, 1996) que documenta o seminário realizado no Coletivo Feminista Sexualidade e Saúde com a Professora Margareth Rago sobre o conceito de gênero. Entretanto outros temáticas e abordagens tem espaços no grupo como em Grafite, Arte Urbana (Maria Angélica Lemos, 1989), uma homenagem aos grafiteiros de São Paulo, que fizeram dos muros da cidade, uma verdadeira galeria de arte, Osvald, um homem de profissão (Márcia Meireles, 1991) sobre a vida e obra do escritor, ou ainda Missa Fêmea (Márcia Meireles e Maria Angelica Lemos, 1993), uma vídeo adaptação da peça teatral “Missa Fêmea” de Maria Lúcia Vidal com o Grupo Teatral Feminista Maria Vai com as outras.
    A produção audiovisual feminista no contexto do vídeo popular, trazia reivindicações dos grupos de mulheres e suas intersecções, por isso segundo uma das diretoras atuantes no período, Jacira Melo, a abordagem da maioria dos vídeo era didática com objetivo de politizar e propagandear as questões do grupo. Além de temas em voga nas campanhas como ligados à saúde da mulher ou alertando para a violência contra a mulher, os vídeos buscam promover uma outra imagem da mulher, destacando características alternativas àquelas da imagem padrão da mulher que imperava nos meios de comunicação hegemônicos e tradicionais. Essa preocupação tinha objetivo de desconstruir a imagem da mulher como mercadoria ou objeto sexual. Assim, as narrativas dos vídeos feministas priorizavam a ênfase à subjetividade de corpos e etnias diversas que pudessem romper com os padrões de beleza estabelecidos.
    Esta comunicação busca apresentar parte do acervo do COMULHER e discutir as pautas e escolhas estéticas e formatos de produção destes vídeos levando em consideração o contexto histórico, político e econômico do período de produção dos vídeos.

Bibliografia

    D. BOYLE. Subject to change: Guerilla Television Revisited. Nova Iorque: Oxford University Press, 1997
    HOLLANDA, Heloisa Buarque Tendências e impasses – o feminismo como crítica da cultura. Rio de Janeiro: Rocco, 1994.
    MACHADO, Arlindo. Made in Brasil: Três Décadas do Vídeo Brasileiro. São Paulo: Itaucultural, 2003
    MARSCH, Leslie Brazilian Women’s Filmmaking: From Dictatorship to Democracy University Illinois Press, 2012
    MARTIN D, SHAW D. Latin American Women Filmmakers: Production, Politics, Poetics. London: I. B. Tauris, 2017
    PERUZZO, C.M.K. Comunicação nos movimentos populares: a participação na construção da cidadania. Petrópolis: Vozes, 2004.
    ROSA, María Laura. Disidencias sexuales y video documental feminista en los años 70. Arte y políticas de identidad. vol.16 Jun. 2017 p. 37-54.
    SANTORO, L.F. A imagem nas mãos: vídeo popular no Brasil. São Paulo: Summus, 1989
    SOBRINHO, Gilberto Alexandre Vídeo e televisão independentes no Brasil e a realização de documentários. Lumina. n.8. UF

O livro “XXII SOCINE: 50 anos do maio de 68”, organizado por Lisandro Nogueira e Cleomar Rocha já está disponível para download em nosso site. A obra é composta de 11 artigos que lidam com a temática do maio de 68 pela perspectiva do cinema, que foi o tema do XXII Encontro SOCINE realizado em Goiânia, em 2018. De acordo com os organizadores, “Não há dúvidas de que o tema foi, é, e será sempre instigante, ainda mais aos olhos de muitos que (sobre)viveram (a)os tempos de 68, especialmente no Brasil, e que durante o evento debateram e refletiram sobre o legado de tão importante período da história mundial para a contemporaneidade. Na presente coletânea de textos procuramos demonstrar um pouquinho do que foi a XXII SOCINE, bastante eclética, mas que correspondeu muito bem à chamada para trazer a reflexão dos acontecimentos políticos, sociais, culturais e artísticos do ano de 1968”. O livro leva o selo editorial da SOCINE e ficará disponível em nosso site para download na seção Livros.

XXII Socine 50 anos de maio de 68
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Tema do XXII encontro da Sociedade Brasileira de Estudos de Cinema e Audiovisual (SOCINE): “herança do maio de 1968 do ponto de vista do cinema, das novas redes de comunicação digital e da televisão”.

A Sociedade Brasileira de Estudos de Cinema e Audiovisual (SOCINE) repudia veementemente as manifestações recentes do governo federal contrárias a disciplinas das Humanidades como Filosofia ou Sociologia. Tais manifestações se constituem como ameaças inaceitáveis a áreas de conhecimento fundamentais que já convivem há anos com espaço reduzido nas políticas de financiamento de ensino e pesquisa no país.

A SOCINE considera que tais manifestações, além de desconhecerem a centralidade das Humanidades na construção da cidadania e no desenvolvimento do país, demonstram uma completa ausência de um projeto sério de educação e ciência.

Por isso, a SOCINE também assina a nota de repudio redigida pela ANPOF, disponível em:
http://www.anpof.org/portal/index.php/pt-BR/artigos-em-destaque/2075-nota-de-repudio-a-declaracoes-do-ministro-da-educacao-e-do-presidente-da-republica-sobre-as-faculdades-de-humanidades-nomeadamente-filosofia-e-sociologia

Diretoria SOCINE

Encerrou-se na última sexta, 19/04, o pagamento da anuidade e a submissão de trabalhos para o XXIII Encontro SOCINE que acontecerá de 08 a 11 de outubro na Unisinos, em Porto Alegre, RS. As propostas entram agora em período de avaliação e a divulgação dos trabalhos selecionados está prevista para o dia 10/06/2019.

Num momento em que a pesquisa brasileira sofre cortes, a SOCINE tem buscado reagir às dificuldades postas a toda área, implementando descontos a profissionais sem vínculo, criando novas formas de desligamento que possibilitam uma economia aos sócios e diminuindo a quantidade de anuidades atrasadas a serem pagas. Além disso, a escolha do tema deste ano levou em consideração a necessidade de refletirmos sobre preservação e memória audiovisual num período como este que vivemos. Por tudo isto, nos anima o fato do Encontro deste ano ter registrado o maior número de trabalhos submetidos nos últimos dez anos, totalizando 595 propostas enviadas. Em momentos de dificuldades como estes que o fortalecimento de nossa Sociedade e Encontro se faz cada vez mais importante e por isso, agradecemos a todas e todos que inscreveram seus trabalhos. Faremos mais um instigante e afetuoso Encontro, dessa vez em Porto Alegre.

Para finalizar, gostaríamos de informar aos sócios que não pagaram a anuidade, que é possível realizar o pagamento normalmente pelo sistema durante todo o ano. Para aqueles que buscam economizar, pode-se optar pelo Desligamento Parcial, que gera um desconto de 50% no valor da anuidade.

Para pagar e submeter os trabalhos é necessário que o sócio já cadastrado na Sociedade acesse nosso site socine.org.br e coloque seu CPF e sua senha no PAINEL DO ASSOCIADO.

Estando logado em nosso sistema, o sócio deverá clicar em MINHA CONTA e em seguida DADOS DE PAGAMENTO. Vai aparecer uma tela com o Histórico de pagamentos e ao lado Instruções de pagamento, onde é feito o processo via Paypal. Assim que o pagamento é realizado, aparece escrito PAGO no Histórico na coluna Anuidade 2019. Com isso é possível submeter o trabalho em seguida.

Para submeter a proposta de comunicação, você deve clicar em ENCONTROe em seguida INSCRIÇÃO. Abrirá uma tela com a explicação sobre cada uma das 4 modalidades e ao lado em Minha proposta você encontra os botões com as modalidades para se inscrever nelas. Você irá clicar naquela que você gostaria de enviar seu trabalho e preencher os campos. Depois de enviar a proposta você ainda pode edita-la até o encerramento do prazo. Após isso, a proposta entra em avaliação e não pode ser mais modificada.

Qualquer dúvida sobre o processo, entre em contato com a Secretaria pelo e-mail socine@socine.org.br