
O XXII Encontro da SOCINE aconteceu de 23 a 26 de outubro de 2018 na Universidade Federal de Goiás, em Goiânia.
O XXII Encontro da SOCINE aconteceu de 23 a 26 de outubro de 2018 na Universidade Federal de Goiás, em Goiânia.
O XXI Encontro da SOCINE aconteceu de 17 a 20 de outubro de 2017 e foi sediado na Universidade Federal da Paraíba, em João Pessoa, PB.
No ano de 2016, quando a SOCINE comemorou 20 anos, o Encontro foi sediado pela UTP- Universidade Tuiuti do Paraná, no Campus Barigui em Curitiba, PR. O tema do evento foi Convergências do | no Cinema.
O XXIII Encontro SOCINE acontecerá na Unisinos, em Porto Alegre, de 08 a 11 de outubro de 2019.
A lista dos trabalhos aprovados pode ser acessada aqui. Os associados também podem checar a avaliação final de seus trabalhos pela sua área de associado.
Todos os aprovados precisam realizar o pagamento dentro do prazo para que sua participação seja confirmada. Os valores, após o primeiro prazo, terão acréscimos. O pagamento deverá ser feito pela área do associado, via Paypal.
Primeiro prazo: 10 de junho a 12 de julho – R$190,00 (profissionais) / R$95,00 (estudantes/profissionais sem vínculo)
Segundo prazo: 15 de julho a 26 de julho – R$220,00 (profissionais) / R$110,00 (estudantes/profissionais sem vínculo)
Prazo final: 29 de julho a 02 de agosto – R$260,00 (profissionais) / R$130,00 (estudantes/profissionais sem vínculo)
Tendo qualquer dúvida ou dificuldade, favor contatar a secretaria no e-mail socine@socine.org.br.
Proponente
Minicurrículo
Título
Seminário
Resumo
Resumo expandido
Conhecer o mundo, para as crianças, tem relação direta com o corpo – em torno do qual se promove o brincar através dos gestos da coleção, da subversão da ordem e da criação de funções para os objetos esquecidos pelos adultos. Como expõe Benjamin (2009), com o brincar as crianças produzem sua cultura e deixam suas marcas no mundo e na história. Sobre o corpo que brinca se dá a ação do adulto nos processos de socialização, imprimindo nele marcas, gestos e valores para transformar a criança em um ser social.
A escola, um dos principais espaços de socialização, é vista por Masschelein e Simons (2014, p. 105) como uma “intervenção democrática no sentido que cria tempo livre para todos, independentemente de antecedentes ou origem, e por essas razões, instala a igualdade”. O tempo livre é condição necessária para colocar as crianças disponíveis para conhecerem o mundo velho a partir do conteúdo instituído. Porém, as ações pedagógicas pautadas numa dualidade cartesiana entre corpo e mente, impõem limitações e sanções ao tempo livre do corpo na escola. Movimento esse que se estreita especialmente a partir do Ensino Fundamental, quando a estrutura da escola, linear, seriada e fragmentada aproxima-se de parâmetros industriais, exigindo assim o exercício exaustivo da ordem e da disciplina, restringindo o tempo do brincar ao recreio e, eventualmente, às aulas de educação física.
Numa perspectiva contrária a esse enrijecimento dos corpos das crianças surgem inúmeras propostas que inserem a experiência estética como uma forma de pôr em questão os ordenamentos sociais e estruturais na escola. Como as práticas com fruição/produção de imagens pautadas pela aproximação com cinema, que têm o potencial de resgatar o brincar à medida que dispõe o corpo a sentir a partir do filme, ressignificar o que é visto e propor outra realidade com a produção de uma nova imagem. Tais como o Projeto Inventar com a Diferença: Cinema e Direitos Humanos (MIGLIORIN, 2015), que propõe o encontro com outros sujeitos e espaços na escola e no território frente à câmera ou na própria mobilização em torno dela no pátio da escola, fazendo surgir corpos disponíveis a assumirem seu lugar de experiência.
Ensaiando caminhos para nossa questão inicial nos aproximaremos de alguns filmes produzidos por crianças dos anos iniciais do Ensino Fundamental entre 2016 e 2018 em contextos de pesquisa e extensão em escolas públicas de Florianópolis/SC. Para além de experimentações audiovisuais, as imagens produzidas por estes corpos “ativados” pelo cinema carregam marcas da singularidade dos seus autores, seus pontos de vista, suas condições de existência, e especialmente um modo diferente de olhar o mundo a partir de uma nova disposição de corpo na escola. Ao mesmo tempo, essas imagens trazem em si o processo de aprendizagem, o seu tempo da apreensão da linguagem enquanto produto. Um processo aberto que convida – especialmente as crianças – a participarem da sua continuidade.
Bibliografia
BENJAMIN, Walter. Reflexões sobre a criança, o brinquedo e a educação. São Paulo: Livraria Duas Cidades, 2009.
FOUCAULT, Michel. Vigiar e Punir: história da violência nas prisões. 34 ed. Petrópolis: Rio de Janeiro, 2007.
KOHAN, Walter. A escola, a disciplinarização dos corpos e as práticas pedagógicas. Escola, experiência e verdade. Salto para o Futuro: o corpo na escola, Brasília, DF, v. 18, n. 4, 2008.
MACIEL, Katia. (Ors.) Transcinemas. Rio de Janeiro: Contra Capa Livraria, 2009.
MASSCHELEIN, Jan; SIMONS, Maarten. Em defesa da escola: uma questão pública. Belo Horizonte: Autêntica, 2014. Coleção: Experiência e Sentido.
MICHAUD, Philippe-Alain. Filme: por uma teoria expandida do cinema. Rio de Janeiro: Contraponto Editora, 2014.
MIGLIORIN, Cezar. Inevitavelmente Cinema: educação, política e mafuá. Rio de Janeiro: Beco do Azougue, 2015.
O livro “XXII SOCINE: 50 anos do maio de 68”, organizado por Lisandro Nogueira e Cleomar Rocha já está disponível para download em nosso site. A obra é composta de 11 artigos que lidam com a temática do maio de 68 pela perspectiva do cinema, que foi o tema do XXII Encontro SOCINE realizado em Goiânia, em 2018. De acordo com os organizadores, “Não há dúvidas de que o tema foi, é, e será sempre instigante, ainda mais aos olhos de muitos que (sobre)viveram (a)os tempos de 68, especialmente no Brasil, e que durante o evento debateram e refletiram sobre o legado de tão importante período da história mundial para a contemporaneidade. Na presente coletânea de textos procuramos demonstrar um pouquinho do que foi a XXII SOCINE, bastante eclética, mas que correspondeu muito bem à chamada para trazer a reflexão dos acontecimentos políticos, sociais, culturais e artísticos do ano de 1968”. O livro leva o selo editorial da SOCINE e ficará disponível em nosso site para download na seção Livros.
Tema do XXII encontro da Sociedade Brasileira de Estudos de Cinema e Audiovisual (SOCINE): “herança do maio de 1968 do ponto de vista do cinema, das novas redes de comunicação digital e da televisão”.
A Sociedade Brasileira de Estudos de Cinema e Audiovisual (SOCINE) repudia veementemente as manifestações recentes do governo federal contrárias a disciplinas das Humanidades como Filosofia ou Sociologia. Tais manifestações se constituem como ameaças inaceitáveis a áreas de conhecimento fundamentais que já convivem há anos com espaço reduzido nas políticas de financiamento de ensino e pesquisa no país.
A SOCINE considera que tais manifestações, além de desconhecerem a centralidade das Humanidades na construção da cidadania e no desenvolvimento do país, demonstram uma completa ausência de um projeto sério de educação e ciência.
Por isso, a SOCINE também assina a nota de repudio redigida pela ANPOF, disponível em:
http://www.anpof.org/portal/index.php/pt-BR/artigos-em-destaque/2075-nota-de-repudio-a-declaracoes-do-ministro-da-educacao-e-do-presidente-da-republica-sobre-as-faculdades-de-humanidades-nomeadamente-filosofia-e-sociologia
Diretoria SOCINE
Encerrou-se na última sexta, 19/04, o pagamento da anuidade e a submissão de trabalhos para o XXIII Encontro SOCINE que acontecerá de 08 a 11 de outubro na Unisinos, em Porto Alegre, RS. As propostas entram agora em período de avaliação e a divulgação dos trabalhos selecionados está prevista para o dia 10/06/2019.
Num momento em que a pesquisa brasileira sofre cortes, a SOCINE tem buscado reagir às dificuldades postas a toda área, implementando descontos a profissionais sem vínculo, criando novas formas de desligamento que possibilitam uma economia aos sócios e diminuindo a quantidade de anuidades atrasadas a serem pagas. Além disso, a escolha do tema deste ano levou em consideração a necessidade de refletirmos sobre preservação e memória audiovisual num período como este que vivemos. Por tudo isto, nos anima o fato do Encontro deste ano ter registrado o maior número de trabalhos submetidos nos últimos dez anos, totalizando 595 propostas enviadas. Em momentos de dificuldades como estes que o fortalecimento de nossa Sociedade e Encontro se faz cada vez mais importante e por isso, agradecemos a todas e todos que inscreveram seus trabalhos. Faremos mais um instigante e afetuoso Encontro, dessa vez em Porto Alegre.
Para finalizar, gostaríamos de informar aos sócios que não pagaram a anuidade, que é possível realizar o pagamento normalmente pelo sistema durante todo o ano. Para aqueles que buscam economizar, pode-se optar pelo Desligamento Parcial, que gera um desconto de 50% no valor da anuidade.
Para pagar e submeter os trabalhos é necessário que o sócio já cadastrado na Sociedade acesse nosso site socine.org.br e coloque seu CPF e sua senha no PAINEL DO ASSOCIADO.
Estando logado em nosso sistema, o sócio deverá clicar em MINHA CONTA e em seguida DADOS DE PAGAMENTO. Vai aparecer uma tela com o Histórico de pagamentos e ao lado Instruções de pagamento, onde é feito o processo via Paypal. Assim que o pagamento é realizado, aparece escrito PAGO no Histórico na coluna Anuidade 2019. Com isso é possível submeter o trabalho em seguida.
Para submeter a proposta de comunicação, você deve clicar em ENCONTROe em seguida INSCRIÇÃO. Abrirá uma tela com a explicação sobre cada uma das 4 modalidades e ao lado em Minha proposta você encontra os botões com as modalidades para se inscrever nelas. Você irá clicar naquela que você gostaria de enviar seu trabalho e preencher os campos. Depois de enviar a proposta você ainda pode edita-la até o encerramento do prazo. Após isso, a proposta entra em avaliação e não pode ser mais modificada.
Qualquer dúvida sobre o processo, entre em contato com a Secretaria pelo e-mail socine@socine.org.br