O XXIII Encontro SOCINE acontecerá na Unisinos, em Porto Alegre, de 08 a 11 de outubro de 2019.

A lista dos trabalhos aprovados pode ser acessada aqui. Os associados também podem checar a avaliação final de seus trabalhos pela sua área de associado.

Todos os aprovados precisam realizar o pagamento dentro do prazo para que sua participação seja confirmada. Os valores, após o primeiro prazo, terão acréscimos. O pagamento deverá ser feito pela área do associado, via Paypal.

Primeiro prazo: 10 de junho a 12 de julho – R$190,00 (profissionais) / R$95,00 (estudantes/profissionais sem vínculo)
Segundo prazo: 15 de julho a 26 de julho – R$220,00 (profissionais) / R$110,00 (estudantes/profissionais sem vínculo)
Prazo final: 29 de julho a 02 de agosto – R$260,00 (profissionais) / R$130,00 (estudantes/profissionais sem vínculo)

Tendo qualquer dúvida ou dificuldade, favor contatar a secretaria no e-mail socine@socine.org.br.

Ficha do Proponente

Proponente

    Patricia Moran Fernandes (ECA/USP)

Minicurrículo

    Doutora em Comunicação e Semiótica, professora na ECA/USP. Pesquisa Performances Audiovisuais em tempo real tendo organizado livros e eventos sobre o tema. Dirigiu diversos curtas narrativos, não-narrativos, documentários e vídeos exibidos e premiados em diversos festivais. Entre 2014 e 2018 dirigiu o CINUSP Paulo Emílio coordenando a edição de onze entre eles Machinima (2011) e Harun Farocki. Programando o visível (2017) organizadora de ambos.

Ficha do Trabalho

Título

    Presença e mediação nas instalações Cinema Extrapolado e Demolição

Seminário

    Interseções Cinema e Arte

Resumo

    A presença além de associada ao sensível, ao não-sentido e à participação do corpo, reivindica a performatividade e a materialidade do meio. Nesta apresentação discutiremos a instalação do VJ Spetto Cinema Extrapolado e de Luiz Duva Demolição e Preto sobre Preto em sua existência partir de uma ativação corporal do espectador. Elas ativam materialidade de ordem distinta, se fazendo em presença na oscilação entre ritmos, cores e volumes de sons. Do sensível ao excesso de codificação como presença

Resumo expandido

    Gilberto Icle, um dos editores da Revista Estudos de Presença , entende a presença como um movimento, como a possibilidade de se minorar a relevância do significado em práticas performativas do ator (pg.10). Yvana Fechine em sua pesquisa sobre o jornalismo, sublinha o debate da semiótica e fenomenologia sobre a presença, ressaltando a prevalência da dimensão sensível da existência e em certa medida, a presença como “um primeiro modo de existência do sentido” (pg. 90). Para Philipe-Alain Michaud o cinema experimental ao se emancipar do cinema narrativo, coloca-se como arte da presença (pg. 25). Conforme Gumbrecht, “uma coisa presente deve ser tangível por mãos humanas — o que implica, inversamente, que pode ter impacto imediato em corpos humanos”.
    A presença além de associada ao sensível, ao não-sentido e à participação do corpo, reivindica a performatividade e a materialidade do meio. Ou seja, a performance se dá a partir de relações com o mundo, dotadas de forma e matéria. Nas artes do corpo como o teatro, em eventos jornalísticos supostamente calcados em dados insofismáveis e em filmes abstratos, como os mencionados por Michaud, prevalece a presença, a irradiação da matéria criando oscilações entre significação e afecção, uma imagem ou situação entre, da qual é difícil se afirmar ‘é’ isto, no geral pode ser, está em devir. Considerando a presença um dos poucos aspectos comuns à performance em ampla acepção, propomos analisa-la como um modo de ser da imagem, como um modo de ser do dispositivo audiovisual em instalações e performances.
    A instalação do VJ Spetto Cinema Extrapolado e de Luiz Duva Demolição e Preto sobre Preto existem apenas a partir de uma ativação corporal do espectador. Elas ativam materialidade de ordem distinta, se fazendo em presença na oscilação entre ritmos, cores e volumes de sons e informações tão codificados, que deixam de existir enquanto sentido, prevalecendo em seu aspecto formal, como o cineasta Glauber Rocha na instalação de Spetto. Estas obras definem um lugar ativo para o espectador, demandando outra relação com a obra. Não pensamos apenas na ativação rítmica e nos repertórios demandados, tampouco na exigência de fisicalidade de relação com a técnica para dela assim dela se ultrapassar e jogar com a fragilidade de um sentido estável e a riqueza de formas que ao se metamorfosear no tempo, foge da designação certeira almejada pela representação.
    Demolição e Cinema Extrapolado existem com o público, dividem com ele a autoria ao lhe propiciar a experimentação do lugar do VJ. Os realizadores à época exploravam as pistas de dança, desenvolviam um trabalho cujo sentido era de segunda ordem, prevalecia a performance levada a curso pelo público. A presença desloca, anula e/ou sobre-codifica lugares indicados e reconhecidos das imagens utilizadas pelos realizadores. Se conforme Gumbretch defende, há uma oscilação entre dados de presença e sentido em certas práticas artísticas, nestes trabalhos o significado, os sentidos expressos nas imagens são esgarçados pelas intensidades acionadas na execução das obras, pela valorização e consciência do valor do significante material explorados como materialidade e como representação por Duva e Spetto.

Bibliografia

    Auslander, Philip. Liveness. 2008. Performance in a mediatized culture. 2nd edition.
    Routledge. London and NewYork.

    Fechine, Yvana. 2008. Televisão e presença. Uma abordagem semiótica da transmissão direta. São Paulo, Estação das Letras e Cores.

    Icle, Gilberto. “Estudos da Presença: prolegômenos para a pesquisa das práticas performativas”
    Rev. Bras. Estud. Presença vol.1 no.1 Porto Alegre jan./jun. 2011

    Gumbretch, Hans Ulrich. 1998. Modernização dos Sentidos. São Paulo: Ed. 34.

    Gumbretch, Hans Ulrich. 2010. Produção de presença. O que o sentido não pode transmitir. RJ: Contraponto: Ed. PUC-Rio.

    Michaud, Philipe-Alain. 2014. Filme: por uma teoria expandida do cinema. RJ: contraponto.

    Nancy, Jean-Luc. 1994. The Birth to Presence. Stanford: Stanford University Press.

    Santaella, Lucia. 2003. Culturas e artes do pós-humano: da cultura das mídias à cibercultura. SP: Paulus.

    Spielmann, Yvonne. 2008. Vídeo. The reflexive médium. Cambridge/London, MIT Press.

O livro “XXII SOCINE: 50 anos do maio de 68”, organizado por Lisandro Nogueira e Cleomar Rocha já está disponível para download em nosso site. A obra é composta de 11 artigos que lidam com a temática do maio de 68 pela perspectiva do cinema, que foi o tema do XXII Encontro SOCINE realizado em Goiânia, em 2018. De acordo com os organizadores, “Não há dúvidas de que o tema foi, é, e será sempre instigante, ainda mais aos olhos de muitos que (sobre)viveram (a)os tempos de 68, especialmente no Brasil, e que durante o evento debateram e refletiram sobre o legado de tão importante período da história mundial para a contemporaneidade. Na presente coletânea de textos procuramos demonstrar um pouquinho do que foi a XXII SOCINE, bastante eclética, mas que correspondeu muito bem à chamada para trazer a reflexão dos acontecimentos políticos, sociais, culturais e artísticos do ano de 1968”. O livro leva o selo editorial da SOCINE e ficará disponível em nosso site para download na seção Livros.

XXII Socine 50 anos de maio de 68
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Tema do XXII encontro da Sociedade Brasileira de Estudos de Cinema e Audiovisual (SOCINE): “herança do maio de 1968 do ponto de vista do cinema, das novas redes de comunicação digital e da televisão”.

A Sociedade Brasileira de Estudos de Cinema e Audiovisual (SOCINE) repudia veementemente as manifestações recentes do governo federal contrárias a disciplinas das Humanidades como Filosofia ou Sociologia. Tais manifestações se constituem como ameaças inaceitáveis a áreas de conhecimento fundamentais que já convivem há anos com espaço reduzido nas políticas de financiamento de ensino e pesquisa no país.

A SOCINE considera que tais manifestações, além de desconhecerem a centralidade das Humanidades na construção da cidadania e no desenvolvimento do país, demonstram uma completa ausência de um projeto sério de educação e ciência.

Por isso, a SOCINE também assina a nota de repudio redigida pela ANPOF, disponível em:
http://www.anpof.org/portal/index.php/pt-BR/artigos-em-destaque/2075-nota-de-repudio-a-declaracoes-do-ministro-da-educacao-e-do-presidente-da-republica-sobre-as-faculdades-de-humanidades-nomeadamente-filosofia-e-sociologia

Diretoria SOCINE

Encerrou-se na última sexta, 19/04, o pagamento da anuidade e a submissão de trabalhos para o XXIII Encontro SOCINE que acontecerá de 08 a 11 de outubro na Unisinos, em Porto Alegre, RS. As propostas entram agora em período de avaliação e a divulgação dos trabalhos selecionados está prevista para o dia 10/06/2019.

Num momento em que a pesquisa brasileira sofre cortes, a SOCINE tem buscado reagir às dificuldades postas a toda área, implementando descontos a profissionais sem vínculo, criando novas formas de desligamento que possibilitam uma economia aos sócios e diminuindo a quantidade de anuidades atrasadas a serem pagas. Além disso, a escolha do tema deste ano levou em consideração a necessidade de refletirmos sobre preservação e memória audiovisual num período como este que vivemos. Por tudo isto, nos anima o fato do Encontro deste ano ter registrado o maior número de trabalhos submetidos nos últimos dez anos, totalizando 595 propostas enviadas. Em momentos de dificuldades como estes que o fortalecimento de nossa Sociedade e Encontro se faz cada vez mais importante e por isso, agradecemos a todas e todos que inscreveram seus trabalhos. Faremos mais um instigante e afetuoso Encontro, dessa vez em Porto Alegre.

Para finalizar, gostaríamos de informar aos sócios que não pagaram a anuidade, que é possível realizar o pagamento normalmente pelo sistema durante todo o ano. Para aqueles que buscam economizar, pode-se optar pelo Desligamento Parcial, que gera um desconto de 50% no valor da anuidade.

Para pagar e submeter os trabalhos é necessário que o sócio já cadastrado na Sociedade acesse nosso site socine.org.br e coloque seu CPF e sua senha no PAINEL DO ASSOCIADO.

Estando logado em nosso sistema, o sócio deverá clicar em MINHA CONTA e em seguida DADOS DE PAGAMENTO. Vai aparecer uma tela com o Histórico de pagamentos e ao lado Instruções de pagamento, onde é feito o processo via Paypal. Assim que o pagamento é realizado, aparece escrito PAGO no Histórico na coluna Anuidade 2019. Com isso é possível submeter o trabalho em seguida.

Para submeter a proposta de comunicação, você deve clicar em ENCONTROe em seguida INSCRIÇÃO. Abrirá uma tela com a explicação sobre cada uma das 4 modalidades e ao lado em Minha proposta você encontra os botões com as modalidades para se inscrever nelas. Você irá clicar naquela que você gostaria de enviar seu trabalho e preencher os campos. Depois de enviar a proposta você ainda pode edita-la até o encerramento do prazo. Após isso, a proposta entra em avaliação e não pode ser mais modificada.

Qualquer dúvida sobre o processo, entre em contato com a Secretaria pelo e-mail socine@socine.org.br