O XXIII Encontro SOCINE acontecerá na Unisinos, em Porto Alegre, de 08 a 11 de outubro de 2019.

A lista dos trabalhos aprovados pode ser acessada aqui. Os associados também podem checar a avaliação final de seus trabalhos pela sua área de associado.

Todos os aprovados precisam realizar o pagamento dentro do prazo para que sua participação seja confirmada. Os valores, após o primeiro prazo, terão acréscimos. O pagamento deverá ser feito pela área do associado, via Paypal.

Primeiro prazo: 10 de junho a 12 de julho – R$190,00 (profissionais) / R$95,00 (estudantes/profissionais sem vínculo)
Segundo prazo: 15 de julho a 26 de julho – R$220,00 (profissionais) / R$110,00 (estudantes/profissionais sem vínculo)
Prazo final: 29 de julho a 02 de agosto – R$260,00 (profissionais) / R$130,00 (estudantes/profissionais sem vínculo)

Tendo qualquer dúvida ou dificuldade, favor contatar a secretaria no e-mail socine@socine.org.br.

Ficha do Proponente

Proponente

    VINICIOS KABRAL RIBEIRO (UFRJ)

Minicurrículo

    Professor do Departamento de História e Teoria da Artes, da Escola de Belas Artes, da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Líder do grupo de pesquisa “Formas de Habitar o Presente”.

Ficha do Trabalho

Título

    Falando de amor com Cristiano, Riobaldo, Diadorim e Camilo

Seminário

    Cinemas pós-coloniais e periféricos

Resumo

    Esta é uma conversa de amor com Cristiano, Riobaldo, Diadorim e Camilo, endereçada à artista/profetisa Ventura Profana. É com eles e ela que vou falar de sentimentos e da vida. Dos modos e meios que nos colocamos no mundo, nos percebemos nele e nos letramos nas gramáticas afetivas disponíveis.
    É um exercício especulativo com as imagens e palavrarias. Um olhar amoroso para o cotidiano e as narrativas que lançamos mão para desenhar o itinerário da nossa travessia.

Resumo expandido

    Esta é uma conversa de amor com Cristiano, Riobaldo, Diadorim e Camilo, endereçada à artista/profetisa Ventura Profana. É com eles que vou falar de sentimentos e da vida. Dos modos e meios que nos colocamos no mundo, nos percebemos nele e nos letramos nas gramáticas afetivas disponíveis.
    É um exercício especulativo com as imagens e palavrarias. Um olhar amoroso para o cotidiano e as narrativas que lançamos mão para desenhar o itinerário da nossa travessia. É uma recusa, uma insubmissão, uma pedrada nas caravelas epistêmicas. É a busca por epistemologias amorosas.
    O território se faz no fluxo entre Minas Gerais e o Rio de Janeiro. Contagem, que forma uma mancha urbana com Belo Horizonte, o primeiro olhar de Cristiano. É em Arábia (Affonso Uchôa e João Dumans, 2017) que ele nos diz que “todo mundo tem uma história”. É o desejo de futuridade partilhado com Cristiano, expandido das memórias vividas que partiremos para a conjuração e a profecia. A pulsão por vida em abundância, expressa por ele ao tocar no violão uma música dos Racionais MC’s: “quero um futuro melhor, não quero morrer assim, num necrotério qualquer, um indigente, sem nome e sem nada, o homem na estrada (Racionais MC’s, 1993).
    Este escrito também é uma tentativa similar à de Cristiano, de inventar “um jeito de ficar menos sozinho”. Por isso vamos falar em amor com bell hooks (2010), Eve Sedgwick (1999) e Marina Colasanti (1984). Demoliremos as paredes invisíveis com Cherrie Moraga (1995) e falaremos em línguas, com Gloria Anzaldúa (2000), almejando possibilidades de cura dos adensamentos dolorosos da nossa existência.
    A vaticinação é a fuga para pedagogias visuais afetivas, por isso vamos escutar o professor Riobaldo e suas tessituras e fabricações sobre o amor, afinal: “Só se pode viver perto de outro, e conhecer outra pessoa, sem perigo de ódio, se a gente tem amor. Qualquer amor já é um pouquinho de saúde, um descanso na loucura (ROSA,) ”.
    O chamado é para habitarmos as imagens do cinema, como uma tentativa de experimentarmos os tempos tristes e o fracasso. Para isso, o nosso contraponto ao ódio é o amor. E ao autoritarismo, é uma “ética da serenidade (NOGUEIRA, 2013)”.
    O exercício metodológico busca na ficção e auto-ficção, os modos e maneiras que organizamos nossas emoções em textos e imagens, tornando-nos capazes de comunicá-las e vivê-las. A aposta é que a o texto literário e a imagem audiovisual nos fornecem elementos para ensinar e aprender a amar, a dar e a receber amor.
    Aqui eu entendo que o amor e suas pedagogias estão negligenciados no tecido social, especialmente dentro das estruturas sexistas, racistas, trans-homo-lesbofóbicas, capacitistas e etaristas. E com Cristiano, Riobaldo e Diadorim vamos apontar para a possibilidade de outras masculinidades.
    E no relato de Camilo, em “O amor dos homens avulsos (Victor Heringer, 2016)” vamos apostar na ternura como a saída para este mundo: “a ternura, mais calma que o amor e mais amável que a mera simpatia ou tolerância, é uma forma de compreender e interferir no mundo tão boa quanto qualquer outra. Ternura também é resistência (HERINGER)”.
    Entre Queím, bairro ficcional no subúrbio carioca no livro de Heringer, Contagem, Ouro Preto e os sertões gerais, percorrerei esse vasto território a fim de também ficcionalizar para mim formas de habitar o presente. Abrir meu corpo para paixões alegres, morar em imagens.
    Diante de tantas incertezas vivas, de ruínas, paisagens áridas, relatos de dor e violência, tentarei formular respostas para o desafio de vivermos juntos em um espaço de diferenças no agora e nas imaginações políticas de futuro. Talvez com o objetivo de perceber que os múltiplos “agoras” que vivemos, não foram fáceis ou gentis, ao contrário, foram dolorosos, mas também permeados de redes de proteção e cuidados. Vivermos em imagens de amor. Finalmente: “quando conhecemos o amor, quando amamos, é possível enxergar o passado com outros olhos; é possível transformar o presente e sonhar o futuro (hooks 2010).

Bibliografia

    ANZALDÚA. Glória. Falando em línguas: uma carta para as mulheres escritoras do terceiro mundo. https://periodicos.ufsc.br/index.php/ref/article/view/9880. Acesso, abril de 2019.

    COLASANTI, Marina. E por falar em amor. Rio de Janeiro, Rocco, 1984.

    HERINGER, Victor. O amor dos homens avulsos. São Paulo, Cia das Letras, 2016.

    HOOKS, B. Vivendo de amor. In: Geledes, 2010, s/p. Disponível em: http://arquivo.geledes.org.br/areas-de-atuacao/questoes-de-genero/180-artigos-degenero/4799-vivendo-de-amor Acesso: abril de 2019.

    NOGUERA, Renato. A ética da serenidade: O caminho da barca e a medida da balança na filosofia de Amen-em-ope. Ensaios filosóficos, volume VIII – Dezembro de 2013.

    ROSA, Guimarães. Grande Sertão: veredas. São Paulo, Cia das Letras, 2019.

    RUANO, Montserrat Borrego. Una entrevista con Cherríe Moraga. Disponível em: https://dialnet.unirioja.es/ejemplar/8122

    Sedgwick, Eve K. A dialogue on love. Boston: Beacon Press, 1999.

O livro “XXII SOCINE: 50 anos do maio de 68”, organizado por Lisandro Nogueira e Cleomar Rocha já está disponível para download em nosso site. A obra é composta de 11 artigos que lidam com a temática do maio de 68 pela perspectiva do cinema, que foi o tema do XXII Encontro SOCINE realizado em Goiânia, em 2018. De acordo com os organizadores, “Não há dúvidas de que o tema foi, é, e será sempre instigante, ainda mais aos olhos de muitos que (sobre)viveram (a)os tempos de 68, especialmente no Brasil, e que durante o evento debateram e refletiram sobre o legado de tão importante período da história mundial para a contemporaneidade. Na presente coletânea de textos procuramos demonstrar um pouquinho do que foi a XXII SOCINE, bastante eclética, mas que correspondeu muito bem à chamada para trazer a reflexão dos acontecimentos políticos, sociais, culturais e artísticos do ano de 1968”. O livro leva o selo editorial da SOCINE e ficará disponível em nosso site para download na seção Livros.

XXII Socine 50 anos de maio de 68
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Tema do XXII encontro da Sociedade Brasileira de Estudos de Cinema e Audiovisual (SOCINE): “herança do maio de 1968 do ponto de vista do cinema, das novas redes de comunicação digital e da televisão”.

A Sociedade Brasileira de Estudos de Cinema e Audiovisual (SOCINE) repudia veementemente as manifestações recentes do governo federal contrárias a disciplinas das Humanidades como Filosofia ou Sociologia. Tais manifestações se constituem como ameaças inaceitáveis a áreas de conhecimento fundamentais que já convivem há anos com espaço reduzido nas políticas de financiamento de ensino e pesquisa no país.

A SOCINE considera que tais manifestações, além de desconhecerem a centralidade das Humanidades na construção da cidadania e no desenvolvimento do país, demonstram uma completa ausência de um projeto sério de educação e ciência.

Por isso, a SOCINE também assina a nota de repudio redigida pela ANPOF, disponível em:
http://www.anpof.org/portal/index.php/pt-BR/artigos-em-destaque/2075-nota-de-repudio-a-declaracoes-do-ministro-da-educacao-e-do-presidente-da-republica-sobre-as-faculdades-de-humanidades-nomeadamente-filosofia-e-sociologia

Diretoria SOCINE

Encerrou-se na última sexta, 19/04, o pagamento da anuidade e a submissão de trabalhos para o XXIII Encontro SOCINE que acontecerá de 08 a 11 de outubro na Unisinos, em Porto Alegre, RS. As propostas entram agora em período de avaliação e a divulgação dos trabalhos selecionados está prevista para o dia 10/06/2019.

Num momento em que a pesquisa brasileira sofre cortes, a SOCINE tem buscado reagir às dificuldades postas a toda área, implementando descontos a profissionais sem vínculo, criando novas formas de desligamento que possibilitam uma economia aos sócios e diminuindo a quantidade de anuidades atrasadas a serem pagas. Além disso, a escolha do tema deste ano levou em consideração a necessidade de refletirmos sobre preservação e memória audiovisual num período como este que vivemos. Por tudo isto, nos anima o fato do Encontro deste ano ter registrado o maior número de trabalhos submetidos nos últimos dez anos, totalizando 595 propostas enviadas. Em momentos de dificuldades como estes que o fortalecimento de nossa Sociedade e Encontro se faz cada vez mais importante e por isso, agradecemos a todas e todos que inscreveram seus trabalhos. Faremos mais um instigante e afetuoso Encontro, dessa vez em Porto Alegre.

Para finalizar, gostaríamos de informar aos sócios que não pagaram a anuidade, que é possível realizar o pagamento normalmente pelo sistema durante todo o ano. Para aqueles que buscam economizar, pode-se optar pelo Desligamento Parcial, que gera um desconto de 50% no valor da anuidade.

Para pagar e submeter os trabalhos é necessário que o sócio já cadastrado na Sociedade acesse nosso site socine.org.br e coloque seu CPF e sua senha no PAINEL DO ASSOCIADO.

Estando logado em nosso sistema, o sócio deverá clicar em MINHA CONTA e em seguida DADOS DE PAGAMENTO. Vai aparecer uma tela com o Histórico de pagamentos e ao lado Instruções de pagamento, onde é feito o processo via Paypal. Assim que o pagamento é realizado, aparece escrito PAGO no Histórico na coluna Anuidade 2019. Com isso é possível submeter o trabalho em seguida.

Para submeter a proposta de comunicação, você deve clicar em ENCONTROe em seguida INSCRIÇÃO. Abrirá uma tela com a explicação sobre cada uma das 4 modalidades e ao lado em Minha proposta você encontra os botões com as modalidades para se inscrever nelas. Você irá clicar naquela que você gostaria de enviar seu trabalho e preencher os campos. Depois de enviar a proposta você ainda pode edita-la até o encerramento do prazo. Após isso, a proposta entra em avaliação e não pode ser mais modificada.

Qualquer dúvida sobre o processo, entre em contato com a Secretaria pelo e-mail socine@socine.org.br