O XXIII Encontro SOCINE acontecerá na Unisinos, em Porto Alegre, de 08 a 11 de outubro de 2019.

A lista dos trabalhos aprovados pode ser acessada aqui. Os associados também podem checar a avaliação final de seus trabalhos pela sua área de associado.

Todos os aprovados precisam realizar o pagamento dentro do prazo para que sua participação seja confirmada. Os valores, após o primeiro prazo, terão acréscimos. O pagamento deverá ser feito pela área do associado, via Paypal.

Primeiro prazo: 10 de junho a 12 de julho – R$190,00 (profissionais) / R$95,00 (estudantes/profissionais sem vínculo)
Segundo prazo: 15 de julho a 26 de julho – R$220,00 (profissionais) / R$110,00 (estudantes/profissionais sem vínculo)
Prazo final: 29 de julho a 02 de agosto – R$260,00 (profissionais) / R$130,00 (estudantes/profissionais sem vínculo)

Tendo qualquer dúvida ou dificuldade, favor contatar a secretaria no e-mail socine@socine.org.br.

Ficha do Proponente

Proponente

    Francieli Rebelatto (UNILA/UFF)

Minicurrículo

    Docente de Fotografia em Cinema e Audiovisual na UNILA. Doutoranda em Cinema e Audiovisual da UFF. Mestre em Ciências Sociais pela UFSM(2011), com pesquisa na área de Antropologia audiovisual e cultura de fronteira. Formada em Comunicação Social pela UFSM (2008), com estudos em Fotografia e Documentário. Atua como roteirista, diretora e fotógrafa. Tem interesse em: cinema e audiovisual, fotografia e cinematografia, América Latina e processos de integração, política e gênero.

Ficha do Trabalho

Título

    Paisagens de fronteira e corpos femininos no quadro cinematográfico

Seminário

    Teorias e análises da direção de fotografia

Resumo

    As personagens femininas dos filmes Mulher do Pai (2017) e Pela Janela (2018) atravessam distintas fronteiras entre o Uruguai, Brasil e Argentina. Pretende-se uma análise dos dois textos fílmicos na perspectiva da direção de fotografia ampliando as leituras sobre o deslocamento de afetos, corpos e câmera no território. Pretende-se articular a relação entre os conceitos de paisagem e sua expressividade no enquadramento, bem como, papel central no processo de criação dos diretores de fotografia.

Resumo expandido

    Nalu no filme Mulher do Pai (2017) questiona sobre o que tem do outro lado da fronteira entre Brasil e Uruguai. Rosália, carregada de medos, atravessa a fronteira entre Brasil e Argentina no filme Pela Janela (2018). Os corpos de Nalu e Rosália se deslocam pelo quadro e pelo território construindo novas afetividades, e as paisagens de um ‘cinema-fronteira’ são desenhadas pela luz do pampa na fotografia de Heloisa Passos e as Cataratas do Iguaçu são acarinhadas pela câmera na mão de Claudio Leone.
    Entendo, neste sentido, que o debate sobre paisagem é fundamental ao cinema, que retrata, cria e intervém efetivamente na paisagem, permitindo compreender distâncias teóricas e concretas do mundo e da linguagem. A paisagem não é só um meio ambiente físico, mas uma relação que o ser humano estabelece com determinado ambiente ou meio, uma forma de enquadrar a realidade, de lhe colocar molduras/enquadramentos, de propor modos de convivência entre os seres e em sua relação com a natureza e com a percepção dela. O filósofo Gilles A. Tiberghien diz que “há uma dimensão da paisagem que é fundamental, a de que ela é uma relação, e não uma coisa, uma ligação entre os homens, e ao mesmo tempo o reflexo de sua atividade” (2012, 180). A partir disso, nos interessa pensar como estes corpos que cruzam pela paisagem e pelo quadro cinematográfico, apontando formas de problematizar a plasticidade cinematográfica a partir da prática da direção de fotografia.
    A dimensão do pampa, entre Brasil e Uruguai se estende a perder de vista no olhar do viajante, permanece um tanto monótono no olhar de quem por ali vive entre as fronteiras, pensando nisso, a diretora de fotografia Heloisa Passos no filme Mulher do Pai reconhece em sua fotografia que a paisagem é também personagem. Já no filme Pela Janela, as águas das Cataratas do Iguaçu molham o corpo de Rosália, as lentes da câmera na mão de Claudio Leone e borram o olhar do espectador. Nestas duas marcas de paisagem e sua relação com a câmera, busco dialogar com Rogério Luiz Silva de Oliveira a partir de sua leitura de Marcel Martin, quando então, ele recorre ao entendimento da relação do equipamento fotográfico com a expressividade fílmica, pois, ‘dotado da capacidade de atribuir sentidos, a partir de seu posicionamento, perspectiva ou mesmo movimentação, o equipamento cinematográfico passou a ser explorado em experiências coreográficas, assumindo a feição de um agente ativo de registro da realidade material’ (MARTIN, 2011, p. 33).
    Recorre-se a plasticidade da cinematografia dos dois primeiros filmes de longa-metragem das diretoras Caroline Leone e Cristiane Oliveira que contam com importantes diretores de fotografia já mencionados, para evidenciar o processo de criação do/a diretor/a de fotografia, o papel central da luz natural e seu desenho nos corpos femininos e nos deslocamentos territoriais. Ou seja, que neste ensaio busca-se estabelecer a relação entre a discussão dos conceitos de paisagens e sua relação com o cinema e com a expressividade da fotografia cinematográfica, o pensamento sobre o enquadramento e as formas de representação/apresentação dos corpos femininos das personagens principais em quadro, e ainda, o papel central no processo de criação dos diretores de fotografia e suas escolhas estilísticas. Retomando assim, mais uma vez, as perspectivas Oliveira (2016) que em sua tese de doutorado ‘Memória e Criação na Direção de Fotografia’ toma o fazer do/a diretor/a de fotografia como objeto de investigação, a partir da análise do plano, está célula básica da narrativa cinematográfica (2016, p.18), pois se no caso do autor, é possível fazer uma relação entre memória e criação da fotografia, aqui, pretende-se pensar como a direção de fotografia corrobora no aprofundamento de novas formas de representação de territórios e gênero no cinema.

Bibliografia

    MARTIN, Marcel. A linguagem cinematográfica. 2. ed. São Paulo: Brasiliense, 2011.
    OLIVEIRA, Rogério Luiz Silva de Oliveira. Memória e Criação na Direção de Fotografia. Tese de Doutorado. Programa de Pós-Graduação em Memória: Linguagem e Sociedade. Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia. Vitória da Conquista – BA, 2016.
    Tiberghien, Gilles. 2012. “Trajetória e interesses: entrevista com Gilles A. Tiberghien”. Revista-Valise v.2, n. 3, ano 2 (julho): 177-185.

O livro “XXII SOCINE: 50 anos do maio de 68”, organizado por Lisandro Nogueira e Cleomar Rocha já está disponível para download em nosso site. A obra é composta de 11 artigos que lidam com a temática do maio de 68 pela perspectiva do cinema, que foi o tema do XXII Encontro SOCINE realizado em Goiânia, em 2018. De acordo com os organizadores, “Não há dúvidas de que o tema foi, é, e será sempre instigante, ainda mais aos olhos de muitos que (sobre)viveram (a)os tempos de 68, especialmente no Brasil, e que durante o evento debateram e refletiram sobre o legado de tão importante período da história mundial para a contemporaneidade. Na presente coletânea de textos procuramos demonstrar um pouquinho do que foi a XXII SOCINE, bastante eclética, mas que correspondeu muito bem à chamada para trazer a reflexão dos acontecimentos políticos, sociais, culturais e artísticos do ano de 1968”. O livro leva o selo editorial da SOCINE e ficará disponível em nosso site para download na seção Livros.

XXII Socine 50 anos de maio de 68
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Tema do XXII encontro da Sociedade Brasileira de Estudos de Cinema e Audiovisual (SOCINE): “herança do maio de 1968 do ponto de vista do cinema, das novas redes de comunicação digital e da televisão”.

A Sociedade Brasileira de Estudos de Cinema e Audiovisual (SOCINE) repudia veementemente as manifestações recentes do governo federal contrárias a disciplinas das Humanidades como Filosofia ou Sociologia. Tais manifestações se constituem como ameaças inaceitáveis a áreas de conhecimento fundamentais que já convivem há anos com espaço reduzido nas políticas de financiamento de ensino e pesquisa no país.

A SOCINE considera que tais manifestações, além de desconhecerem a centralidade das Humanidades na construção da cidadania e no desenvolvimento do país, demonstram uma completa ausência de um projeto sério de educação e ciência.

Por isso, a SOCINE também assina a nota de repudio redigida pela ANPOF, disponível em:
http://www.anpof.org/portal/index.php/pt-BR/artigos-em-destaque/2075-nota-de-repudio-a-declaracoes-do-ministro-da-educacao-e-do-presidente-da-republica-sobre-as-faculdades-de-humanidades-nomeadamente-filosofia-e-sociologia

Diretoria SOCINE

Encerrou-se na última sexta, 19/04, o pagamento da anuidade e a submissão de trabalhos para o XXIII Encontro SOCINE que acontecerá de 08 a 11 de outubro na Unisinos, em Porto Alegre, RS. As propostas entram agora em período de avaliação e a divulgação dos trabalhos selecionados está prevista para o dia 10/06/2019.

Num momento em que a pesquisa brasileira sofre cortes, a SOCINE tem buscado reagir às dificuldades postas a toda área, implementando descontos a profissionais sem vínculo, criando novas formas de desligamento que possibilitam uma economia aos sócios e diminuindo a quantidade de anuidades atrasadas a serem pagas. Além disso, a escolha do tema deste ano levou em consideração a necessidade de refletirmos sobre preservação e memória audiovisual num período como este que vivemos. Por tudo isto, nos anima o fato do Encontro deste ano ter registrado o maior número de trabalhos submetidos nos últimos dez anos, totalizando 595 propostas enviadas. Em momentos de dificuldades como estes que o fortalecimento de nossa Sociedade e Encontro se faz cada vez mais importante e por isso, agradecemos a todas e todos que inscreveram seus trabalhos. Faremos mais um instigante e afetuoso Encontro, dessa vez em Porto Alegre.

Para finalizar, gostaríamos de informar aos sócios que não pagaram a anuidade, que é possível realizar o pagamento normalmente pelo sistema durante todo o ano. Para aqueles que buscam economizar, pode-se optar pelo Desligamento Parcial, que gera um desconto de 50% no valor da anuidade.

Para pagar e submeter os trabalhos é necessário que o sócio já cadastrado na Sociedade acesse nosso site socine.org.br e coloque seu CPF e sua senha no PAINEL DO ASSOCIADO.

Estando logado em nosso sistema, o sócio deverá clicar em MINHA CONTA e em seguida DADOS DE PAGAMENTO. Vai aparecer uma tela com o Histórico de pagamentos e ao lado Instruções de pagamento, onde é feito o processo via Paypal. Assim que o pagamento é realizado, aparece escrito PAGO no Histórico na coluna Anuidade 2019. Com isso é possível submeter o trabalho em seguida.

Para submeter a proposta de comunicação, você deve clicar em ENCONTROe em seguida INSCRIÇÃO. Abrirá uma tela com a explicação sobre cada uma das 4 modalidades e ao lado em Minha proposta você encontra os botões com as modalidades para se inscrever nelas. Você irá clicar naquela que você gostaria de enviar seu trabalho e preencher os campos. Depois de enviar a proposta você ainda pode edita-la até o encerramento do prazo. Após isso, a proposta entra em avaliação e não pode ser mais modificada.

Qualquer dúvida sobre o processo, entre em contato com a Secretaria pelo e-mail socine@socine.org.br