O XXIII Encontro SOCINE acontecerá na Unisinos, em Porto Alegre, de 08 a 11 de outubro de 2019.

A lista dos trabalhos aprovados pode ser acessada aqui. Os associados também podem checar a avaliação final de seus trabalhos pela sua área de associado.

Todos os aprovados precisam realizar o pagamento dentro do prazo para que sua participação seja confirmada. Os valores, após o primeiro prazo, terão acréscimos. O pagamento deverá ser feito pela área do associado, via Paypal.

Primeiro prazo: 10 de junho a 12 de julho – R$190,00 (profissionais) / R$95,00 (estudantes/profissionais sem vínculo)
Segundo prazo: 15 de julho a 26 de julho – R$220,00 (profissionais) / R$110,00 (estudantes/profissionais sem vínculo)
Prazo final: 29 de julho a 02 de agosto – R$260,00 (profissionais) / R$130,00 (estudantes/profissionais sem vínculo)

Tendo qualquer dúvida ou dificuldade, favor contatar a secretaria no e-mail socine@socine.org.br.

Ficha do Proponente

Proponente

    Cristina Teixeira Vieira de Melo (UFPE)

Minicurrículo

    Professora do curso de Cinema e do Programa de Pós-graduação em Comunicação da UFPE. Mestre em Linguística pelo Programa de Pós-graduação em Letras e Linguística da UFPE. Doutora em Linguística pelo IEL/Unicamp.

Ficha do Trabalho

Título

    A figura do inimigo na produção audiovisual do Ocupe Estelita

Seminário

    Cinema brasileiro contemporâneo: política, estética, invenção

Resumo

    A ideia é voltar à produção audiovisual do Movimento Ocupe Estelita a fim de investigar como foi ali construída a figura do inimigo político. De que forma foi tratada essa alteridade? Como o discurso adversário foi inscrito no interior dos registros audiovisuais? Esses registros foram capazes de criar um espaço de diálogo com o discurso opositor ou serviram apenas ao seu aniquilamento? Enfim, em contextos de confronto político dessa natureza é possível resguardar ao inimigo um tratamento ético?

Resumo expandido

    No domingo 31 de março de 2019 foi derrubada a última parede dos armazéns do Cais José Estelita, no Centro do Recife. A área é foco de disputa desde 2012, quando um consórcio de empreiteiras lançou o Projeto Novo Recife prevendo a construção de 13 torres de até 38 andares no local. Desde essa época, o terreno é alvo de inúmeras ações jurídicas, manifestações e ocupações que ganharam projeção local, nacional e internacional.
    Em disputa, duas concepções de cidade: de um lado, a cidade neoliberal da especulação imobiliária e dos condomínios privados de luxo; do outro, um desejo de cidade com moradia para os que não têm, praças, parques equipamentos culturais e comércio voltado para a população.
    No meio dessa disputa, o audiovisual cumpriu (e ainda cumpre) papel importante. Uma evidência disso é o levantamento feito em 2015 pelo Movimento Ocupe Estelita que conseguiu mapear mais de 90 produções audiovisuais relacionadas à luta pelo direito à cidade.
    Além disso, o Movimento Ocupe Estelita tem sido foi alvo de inúmeras pesquisas no campo das ciências sociais, incluindo o audiovisual. Uma pesquisa no Google Acadêmico aponta mais de 500 trabalhos sobre o Movimento. Eu mesma apresentei na Socine de 2015 um texto a respeito (“Cinema militante, a experiência do #OcupeEstelita).
    A ideia do presente trabalho é voltar à produção audiovisual do Ocupe Estelita a fim de averiguar como na materialidade mesma da linguagem, ou seja, na sua dimensão estética, se construiu a figura do inimigo político. De que forma foi tratada essa alteridade? Como o discurso adversário foi inscrito no interior dos registros audiovisuais produzidos pelo Movimento? As imagens foram capazes de criar um espaço de diálogo com o discurso opositor ou serviram apenas ao aniquilamento desse outro? Foi possível criar um espaço de diálogo com o discurso oponente sem trapacear, sem rebaixá-lo a uma caricatura? Foi possível fugir ao discurso dogmático e panfletário que rebaixa não só o adversário, mas também o lugar do espectador? Enfim, busca-se investigar se em contextos de confronto político em que o sujeito opositor atua a partir de princípios anti-democráticos, é possível resguardar ao inimigo um tratamento ético?
    Para fazer essa análise nos apoiamos em estudos clássicos e contemporâneos sobre cinema militante bem como em pesquisas que discutem a ideia da representação do inimigo/adversário no campo da política.

Bibliografia

    BRENEZ, Nicole. & MARIONE, Isabel. Cinémas libertaires: au service des forces de transgression et de révolte. Paris: Septentrion, 2015.
    CESAR, Amaranta. Que lugar para a militância no cinema brasileiro contemporâneo? Interpretação, visibilidade e reconhecimento. Revista Ecoi Pós v.20, n.2, 2017.
    COMOLLI, Jean-Louis. Filmar o inimigo é fazê-lo entrar em um filme junto comigo (entrevista). In: Catálogo do 17. Festival do Filme Documentário e Etnográfico. Fórum de Antropologia, Cinema e Vídeo (Forumdoc.BH), pp. 277 a 287, 2013.
    MOUFFE, Chantal. Sobre o político. São Paulo: Editora Martins Fontes, 2015.
    PEDROSO, Marcelo. Antagonismos na imagem documental: os modos securitário e agonístico. (Tese). Programa em Pós-graduação em Comunicação Social da UFPE, 2019.
    SEVERIEN, Pedro. Cinema de ocupação: uma cartografia da produção audiovisual engajada na luta pelo direito à cidade no Recife. (Dissertação). Programa em Pós-graduação em Comunicação Social da UFPE, 2018.

O livro “XXII SOCINE: 50 anos do maio de 68”, organizado por Lisandro Nogueira e Cleomar Rocha já está disponível para download em nosso site. A obra é composta de 11 artigos que lidam com a temática do maio de 68 pela perspectiva do cinema, que foi o tema do XXII Encontro SOCINE realizado em Goiânia, em 2018. De acordo com os organizadores, “Não há dúvidas de que o tema foi, é, e será sempre instigante, ainda mais aos olhos de muitos que (sobre)viveram (a)os tempos de 68, especialmente no Brasil, e que durante o evento debateram e refletiram sobre o legado de tão importante período da história mundial para a contemporaneidade. Na presente coletânea de textos procuramos demonstrar um pouquinho do que foi a XXII SOCINE, bastante eclética, mas que correspondeu muito bem à chamada para trazer a reflexão dos acontecimentos políticos, sociais, culturais e artísticos do ano de 1968”. O livro leva o selo editorial da SOCINE e ficará disponível em nosso site para download na seção Livros.

XXII Socine 50 anos de maio de 68
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Tema do XXII encontro da Sociedade Brasileira de Estudos de Cinema e Audiovisual (SOCINE): “herança do maio de 1968 do ponto de vista do cinema, das novas redes de comunicação digital e da televisão”.

A Sociedade Brasileira de Estudos de Cinema e Audiovisual (SOCINE) repudia veementemente as manifestações recentes do governo federal contrárias a disciplinas das Humanidades como Filosofia ou Sociologia. Tais manifestações se constituem como ameaças inaceitáveis a áreas de conhecimento fundamentais que já convivem há anos com espaço reduzido nas políticas de financiamento de ensino e pesquisa no país.

A SOCINE considera que tais manifestações, além de desconhecerem a centralidade das Humanidades na construção da cidadania e no desenvolvimento do país, demonstram uma completa ausência de um projeto sério de educação e ciência.

Por isso, a SOCINE também assina a nota de repudio redigida pela ANPOF, disponível em:
http://www.anpof.org/portal/index.php/pt-BR/artigos-em-destaque/2075-nota-de-repudio-a-declaracoes-do-ministro-da-educacao-e-do-presidente-da-republica-sobre-as-faculdades-de-humanidades-nomeadamente-filosofia-e-sociologia

Diretoria SOCINE

Encerrou-se na última sexta, 19/04, o pagamento da anuidade e a submissão de trabalhos para o XXIII Encontro SOCINE que acontecerá de 08 a 11 de outubro na Unisinos, em Porto Alegre, RS. As propostas entram agora em período de avaliação e a divulgação dos trabalhos selecionados está prevista para o dia 10/06/2019.

Num momento em que a pesquisa brasileira sofre cortes, a SOCINE tem buscado reagir às dificuldades postas a toda área, implementando descontos a profissionais sem vínculo, criando novas formas de desligamento que possibilitam uma economia aos sócios e diminuindo a quantidade de anuidades atrasadas a serem pagas. Além disso, a escolha do tema deste ano levou em consideração a necessidade de refletirmos sobre preservação e memória audiovisual num período como este que vivemos. Por tudo isto, nos anima o fato do Encontro deste ano ter registrado o maior número de trabalhos submetidos nos últimos dez anos, totalizando 595 propostas enviadas. Em momentos de dificuldades como estes que o fortalecimento de nossa Sociedade e Encontro se faz cada vez mais importante e por isso, agradecemos a todas e todos que inscreveram seus trabalhos. Faremos mais um instigante e afetuoso Encontro, dessa vez em Porto Alegre.

Para finalizar, gostaríamos de informar aos sócios que não pagaram a anuidade, que é possível realizar o pagamento normalmente pelo sistema durante todo o ano. Para aqueles que buscam economizar, pode-se optar pelo Desligamento Parcial, que gera um desconto de 50% no valor da anuidade.

Para pagar e submeter os trabalhos é necessário que o sócio já cadastrado na Sociedade acesse nosso site socine.org.br e coloque seu CPF e sua senha no PAINEL DO ASSOCIADO.

Estando logado em nosso sistema, o sócio deverá clicar em MINHA CONTA e em seguida DADOS DE PAGAMENTO. Vai aparecer uma tela com o Histórico de pagamentos e ao lado Instruções de pagamento, onde é feito o processo via Paypal. Assim que o pagamento é realizado, aparece escrito PAGO no Histórico na coluna Anuidade 2019. Com isso é possível submeter o trabalho em seguida.

Para submeter a proposta de comunicação, você deve clicar em ENCONTROe em seguida INSCRIÇÃO. Abrirá uma tela com a explicação sobre cada uma das 4 modalidades e ao lado em Minha proposta você encontra os botões com as modalidades para se inscrever nelas. Você irá clicar naquela que você gostaria de enviar seu trabalho e preencher os campos. Depois de enviar a proposta você ainda pode edita-la até o encerramento do prazo. Após isso, a proposta entra em avaliação e não pode ser mais modificada.

Qualquer dúvida sobre o processo, entre em contato com a Secretaria pelo e-mail socine@socine.org.br