O XXIII Encontro SOCINE acontecerá na Unisinos, em Porto Alegre, de 08 a 11 de outubro de 2019.

A lista dos trabalhos aprovados pode ser acessada aqui. Os associados também podem checar a avaliação final de seus trabalhos pela sua área de associado.

Todos os aprovados precisam realizar o pagamento dentro do prazo para que sua participação seja confirmada. Os valores, após o primeiro prazo, terão acréscimos. O pagamento deverá ser feito pela área do associado, via Paypal.

Primeiro prazo: 10 de junho a 12 de julho – R$190,00 (profissionais) / R$95,00 (estudantes/profissionais sem vínculo)
Segundo prazo: 15 de julho a 26 de julho – R$220,00 (profissionais) / R$110,00 (estudantes/profissionais sem vínculo)
Prazo final: 29 de julho a 02 de agosto – R$260,00 (profissionais) / R$130,00 (estudantes/profissionais sem vínculo)

Tendo qualquer dúvida ou dificuldade, favor contatar a secretaria no e-mail socine@socine.org.br.

Ficha do Proponente

Proponente

    Lívia Maria Gonçalves Cabrera (UFF)

Minicurrículo

    Mestranda do Programa de Pós-Graduação em Cinema e Audiovisual da Universidade Federal Fluminense desde 2017 onde desenvolve o projeto “Inconfidência Mineira (Carmen Santos, 1948): Industria Cinematográfica, Educação e Estado Novo”. Bacharel em Ciências Sociais pela Universidade Federal de São Carlos e bacharel em Cinema e Audiovisual pela Universidade Federal Fluminense, atualmente é servidora técnico administrativa e ocupa a função de Chefe da Divisão de Cinema do Centro de Artes da UFF.

Ficha do Trabalho

Título

    O circuito exibidor de Inconfidência Mineira (1948) no Rio de Janeiro

Seminário

    Exibição cinematográfica, espectatorialidades e artes da projeção no Brasil

Resumo

    A comunicação partirá do lançamento do filme Inconfidência Mineira, de Carmen Santos, em 22 de abril de 1948, para investigar o circuito escolhido pela realizadora para exibir sua tão aguardada obra histórica: as salas de cinema do Circuito Vital Ramos de Castro na cidade do Rio de Janeiro nos anos 1940. O trabalho também analisará as relações de poder entre os grandes nomes do comércio cinematográfico no período e como esses conflitos impactaram na recepção da obra.

Resumo expandido

    A produção de Inconfidência Mineira (Carmen Santos, 1948) foi aguardada pelo público e pela imprensa durante cerca de dez anos. Tendo sido anunciado na imprensa pela primeira vez no ano de 1937, a grandiosa produção da Brasil Vita Filme foi estrear apenas em 22 de abril de 1948, um dia após a celebração do Dia de Tiradentes. Um volumoso conteúdo de matérias jornalísticas acompanhou essa conturbada produção, ora reverenciado a iniciativa do projeto que se propunha a filmar uma reconstituição histórica com as melhores condições técnicas possíveis, ora criticando a demora, as substituições de atores e técnicos, duvidando da capacidade técnica do cinema brasileiro, na figura de Carmen Santos.
    Sabe-se que, como filme pronto, Carmen enfrentou problemas na distribuição da obra, acusando o empresário Severiano Ribeiro de boicotar sua negociação com a MGM. Segundo a denúncia feita por Carmen e outros empresários, Severiano estava constituindo um trust cinematográfico, dominando as etapas de produção, distribuição e exibição, sufocando a concorrência. Carmen, não entrando num acordo com o empresário, acabou fechando a exibição do seu filme no circuito de Vital Ramos de Castro.
    A proposta desta comunicação é de analisar o lançamento de Inconfidência Mineira nas salas de cinemas do Rio de Janeiro e os dispositivos que Carmen Santos utilizou para o lançamento, distribuição e exibição. Ela tinha muitas intenções para sua obra, mas enfrentou dificuldades que colocaram seu filme numa trajetória diferente da que desejava. Procuraremos levantar questões acerca do circuito exibidor carioca, primeiro devido a sua importância no cenário nacional, posto que o Rio de Janeiro era a capital do país e local de efervescência das principais ideias e publicações sobre cinema. Também era na cidade que se localizava a empresa de Carmen Santos, a Brasil Vita Filme, e onde estavam os colaboradores do filme. Buscaremos avaliar como as salas de cinema e as estratégias de lançamento puderam influenciar na trajetória da obra, no tipo de público, nas críticas da imprensa.
    O filme foi lançado no circuito de Vital Ramos de Castro, encabeçado pelo Cine Plaza e teve exibição concomitantemente em mais oito salas, os cinemas Parisiense, Astoria, Olinda, Ritz, Star, República, Primor e Mascote. Segundo reportagem de Mundo Rio de 23/4/48 o lançamento foi prejudicado “nos pardieiros do Sr. Capitão Vital Ramos de Castro” que estavam “longe de poder ser uma sala lançadora”. Assim, entende-se ser necessário uma análise dessas salas frente ao circuito exibidor no Rio de Janeiro, procurando avaliar as características delas e como isso impactou na recepção do filme.
    A partir do objeto fílmico nos interessa discutir o quanto a triangulação equipamentos cinematográficos de exibição, programação dos cinemas e experiências das audiências são importantes para a história (FERRAZ, 2017) e, dentro da proposta, influenciaram na tão aguardada estreia do filme. No caso desta pesquisa, em que só há pequenos trechos do filme, faz-se necessário termos um outro olhar para resgatar a trajetória da obra naquele contexto. O estudo de uma obra fílmica desaparecida em sua forma original, da qual restaram apenas trechos e fontes primárias, roteiros, reportagens e depoimentos, faz a pesquisa, ao recorrer a outros materiais, enxergar novas possibilidades de análise, articulando outras abordagens para pensar o objeto. A proposta parte de um objeto fílmico para lançar um olhar sobre as salas de cinema nas quais ele foi exibido e as nuances que permearam essa relação. O estudo sob a ótica das salas de cinema e do mercado exibidor foram pouco foram contempladas nos estudos históricos do cinema que, quase sempre, privilegiaram o texto fílmico. Assim, acreditamos ser importante para aqueles que buscam o resgate da História do Cinema Brasileiro relacionar o objeto fílmico a outros vieses de pesquisa para a reconstituição desse passado cinematográfico, trabalhando relações com outros campos do saber.

Bibliografia

    FERRAZ, Talitha. “As potência da ‘nostalgia ativa’ na luta pela salvaguarda do Cine Vaz Lobo”. Revista ECO-Pós, Rio de Janeiro. V., 20, n.03, dez. 2017, pp. 111-133.
    GONZAGA, Alice. Palácios e poeiras: 100 Anos de Cinemas no Rio de Janeiro. Rio de Janeiro: Record: FUNARTE, 1996.
    Melo, Luís Roberto Rocha. O cinema independente: produção, distribuição e exibição no Rio de Janeiro (1948-1954). Tese de doutoramento, Universidade Federal Fluminense – UFF. Rio de Janeiro, 2011.
    PESSOA, Ana. Carmen Santos: o cinema dos anos 20. Rio de Janeiro: Aeroplano, 2002.
    SOUSA, Márcia C. S. (Márcia Bessa). Entre achados e perdidos: colecionando memórias dos palácios cinematográficos da cidade do Rio de Janeiro, 2013. Tese de Doutorado em Memória Social – Programa de Pós Graduação em Memória Social, Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (PPGMS/UNIRIO), Rio de Janeiro, 2013.

O livro “XXII SOCINE: 50 anos do maio de 68”, organizado por Lisandro Nogueira e Cleomar Rocha já está disponível para download em nosso site. A obra é composta de 11 artigos que lidam com a temática do maio de 68 pela perspectiva do cinema, que foi o tema do XXII Encontro SOCINE realizado em Goiânia, em 2018. De acordo com os organizadores, “Não há dúvidas de que o tema foi, é, e será sempre instigante, ainda mais aos olhos de muitos que (sobre)viveram (a)os tempos de 68, especialmente no Brasil, e que durante o evento debateram e refletiram sobre o legado de tão importante período da história mundial para a contemporaneidade. Na presente coletânea de textos procuramos demonstrar um pouquinho do que foi a XXII SOCINE, bastante eclética, mas que correspondeu muito bem à chamada para trazer a reflexão dos acontecimentos políticos, sociais, culturais e artísticos do ano de 1968”. O livro leva o selo editorial da SOCINE e ficará disponível em nosso site para download na seção Livros.

XXII Socine 50 anos de maio de 68
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Tema do XXII encontro da Sociedade Brasileira de Estudos de Cinema e Audiovisual (SOCINE): “herança do maio de 1968 do ponto de vista do cinema, das novas redes de comunicação digital e da televisão”.

A Sociedade Brasileira de Estudos de Cinema e Audiovisual (SOCINE) repudia veementemente as manifestações recentes do governo federal contrárias a disciplinas das Humanidades como Filosofia ou Sociologia. Tais manifestações se constituem como ameaças inaceitáveis a áreas de conhecimento fundamentais que já convivem há anos com espaço reduzido nas políticas de financiamento de ensino e pesquisa no país.

A SOCINE considera que tais manifestações, além de desconhecerem a centralidade das Humanidades na construção da cidadania e no desenvolvimento do país, demonstram uma completa ausência de um projeto sério de educação e ciência.

Por isso, a SOCINE também assina a nota de repudio redigida pela ANPOF, disponível em:
http://www.anpof.org/portal/index.php/pt-BR/artigos-em-destaque/2075-nota-de-repudio-a-declaracoes-do-ministro-da-educacao-e-do-presidente-da-republica-sobre-as-faculdades-de-humanidades-nomeadamente-filosofia-e-sociologia

Diretoria SOCINE

Encerrou-se na última sexta, 19/04, o pagamento da anuidade e a submissão de trabalhos para o XXIII Encontro SOCINE que acontecerá de 08 a 11 de outubro na Unisinos, em Porto Alegre, RS. As propostas entram agora em período de avaliação e a divulgação dos trabalhos selecionados está prevista para o dia 10/06/2019.

Num momento em que a pesquisa brasileira sofre cortes, a SOCINE tem buscado reagir às dificuldades postas a toda área, implementando descontos a profissionais sem vínculo, criando novas formas de desligamento que possibilitam uma economia aos sócios e diminuindo a quantidade de anuidades atrasadas a serem pagas. Além disso, a escolha do tema deste ano levou em consideração a necessidade de refletirmos sobre preservação e memória audiovisual num período como este que vivemos. Por tudo isto, nos anima o fato do Encontro deste ano ter registrado o maior número de trabalhos submetidos nos últimos dez anos, totalizando 595 propostas enviadas. Em momentos de dificuldades como estes que o fortalecimento de nossa Sociedade e Encontro se faz cada vez mais importante e por isso, agradecemos a todas e todos que inscreveram seus trabalhos. Faremos mais um instigante e afetuoso Encontro, dessa vez em Porto Alegre.

Para finalizar, gostaríamos de informar aos sócios que não pagaram a anuidade, que é possível realizar o pagamento normalmente pelo sistema durante todo o ano. Para aqueles que buscam economizar, pode-se optar pelo Desligamento Parcial, que gera um desconto de 50% no valor da anuidade.

Para pagar e submeter os trabalhos é necessário que o sócio já cadastrado na Sociedade acesse nosso site socine.org.br e coloque seu CPF e sua senha no PAINEL DO ASSOCIADO.

Estando logado em nosso sistema, o sócio deverá clicar em MINHA CONTA e em seguida DADOS DE PAGAMENTO. Vai aparecer uma tela com o Histórico de pagamentos e ao lado Instruções de pagamento, onde é feito o processo via Paypal. Assim que o pagamento é realizado, aparece escrito PAGO no Histórico na coluna Anuidade 2019. Com isso é possível submeter o trabalho em seguida.

Para submeter a proposta de comunicação, você deve clicar em ENCONTROe em seguida INSCRIÇÃO. Abrirá uma tela com a explicação sobre cada uma das 4 modalidades e ao lado em Minha proposta você encontra os botões com as modalidades para se inscrever nelas. Você irá clicar naquela que você gostaria de enviar seu trabalho e preencher os campos. Depois de enviar a proposta você ainda pode edita-la até o encerramento do prazo. Após isso, a proposta entra em avaliação e não pode ser mais modificada.

Qualquer dúvida sobre o processo, entre em contato com a Secretaria pelo e-mail socine@socine.org.br