
O XXII Encontro da SOCINE aconteceu de 23 a 26 de outubro de 2018 na Universidade Federal de Goiás, em Goiânia.
O XXII Encontro da SOCINE aconteceu de 23 a 26 de outubro de 2018 na Universidade Federal de Goiás, em Goiânia.
O XXI Encontro da SOCINE aconteceu de 17 a 20 de outubro de 2017 e foi sediado na Universidade Federal da Paraíba, em João Pessoa, PB.
No ano de 2016, quando a SOCINE comemorou 20 anos, o Encontro foi sediado pela UTP- Universidade Tuiuti do Paraná, no Campus Barigui em Curitiba, PR. O tema do evento foi Convergências do | no Cinema.
O XXIII Encontro SOCINE acontecerá na Unisinos, em Porto Alegre, de 08 a 11 de outubro de 2019.
A lista dos trabalhos aprovados pode ser acessada aqui. Os associados também podem checar a avaliação final de seus trabalhos pela sua área de associado.
Todos os aprovados precisam realizar o pagamento dentro do prazo para que sua participação seja confirmada. Os valores, após o primeiro prazo, terão acréscimos. O pagamento deverá ser feito pela área do associado, via Paypal.
Primeiro prazo: 10 de junho a 12 de julho – R$190,00 (profissionais) / R$95,00 (estudantes/profissionais sem vínculo)
Segundo prazo: 15 de julho a 26 de julho – R$220,00 (profissionais) / R$110,00 (estudantes/profissionais sem vínculo)
Prazo final: 29 de julho a 02 de agosto – R$260,00 (profissionais) / R$130,00 (estudantes/profissionais sem vínculo)
Tendo qualquer dúvida ou dificuldade, favor contatar a secretaria no e-mail socine@socine.org.br.
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Resumo
Resumo expandido
Seguindo a lógica desta metáfora, se o horror é como um animal arisco, os esforços de estudiosos para defini-lo de forma clara seriam jaulas frágeis, incapazes de contê-lo. Logo, torna-se necessário buscar novas maneiras para que o horror e as possibilidades de representação que oferece sejam melhor compreendidas.
Fazendo um empréstimo da teoria de Peter Brooks (1976) acerca do melodrama na literatura e no teatro, o que será proposto neste trabalho é analisar o horror como um modo imaginário. Linda Williams (1998) afirma que o modo e suas operações extrapolam os limites de gênero, podendo ser empregados em diversas narrativas além daquelas centradas no universo de personagens femininas, comumente associadas ao melodrama. Para tanto, o modo seria altamente tributário do imaginário do público, responsável por seu reconhecimento. E apesar de tal reconhecimento já ter sido explorado por outros autores, como por exemplo na análise do eixo pragmático proposta por Rick Altman (2000), o uso modal de dados aspectos de um gênero em uma narrativa não a filiaria a este gênero, tampouco configuraria uma hibridização.
Partindo deste princípio, proponho um modelo semelhante, voltado para as experiências de medo e estranhamento a partir dos recursos cinematográficos. Lovecraft (2008) inicia O Horror Sobrenatural na Literatura afirmando que essa antiga e poderosa emoção humana está intimamente ligada ao medo do desconhecido – e mesmo que se argumente que o medo não é o único componente do que compreendemos como horror, decerto é o elemento mais imediatamente associado às suas narrativas. Ao confrontar a imprevisibilidade do mundo que nos circunda e do qual fazemos parte, um mundo no qual a ameaça da extinção está sempre à espreita, confrontaríamos também nossa habilidade de compreender este universo, e seria justamente na falha em compreendê-lo que o gênero horror teria se constituído.
Mais especificamente no cinema, por mais que dado público anseie por surpresas e reviravoltas que as narrativas possam (ou não) apresentar, ainda se faz necessário que o gênero e suas marcas funcionem como um mapa, em um processo no qual suas expectativas até podem ser frustradas, mas apenas até certo ponto de reconhecimento, visto que gêneros consistem em mais do que apenas os filmes, mas igualmente “de sistemas específicos de expectativa e hipóteses que os espectadores trazem consigo ao cinema e que interagem com os próprios filmes durante o processo de assisti-los” (NEALE, 2003, p.161). São, enfim, sistemas que proporcionam aos espectadores meios de reconhecimento e compreensão, além de oferecerem também bases para novas antecipações.
Desta maneira, o uso modal do horror está intimamente ligado com uma espécie de rompimento parcial deste pacto entre espectador e gênero. É, enfim, um conjunto de rastros empregados através das mais variadas ferramentas narrativas que reconfigura o pacto em novos termos, ainda que o horror jamais seja totalmente descaracterizado.
A aplicação e aprofundamento desta discussão se dará a partir da análise dos longas-metragens “A Fita Branca” (Das Weisse Band, Alemanha, 2010), “Aquarius” (Brasil, 2016) e “O Sacrifício do Cervo Sagrado” (The Killing of a Sacred Deer, Inglaterra, 2017). São filmes nos quais, apesar de um aparente distanciamento com o gênero horror, é possível observar outras tantas aproximações que se dão pelo viés do modo, oferecendo, assim, um terreno inicial fértil para que este estudo avance.
Bibliografia
BROOKS, P. The melodramatic imagination: Balzac, Henry James, melodrama, and the mode of excess. New Haven: Yale University Press, 1976.
LOVECRAFT, Howard. P. O horror sobrenatural na literatura. Rio de Janeiro: Francisco Alves, 1987. 160 p.
NEALE, S. Genre and Hollywood. Londres: Routledge, 2000. 344 p.
RUSSEL, David J. Monster roundup: reintegrating the horror genre. In: BROWNE, Nick. Refiguring american film genres – theory and history. Berkeley: University of California Press, 1998, p. 233-248.
WILLIAMS, L. Melodrama Revised. In: BROWNE, N. (org.), Refiguring American Film Genres: History and Theory, University of California Pr, 1998: 42-88.
O livro “XXII SOCINE: 50 anos do maio de 68”, organizado por Lisandro Nogueira e Cleomar Rocha já está disponível para download em nosso site. A obra é composta de 11 artigos que lidam com a temática do maio de 68 pela perspectiva do cinema, que foi o tema do XXII Encontro SOCINE realizado em Goiânia, em 2018. De acordo com os organizadores, “Não há dúvidas de que o tema foi, é, e será sempre instigante, ainda mais aos olhos de muitos que (sobre)viveram (a)os tempos de 68, especialmente no Brasil, e que durante o evento debateram e refletiram sobre o legado de tão importante período da história mundial para a contemporaneidade. Na presente coletânea de textos procuramos demonstrar um pouquinho do que foi a XXII SOCINE, bastante eclética, mas que correspondeu muito bem à chamada para trazer a reflexão dos acontecimentos políticos, sociais, culturais e artísticos do ano de 1968”. O livro leva o selo editorial da SOCINE e ficará disponível em nosso site para download na seção Livros.
Tema do XXII encontro da Sociedade Brasileira de Estudos de Cinema e Audiovisual (SOCINE): “herança do maio de 1968 do ponto de vista do cinema, das novas redes de comunicação digital e da televisão”.
A Sociedade Brasileira de Estudos de Cinema e Audiovisual (SOCINE) repudia veementemente as manifestações recentes do governo federal contrárias a disciplinas das Humanidades como Filosofia ou Sociologia. Tais manifestações se constituem como ameaças inaceitáveis a áreas de conhecimento fundamentais que já convivem há anos com espaço reduzido nas políticas de financiamento de ensino e pesquisa no país.
A SOCINE considera que tais manifestações, além de desconhecerem a centralidade das Humanidades na construção da cidadania e no desenvolvimento do país, demonstram uma completa ausência de um projeto sério de educação e ciência.
Por isso, a SOCINE também assina a nota de repudio redigida pela ANPOF, disponível em:
http://www.anpof.org/portal/index.php/pt-BR/artigos-em-destaque/2075-nota-de-repudio-a-declaracoes-do-ministro-da-educacao-e-do-presidente-da-republica-sobre-as-faculdades-de-humanidades-nomeadamente-filosofia-e-sociologia
Diretoria SOCINE
Encerrou-se na última sexta, 19/04, o pagamento da anuidade e a submissão de trabalhos para o XXIII Encontro SOCINE que acontecerá de 08 a 11 de outubro na Unisinos, em Porto Alegre, RS. As propostas entram agora em período de avaliação e a divulgação dos trabalhos selecionados está prevista para o dia 10/06/2019.
Num momento em que a pesquisa brasileira sofre cortes, a SOCINE tem buscado reagir às dificuldades postas a toda área, implementando descontos a profissionais sem vínculo, criando novas formas de desligamento que possibilitam uma economia aos sócios e diminuindo a quantidade de anuidades atrasadas a serem pagas. Além disso, a escolha do tema deste ano levou em consideração a necessidade de refletirmos sobre preservação e memória audiovisual num período como este que vivemos. Por tudo isto, nos anima o fato do Encontro deste ano ter registrado o maior número de trabalhos submetidos nos últimos dez anos, totalizando 595 propostas enviadas. Em momentos de dificuldades como estes que o fortalecimento de nossa Sociedade e Encontro se faz cada vez mais importante e por isso, agradecemos a todas e todos que inscreveram seus trabalhos. Faremos mais um instigante e afetuoso Encontro, dessa vez em Porto Alegre.
Para finalizar, gostaríamos de informar aos sócios que não pagaram a anuidade, que é possível realizar o pagamento normalmente pelo sistema durante todo o ano. Para aqueles que buscam economizar, pode-se optar pelo Desligamento Parcial, que gera um desconto de 50% no valor da anuidade.
Para pagar e submeter os trabalhos é necessário que o sócio já cadastrado na Sociedade acesse nosso site socine.org.br e coloque seu CPF e sua senha no PAINEL DO ASSOCIADO.
Estando logado em nosso sistema, o sócio deverá clicar em MINHA CONTA e em seguida DADOS DE PAGAMENTO. Vai aparecer uma tela com o Histórico de pagamentos e ao lado Instruções de pagamento, onde é feito o processo via Paypal. Assim que o pagamento é realizado, aparece escrito PAGO no Histórico na coluna Anuidade 2019. Com isso é possível submeter o trabalho em seguida.
Para submeter a proposta de comunicação, você deve clicar em ENCONTROe em seguida INSCRIÇÃO. Abrirá uma tela com a explicação sobre cada uma das 4 modalidades e ao lado em Minha proposta você encontra os botões com as modalidades para se inscrever nelas. Você irá clicar naquela que você gostaria de enviar seu trabalho e preencher os campos. Depois de enviar a proposta você ainda pode edita-la até o encerramento do prazo. Após isso, a proposta entra em avaliação e não pode ser mais modificada.
Qualquer dúvida sobre o processo, entre em contato com a Secretaria pelo e-mail socine@socine.org.br