O XXIII Encontro SOCINE acontecerá na Unisinos, em Porto Alegre, de 08 a 11 de outubro de 2019.

A lista dos trabalhos aprovados pode ser acessada aqui. Os associados também podem checar a avaliação final de seus trabalhos pela sua área de associado.

Todos os aprovados precisam realizar o pagamento dentro do prazo para que sua participação seja confirmada. Os valores, após o primeiro prazo, terão acréscimos. O pagamento deverá ser feito pela área do associado, via Paypal.

Primeiro prazo: 10 de junho a 12 de julho – R$190,00 (profissionais) / R$95,00 (estudantes/profissionais sem vínculo)
Segundo prazo: 15 de julho a 26 de julho – R$220,00 (profissionais) / R$110,00 (estudantes/profissionais sem vínculo)
Prazo final: 29 de julho a 02 de agosto – R$260,00 (profissionais) / R$130,00 (estudantes/profissionais sem vínculo)

Tendo qualquer dúvida ou dificuldade, favor contatar a secretaria no e-mail socine@socine.org.br.

Ficha do Proponente

Proponente

    Karla Bessa (unicamp)

Minicurrículo

    Pesquisadora do Núcleo de Estudos de gênero PAGU, Professora do Programa de Pós-graduação em Multimeios do Instituto de Artes da Unicamp. Coordenadora do Projeto CinePAGU.

Ficha do Trabalho

Título

    Feminismos na tela: deslizamentos entre narrativa e criação

Seminário

    Mulheres no cinema e audiovisual

Resumo

    A apresentação traz como questão as relações entre os efeitos das narrativas fílmicas, no que se refere a um conteúdo e forma de cunho feminista, e as acepções de seus criadores que não necessariamente professam o feminismo como um valor político ou estético. Neste sentido, abre-se para análise fílmica a partir de uma perspectiva histórica que coloca em cena a autonomia do objeto fílmico e ao mesmo tempo sua circunscrição tempo-espacial. Propõe tensionar o alcance da noção “cinema de mulheres”.

Resumo expandido

    A apresentação traz como questão as relações entre os efeitos das narrativas fílmicas, no que se refere a um conteúdo e forma de cunho feminista, e as acepções de seus criadores que não necessariamente professam o feminismo como um valor político ou estético. Neste sentido, abre-se para análise fílmica a partir de uma perspectiva histórica que coloca em cena a autonomia do objeto fílmico e ao mesmo tempo sua circunscrição tempo-espacial. Propõe tensionar o alcance da noção “cinema de mulheres”.
    Já no seu nascedouro, a análise fílmica feminista postulava duas importantes máximas: a) existe uma relação de poder tanto nos processos de produção fílmica quanto no produto filme que silencia, exclui e menospreza questões que dizem respeito diretamente ao feminino, à feminilidade e aos corpos e sujeitos que performam o ser mulher. Recentemente, inclui-se nesta primeira avaliação, a pluralidade da categoria mulher, em suas múltiplas possibilidades, com especial atenção aos processos de inferiorização de mulheres negras e trans nas multitelas. B) embora tímida, do ponto de vista quantitativo, a participação de mulheres como diretoras, cinematografas e roteiristas produziu um impacto transformador no conjunto dos filmes cujo alinhamento crítico à esquerda tendia a projetar uma “nova mulher” para uma “nova nação”, incluindo neste rol de reconfiguração instituições como família, conjugalidade, parentalidades, permitindo assim a constituição de outra sensibilidade tanto para as mulheres, quanto para os homens no que concerne às relações de gênero.

    Essas pioneiras reflexões, desmontaram analiticamente filmes clássicos hollywoodianos e produziram importantes categorias para os estudos fílmicos, como olhar masculino (“male gaze”), cinema de mulheres, falocentrismo, filme independente feminista, tecnologia de gênero, voz feminina, crise da masculinidade, representação do desejo feminino, sexismo mítico, prazer visual. Seja a partir de uma abordagem mais sociológica (estadunidense) seja a partir de uma junção entre semiótica e psicanálise (britânica), seja numa perspectiva pós-estruturalista (francesa) ou anti-colonial (chicanas, indianas, africanas e América Latina), os estudos fílmicos muito se transformaram a partir da constituição de um campo de saber que problematiza o fazer fílmico a partir de uma perspectiva feminista. Neste sentido, podemos afirmar sem receios que nos últimos trinta e poucos anos vimos surgir outra historiografia do cinema.
    Nesta apresentação, pretendo traçar um pouco desta historiografia a partir de uma posição geopolítica brasileira, com olhar expandido para a América Latina, construindo uma leitura marcada tanto pela perspectiva anticolonialista quanto pela compreensão relacional do gênero, na qual a historicidade da categoria mulher nos permite problematizar os limites, como também os importantes avanços, da constituição de um cinema de mulheres.

Bibliografia

    BUTLER, J. and SCOTT, J. Feminists Theorize the political. N.Y. 1994. Routledge. BUTLER, Judith. Gender Trouble: feminism and subversion of identity; New York, Routledge, Champman & Hall, 1990.
    CORNELL & BENHABIB.(org.). Feminismo como crítica da Modernidade. R.J. Rosa dos Tempos. 1987.
    LAURETIS, Teresa. Technologies of Gender. Essays on Theory, Film, and Fiction. Indiana University Press: 1987. USA
    TEJEDOR, Maria C. Mujeres al otro lado de la cámara(¿Dónde están las directoras de cine ?). In: Espacio, Tiempo y Forma, Serie VII, Ha de l Arte, t. 20- 21 , 2007-2 008, págs. 315-340.
    WHITE, Patricia. Women’s Cinema, World Cinema. Projecting Contemporary Feminisms. Duke University Press. Durham and London. 2015

O livro “XXII SOCINE: 50 anos do maio de 68”, organizado por Lisandro Nogueira e Cleomar Rocha já está disponível para download em nosso site. A obra é composta de 11 artigos que lidam com a temática do maio de 68 pela perspectiva do cinema, que foi o tema do XXII Encontro SOCINE realizado em Goiânia, em 2018. De acordo com os organizadores, “Não há dúvidas de que o tema foi, é, e será sempre instigante, ainda mais aos olhos de muitos que (sobre)viveram (a)os tempos de 68, especialmente no Brasil, e que durante o evento debateram e refletiram sobre o legado de tão importante período da história mundial para a contemporaneidade. Na presente coletânea de textos procuramos demonstrar um pouquinho do que foi a XXII SOCINE, bastante eclética, mas que correspondeu muito bem à chamada para trazer a reflexão dos acontecimentos políticos, sociais, culturais e artísticos do ano de 1968”. O livro leva o selo editorial da SOCINE e ficará disponível em nosso site para download na seção Livros.

XXII Socine 50 anos de maio de 68
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Tema do XXII encontro da Sociedade Brasileira de Estudos de Cinema e Audiovisual (SOCINE): “herança do maio de 1968 do ponto de vista do cinema, das novas redes de comunicação digital e da televisão”.

A Sociedade Brasileira de Estudos de Cinema e Audiovisual (SOCINE) repudia veementemente as manifestações recentes do governo federal contrárias a disciplinas das Humanidades como Filosofia ou Sociologia. Tais manifestações se constituem como ameaças inaceitáveis a áreas de conhecimento fundamentais que já convivem há anos com espaço reduzido nas políticas de financiamento de ensino e pesquisa no país.

A SOCINE considera que tais manifestações, além de desconhecerem a centralidade das Humanidades na construção da cidadania e no desenvolvimento do país, demonstram uma completa ausência de um projeto sério de educação e ciência.

Por isso, a SOCINE também assina a nota de repudio redigida pela ANPOF, disponível em:
http://www.anpof.org/portal/index.php/pt-BR/artigos-em-destaque/2075-nota-de-repudio-a-declaracoes-do-ministro-da-educacao-e-do-presidente-da-republica-sobre-as-faculdades-de-humanidades-nomeadamente-filosofia-e-sociologia

Diretoria SOCINE

Encerrou-se na última sexta, 19/04, o pagamento da anuidade e a submissão de trabalhos para o XXIII Encontro SOCINE que acontecerá de 08 a 11 de outubro na Unisinos, em Porto Alegre, RS. As propostas entram agora em período de avaliação e a divulgação dos trabalhos selecionados está prevista para o dia 10/06/2019.

Num momento em que a pesquisa brasileira sofre cortes, a SOCINE tem buscado reagir às dificuldades postas a toda área, implementando descontos a profissionais sem vínculo, criando novas formas de desligamento que possibilitam uma economia aos sócios e diminuindo a quantidade de anuidades atrasadas a serem pagas. Além disso, a escolha do tema deste ano levou em consideração a necessidade de refletirmos sobre preservação e memória audiovisual num período como este que vivemos. Por tudo isto, nos anima o fato do Encontro deste ano ter registrado o maior número de trabalhos submetidos nos últimos dez anos, totalizando 595 propostas enviadas. Em momentos de dificuldades como estes que o fortalecimento de nossa Sociedade e Encontro se faz cada vez mais importante e por isso, agradecemos a todas e todos que inscreveram seus trabalhos. Faremos mais um instigante e afetuoso Encontro, dessa vez em Porto Alegre.

Para finalizar, gostaríamos de informar aos sócios que não pagaram a anuidade, que é possível realizar o pagamento normalmente pelo sistema durante todo o ano. Para aqueles que buscam economizar, pode-se optar pelo Desligamento Parcial, que gera um desconto de 50% no valor da anuidade.

Para pagar e submeter os trabalhos é necessário que o sócio já cadastrado na Sociedade acesse nosso site socine.org.br e coloque seu CPF e sua senha no PAINEL DO ASSOCIADO.

Estando logado em nosso sistema, o sócio deverá clicar em MINHA CONTA e em seguida DADOS DE PAGAMENTO. Vai aparecer uma tela com o Histórico de pagamentos e ao lado Instruções de pagamento, onde é feito o processo via Paypal. Assim que o pagamento é realizado, aparece escrito PAGO no Histórico na coluna Anuidade 2019. Com isso é possível submeter o trabalho em seguida.

Para submeter a proposta de comunicação, você deve clicar em ENCONTROe em seguida INSCRIÇÃO. Abrirá uma tela com a explicação sobre cada uma das 4 modalidades e ao lado em Minha proposta você encontra os botões com as modalidades para se inscrever nelas. Você irá clicar naquela que você gostaria de enviar seu trabalho e preencher os campos. Depois de enviar a proposta você ainda pode edita-la até o encerramento do prazo. Após isso, a proposta entra em avaliação e não pode ser mais modificada.

Qualquer dúvida sobre o processo, entre em contato com a Secretaria pelo e-mail socine@socine.org.br