
O XXII Encontro da SOCINE aconteceu de 23 a 26 de outubro de 2018 na Universidade Federal de Goiás, em Goiânia.
O XXII Encontro da SOCINE aconteceu de 23 a 26 de outubro de 2018 na Universidade Federal de Goiás, em Goiânia.
O XXI Encontro da SOCINE aconteceu de 17 a 20 de outubro de 2017 e foi sediado na Universidade Federal da Paraíba, em João Pessoa, PB.
No ano de 2016, quando a SOCINE comemorou 20 anos, o Encontro foi sediado pela UTP- Universidade Tuiuti do Paraná, no Campus Barigui em Curitiba, PR. O tema do evento foi Convergências do | no Cinema.
O XXIII Encontro SOCINE acontecerá na Unisinos, em Porto Alegre, de 08 a 11 de outubro de 2019.
A lista dos trabalhos aprovados pode ser acessada aqui. Os associados também podem checar a avaliação final de seus trabalhos pela sua área de associado.
Todos os aprovados precisam realizar o pagamento dentro do prazo para que sua participação seja confirmada. Os valores, após o primeiro prazo, terão acréscimos. O pagamento deverá ser feito pela área do associado, via Paypal.
Primeiro prazo: 10 de junho a 12 de julho – R$190,00 (profissionais) / R$95,00 (estudantes/profissionais sem vínculo)
Segundo prazo: 15 de julho a 26 de julho – R$220,00 (profissionais) / R$110,00 (estudantes/profissionais sem vínculo)
Prazo final: 29 de julho a 02 de agosto – R$260,00 (profissionais) / R$130,00 (estudantes/profissionais sem vínculo)
Tendo qualquer dúvida ou dificuldade, favor contatar a secretaria no e-mail socine@socine.org.br.
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Resumo
Resumo expandido
Pretendemos, nessa apresentação, destacar o caráter eletivo da luz no mundo, ou seja, sua capacidade não apenas de dar visibilidade a alguns elementos, mas também de escamotear outros. Assim, nos perguntaremos: ao eleger determinados elementos em detrimento de outros, a luz não produz deliberadas hierarquias? De que forma a luz tem a capacidade de produzir não apenas visibilidades, mas também invisibilidades?
Para explicitar essa dimensão política da luz, partiremos da análise do filme Iluminai os Terreiros (2006) de Nuno Ramos, Eduardo Climachauska e Gustavo Moura. Nele os artistas registraram expedições noturnas em lugares perdidos, desolados e esquecidos do Brasil em que puseram lanternas gigantes para iluminá-los performaticamente, durante uma noite. Ao “dar luz” a espaços marginais ou periféricos nunca antes iluminados, a obra nos faz enxergar a existência de territórios relegados à sombra. Ela revela, portanto, de maneira metafórica, uma disparidade de visibilidade existente no território.
Isso é justamente uma das questões que interessa ao autor alemão Wolgang Schivelbusch em seu livro La nuit désenchantée (1993). Nele, o autor explica que a iluminação pública sempre foi submetida a uma “lógica de gradação” de intensidade que dependia, por exemplo, da circulação de transeuntes ou da densidade de comércios. Ruas com pouca circulação ou pouco comércio recebiam, portanto, menos luzes que as demais. Contrastando com essa lógica, Schivelbusch relata como apareceu, nos séculos XVIII e XIX, um novo tipo de iluminação que aspirava produzir uma luz mais igualitária. Ele descreve como foram erguidas, em diversas cidades americanas, torres monumentais de refletores que irradiavam sobre as cidades uma luz que pretendia iluminar tão bem o centro quanto as periferias.
A busca por uma repartição mais igualitária da luz assinalada por Schivelbusch e, através dela, da visibilidade, é uma problemática central levantada por Iluminai os Terreiros. Tal problemática é abordada pelo filósofo francês Jacques Rancière em seu livro A partilha do sensível. Nele, o autor ressalta que a formação da comunidade política precisa do confronto entre percepções individuais divergentes, expressas no mundo sensível. Para o autor, a política é, portanto, fundamentalmente uma questão estética que cuida da organização dessas expressões. O filósofo francês, no entanto, entende que o sensível está partilhado de maneira desigual e essa divisão produz, portanto, partes excludentes que não têm visibilidade, voz ou participação.
Sendo assim, de que maneira obras de artes poderiam interferir na partilha do sensível? A nosso ver, é justamente uma interferência na partilha das formas de visibilidade que produz os artistas em Iluminai os Terreiros. Através de seu dispositivo, a obra restitui luz a esses territórios e corpos relegados à escuridão e ao esquecimento. Portanto, a intervenção produzida pelos artistas não apenas torna visíveis esses rostos desconhecidos, mas também lhes oferece a possibilidade de expressão pela palavra ou pelo corpo. Dessa maneira, ao iluminar espaços que nunca foram iluminados, Iluminai os Terreiros reformula a partilha do sensível e produz um curto-circuito na distribuição hegemônica do visível no território brasileiro.
Bibliografia
O livro “XXII SOCINE: 50 anos do maio de 68”, organizado por Lisandro Nogueira e Cleomar Rocha já está disponível para download em nosso site. A obra é composta de 11 artigos que lidam com a temática do maio de 68 pela perspectiva do cinema, que foi o tema do XXII Encontro SOCINE realizado em Goiânia, em 2018. De acordo com os organizadores, “Não há dúvidas de que o tema foi, é, e será sempre instigante, ainda mais aos olhos de muitos que (sobre)viveram (a)os tempos de 68, especialmente no Brasil, e que durante o evento debateram e refletiram sobre o legado de tão importante período da história mundial para a contemporaneidade. Na presente coletânea de textos procuramos demonstrar um pouquinho do que foi a XXII SOCINE, bastante eclética, mas que correspondeu muito bem à chamada para trazer a reflexão dos acontecimentos políticos, sociais, culturais e artísticos do ano de 1968”. O livro leva o selo editorial da SOCINE e ficará disponível em nosso site para download na seção Livros.
Tema do XXII encontro da Sociedade Brasileira de Estudos de Cinema e Audiovisual (SOCINE): “herança do maio de 1968 do ponto de vista do cinema, das novas redes de comunicação digital e da televisão”.
A Sociedade Brasileira de Estudos de Cinema e Audiovisual (SOCINE) repudia veementemente as manifestações recentes do governo federal contrárias a disciplinas das Humanidades como Filosofia ou Sociologia. Tais manifestações se constituem como ameaças inaceitáveis a áreas de conhecimento fundamentais que já convivem há anos com espaço reduzido nas políticas de financiamento de ensino e pesquisa no país.
A SOCINE considera que tais manifestações, além de desconhecerem a centralidade das Humanidades na construção da cidadania e no desenvolvimento do país, demonstram uma completa ausência de um projeto sério de educação e ciência.
Por isso, a SOCINE também assina a nota de repudio redigida pela ANPOF, disponível em:
http://www.anpof.org/portal/index.php/pt-BR/artigos-em-destaque/2075-nota-de-repudio-a-declaracoes-do-ministro-da-educacao-e-do-presidente-da-republica-sobre-as-faculdades-de-humanidades-nomeadamente-filosofia-e-sociologia
Diretoria SOCINE
Encerrou-se na última sexta, 19/04, o pagamento da anuidade e a submissão de trabalhos para o XXIII Encontro SOCINE que acontecerá de 08 a 11 de outubro na Unisinos, em Porto Alegre, RS. As propostas entram agora em período de avaliação e a divulgação dos trabalhos selecionados está prevista para o dia 10/06/2019.
Num momento em que a pesquisa brasileira sofre cortes, a SOCINE tem buscado reagir às dificuldades postas a toda área, implementando descontos a profissionais sem vínculo, criando novas formas de desligamento que possibilitam uma economia aos sócios e diminuindo a quantidade de anuidades atrasadas a serem pagas. Além disso, a escolha do tema deste ano levou em consideração a necessidade de refletirmos sobre preservação e memória audiovisual num período como este que vivemos. Por tudo isto, nos anima o fato do Encontro deste ano ter registrado o maior número de trabalhos submetidos nos últimos dez anos, totalizando 595 propostas enviadas. Em momentos de dificuldades como estes que o fortalecimento de nossa Sociedade e Encontro se faz cada vez mais importante e por isso, agradecemos a todas e todos que inscreveram seus trabalhos. Faremos mais um instigante e afetuoso Encontro, dessa vez em Porto Alegre.
Para finalizar, gostaríamos de informar aos sócios que não pagaram a anuidade, que é possível realizar o pagamento normalmente pelo sistema durante todo o ano. Para aqueles que buscam economizar, pode-se optar pelo Desligamento Parcial, que gera um desconto de 50% no valor da anuidade.
Para pagar e submeter os trabalhos é necessário que o sócio já cadastrado na Sociedade acesse nosso site socine.org.br e coloque seu CPF e sua senha no PAINEL DO ASSOCIADO.
Estando logado em nosso sistema, o sócio deverá clicar em MINHA CONTA e em seguida DADOS DE PAGAMENTO. Vai aparecer uma tela com o Histórico de pagamentos e ao lado Instruções de pagamento, onde é feito o processo via Paypal. Assim que o pagamento é realizado, aparece escrito PAGO no Histórico na coluna Anuidade 2019. Com isso é possível submeter o trabalho em seguida.
Para submeter a proposta de comunicação, você deve clicar em ENCONTROe em seguida INSCRIÇÃO. Abrirá uma tela com a explicação sobre cada uma das 4 modalidades e ao lado em Minha proposta você encontra os botões com as modalidades para se inscrever nelas. Você irá clicar naquela que você gostaria de enviar seu trabalho e preencher os campos. Depois de enviar a proposta você ainda pode edita-la até o encerramento do prazo. Após isso, a proposta entra em avaliação e não pode ser mais modificada.
Qualquer dúvida sobre o processo, entre em contato com a Secretaria pelo e-mail socine@socine.org.br