O XXIII Encontro SOCINE acontecerá na Unisinos, em Porto Alegre, de 08 a 11 de outubro de 2019.

A lista dos trabalhos aprovados pode ser acessada aqui. Os associados também podem checar a avaliação final de seus trabalhos pela sua área de associado.

Todos os aprovados precisam realizar o pagamento dentro do prazo para que sua participação seja confirmada. Os valores, após o primeiro prazo, terão acréscimos. O pagamento deverá ser feito pela área do associado, via Paypal.

Primeiro prazo: 10 de junho a 12 de julho – R$190,00 (profissionais) / R$95,00 (estudantes/profissionais sem vínculo)
Segundo prazo: 15 de julho a 26 de julho – R$220,00 (profissionais) / R$110,00 (estudantes/profissionais sem vínculo)
Prazo final: 29 de julho a 02 de agosto – R$260,00 (profissionais) / R$130,00 (estudantes/profissionais sem vínculo)

Tendo qualquer dúvida ou dificuldade, favor contatar a secretaria no e-mail socine@socine.org.br.

Ficha do Proponente

Proponente

    MAURICIO VASSALI (PUCRS)

Minicurrículo

    Doutorando no Programa de pós-graduação em Comunicação Social da PUC-RS, onde pesquisa o cinema brasileiro. É graduado em Cinema e Audiovisual pela UFPel (2018). Atuou como curador na sala universitária Cine UFPel (2015-2018), é membro da Associação de críticos de cinema do RS (ACCIRS) e colabora como crítico no site calvero.org.

Ficha do Trabalho

Título

    O Cine UFPel e a promoção da cinefilia a partir do cinema brasileiro

Seminário

    Exibição cinematográfica, espectatorialidades e artes da projeção no Brasil

Resumo

    O trabalho examina a difusão da cinefilia nas salas de cinema universitárias. Para tal, a delimitação está na curadoria no Cine UFPel, e nos longas-metragens brasileiros exibidos entre os anos de 2015 e 2018. A pesquisa contempla a perspectiva das estratégias curatoriais, do cineclubismo e da cultura da cinefilia. A diversidade de obras e a reflexão intercontextual são sugeridas como principais potências da promoção de tal cultura.

Resumo expandido

    De maneira paralela ao circuito comercial, as salas de cinema universitárias costumam oferecer uma programação diferenciada no que tange os formatos narrativos e de produção de filmes exibidos. Além disso, operam de maneira semelhante aos cineclubes, não apenas por, em geral, não visarem lucro, mas principalmente pelas funções que desempenham, incluindo a compreensão do cinema como valor artístico, a formação pelo compartilhamento de experiências, a interação com outras instâncias da comunidade e a promoção de um modelo de consumo audiovisual alternativo (MACEDO, 2010). Dado que o número de cursos de cinema cresceu no país nos últimos anos, totalizando 87 cursos de graduação em instituições públicas e privadas (RIBEIRO et al, 2016), cresceu também o número de salas universitárias e a necessidade de estudos que contemplem tal modalidade de difusão audiovisual. É neste contexto que se insere o Cine UFPel, sala de cinema que integra a Universidade Federal de Pelotas e é objeto de estudo deste trabalho. Operado integralmente por alunos bolsistas e professores dos cursos de Cinema da universidade, a sala contempla o cinema brasileiro em sua programação, sempre gratuita e aberta para a comunidade. Além de estreias semanais escolhidas pela equipe da sala, acontecem também no Cine UFPel a atividade de cineclubes, mostras e exibições em parceria com outras entidades como a ABRACCINE e o SESC. As obras são exibidas sob autorização de distribuidoras e realizadores, que aprovam as sessões gratuitas em datas e horários definidos previamente. Com o intuito de investigar seu potencial de promoção da cinefilia a partir da curadoria, este trabalho levantou apenas longas-metragens brasileiros exibidos em estreias, espaço onde o Cine opera com total independência, desde a fundação da sala em 2015 até o mês de agosto de 2018. Do total de 91 trabalhos, 27.5% foram dirigidos por mulheres, número que supera os 20.4% relativo ao total de produções guiadas por diretoras no país (ANCINE, 2016). Além disso, apenas oito longas tiveram exibição no circuito comercial de Pelotas. Ou seja, mais de 90% dos filmes exibidos eram inéditos na cidade. Ao separar as obras por local, 12 estados foram representados (AM, BA, CE, DF, MA, MG, PB, PR, PE, RJ, RS e SP). Tais dados vão ao encontro das diretrizes curatoriais da sala, principalmente aquela que diz respeito a descentralização geográfica de produções. Além desta, outras três pistas criativas para curadoria em salas universitárias são sugeridas por Langie (2017), incluindo inovação narrativa, compartilhamento da noção do dispositivo e representações que driblam clichês e apresentam outras realidades que não aquelas expostas pelo discurso hegemônico. Estas três últimas categorias curatoriais foram analisadas sob a ótica do autor, um dos responsáveis pela curadoria da sala durante o referido período. No processo curatorial, discussões acerca do juízo de valor de obras foram levantadas e sugestões da comunidade foram acatadas conforme disponibilidade de distribuidoras parceiras. Na organização da programação, o contato com outras entidades da comunidade se deu a partir de debates e bate-papos pós-sessão. A história do cinema foi revisitada em estreias que resgatavam a cinematografia brasileira e conversas foram travadas a partir de críticas publicadas acerca de tais trabalhos. A atividade tocou o cerne da ideia de cinefilia proposta por Baecque (2016). Para ele, mais que apenas assistir aos filmes, discutir sobre eles é fator essencial. A reflexão, que inclui a crítica, a história do cinema e a própria recepção dos cinéfilos, é sua marca específica. Sem excluir a experiência individual, a manifestação da cinefilia se dá em ações coletivas através de redes organizadas de onde partem debates intercontextuais que aspiram à alteridade. Enquanto sala universitária, é clara a necessidade e força do Cine UFPel em atingir cinéfilos em potencial, simpáticos à arte e por vezes carentes de certa luz em suas escolhas.

Bibliografia

    ANCINE. Anuário Estatístico do Cinema Brasileiro 2016. Disponível em: goo.gl/f3ynTg. Acesso em 19 mai 2018.
    BAECQUE, Antoine. Cinefilia. São Paulo: Cosac & Naify, 2010.
    LANGIE, Cintia A. Cinema brasileiro para além do espetáculo: pistas para uma curadoria criativa em cinemas universitários. Revista Orson, Pelotas, n.12, out. 2017. Disponível em: goo.gl/Gd1b2L. Acesso em 25 jun 2018.
    MACEDO, Felipe. Cineclube e autoformação do público. In:ALVES, Giovanni e MACEDO, Felipe. Cineclube, cinema & educação. Londrina: Praxis, 2010.
    RIBEIRO, Danielle C. L. et al. Mercado audiovisual e formação profissional: O perfil dos cursos superiores em Cinema e Audiovisual no Brasil. UFSCar/Forcine. 2016. Disponível em: goo.gl/JTwDLZ. Acesso em 22 jun 2018.

O livro “XXII SOCINE: 50 anos do maio de 68”, organizado por Lisandro Nogueira e Cleomar Rocha já está disponível para download em nosso site. A obra é composta de 11 artigos que lidam com a temática do maio de 68 pela perspectiva do cinema, que foi o tema do XXII Encontro SOCINE realizado em Goiânia, em 2018. De acordo com os organizadores, “Não há dúvidas de que o tema foi, é, e será sempre instigante, ainda mais aos olhos de muitos que (sobre)viveram (a)os tempos de 68, especialmente no Brasil, e que durante o evento debateram e refletiram sobre o legado de tão importante período da história mundial para a contemporaneidade. Na presente coletânea de textos procuramos demonstrar um pouquinho do que foi a XXII SOCINE, bastante eclética, mas que correspondeu muito bem à chamada para trazer a reflexão dos acontecimentos políticos, sociais, culturais e artísticos do ano de 1968”. O livro leva o selo editorial da SOCINE e ficará disponível em nosso site para download na seção Livros.

XXII Socine 50 anos de maio de 68
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Tema do XXII encontro da Sociedade Brasileira de Estudos de Cinema e Audiovisual (SOCINE): “herança do maio de 1968 do ponto de vista do cinema, das novas redes de comunicação digital e da televisão”.

A Sociedade Brasileira de Estudos de Cinema e Audiovisual (SOCINE) repudia veementemente as manifestações recentes do governo federal contrárias a disciplinas das Humanidades como Filosofia ou Sociologia. Tais manifestações se constituem como ameaças inaceitáveis a áreas de conhecimento fundamentais que já convivem há anos com espaço reduzido nas políticas de financiamento de ensino e pesquisa no país.

A SOCINE considera que tais manifestações, além de desconhecerem a centralidade das Humanidades na construção da cidadania e no desenvolvimento do país, demonstram uma completa ausência de um projeto sério de educação e ciência.

Por isso, a SOCINE também assina a nota de repudio redigida pela ANPOF, disponível em:
http://www.anpof.org/portal/index.php/pt-BR/artigos-em-destaque/2075-nota-de-repudio-a-declaracoes-do-ministro-da-educacao-e-do-presidente-da-republica-sobre-as-faculdades-de-humanidades-nomeadamente-filosofia-e-sociologia

Diretoria SOCINE

Encerrou-se na última sexta, 19/04, o pagamento da anuidade e a submissão de trabalhos para o XXIII Encontro SOCINE que acontecerá de 08 a 11 de outubro na Unisinos, em Porto Alegre, RS. As propostas entram agora em período de avaliação e a divulgação dos trabalhos selecionados está prevista para o dia 10/06/2019.

Num momento em que a pesquisa brasileira sofre cortes, a SOCINE tem buscado reagir às dificuldades postas a toda área, implementando descontos a profissionais sem vínculo, criando novas formas de desligamento que possibilitam uma economia aos sócios e diminuindo a quantidade de anuidades atrasadas a serem pagas. Além disso, a escolha do tema deste ano levou em consideração a necessidade de refletirmos sobre preservação e memória audiovisual num período como este que vivemos. Por tudo isto, nos anima o fato do Encontro deste ano ter registrado o maior número de trabalhos submetidos nos últimos dez anos, totalizando 595 propostas enviadas. Em momentos de dificuldades como estes que o fortalecimento de nossa Sociedade e Encontro se faz cada vez mais importante e por isso, agradecemos a todas e todos que inscreveram seus trabalhos. Faremos mais um instigante e afetuoso Encontro, dessa vez em Porto Alegre.

Para finalizar, gostaríamos de informar aos sócios que não pagaram a anuidade, que é possível realizar o pagamento normalmente pelo sistema durante todo o ano. Para aqueles que buscam economizar, pode-se optar pelo Desligamento Parcial, que gera um desconto de 50% no valor da anuidade.

Para pagar e submeter os trabalhos é necessário que o sócio já cadastrado na Sociedade acesse nosso site socine.org.br e coloque seu CPF e sua senha no PAINEL DO ASSOCIADO.

Estando logado em nosso sistema, o sócio deverá clicar em MINHA CONTA e em seguida DADOS DE PAGAMENTO. Vai aparecer uma tela com o Histórico de pagamentos e ao lado Instruções de pagamento, onde é feito o processo via Paypal. Assim que o pagamento é realizado, aparece escrito PAGO no Histórico na coluna Anuidade 2019. Com isso é possível submeter o trabalho em seguida.

Para submeter a proposta de comunicação, você deve clicar em ENCONTROe em seguida INSCRIÇÃO. Abrirá uma tela com a explicação sobre cada uma das 4 modalidades e ao lado em Minha proposta você encontra os botões com as modalidades para se inscrever nelas. Você irá clicar naquela que você gostaria de enviar seu trabalho e preencher os campos. Depois de enviar a proposta você ainda pode edita-la até o encerramento do prazo. Após isso, a proposta entra em avaliação e não pode ser mais modificada.

Qualquer dúvida sobre o processo, entre em contato com a Secretaria pelo e-mail socine@socine.org.br