O XXIII Encontro SOCINE acontecerá na Unisinos, em Porto Alegre, de 08 a 11 de outubro de 2019.

A lista dos trabalhos aprovados pode ser acessada aqui. Os associados também podem checar a avaliação final de seus trabalhos pela sua área de associado.

Todos os aprovados precisam realizar o pagamento dentro do prazo para que sua participação seja confirmada. Os valores, após o primeiro prazo, terão acréscimos. O pagamento deverá ser feito pela área do associado, via Paypal.

Primeiro prazo: 10 de junho a 12 de julho – R$190,00 (profissionais) / R$95,00 (estudantes/profissionais sem vínculo)
Segundo prazo: 15 de julho a 26 de julho – R$220,00 (profissionais) / R$110,00 (estudantes/profissionais sem vínculo)
Prazo final: 29 de julho a 02 de agosto – R$260,00 (profissionais) / R$130,00 (estudantes/profissionais sem vínculo)

Tendo qualquer dúvida ou dificuldade, favor contatar a secretaria no e-mail socine@socine.org.br.

Ficha do Proponente

Proponente

    Vivian Malusá (Paris 8)

Minicurrículo

    Mestranda na Universidade Paris 8 em “Cinema – Valorização de Patrimônios Cinematográficos e Audiovisuais”, com intercâmbio na Univ. de Bolonha, Itália. É graduada em Imagem e Som – UFSCar e mestre em Multimeios – Unicamp, foi coordenadora do setor de difusão da Cinemateca Brasileira. Participou do programa de aprimoramento profissional Courants du Monde, do Ministério da Cultura da França, em Paris, trabalhou com as equipes da Cinemateca Francesa e do Festival Il Cinema Ritrovato.

Ficha do Trabalho

Título

    A Jornada Brasileira de Cinema Silencioso e os festivais italianos.

Resumo

    Esta comunicação, no campo de festivais de filmes de acervo, discute práticas de programação da Jornada Brasileira de Cinema Silencioso (2007/12), realizada pela Cinemateca Brasileira, sob a luz de modelos italianos de festivais, encabeçados pelo Il Cinema Ritrovato, de Bologna, e as Giornate del Cinema Muto di Pordenone. Ambos foram criados na década de 80 e foram pioneiros em alguns aspectos, como o uso da programação como vitrine dos trabalhos de suas instituições e da preservação de filmes.

Resumo expandido

    Na década de 1980, na Itália, foram criados dois festivais de filme de acervo, que logo se tornaram os principais do gênero, em nível mundial: as Giornate del Cinema Muto (1982), jornadas promovidas pela Cineteca del Friuli, que acontecem em Pordenone e que apresentam filmes silenciosos, e Il Cinema Ritrovato (1986), cujo foco são filmes “redescobertos”. Ambos trouxeram consigo o arcabouço da questão patrimonial.
    A partir da década de 90, esses festivais se tornaram referência para a criação de muitos outros festivais e eventos que, além de exibir filmes raros, silenciosos, preservados ou restaurados – dependendo de suas curadorias mais específicas -, tinham como uma das características celebrar os filmes de patrimônio e o campo da preservação cinematográfica, a exemplo de CinéMémoires, Festival Lumière, Zoom Arrière, na França, Crazy Cinématographe, em Luxemburgo, San Francisco Silent Film Festival, nos EUA, entre outros.
    Entre 2007 e 2012, a Cinemateca Brasileira promoveu a Jornada Brasileira de Cinema Silencioso. Em linhas gerais, o evento contava com 10 dias de programação intensa com exibição de filmes silenciosos (com/sem acompanhamento sonoro ao vivo), palestras, mesas de debates, exposições, lançamentos de livros, entre outras atividades, a depender da edição. Embora houvesse muitas particularidades, a programação da Jornada se aproximava do formato dos dois eventos italianos.
    Os pesquisadores Francesco di Chiara e Valentina Re apontam para a necessidade de aprofundamento em uma historiografia do cinema que pense os festivais como um campo autônomo de pesquisa, que seja capaz de examinar como as estratégias empregadas por eles – sua estrutura, programação, materiais de divulgação, catálogos, mesas redondas, ou mesmo as características de seu público – puderam e podem impactar os caminhos teóricos da história do cinema.
    Marie Frappat, pesquisadora que tem se debruçado sobre temas relacionados às atividades de cinematecas e arquivos de filmes, batizou de “escola bolonhesa” de restauração os trabalhos realizados na cidade de Bolonha, na Itália, no campo do patrimônio cinematográfico. Segundo a autora, a escola é estruturada em três bases: o que ela chama de trabalhos da cinemateca como local de conservação e difusão, o laboratório, e a academia. Pode-se substituir por: Cineteca di Bologna, laboratório L’immagine ritrovata – em Bolonha, apesar do laboratório ser ligado à Cineteca, ele presta serviços a outras cinematecas e distribuidoras, sendo bastante independente dos trabalhos gerais da própria cinemateca -, e o departamento de cinema da Universidade de Bolonha, cujo embasamento e proposições teóricas foram fundamentais principalmente em um primeiro momento do festival.
    Em um momento da história em que a exibição digital nas salas de cinema substituiu em grande medida a projeção de filmes em película, estes festivais de filmes de arquivo buscam manter e valorizar o trabalho relacionado à preservação fílmica e o acesso aos filmes da forma mais próxima a que foram concebidos. Esses eventos são oportunidades para o arquivo olhar para sua coleção com ainda maior atenção, percebendo necessidades maiores de conservação e de restauração, descobrindo e divulgando pérolas, investigando e tomando decisões curatoriais.
    Ao observar de perto da programação de tais festivais, percebe-se que as ações de preservação de uma cinemateca impulsionam a difusão de filmes e ações de difusão impulsionam a conservação, modificando de vez a “dicotomia histórica” para um outro paradigma, onde difunde-se para preservar e preserva-se para difundir.
    Esta comunicação tem como objetivo levantar pontos de aproximação entre a programação da Jornada Brasileira de Cinema Silencioso e os eventos italianos supracitados, analisando suas edições sob a perspectiva de que as atividades contemplavam, de maneira concentrada, todas as missões de uma cinemateca: enriquecer a coleção, preservar (catalogação, conservação e restauração) e dar acesso.

Bibliografia

    DI CHIARA, Francesco e RE, Valentina. Film Festival/Film History: The Impact of Film Festivals on Cinema Historiography. Il cinema ritrovato and beyond. Cinémas : revue d’études cinématographiques, disponível em http://www.erudit.org/revue/cine/2011/v21/n2-3/1005587ar.html, acesso em 12 set. 2014.
    FRAPPAT, Marie. L’« école bolonaise » de restauration des films. HABIB, André e MARIE, Michel (org.). : L’avenir de la mémoire – Patrimoine, Restauration, Réemploi Cinématographiques. Villeneuve d’Ascq, Presses Universitaires du Septentrion, 2013, p. 39-46.
    ROBINSON, David. Entrevista a Danielle Crepaldi Carvalho. Significação, São Paulo, v. 45, n. 49, p. 252-264, jan-jun. 2018.
    SOUZA, Carlos Roberto – Curador da Jornada Brasileira de Cinema Silencioso (I a V). Entrevista a Vivian Malusá por e-mail, 13 de fev. 2017.
    USAI, Paolo Cherchi, FRANCIS, David, HORWATH, Alexander, LOEBENSTEIN, Michael (org). Film curatorship: archives, museums and the digital marketplace. Viena, Synema, 2008.

O livro “XXII SOCINE: 50 anos do maio de 68”, organizado por Lisandro Nogueira e Cleomar Rocha já está disponível para download em nosso site. A obra é composta de 11 artigos que lidam com a temática do maio de 68 pela perspectiva do cinema, que foi o tema do XXII Encontro SOCINE realizado em Goiânia, em 2018. De acordo com os organizadores, “Não há dúvidas de que o tema foi, é, e será sempre instigante, ainda mais aos olhos de muitos que (sobre)viveram (a)os tempos de 68, especialmente no Brasil, e que durante o evento debateram e refletiram sobre o legado de tão importante período da história mundial para a contemporaneidade. Na presente coletânea de textos procuramos demonstrar um pouquinho do que foi a XXII SOCINE, bastante eclética, mas que correspondeu muito bem à chamada para trazer a reflexão dos acontecimentos políticos, sociais, culturais e artísticos do ano de 1968”. O livro leva o selo editorial da SOCINE e ficará disponível em nosso site para download na seção Livros.

XXII Socine 50 anos de maio de 68
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Tema do XXII encontro da Sociedade Brasileira de Estudos de Cinema e Audiovisual (SOCINE): “herança do maio de 1968 do ponto de vista do cinema, das novas redes de comunicação digital e da televisão”.

A Sociedade Brasileira de Estudos de Cinema e Audiovisual (SOCINE) repudia veementemente as manifestações recentes do governo federal contrárias a disciplinas das Humanidades como Filosofia ou Sociologia. Tais manifestações se constituem como ameaças inaceitáveis a áreas de conhecimento fundamentais que já convivem há anos com espaço reduzido nas políticas de financiamento de ensino e pesquisa no país.

A SOCINE considera que tais manifestações, além de desconhecerem a centralidade das Humanidades na construção da cidadania e no desenvolvimento do país, demonstram uma completa ausência de um projeto sério de educação e ciência.

Por isso, a SOCINE também assina a nota de repudio redigida pela ANPOF, disponível em:
http://www.anpof.org/portal/index.php/pt-BR/artigos-em-destaque/2075-nota-de-repudio-a-declaracoes-do-ministro-da-educacao-e-do-presidente-da-republica-sobre-as-faculdades-de-humanidades-nomeadamente-filosofia-e-sociologia

Diretoria SOCINE

Encerrou-se na última sexta, 19/04, o pagamento da anuidade e a submissão de trabalhos para o XXIII Encontro SOCINE que acontecerá de 08 a 11 de outubro na Unisinos, em Porto Alegre, RS. As propostas entram agora em período de avaliação e a divulgação dos trabalhos selecionados está prevista para o dia 10/06/2019.

Num momento em que a pesquisa brasileira sofre cortes, a SOCINE tem buscado reagir às dificuldades postas a toda área, implementando descontos a profissionais sem vínculo, criando novas formas de desligamento que possibilitam uma economia aos sócios e diminuindo a quantidade de anuidades atrasadas a serem pagas. Além disso, a escolha do tema deste ano levou em consideração a necessidade de refletirmos sobre preservação e memória audiovisual num período como este que vivemos. Por tudo isto, nos anima o fato do Encontro deste ano ter registrado o maior número de trabalhos submetidos nos últimos dez anos, totalizando 595 propostas enviadas. Em momentos de dificuldades como estes que o fortalecimento de nossa Sociedade e Encontro se faz cada vez mais importante e por isso, agradecemos a todas e todos que inscreveram seus trabalhos. Faremos mais um instigante e afetuoso Encontro, dessa vez em Porto Alegre.

Para finalizar, gostaríamos de informar aos sócios que não pagaram a anuidade, que é possível realizar o pagamento normalmente pelo sistema durante todo o ano. Para aqueles que buscam economizar, pode-se optar pelo Desligamento Parcial, que gera um desconto de 50% no valor da anuidade.

Para pagar e submeter os trabalhos é necessário que o sócio já cadastrado na Sociedade acesse nosso site socine.org.br e coloque seu CPF e sua senha no PAINEL DO ASSOCIADO.

Estando logado em nosso sistema, o sócio deverá clicar em MINHA CONTA e em seguida DADOS DE PAGAMENTO. Vai aparecer uma tela com o Histórico de pagamentos e ao lado Instruções de pagamento, onde é feito o processo via Paypal. Assim que o pagamento é realizado, aparece escrito PAGO no Histórico na coluna Anuidade 2019. Com isso é possível submeter o trabalho em seguida.

Para submeter a proposta de comunicação, você deve clicar em ENCONTROe em seguida INSCRIÇÃO. Abrirá uma tela com a explicação sobre cada uma das 4 modalidades e ao lado em Minha proposta você encontra os botões com as modalidades para se inscrever nelas. Você irá clicar naquela que você gostaria de enviar seu trabalho e preencher os campos. Depois de enviar a proposta você ainda pode edita-la até o encerramento do prazo. Após isso, a proposta entra em avaliação e não pode ser mais modificada.

Qualquer dúvida sobre o processo, entre em contato com a Secretaria pelo e-mail socine@socine.org.br