O XXIII Encontro SOCINE acontecerá na Unisinos, em Porto Alegre, de 08 a 11 de outubro de 2019.

A lista dos trabalhos aprovados pode ser acessada aqui. Os associados também podem checar a avaliação final de seus trabalhos pela sua área de associado.

Todos os aprovados precisam realizar o pagamento dentro do prazo para que sua participação seja confirmada. Os valores, após o primeiro prazo, terão acréscimos. O pagamento deverá ser feito pela área do associado, via Paypal.

Primeiro prazo: 10 de junho a 12 de julho – R$190,00 (profissionais) / R$95,00 (estudantes/profissionais sem vínculo)
Segundo prazo: 15 de julho a 26 de julho – R$220,00 (profissionais) / R$110,00 (estudantes/profissionais sem vínculo)
Prazo final: 29 de julho a 02 de agosto – R$260,00 (profissionais) / R$130,00 (estudantes/profissionais sem vínculo)

Tendo qualquer dúvida ou dificuldade, favor contatar a secretaria no e-mail socine@socine.org.br.

Ficha do Proponente

Proponente

    Alexandre Figueirôa Ferreira (Unicap)

Minicurrículo

    Alexandre Figueirôa é Doutor em Estudos Cinematográficos e Audiovisuais pela Universidade Paris 3. É crítico e pesquisador de cinema, professor adjunto do curso de Jornalismo, da Especialização em Estudos Cinematográficos e do mestrado em Indústrias Criativas da Universidade Católica de Pernambuco. Publicou, entre outros, os livros Cinema Novo, a Onda do Jovem Cinema e sua Recepção na França (2004); O Documentário em Pernambuco no Século XX, com Claudio Bezerra (2016).

Coautor

    Claudio Roberto de Araujo Bezerra (UNICAP)

Ficha do Trabalho

Título

    Preservação e memória na atuação do crítico-cineasta Fernando Spencer

Resumo

    A manutenção de acervos cinematográficos é fundamental para a preservação da memória do cinema brasileiro. Em Pernambuco, o cineasta e crítico Fernando Spencer é um nome incontornável, sobretudo pelo papel que desempenhou na preservação do Ciclo do Recife, tanto nas páginas do jornal Diário de Pernambuco, quanto no período em que foi diretor da Cinemateca da Fundação Joaquim Nabuco, no Recife.

Resumo expandido

    A conservação e a guarda de filmes é uma ação fundamental para a preservação da memória do cinema em todo o mundo. No Brasil, é sabida as dificuldades para manutenção dos acervos cinematográficos do país, a exemplo da Cinemateca Brasileira, em São Paulo. Em 1981, Carlos Augusto Calil já observava:

    “Todos conhecemos a impossibilidade de se reconstituir, no Brasil, o copioso acervo de filmes, aqui produzidos desde 1898. O descaso e a diversidade climática e a própria friabilidade da película cinematográfica são responsáveis pelo desaparecimento de quase toda a produção até nossos dias. O que sobreviveu foi obra do mero acaso.” (CALIL, 1981, p.12)

    Passados 38 anos, a situação dos acervos melhorou um pouco, mas, como assinalou Calil, naquele momento, a coleção de filmes existentes não era representativa da evolução do cinema brasileiro, pois apenas momentos dessa evolução é que se encontravam preservados.

    Em Pernambuco, a situação dos acervos também sempre foi marcada pela penúria. O Museu da Imagem e do Som de Pernambuco (MISPE) possui uma coleção de filmes, mas que está longe de ser representativa de tudo que foi realizado no estado. Outro acervo local é o da Cinemateca da Fundação Joaquim Nabuco (Fundaj), inicialmente uma filmoteca, transformada em cinemateca em 1982.

    Nesse contexto, um nome, porém, chama atenção. Entre as obras do “mero acaso”, como citou Calil, um momento do cinema brasileiro, ou parte dele, sobreviveu a tragédia do desaparecimento completo: o Ciclo do Recife. E foi graças ao crítico e cineasta Fernando Spencer, que temos hoje um acervo de filmes (ou trechos deles), textos e fotos de um dos ciclos mais importantes do cinema brasileiro. No período em que foi diretor da Cinemateca da Fundaj, graças ao bom relacionamento que tinha com o cineasta Jota Soares, diretor de A Filha do Advogado (1926), Spencer empreendeu uma série de ações que recuperou a memória material e imaterial do Ciclo do Recife. Soares, foi um dos pioneiros do cinema pernambucano e possuía um arquivo pessoal, sendo uma espécie de guardião do Ciclo.

    Fernando Spencer, além de cineasta e crítico do jornal Diário de Pernambuco, exerceu uma militância constante a favor de tudo que dizia respeito à arte cinematográfica. Foi defensor da profissionalização da produção de filmes, do cineclubismo, criou o Cinema de Arte do Recife e, como diretor da Cinemateca a partir de 1980 – cargo que ocupou por 20 anos –, articulou várias ações ligadas a preservação de filmes.

    A consciência da importância de se manter uma memória do cinema pernambucano, todavia, já era um fato quando Spencer ainda estava dando os seus primeiros passos como crítico de cinema. Em 1962, ele abriu a página de cinema por ele editada, para que Jota Soares publicasse uma série de crônicas na coluna denominada Relembrando o cinema pernambucano. Nos anos 1980, ele retomou essa preocupação como relata Regina Behar:

    “Os filmes de Fernando Spencer sobre o Ciclo do Recife são marcados pelo seu compromisso com a preservação da memória; com a missão que lhe foi transmitida por Jota Soares que o tornou, após a morte deste, o novo guardião do legado dos pioneiros. (…) Spencer teve um papel fundamental no que se refere à preservação da memória do movimento, quando assumiu a direção da Cinemateca da Fundação Joaquim Nabuco. Foi com sua intermediação que a Fundação adquiriu o arquivo de Jota Soares e adquiriu cópias restauradas dos filmes do Ciclo do Recife junto à Cinemateca Brasileira.” (BEHAR, 2003)

    É essa atuação de Fernando Spencer como guardião herdeiro do Ciclo do Recife e suas outras iniciativas em prol da preservação de obras cinematográficas que nos debruçaremos, lembrando que esse trabalho é resultado das investigações para a pesquisa “A produção jornalística e cinematográfica de Fernando Spencer e sua contribuição à cultura pernambucana”.

Bibliografia

    BEHAR, Regina. Labirintos da memoria no cinema pernambucano: o “ciclo” da década de 20. In: ANPUH – XXII SIMPÓSIO NACIONAL DE HISTÓRIA, João Pessoa, 2003.
    BEZERRA, Cláudio R. A.; FIGUEIRÔA, Alexandre. O documentário em Pernambuco no século XX. Recife: FASA/MXM Gráfica e Editora, 2016.
    CALIL, Carlos Augusto M. Cinemateca imaginária: cinema & memória. Rio de Janeiro: Embrafilme, 1981.
    CUNHA, Paulo. Relembrando o cinema pernambucano. Recife: Editora Massangana, 2006.
    FIGUEIRÔA, Alexandre. O crítico-cineasta das mil faces. In: Anais de Textos Completos do XXII Encontro SOCINE [recurso eletrônico] / Organização editorial Angela Freire Prysthon… [et al.]. São Paulo: SOCINE, 2018.
    FIGUEIRÔA, Alexandre. Cinema pernambucano: uma história em ciclos. Recife: Fundação de Cultura Cidade do Recife, 2000.

O livro “XXII SOCINE: 50 anos do maio de 68”, organizado por Lisandro Nogueira e Cleomar Rocha já está disponível para download em nosso site. A obra é composta de 11 artigos que lidam com a temática do maio de 68 pela perspectiva do cinema, que foi o tema do XXII Encontro SOCINE realizado em Goiânia, em 2018. De acordo com os organizadores, “Não há dúvidas de que o tema foi, é, e será sempre instigante, ainda mais aos olhos de muitos que (sobre)viveram (a)os tempos de 68, especialmente no Brasil, e que durante o evento debateram e refletiram sobre o legado de tão importante período da história mundial para a contemporaneidade. Na presente coletânea de textos procuramos demonstrar um pouquinho do que foi a XXII SOCINE, bastante eclética, mas que correspondeu muito bem à chamada para trazer a reflexão dos acontecimentos políticos, sociais, culturais e artísticos do ano de 1968”. O livro leva o selo editorial da SOCINE e ficará disponível em nosso site para download na seção Livros.

XXII Socine 50 anos de maio de 68
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Tema do XXII encontro da Sociedade Brasileira de Estudos de Cinema e Audiovisual (SOCINE): “herança do maio de 1968 do ponto de vista do cinema, das novas redes de comunicação digital e da televisão”.

A Sociedade Brasileira de Estudos de Cinema e Audiovisual (SOCINE) repudia veementemente as manifestações recentes do governo federal contrárias a disciplinas das Humanidades como Filosofia ou Sociologia. Tais manifestações se constituem como ameaças inaceitáveis a áreas de conhecimento fundamentais que já convivem há anos com espaço reduzido nas políticas de financiamento de ensino e pesquisa no país.

A SOCINE considera que tais manifestações, além de desconhecerem a centralidade das Humanidades na construção da cidadania e no desenvolvimento do país, demonstram uma completa ausência de um projeto sério de educação e ciência.

Por isso, a SOCINE também assina a nota de repudio redigida pela ANPOF, disponível em:
http://www.anpof.org/portal/index.php/pt-BR/artigos-em-destaque/2075-nota-de-repudio-a-declaracoes-do-ministro-da-educacao-e-do-presidente-da-republica-sobre-as-faculdades-de-humanidades-nomeadamente-filosofia-e-sociologia

Diretoria SOCINE

Encerrou-se na última sexta, 19/04, o pagamento da anuidade e a submissão de trabalhos para o XXIII Encontro SOCINE que acontecerá de 08 a 11 de outubro na Unisinos, em Porto Alegre, RS. As propostas entram agora em período de avaliação e a divulgação dos trabalhos selecionados está prevista para o dia 10/06/2019.

Num momento em que a pesquisa brasileira sofre cortes, a SOCINE tem buscado reagir às dificuldades postas a toda área, implementando descontos a profissionais sem vínculo, criando novas formas de desligamento que possibilitam uma economia aos sócios e diminuindo a quantidade de anuidades atrasadas a serem pagas. Além disso, a escolha do tema deste ano levou em consideração a necessidade de refletirmos sobre preservação e memória audiovisual num período como este que vivemos. Por tudo isto, nos anima o fato do Encontro deste ano ter registrado o maior número de trabalhos submetidos nos últimos dez anos, totalizando 595 propostas enviadas. Em momentos de dificuldades como estes que o fortalecimento de nossa Sociedade e Encontro se faz cada vez mais importante e por isso, agradecemos a todas e todos que inscreveram seus trabalhos. Faremos mais um instigante e afetuoso Encontro, dessa vez em Porto Alegre.

Para finalizar, gostaríamos de informar aos sócios que não pagaram a anuidade, que é possível realizar o pagamento normalmente pelo sistema durante todo o ano. Para aqueles que buscam economizar, pode-se optar pelo Desligamento Parcial, que gera um desconto de 50% no valor da anuidade.

Para pagar e submeter os trabalhos é necessário que o sócio já cadastrado na Sociedade acesse nosso site socine.org.br e coloque seu CPF e sua senha no PAINEL DO ASSOCIADO.

Estando logado em nosso sistema, o sócio deverá clicar em MINHA CONTA e em seguida DADOS DE PAGAMENTO. Vai aparecer uma tela com o Histórico de pagamentos e ao lado Instruções de pagamento, onde é feito o processo via Paypal. Assim que o pagamento é realizado, aparece escrito PAGO no Histórico na coluna Anuidade 2019. Com isso é possível submeter o trabalho em seguida.

Para submeter a proposta de comunicação, você deve clicar em ENCONTROe em seguida INSCRIÇÃO. Abrirá uma tela com a explicação sobre cada uma das 4 modalidades e ao lado em Minha proposta você encontra os botões com as modalidades para se inscrever nelas. Você irá clicar naquela que você gostaria de enviar seu trabalho e preencher os campos. Depois de enviar a proposta você ainda pode edita-la até o encerramento do prazo. Após isso, a proposta entra em avaliação e não pode ser mais modificada.

Qualquer dúvida sobre o processo, entre em contato com a Secretaria pelo e-mail socine@socine.org.br