O XXIII Encontro SOCINE acontecerá na Unisinos, em Porto Alegre, de 08 a 11 de outubro de 2019.

A lista dos trabalhos aprovados pode ser acessada aqui. Os associados também podem checar a avaliação final de seus trabalhos pela sua área de associado.

Todos os aprovados precisam realizar o pagamento dentro do prazo para que sua participação seja confirmada. Os valores, após o primeiro prazo, terão acréscimos. O pagamento deverá ser feito pela área do associado, via Paypal.

Primeiro prazo: 10 de junho a 12 de julho – R$190,00 (profissionais) / R$95,00 (estudantes/profissionais sem vínculo)
Segundo prazo: 15 de julho a 26 de julho – R$220,00 (profissionais) / R$110,00 (estudantes/profissionais sem vínculo)
Prazo final: 29 de julho a 02 de agosto – R$260,00 (profissionais) / R$130,00 (estudantes/profissionais sem vínculo)

Tendo qualquer dúvida ou dificuldade, favor contatar a secretaria no e-mail socine@socine.org.br.

Ficha do Proponente

Proponente

    Carlos Francisco Pérez Reyna (UFJF)

Minicurrículo

    Professor Associado I do Bacharelado em Cinema e Audiovisual do Instituto de Artes e Design (IAD) e do Programa de Pós-graduação em Ciências Sociais (PPGCSo) da Universidade Federal de Juiz de Fora. É coordenador do Laboratório de Antropologia Visual e Documentário (LAVIDOC).

Ficha do Trabalho

Título

    Cine andino e reforma agrária na ditadura de 1968 no Peru

Resumo

    A ditadura militar iniciada em 1968 no Peru, liderado pelo General Juan Velasco Alvarado, é um acontecimento importante na história contemporânea desse país. Do ponto de vista do cinema peruano, qual foi o interesse nas possibilidades de produção cinematográfica para apoiar seus projetos de reforma e modernização? Quais filmes foram realizados para contestar ou dar apoio a esse projeto político? Quem são os personagens e realizadores desses filmes? Quais suas molduras históricas?

Resumo expandido

    Das duas etapas: 1968-1975 e 1975-1980, esta comunicação abordará a primeira, uma vez que foram esses anos que o governo ditatorial de Velasco Alvarado, em termos de ressonâncias históricas, realizaram duas produções documentárias mais significativas dessa conjuntura: Runan Caycu de Nora de Izcue (1973) e Kuntur Wachana de Federico García (1977), ambos patrocinados pela “La Ley del Cine de 1972” e pelo organismo público SINAMOS (Sistema Nacional de Movilización Social). Entre os procedimentos metodológicos utilizaremos, a análises fílmica e suas molduras históricas. Ambas nos permitiram responder aos seguintes questionamentos: como foram construídos os filmes? Para quem foram realizados? Os realizadores pertenciam a um determinado grêmio político ou algum movimento artístico cinematográfico?
    Algumas breves reflexões sobre o cinema na historiografia peruana: fortemente enraizado em Lima o primeiro cinema teve vocações propagandísticas, populares e “criollas”, seu legado é mínimo. Não existe infraestrutura nem a apoio político para uma indústria cinematográfica nacional em permanente gestação. Existe um consenso quando alguns autores nos dizem que a história do cinema no Peru sempre teve crises (Ricardo Bedoya, 1995; Sarah Barrow, 2005). O centralismo limenho como regime político e económico produz uma hierarquização do território e de suas autoridades, também se aplica ao cinema peruano. Um claro exemplo disso é inexistência de produções fílmicas nas regiões geográficas de costa, serra e selva. Para o espectador de Lima capital, o mundo andino somente se limitava a algumas postais de Machu Picchu, a fotografias etnográficas e a danças estilizadas (Carlos Reyna, 2018).
    Só na década dos 50, longe da modernidade da elite limenha, nasce, cresce e se desenvolve um dos movimentos cinematográficos de América do Sul, Cine Club Cusco, núcleo originário daquilo que se conheceria internacionalmente como La Escuela de Cusco (Bedoya, 1995; Carbone, 1993). Do ponto de vista do cinema experimental, autores como Michael Channan (2009) nos lembram a importância desse cinema periférico devido a sua origem, seu estilo e sua diferencia tecnológica em relação a Hollywood e aos cinemas industriais europeus. No entanto, do ponto de vista da temática andina, negligenciam o problema da posse da terra e a transformação da estrutura agrária, isto é, de suas próprias condições de trabalho. Ao evitar essa abordagem, La Escuela de Cusco, evita também a história social e política de Cusco e da serra peruana de maneira geral. Esse é o pano de fundo para a relação que se aproxima entre o cinema andino, a ditadura e a reforma agrária.

Bibliografia

    BEDOYA, Ricardo. 100 años de cine en el Perú: una historia crítica. 2ª edición, Lima: Universidad de Lima, 1995.
    BARROW, Sarah. Images of Peru: A National Cinema in Crisis, in: Latin American Cinema: Essays on Modernity, Gender and National Identity, edited by Lisa Shaw, Stephanie Dennison. McFarland. 2005.
    CARBONE, Giancarlo. El cine en el Perú, 1950-1972: testimonios. Lima: Universidad de Lima, 1993.
    REYNA, Carlos. Cine y ditadura en el Perú: actores sociales y personajes políticos. In Golpe de vista: cinema e ditadura militar na América do Sul, São Paulo: Alameda, 2016.

O livro “XXII SOCINE: 50 anos do maio de 68”, organizado por Lisandro Nogueira e Cleomar Rocha já está disponível para download em nosso site. A obra é composta de 11 artigos que lidam com a temática do maio de 68 pela perspectiva do cinema, que foi o tema do XXII Encontro SOCINE realizado em Goiânia, em 2018. De acordo com os organizadores, “Não há dúvidas de que o tema foi, é, e será sempre instigante, ainda mais aos olhos de muitos que (sobre)viveram (a)os tempos de 68, especialmente no Brasil, e que durante o evento debateram e refletiram sobre o legado de tão importante período da história mundial para a contemporaneidade. Na presente coletânea de textos procuramos demonstrar um pouquinho do que foi a XXII SOCINE, bastante eclética, mas que correspondeu muito bem à chamada para trazer a reflexão dos acontecimentos políticos, sociais, culturais e artísticos do ano de 1968”. O livro leva o selo editorial da SOCINE e ficará disponível em nosso site para download na seção Livros.

XXII Socine 50 anos de maio de 68
1650 Downloads

Tema do XXII encontro da Sociedade Brasileira de Estudos de Cinema e Audiovisual (SOCINE): “herança do maio de 1968 do ponto de vista do cinema, das novas redes de comunicação digital e da televisão”.

A Sociedade Brasileira de Estudos de Cinema e Audiovisual (SOCINE) repudia veementemente as manifestações recentes do governo federal contrárias a disciplinas das Humanidades como Filosofia ou Sociologia. Tais manifestações se constituem como ameaças inaceitáveis a áreas de conhecimento fundamentais que já convivem há anos com espaço reduzido nas políticas de financiamento de ensino e pesquisa no país.

A SOCINE considera que tais manifestações, além de desconhecerem a centralidade das Humanidades na construção da cidadania e no desenvolvimento do país, demonstram uma completa ausência de um projeto sério de educação e ciência.

Por isso, a SOCINE também assina a nota de repudio redigida pela ANPOF, disponível em:
http://www.anpof.org/portal/index.php/pt-BR/artigos-em-destaque/2075-nota-de-repudio-a-declaracoes-do-ministro-da-educacao-e-do-presidente-da-republica-sobre-as-faculdades-de-humanidades-nomeadamente-filosofia-e-sociologia

Diretoria SOCINE

Encerrou-se na última sexta, 19/04, o pagamento da anuidade e a submissão de trabalhos para o XXIII Encontro SOCINE que acontecerá de 08 a 11 de outubro na Unisinos, em Porto Alegre, RS. As propostas entram agora em período de avaliação e a divulgação dos trabalhos selecionados está prevista para o dia 10/06/2019.

Num momento em que a pesquisa brasileira sofre cortes, a SOCINE tem buscado reagir às dificuldades postas a toda área, implementando descontos a profissionais sem vínculo, criando novas formas de desligamento que possibilitam uma economia aos sócios e diminuindo a quantidade de anuidades atrasadas a serem pagas. Além disso, a escolha do tema deste ano levou em consideração a necessidade de refletirmos sobre preservação e memória audiovisual num período como este que vivemos. Por tudo isto, nos anima o fato do Encontro deste ano ter registrado o maior número de trabalhos submetidos nos últimos dez anos, totalizando 595 propostas enviadas. Em momentos de dificuldades como estes que o fortalecimento de nossa Sociedade e Encontro se faz cada vez mais importante e por isso, agradecemos a todas e todos que inscreveram seus trabalhos. Faremos mais um instigante e afetuoso Encontro, dessa vez em Porto Alegre.

Para finalizar, gostaríamos de informar aos sócios que não pagaram a anuidade, que é possível realizar o pagamento normalmente pelo sistema durante todo o ano. Para aqueles que buscam economizar, pode-se optar pelo Desligamento Parcial, que gera um desconto de 50% no valor da anuidade.

Para pagar e submeter os trabalhos é necessário que o sócio já cadastrado na Sociedade acesse nosso site socine.org.br e coloque seu CPF e sua senha no PAINEL DO ASSOCIADO.

Estando logado em nosso sistema, o sócio deverá clicar em MINHA CONTA e em seguida DADOS DE PAGAMENTO. Vai aparecer uma tela com o Histórico de pagamentos e ao lado Instruções de pagamento, onde é feito o processo via Paypal. Assim que o pagamento é realizado, aparece escrito PAGO no Histórico na coluna Anuidade 2019. Com isso é possível submeter o trabalho em seguida.

Para submeter a proposta de comunicação, você deve clicar em ENCONTROe em seguida INSCRIÇÃO. Abrirá uma tela com a explicação sobre cada uma das 4 modalidades e ao lado em Minha proposta você encontra os botões com as modalidades para se inscrever nelas. Você irá clicar naquela que você gostaria de enviar seu trabalho e preencher os campos. Depois de enviar a proposta você ainda pode edita-la até o encerramento do prazo. Após isso, a proposta entra em avaliação e não pode ser mais modificada.

Qualquer dúvida sobre o processo, entre em contato com a Secretaria pelo e-mail socine@socine.org.br