O XXIII Encontro SOCINE acontecerá na Unisinos, em Porto Alegre, de 08 a 11 de outubro de 2019.

A lista dos trabalhos aprovados pode ser acessada aqui. Os associados também podem checar a avaliação final de seus trabalhos pela sua área de associado.

Todos os aprovados precisam realizar o pagamento dentro do prazo para que sua participação seja confirmada. Os valores, após o primeiro prazo, terão acréscimos. O pagamento deverá ser feito pela área do associado, via Paypal.

Primeiro prazo: 10 de junho a 12 de julho – R$190,00 (profissionais) / R$95,00 (estudantes/profissionais sem vínculo)
Segundo prazo: 15 de julho a 26 de julho – R$220,00 (profissionais) / R$110,00 (estudantes/profissionais sem vínculo)
Prazo final: 29 de julho a 02 de agosto – R$260,00 (profissionais) / R$130,00 (estudantes/profissionais sem vínculo)

Tendo qualquer dúvida ou dificuldade, favor contatar a secretaria no e-mail socine@socine.org.br.

Ficha do Proponente

Proponente

    KATE VIVIANNE ALCANTARA SARAIVA (FOCCA)

Minicurrículo

    Especialista em Estudos Cinematográficos pela Universidade Católica de Pernambuco (2018); Mestra em Desenvolvimento Urbano (UFPE, 2017). Concluiu o curso de graduação em Arquitetura e Urbanismo na Universidade Federal de Pernambuco (2002) com o trabalho intitulado “Cinemas do Recife – morfologia de edifícios e salas para exibição cinematográfica”. É autora do livro ‘Cinemas do Recife’ (Funcultura, 2013) e Docente na Faculdade de Olinda, desde 2018.

Ficha do Trabalho

Título

    Cinemas do Sertão do Pajeú

Seminário

    Exibição cinematográfica, espectatorialidades e artes da projeção no Brasil

Resumo

    O presente artigo é parte de uma pesquisa que tem como objeto de estudo os Cinemas de Rua do Sertão do Pajeú, no interior do Estado de Pernambuco, e que procura entender como a arte cinematográfica se difundiu na região e como se relacionou com a cultura e o desenvolvimento local. A quase inexistência e preservação de fontes documentais direcionou o trabalho à uma análise baseada nas memórias dos antigos frequentadores desses cinemas ou envolvidos com a prática da exibição local.

Resumo expandido

    Este artigo é parte de uma pesquisa, em andamento, que investiga nos dezessete municípios da Região do Pajeú, no Sertão Pernambucano, os cinemas de rua extintos ou que ainda ‘resistem’, com a intenção de entender como se deu a difusão do cinema, a construção de edificações para a exibição cinematográfica e a relação desses espaços construídos com as memórias, a cultura e o desenvolvimento local.

    Pretende discutir aspectos relacionados à história desses edifícios e às memórias de pessoas apaixonadas pela arte cinematográfica e pelos cinemas, antigos frequentadores ou envolvidos com a prática da exibição local. A falta de preservação de documentos direcionou o trabalho para uma análise de conteúdo baseada nas memórias dessas pessoas, conforme orienta Bardin (2011). O recorte temporal situa-se entre 1940 e 1970, período correspondente à expansão e funcionamento das salas de cinemas nesses municípios.

    Atualmente, quase não existem cinemas no Pajeú. Em algumas cidades, eles nunca chegaram. Triunfo é a única cidade que atende à região, com apenas um cinema, o Cineteatro Guarany, funcionando regularmente. Afogados da Ingazeira possui o Cine São José, mas que só exibe filmes uma vez por ano durante a Mostra Pajeú. As restantes não têm sala de cinema ou sequer chegaram a contar com exibições ao ar livre, em praças. Também não possuem cinemas em shoppings. Ou seja, um grande número de pessoas não possui acesso à produções audiovisuais, antigas ou contemporâneas, no sertão pajeuzeiro.

    No Brasil, há uma alta concentração de salas nas capitais e em cidades metropolitanas, e pouca ou quase nenhuma oferta nas cidades interioranas. De modo geral, as cidades, constantemente modificadas pelo desenvolvimento econômico, perderam o caráter simbólico dos cinemas no meio urbano. Marcos na paisagem. Edifícios de boa arquitetura ou não, em art déco ou modernos, se diferenciavam arquitetonicamente e já foram mais significativos que as atuais salas de shopping padronizadas. Esses espaços também contribuíam para a socialização entre pessoas, e ativação de áreas urbanas e de entornos imediatos.

    No interior, entretanto, a situação é um pouco diferente das capitais. Os processos foram mais lentos. A especulação imobiliária menos intensa, o que fez com que alguns edifícios de cinema ainda ‘resistissem’ e até ‘renascessem’, como foi o caso do Cine São José em Afogados da Ingazeira, reconstruído pela população local, voluntariamente, na década de 1990.

    No total, foram dezesseis cinemas de rua no Pajeú. De pequenas salas a outras de maior porte os sertanejos divertiram-se com produções do cinema nacional e internacional, principalmente filmes americanos e de faroeste. As películas foram vistas em espaços projetados, ou não, para a exibição cinematográfica.

    Essa apresentação pretende discutir algumas das questões levantadas na pesquisa como: Os primórdios dos cinemas no Sertão do Pajeú; Como era a relação com o parque exibidor e com as distribuidoras no Recife? Como os cinemas impactaram as comunidades locais e como se deu a experiência pessoal e afetiva com esses espaços? Quais os motivos do sucesso e permanência dos estabelecimentos de exibição ou do encerramento das suas atividades? Quais os principais filmes exibidos e como se deu a recepção e a frequência de público.

    Ao resgatar essa memória urbana e oral, local e regional, preenche-se mais uma parte de uma grande lacuna: a das histórias de cinemas no Brasil. Descobre-se melhor o país de ontem e o de hoje, assim como possíveis caminhos para a preservação e recuperação de patrimônios e de acervos, e para a criação de políticas públicas para a exibição cinematográfica.

Bibliografia

    ABREU, Regina; CHAGAS, Mário. Memória e patrimônio: ensaios contemporâneos. Rio de Janeiro: DP&A. 2003.
    BARDIN, Laurence. Análise de conteúdo. Editora Almedina, 2011. 6ª ed. 280pg.
    FERRAZ, Talitha. Mais do que cinemas: parcerias entre esferas públicas, privadas e sociedade civil na reabertura de antigas salas de exibição no Brasil e na Bélgica. Revista Eptic, vol. 18, nº 2, maio-agosto, 2016.
    LUCA, L. G. A. Mercado exibidor brasileiro: do monopólio ao pluripólio. In: MELEIRO, Alessandra (org.). Cinema e mercado. SP: Escrituras Ed., 2010. p. 53-69.
    SARAIVA, K. Cinemas do Recife. Recife: Funcultura, 2013.

O livro “XXII SOCINE: 50 anos do maio de 68”, organizado por Lisandro Nogueira e Cleomar Rocha já está disponível para download em nosso site. A obra é composta de 11 artigos que lidam com a temática do maio de 68 pela perspectiva do cinema, que foi o tema do XXII Encontro SOCINE realizado em Goiânia, em 2018. De acordo com os organizadores, “Não há dúvidas de que o tema foi, é, e será sempre instigante, ainda mais aos olhos de muitos que (sobre)viveram (a)os tempos de 68, especialmente no Brasil, e que durante o evento debateram e refletiram sobre o legado de tão importante período da história mundial para a contemporaneidade. Na presente coletânea de textos procuramos demonstrar um pouquinho do que foi a XXII SOCINE, bastante eclética, mas que correspondeu muito bem à chamada para trazer a reflexão dos acontecimentos políticos, sociais, culturais e artísticos do ano de 1968”. O livro leva o selo editorial da SOCINE e ficará disponível em nosso site para download na seção Livros.

XXII Socine 50 anos de maio de 68
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Tema do XXII encontro da Sociedade Brasileira de Estudos de Cinema e Audiovisual (SOCINE): “herança do maio de 1968 do ponto de vista do cinema, das novas redes de comunicação digital e da televisão”.

A Sociedade Brasileira de Estudos de Cinema e Audiovisual (SOCINE) repudia veementemente as manifestações recentes do governo federal contrárias a disciplinas das Humanidades como Filosofia ou Sociologia. Tais manifestações se constituem como ameaças inaceitáveis a áreas de conhecimento fundamentais que já convivem há anos com espaço reduzido nas políticas de financiamento de ensino e pesquisa no país.

A SOCINE considera que tais manifestações, além de desconhecerem a centralidade das Humanidades na construção da cidadania e no desenvolvimento do país, demonstram uma completa ausência de um projeto sério de educação e ciência.

Por isso, a SOCINE também assina a nota de repudio redigida pela ANPOF, disponível em:
http://www.anpof.org/portal/index.php/pt-BR/artigos-em-destaque/2075-nota-de-repudio-a-declaracoes-do-ministro-da-educacao-e-do-presidente-da-republica-sobre-as-faculdades-de-humanidades-nomeadamente-filosofia-e-sociologia

Diretoria SOCINE

Encerrou-se na última sexta, 19/04, o pagamento da anuidade e a submissão de trabalhos para o XXIII Encontro SOCINE que acontecerá de 08 a 11 de outubro na Unisinos, em Porto Alegre, RS. As propostas entram agora em período de avaliação e a divulgação dos trabalhos selecionados está prevista para o dia 10/06/2019.

Num momento em que a pesquisa brasileira sofre cortes, a SOCINE tem buscado reagir às dificuldades postas a toda área, implementando descontos a profissionais sem vínculo, criando novas formas de desligamento que possibilitam uma economia aos sócios e diminuindo a quantidade de anuidades atrasadas a serem pagas. Além disso, a escolha do tema deste ano levou em consideração a necessidade de refletirmos sobre preservação e memória audiovisual num período como este que vivemos. Por tudo isto, nos anima o fato do Encontro deste ano ter registrado o maior número de trabalhos submetidos nos últimos dez anos, totalizando 595 propostas enviadas. Em momentos de dificuldades como estes que o fortalecimento de nossa Sociedade e Encontro se faz cada vez mais importante e por isso, agradecemos a todas e todos que inscreveram seus trabalhos. Faremos mais um instigante e afetuoso Encontro, dessa vez em Porto Alegre.

Para finalizar, gostaríamos de informar aos sócios que não pagaram a anuidade, que é possível realizar o pagamento normalmente pelo sistema durante todo o ano. Para aqueles que buscam economizar, pode-se optar pelo Desligamento Parcial, que gera um desconto de 50% no valor da anuidade.

Para pagar e submeter os trabalhos é necessário que o sócio já cadastrado na Sociedade acesse nosso site socine.org.br e coloque seu CPF e sua senha no PAINEL DO ASSOCIADO.

Estando logado em nosso sistema, o sócio deverá clicar em MINHA CONTA e em seguida DADOS DE PAGAMENTO. Vai aparecer uma tela com o Histórico de pagamentos e ao lado Instruções de pagamento, onde é feito o processo via Paypal. Assim que o pagamento é realizado, aparece escrito PAGO no Histórico na coluna Anuidade 2019. Com isso é possível submeter o trabalho em seguida.

Para submeter a proposta de comunicação, você deve clicar em ENCONTROe em seguida INSCRIÇÃO. Abrirá uma tela com a explicação sobre cada uma das 4 modalidades e ao lado em Minha proposta você encontra os botões com as modalidades para se inscrever nelas. Você irá clicar naquela que você gostaria de enviar seu trabalho e preencher os campos. Depois de enviar a proposta você ainda pode edita-la até o encerramento do prazo. Após isso, a proposta entra em avaliação e não pode ser mais modificada.

Qualquer dúvida sobre o processo, entre em contato com a Secretaria pelo e-mail socine@socine.org.br