O XXIII Encontro SOCINE acontecerá na Unisinos, em Porto Alegre, de 08 a 11 de outubro de 2019.

A lista dos trabalhos aprovados pode ser acessada aqui. Os associados também podem checar a avaliação final de seus trabalhos pela sua área de associado.

Todos os aprovados precisam realizar o pagamento dentro do prazo para que sua participação seja confirmada. Os valores, após o primeiro prazo, terão acréscimos. O pagamento deverá ser feito pela área do associado, via Paypal.

Primeiro prazo: 10 de junho a 12 de julho – R$190,00 (profissionais) / R$95,00 (estudantes/profissionais sem vínculo)
Segundo prazo: 15 de julho a 26 de julho – R$220,00 (profissionais) / R$110,00 (estudantes/profissionais sem vínculo)
Prazo final: 29 de julho a 02 de agosto – R$260,00 (profissionais) / R$130,00 (estudantes/profissionais sem vínculo)

Tendo qualquer dúvida ou dificuldade, favor contatar a secretaria no e-mail socine@socine.org.br.

Ficha do Proponente

Proponente

    Michelle Cunha Sales (UFRJ/CEIS20)

Minicurrículo

    Professora Adjunta da Escola de Belas Artes da Universidade Federal do Rio de Janeiro, Investigadora Integrada do Centro de Estudos Interdisciplinares da Universidade de Coimbra, Coordenadora Científica do projeto “Á margem do cinema português: estudos sobre o cinema afrodescendente produzido em Portugal”, financiado pela Fundação Calouste Gulbenkian. Em 2019, é curadora da Residência artística Afroeuropeans (CEIS20/TAGV/LIPA), realizada em Coimbra, Portugal.

Coautor

    Catarina Andrade (UFPE)

Ficha do Trabalho

Título

    Cinemas pós-coloniais e decoloniais em contextos de crise

Seminário

    Cinemas pós-coloniais e periféricos

Resumo

    A partir de uma perspectiva teórica que põe em causa e em discussão os contextos em que surgem um pensamento e uma prática artística pós-colonial em Portugal (ligada à tradição anglo-saxã) e decolonial latina, esta comunicação pretende explorar e discutir de que forma a programação do Festival Janela Internacional de Cinema do Recife e do Afrotela de Lisboa trazem uma filmografia cuja forma e conteúdo é capaz de agenciar novas dinâmicas de produção do cinema e novas relações com a imagem.

Resumo expandido

    Nos últimos anos, temos assistido um novo estágio cultural no Brasil: um período crítico aguçado pelas transformações do campo cultural brasileiro, fortemente marcado pela disputa à inclusão cultural e simbólica do povo negro ou afro-brasileiro, além do protagonismo dos estudos marcados pelo feminismo interseccional e negro, assim como a disputa pela produção narrativa de grupos políticos minoritários. Esse “novo estágio” acompanha as recentes mudanças políticas que culminaram não apenas no Golpe de 2016, como na eleição e vitória de um candidato de extrema-direita no Brasil. Não é demais referir que a cultura tem sido um espaço privilegiado de desmonte e de embate entre os “antigos” produtores culturais e as novas políticas neo-liberais em voga. Queremos ressaltar nesta comunicação que o cinema contemporâneo brasileiro tem aprofundado outras linhas de força, ampliando o debate acerca de novos engajamentos com a imagem e novos modos de relação, percepção e produção de cinema. Ressalto, a partir da segunda década dos anos 2000, um novo estágio das dinâmicas do pensamento e de uma produção cultural decolonial (Maldonado-Torres,2013) que aprofunda (não apenas no Brasil) tensões acerca da memória e do passado colonial e seus desdobramentos socio-culturais e estéticos. É nesse contexto que surge o Janela Internacional de Cinema do Recife, um festival que já conta com onze edições e que tem em suas sessões, painéis, como: o Janela Crítica e o Brasil distópico, sessões que têm vindo a contemplar novas vozes e que têm exibido filmes que propõem aprofundar a reflexão sobre a situação política brasileira atual e sua relação com a cultura, além de questões identitárias capazes de envolver temas como raça e gênero. Essa produção decolonial recente relaciona-se com a vasta tradição latino-americana que remonta ao cinema produzido nos anos sessenta, sobretudo aquele pensado a partir de manifestos como Toward a Third Cinema (1969), embora atualiza em termos de forma e conteúdo novos engajamentos com a imagem que a forma do filme-ensaio sintetiza como modo de produção e percepção de mundo que muitos realizadores brasileiros têm vindo a adotar.
    Em Portugal passa a circular a partir dos anos 2000 o cinema africano, que até então só era exibido regularmente na França, na Alemanha e no Reino Unido. A relação com o negro, com a representação do negro, e com o próprio passado colonialista passa a ser alterado a partir daí. Entretanto, também é na virada para a segunda década dos anos 2000 em Portugal que surge uma produção de filmes realizada por diretores afrodescendentes que impõem novas agendas no que diz respeito à identidade nacional, raça, gênero e sexualidade. Assim como no Brasil, em Portugal surgem novos espaços de exibição e circulação de imagens, como o Afro Tela (Lisboa), espaço de exibição para o cinema africano contemporâneo, dinamizado pelo ator e realizador guineense Welket Bungué. Assim como o Festival de Cinema do Recife, o Afrotela tem sido não apenas janela para o cinema negro português (Sales, 2019) como local de formação de novas redes de trabalho e de produção artística voltada para portugueses afrodescendentes.
    De que forma é possível pensar essas aproximações entre o cinema decolonial que está sendo produzido e exibido no Brasil em espaços como o Janela Internacional de Cinema do Recife e o cinema pós-colonial dos realizadores portugueses afrodescendentes? De que forma ao discutir um imaginário que passa por trânsitos culturais em comum, como a memória colonial, o trauma da escravidão e questões de raça e gênero, os filmes produzidos a partir dessas novas dinâmicas podem tocar-se? De que forma dialogam? E que tipo de pontos de contato podem ter em comum?
    Para tal digressão e análise, esta comunicação irá recair sobre a curadoria e a programação do Janela Internacional de Cinema de Recife de 2018 e a programação do Afro Tela de Lisboa, do mesmo ano.

Bibliografia

    BALLESTRIN, Luciana. América Latina e o giro decolonial, In Revista Brasileira de Ciência Política, nº11. Brasília, maio-agosto de 201
    MALDONADO-TORRES, Nelson. A topologia do ser e a geopolítica do conhecimento. Modernidade, Império e Colonialidade. In: SANTOS, Boaventura de Sousa, MENESES, Maria Paula (orgs.). Epistemologias do Sul [livro eletrônico]. São Paulo: Cortez, 2013.
    SALES, Michelle. Pós-colonialismo(s) e o cinema brasileiro: a Retomada. Anais de Textos Completos do XXII Encontro SOCINE [recurso eletrônico] / Organização editorial Angela Freire Prysthon… [et al.]. São Paulo: SOCINE, 2018. P. 771- 776

O livro “XXII SOCINE: 50 anos do maio de 68”, organizado por Lisandro Nogueira e Cleomar Rocha já está disponível para download em nosso site. A obra é composta de 11 artigos que lidam com a temática do maio de 68 pela perspectiva do cinema, que foi o tema do XXII Encontro SOCINE realizado em Goiânia, em 2018. De acordo com os organizadores, “Não há dúvidas de que o tema foi, é, e será sempre instigante, ainda mais aos olhos de muitos que (sobre)viveram (a)os tempos de 68, especialmente no Brasil, e que durante o evento debateram e refletiram sobre o legado de tão importante período da história mundial para a contemporaneidade. Na presente coletânea de textos procuramos demonstrar um pouquinho do que foi a XXII SOCINE, bastante eclética, mas que correspondeu muito bem à chamada para trazer a reflexão dos acontecimentos políticos, sociais, culturais e artísticos do ano de 1968”. O livro leva o selo editorial da SOCINE e ficará disponível em nosso site para download na seção Livros.

XXII Socine 50 anos de maio de 68
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Tema do XXII encontro da Sociedade Brasileira de Estudos de Cinema e Audiovisual (SOCINE): “herança do maio de 1968 do ponto de vista do cinema, das novas redes de comunicação digital e da televisão”.

A Sociedade Brasileira de Estudos de Cinema e Audiovisual (SOCINE) repudia veementemente as manifestações recentes do governo federal contrárias a disciplinas das Humanidades como Filosofia ou Sociologia. Tais manifestações se constituem como ameaças inaceitáveis a áreas de conhecimento fundamentais que já convivem há anos com espaço reduzido nas políticas de financiamento de ensino e pesquisa no país.

A SOCINE considera que tais manifestações, além de desconhecerem a centralidade das Humanidades na construção da cidadania e no desenvolvimento do país, demonstram uma completa ausência de um projeto sério de educação e ciência.

Por isso, a SOCINE também assina a nota de repudio redigida pela ANPOF, disponível em:
http://www.anpof.org/portal/index.php/pt-BR/artigos-em-destaque/2075-nota-de-repudio-a-declaracoes-do-ministro-da-educacao-e-do-presidente-da-republica-sobre-as-faculdades-de-humanidades-nomeadamente-filosofia-e-sociologia

Diretoria SOCINE

Encerrou-se na última sexta, 19/04, o pagamento da anuidade e a submissão de trabalhos para o XXIII Encontro SOCINE que acontecerá de 08 a 11 de outubro na Unisinos, em Porto Alegre, RS. As propostas entram agora em período de avaliação e a divulgação dos trabalhos selecionados está prevista para o dia 10/06/2019.

Num momento em que a pesquisa brasileira sofre cortes, a SOCINE tem buscado reagir às dificuldades postas a toda área, implementando descontos a profissionais sem vínculo, criando novas formas de desligamento que possibilitam uma economia aos sócios e diminuindo a quantidade de anuidades atrasadas a serem pagas. Além disso, a escolha do tema deste ano levou em consideração a necessidade de refletirmos sobre preservação e memória audiovisual num período como este que vivemos. Por tudo isto, nos anima o fato do Encontro deste ano ter registrado o maior número de trabalhos submetidos nos últimos dez anos, totalizando 595 propostas enviadas. Em momentos de dificuldades como estes que o fortalecimento de nossa Sociedade e Encontro se faz cada vez mais importante e por isso, agradecemos a todas e todos que inscreveram seus trabalhos. Faremos mais um instigante e afetuoso Encontro, dessa vez em Porto Alegre.

Para finalizar, gostaríamos de informar aos sócios que não pagaram a anuidade, que é possível realizar o pagamento normalmente pelo sistema durante todo o ano. Para aqueles que buscam economizar, pode-se optar pelo Desligamento Parcial, que gera um desconto de 50% no valor da anuidade.

Para pagar e submeter os trabalhos é necessário que o sócio já cadastrado na Sociedade acesse nosso site socine.org.br e coloque seu CPF e sua senha no PAINEL DO ASSOCIADO.

Estando logado em nosso sistema, o sócio deverá clicar em MINHA CONTA e em seguida DADOS DE PAGAMENTO. Vai aparecer uma tela com o Histórico de pagamentos e ao lado Instruções de pagamento, onde é feito o processo via Paypal. Assim que o pagamento é realizado, aparece escrito PAGO no Histórico na coluna Anuidade 2019. Com isso é possível submeter o trabalho em seguida.

Para submeter a proposta de comunicação, você deve clicar em ENCONTROe em seguida INSCRIÇÃO. Abrirá uma tela com a explicação sobre cada uma das 4 modalidades e ao lado em Minha proposta você encontra os botões com as modalidades para se inscrever nelas. Você irá clicar naquela que você gostaria de enviar seu trabalho e preencher os campos. Depois de enviar a proposta você ainda pode edita-la até o encerramento do prazo. Após isso, a proposta entra em avaliação e não pode ser mais modificada.

Qualquer dúvida sobre o processo, entre em contato com a Secretaria pelo e-mail socine@socine.org.br