O XXIII Encontro SOCINE acontecerá na Unisinos, em Porto Alegre, de 08 a 11 de outubro de 2019.

A lista dos trabalhos aprovados pode ser acessada aqui. Os associados também podem checar a avaliação final de seus trabalhos pela sua área de associado.

Todos os aprovados precisam realizar o pagamento dentro do prazo para que sua participação seja confirmada. Os valores, após o primeiro prazo, terão acréscimos. O pagamento deverá ser feito pela área do associado, via Paypal.

Primeiro prazo: 10 de junho a 12 de julho – R$190,00 (profissionais) / R$95,00 (estudantes/profissionais sem vínculo)
Segundo prazo: 15 de julho a 26 de julho – R$220,00 (profissionais) / R$110,00 (estudantes/profissionais sem vínculo)
Prazo final: 29 de julho a 02 de agosto – R$260,00 (profissionais) / R$130,00 (estudantes/profissionais sem vínculo)

Tendo qualquer dúvida ou dificuldade, favor contatar a secretaria no e-mail socine@socine.org.br.

Ficha do Proponente

Proponente

    Alexandre Silva Guerreiro (UFRJ)

Minicurrículo

    Doutor em Comunicação no PPGCOM/UFF. Mestre em Comunicação pela UFF. Bacharel e Licenciado em História pela UERJ e Bacharel em Comunicação Social (Cinema) pela UFF. Atualmente, é Professor Docente I na Secretaria de Estado de Educação do Rio de Janeiro (SEEDUC/RJ) e desenvolve pesquisa de Pós-doutorado sobre “Escola, Cinema e Violência – um estudo sob a perspectiva dos direitos humanos” no Programa de Pós-Graduação em Educação da UFRJ.

Ficha do Trabalho

Título

    CINEMA E DIREITOS HUMANOS COMO PERSPECTIVA EDUCACIONAL

Seminário

    Cinema e Educação

Resumo

    As diversas formas de experimentação do cinema na escola nos convidam a refletir sobre os efeitos das escolhas feitas pelos docentes. A partir do conceito de curadoria educativa (VERGARA, 1996; MARTINS, 2006), este trabalho busca investigar de que maneira filmes como Café com Canela e Infiltrado na Klan promovem uma experiência cinematográfica dentro da perspectiva de uma educação em direitos humanos (CANDAU; SACAVINO, 2013) como norteadora de nossas práticas pedagógicas.

Resumo expandido

    O cinema está na escola de diversas maneiras e há muito tempo. As origens da relação entre cinema e educação nos remetem à experiência do INCE, no caso brasileiro, mas as reflexões acerca dessa relação ganham cada vez mais relevo e densidade. O modo como o cinema entra no espaço escolar na contemporaneidade merece uma atenção que abarque as diversas nuances da exibição audiovisual, seja vinculada a uma determinada disciplina, seja em espaços criados especialmente para isso, como os cineclubes. Isso, sem considerar as inúmeras possibilidades colocadas pela produção de vídeos por alunos.
    Nesse sentido, a formação docente para trabalhar com o cinema na escola adquire uma importância indiscutível. Quando a relação entre cinema e educação é acrescida das questões inerentes aos direitos humanos, essa formação ganha novos contornos e especificidades. Partindo do conceito de curadoria educativa (VERGARA, 1996), este trabalho busca investigar de que maneira filmes como Café com Canela, de Ary Rosa e Glenda Nicácio (Brasil, 2017) e Infiltrado na Klan, de Spike Lee (EUA, 2018) promovem uma experiência cinematográfica dentro da perspectiva de uma educação em direitos humanos (CANDAU; SACAVINO, 2013), como norteadora de nossas práticas pedagógicas e colocando em pauta uma dimensão crítica da formação docente.
    Uma das questões mais relevantes quando se discute a formação docente em relação ao uso do audiovisual na escola é o conceito de curadoria educativa. Segundo Luiz Vergara (2013), é através das escolhas feitas pelo professor que se pode promover, no âmbito escolar, uma experiência com a arte que seja enriquecedora. A curadoria educativa é prática fundamental do trabalho docente no sentido de pensar e fazer escolhas que promovam experiências significativas com o cinema na escola. Miriam Martins (2006) também coloca a importância da escolha feita pelo docente, que deve ser pautada por uma consciência do olhar. Aqui, a curadoria educativa ganha um lugar central na formação docente.
    Por outro lado, Vera Candau e Susana Sacavino (2013), refletem sobre a importância de uma formação de professores atravessada pelos direitos humanos. As autoras buscam enumerar os desafios dessa formação docente, que incluem desconstruir a visão do senso comum sobre direitos humanos e introduzir a educação em direitos humanos na formação inicial e continuada de educadores. Nesse sentido, a principal chave para a formação docente deveria ser uma formação pautada pelos direitos humanos, fornecendo elementos aos professores para que sua atuação no espaço escolar esteja sempre em sintonia com esse preceito.
    Quando alinhamos cinema, educação e direitos humanos, questões centrais como quais filmes escolher? e de que maneira abordá-los? ganham profundidade. É dentro deste horizonte que este estudo toma os filmes Café com Canela e Infiltrado na Klan como exemplos para refletir sobre cinema e direitos humanos sob a perspectiva de uma curadoria educativa. Nesse sentido, esses filmes evocam questões éticas e estéticas que oferecem aos docentes uma possiblidade de efetivarem uma educação voltada para os direitos humanos, na medida em que suscitam discussões sobre a representação e a representatividade do negro no cinema.
    As encenações, personagens e narrativas desses filmes, bem como o engajamento de seus diretores, colocam em pauta a pertinência de refletirmos sobre nossas escolhas, seja quando exibimos um filme aos alunos, seja quando produzimos uma obra audiovisual. Ambos os filmes são realizações contemporâneas de grande destaque no que diz respeito ao ativismo negro, às políticas afirmativas e à legitimidade do discurso fílmico, trazendo para o primeiro plano uma série de tópicos que abarcam tanto a experiência estética do filme quanto a sua dimensão ética, abrindo espaço para que o cinema e a educação estejam conectados com os direitos humanos de maneira orgânica, promovendo um ensino voltado para a arte e a cidadania no espaço escolar.

Bibliografia

    CANDAU, V.; SACAVINO, S. Educação em Direitos Humanos e Formação de Educadores. Educação, v.36, n.1, p.59-66, jan./abr., 2013.
    FREIRE, P. Pedagogia da Autonomia: saberes necessários à prática educativa. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2015.
    FRESQUET, A. Cinema e Educação: reflexões e experiências com professores e estudantes da educação básica, dentro e “fora” da escola. Belo Horizonte: Autêntica, 2013.
    MARTINS, M. C. (coord.). Curadoria educativa: inventando conversas. Reflexão e Ação – Revista do Departamento de Educação/UNISC, vol. 14, n.1, jan/jun 2006, p.9-27
    PEQUENO, M. Violência e Direitos Humanos. Revista de Filosofia Aurora, Curitiba, v.28, jan/abr 2016.
    SAVIANI, D. Escola e Democracia. Campinas, SP: Autores Associados, 1999.
    VANOYE, F.; GOLIOT-LÉTÉ, A. Ensaio sobre a análise fílmica. Campinas: Papirus, 1994.
    VERGARA, L. G. Curadoria Educativa: Percepção Imaginativa/Consciência do Olhar. Encontro da ANPAP, São Paulo, 1996.

O livro “XXII SOCINE: 50 anos do maio de 68”, organizado por Lisandro Nogueira e Cleomar Rocha já está disponível para download em nosso site. A obra é composta de 11 artigos que lidam com a temática do maio de 68 pela perspectiva do cinema, que foi o tema do XXII Encontro SOCINE realizado em Goiânia, em 2018. De acordo com os organizadores, “Não há dúvidas de que o tema foi, é, e será sempre instigante, ainda mais aos olhos de muitos que (sobre)viveram (a)os tempos de 68, especialmente no Brasil, e que durante o evento debateram e refletiram sobre o legado de tão importante período da história mundial para a contemporaneidade. Na presente coletânea de textos procuramos demonstrar um pouquinho do que foi a XXII SOCINE, bastante eclética, mas que correspondeu muito bem à chamada para trazer a reflexão dos acontecimentos políticos, sociais, culturais e artísticos do ano de 1968”. O livro leva o selo editorial da SOCINE e ficará disponível em nosso site para download na seção Livros.

XXII Socine 50 anos de maio de 68
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Tema do XXII encontro da Sociedade Brasileira de Estudos de Cinema e Audiovisual (SOCINE): “herança do maio de 1968 do ponto de vista do cinema, das novas redes de comunicação digital e da televisão”.

A Sociedade Brasileira de Estudos de Cinema e Audiovisual (SOCINE) repudia veementemente as manifestações recentes do governo federal contrárias a disciplinas das Humanidades como Filosofia ou Sociologia. Tais manifestações se constituem como ameaças inaceitáveis a áreas de conhecimento fundamentais que já convivem há anos com espaço reduzido nas políticas de financiamento de ensino e pesquisa no país.

A SOCINE considera que tais manifestações, além de desconhecerem a centralidade das Humanidades na construção da cidadania e no desenvolvimento do país, demonstram uma completa ausência de um projeto sério de educação e ciência.

Por isso, a SOCINE também assina a nota de repudio redigida pela ANPOF, disponível em:
http://www.anpof.org/portal/index.php/pt-BR/artigos-em-destaque/2075-nota-de-repudio-a-declaracoes-do-ministro-da-educacao-e-do-presidente-da-republica-sobre-as-faculdades-de-humanidades-nomeadamente-filosofia-e-sociologia

Diretoria SOCINE

Encerrou-se na última sexta, 19/04, o pagamento da anuidade e a submissão de trabalhos para o XXIII Encontro SOCINE que acontecerá de 08 a 11 de outubro na Unisinos, em Porto Alegre, RS. As propostas entram agora em período de avaliação e a divulgação dos trabalhos selecionados está prevista para o dia 10/06/2019.

Num momento em que a pesquisa brasileira sofre cortes, a SOCINE tem buscado reagir às dificuldades postas a toda área, implementando descontos a profissionais sem vínculo, criando novas formas de desligamento que possibilitam uma economia aos sócios e diminuindo a quantidade de anuidades atrasadas a serem pagas. Além disso, a escolha do tema deste ano levou em consideração a necessidade de refletirmos sobre preservação e memória audiovisual num período como este que vivemos. Por tudo isto, nos anima o fato do Encontro deste ano ter registrado o maior número de trabalhos submetidos nos últimos dez anos, totalizando 595 propostas enviadas. Em momentos de dificuldades como estes que o fortalecimento de nossa Sociedade e Encontro se faz cada vez mais importante e por isso, agradecemos a todas e todos que inscreveram seus trabalhos. Faremos mais um instigante e afetuoso Encontro, dessa vez em Porto Alegre.

Para finalizar, gostaríamos de informar aos sócios que não pagaram a anuidade, que é possível realizar o pagamento normalmente pelo sistema durante todo o ano. Para aqueles que buscam economizar, pode-se optar pelo Desligamento Parcial, que gera um desconto de 50% no valor da anuidade.

Para pagar e submeter os trabalhos é necessário que o sócio já cadastrado na Sociedade acesse nosso site socine.org.br e coloque seu CPF e sua senha no PAINEL DO ASSOCIADO.

Estando logado em nosso sistema, o sócio deverá clicar em MINHA CONTA e em seguida DADOS DE PAGAMENTO. Vai aparecer uma tela com o Histórico de pagamentos e ao lado Instruções de pagamento, onde é feito o processo via Paypal. Assim que o pagamento é realizado, aparece escrito PAGO no Histórico na coluna Anuidade 2019. Com isso é possível submeter o trabalho em seguida.

Para submeter a proposta de comunicação, você deve clicar em ENCONTROe em seguida INSCRIÇÃO. Abrirá uma tela com a explicação sobre cada uma das 4 modalidades e ao lado em Minha proposta você encontra os botões com as modalidades para se inscrever nelas. Você irá clicar naquela que você gostaria de enviar seu trabalho e preencher os campos. Depois de enviar a proposta você ainda pode edita-la até o encerramento do prazo. Após isso, a proposta entra em avaliação e não pode ser mais modificada.

Qualquer dúvida sobre o processo, entre em contato com a Secretaria pelo e-mail socine@socine.org.br