O XXIII Encontro SOCINE acontecerá na Unisinos, em Porto Alegre, de 08 a 11 de outubro de 2019.

A lista dos trabalhos aprovados pode ser acessada aqui. Os associados também podem checar a avaliação final de seus trabalhos pela sua área de associado.

Todos os aprovados precisam realizar o pagamento dentro do prazo para que sua participação seja confirmada. Os valores, após o primeiro prazo, terão acréscimos. O pagamento deverá ser feito pela área do associado, via Paypal.

Primeiro prazo: 10 de junho a 12 de julho – R$190,00 (profissionais) / R$95,00 (estudantes/profissionais sem vínculo)
Segundo prazo: 15 de julho a 26 de julho – R$220,00 (profissionais) / R$110,00 (estudantes/profissionais sem vínculo)
Prazo final: 29 de julho a 02 de agosto – R$260,00 (profissionais) / R$130,00 (estudantes/profissionais sem vínculo)

Tendo qualquer dúvida ou dificuldade, favor contatar a secretaria no e-mail socine@socine.org.br.

Ficha do Proponente

Proponente

    Sérgio Eduardo Alpendre de Oliveira (UAM)

Minicurrículo

    Crítico de cinema, professor, pesquisador e jornalista. Escreve na Folha de S.Paulo desde 2008. Doutorando em Comunicação/Cinema pela Universidade Anhembi-Morumbi, com bolsa da CAPES (incluindo bolsa sanduíche para onze meses em Portugal). Mestre em Meios e Processos Audiovisuais pela ECA – USP, com bolsa da CAPES. Participou como palestrante dos Encontros Cinematográficos, na cidade de Fundão, em Portugal (em 2015, 2017 e 2018). Edita a Revista Interlúdio (www.revistainterludio.com.br).

Ficha do Trabalho

Título

    A ligação de João César Monteiro com o Novo Cinema português

Resumo

    Como João César Monteiro se insere no Novo Cinema português? Como era sua relação com os colegas de movimento? Em que ponto a recusa à pessoa e ao cineasta António de Macedo diz respeito da individualidade de Monteiro e de sua postura em defesa de um cinema poético e sem concessões? São algumas das perguntas que pretendo responder no encontro. João César Monteiro é o maior cineasta português ao lado de Manoel de Oliveira, mas sua relação com o Novo Cinema português ainda carece de maior estudo.

Resumo expandido

    Em um texto para a revista O Tempo e o Modo, João Cesar Monteiro, à altura um rigoroso crítico de cinema e um aspirante a cineasta, destila sua verve implacável contra 7 Balas para Selma (1967), segundo longa de Antonio de Macedo. Inicialmente, Macedo foi um dos nomes importantes para a deflagração do Novo Cinema em Portugal. Seu primeiro longa, Domingo à Tarde (1965), ao lado dos primeiros longas de Paulo Rocha (Os Verdes Anos, 1963), e Fernando Lopes (Belarmino, 1964) é considerado um marco de tal movimento [sem esquecer os importantes Dom Roberto, de José Ernesto de Sousa (1962) e Acto da Primavera, de Manoel de Oliveira (1963)]. Monteiro começou sua carreira de cineasta apenas em 1969, e por isso é sempre uma figura meio à parte quando se fala em Novo Cinema português, apesar de nunca ninguém ter recusado seu lugar de ponta dentro do cinema moderno no país. Após sua estreia na direção e mais um média metragem pouco visto, é publicada, no Diário de Lisboa, em 1972, a famosa crítica de Monteiro sobre O Passado e o Presente, a volta de Manoel de Oliveira ao longa-metragem. Nesse texto, Monteiro fala da necessidade de diminuir o cineasta para caber em país tão pequenino. Em 1973, João César Monteiro faria parte da redação da revista Cinéfilo, dirigida por Fernando Lopes e com António Pedro Vasconcelos como chefe de redação. A revista duraria até meados de 1974, e seria o último veículo para o qual Monteiro escreveria com frequência. Após essa experiência, sua carreira de cineasta finalmente obteria o merecido reconhecimento, com longas como Fragmentos de um Filme Esmola (filmado em 1972 com circulação a partir de uma nova montagem de 1975), Que Farei Eu com Esta Espada? (1975), Veredas (1978) e Silvestre (1981).

    Esta apresentação pretende então indagar qual é o lugar de João Cesar Monteiro no Novo Cinema português, a relação de cumplicidade e enfrentamento que manteve com seus colegas, com distanciamentos por vezes violentos (com António de Macedo, desde o princípio, com António Pedro Vasconcelos mais adiante) e defesas apaixonadas (sobretudo a Fernando Lopes, até a Revolução dos Cravos em abril de 1974), dependendo do momento. Pretendo também pensar no teor de suas palavras dirigidas ao segundo longa de Macedo. Seriam elas justas? Até que ponto sua escrita pode significar um claro preceito estético que ele iria seguir em seus filmes? Como essa crítica a 7 Balas para Selma encontra eco nos longas que realizou a partir da década de 1970? A proposta, então, visa partir do filme de Macedo e de sua recepção crítica por Monteiro para situar este último dentro da filmografia portuguesa daquele momento (anos 1960-1970).

Bibliografia

    ARAÚJO, Nelson. Cinema Português. Interseções Estéticas nas Décadas de 60 a 80 do Século XX. Edições 70, 2016.
    AREAL. Leonor. Cinema Português – Um País Imaginado (dois volumes). Edições 70, 2009.
    COSTA, João Bénard da (org.). Cinema Novo Português: 1960-1974. Cinemateca Portuguesa, 1985.
    COSTA, João Bénard da. Cinema Português: Anos Gulbenkian. Cinemateca Portuguesa, 2007.
    CUNHA, Paulo. O Novo Cinema Português – Políticas públicas e modos de produção (1949-1980). Universidade de Coimbra, 2014.
    MADEIRA, Maria João (org.). As Folhas da Cinemateca: João César Monteiro. Cinemateca Portuguesa, 2010.
    MANSO, Angélica García. João César Monteiro: El Cine Frente al Espejo. Universidad de Extremadura, 2010.
    NICOLAU, João (org.). João César Monteiro. Cinemateca Portuguesa, 2005.
    RAMOS, Jorge Leitão. Dicionário do Cinema Português (1962-1988). Ed. Caminho, 1989.
    SALES, Michelle. Em Busca de um Novo Cinema Português, LabCom, 2010.

O livro “XXII SOCINE: 50 anos do maio de 68”, organizado por Lisandro Nogueira e Cleomar Rocha já está disponível para download em nosso site. A obra é composta de 11 artigos que lidam com a temática do maio de 68 pela perspectiva do cinema, que foi o tema do XXII Encontro SOCINE realizado em Goiânia, em 2018. De acordo com os organizadores, “Não há dúvidas de que o tema foi, é, e será sempre instigante, ainda mais aos olhos de muitos que (sobre)viveram (a)os tempos de 68, especialmente no Brasil, e que durante o evento debateram e refletiram sobre o legado de tão importante período da história mundial para a contemporaneidade. Na presente coletânea de textos procuramos demonstrar um pouquinho do que foi a XXII SOCINE, bastante eclética, mas que correspondeu muito bem à chamada para trazer a reflexão dos acontecimentos políticos, sociais, culturais e artísticos do ano de 1968”. O livro leva o selo editorial da SOCINE e ficará disponível em nosso site para download na seção Livros.

XXII Socine 50 anos de maio de 68
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Tema do XXII encontro da Sociedade Brasileira de Estudos de Cinema e Audiovisual (SOCINE): “herança do maio de 1968 do ponto de vista do cinema, das novas redes de comunicação digital e da televisão”.

A Sociedade Brasileira de Estudos de Cinema e Audiovisual (SOCINE) repudia veementemente as manifestações recentes do governo federal contrárias a disciplinas das Humanidades como Filosofia ou Sociologia. Tais manifestações se constituem como ameaças inaceitáveis a áreas de conhecimento fundamentais que já convivem há anos com espaço reduzido nas políticas de financiamento de ensino e pesquisa no país.

A SOCINE considera que tais manifestações, além de desconhecerem a centralidade das Humanidades na construção da cidadania e no desenvolvimento do país, demonstram uma completa ausência de um projeto sério de educação e ciência.

Por isso, a SOCINE também assina a nota de repudio redigida pela ANPOF, disponível em:
http://www.anpof.org/portal/index.php/pt-BR/artigos-em-destaque/2075-nota-de-repudio-a-declaracoes-do-ministro-da-educacao-e-do-presidente-da-republica-sobre-as-faculdades-de-humanidades-nomeadamente-filosofia-e-sociologia

Diretoria SOCINE

Encerrou-se na última sexta, 19/04, o pagamento da anuidade e a submissão de trabalhos para o XXIII Encontro SOCINE que acontecerá de 08 a 11 de outubro na Unisinos, em Porto Alegre, RS. As propostas entram agora em período de avaliação e a divulgação dos trabalhos selecionados está prevista para o dia 10/06/2019.

Num momento em que a pesquisa brasileira sofre cortes, a SOCINE tem buscado reagir às dificuldades postas a toda área, implementando descontos a profissionais sem vínculo, criando novas formas de desligamento que possibilitam uma economia aos sócios e diminuindo a quantidade de anuidades atrasadas a serem pagas. Além disso, a escolha do tema deste ano levou em consideração a necessidade de refletirmos sobre preservação e memória audiovisual num período como este que vivemos. Por tudo isto, nos anima o fato do Encontro deste ano ter registrado o maior número de trabalhos submetidos nos últimos dez anos, totalizando 595 propostas enviadas. Em momentos de dificuldades como estes que o fortalecimento de nossa Sociedade e Encontro se faz cada vez mais importante e por isso, agradecemos a todas e todos que inscreveram seus trabalhos. Faremos mais um instigante e afetuoso Encontro, dessa vez em Porto Alegre.

Para finalizar, gostaríamos de informar aos sócios que não pagaram a anuidade, que é possível realizar o pagamento normalmente pelo sistema durante todo o ano. Para aqueles que buscam economizar, pode-se optar pelo Desligamento Parcial, que gera um desconto de 50% no valor da anuidade.

Para pagar e submeter os trabalhos é necessário que o sócio já cadastrado na Sociedade acesse nosso site socine.org.br e coloque seu CPF e sua senha no PAINEL DO ASSOCIADO.

Estando logado em nosso sistema, o sócio deverá clicar em MINHA CONTA e em seguida DADOS DE PAGAMENTO. Vai aparecer uma tela com o Histórico de pagamentos e ao lado Instruções de pagamento, onde é feito o processo via Paypal. Assim que o pagamento é realizado, aparece escrito PAGO no Histórico na coluna Anuidade 2019. Com isso é possível submeter o trabalho em seguida.

Para submeter a proposta de comunicação, você deve clicar em ENCONTROe em seguida INSCRIÇÃO. Abrirá uma tela com a explicação sobre cada uma das 4 modalidades e ao lado em Minha proposta você encontra os botões com as modalidades para se inscrever nelas. Você irá clicar naquela que você gostaria de enviar seu trabalho e preencher os campos. Depois de enviar a proposta você ainda pode edita-la até o encerramento do prazo. Após isso, a proposta entra em avaliação e não pode ser mais modificada.

Qualquer dúvida sobre o processo, entre em contato com a Secretaria pelo e-mail socine@socine.org.br