O XXIII Encontro SOCINE acontecerá na Unisinos, em Porto Alegre, de 08 a 11 de outubro de 2019.

A lista dos trabalhos aprovados pode ser acessada aqui. Os associados também podem checar a avaliação final de seus trabalhos pela sua área de associado.

Todos os aprovados precisam realizar o pagamento dentro do prazo para que sua participação seja confirmada. Os valores, após o primeiro prazo, terão acréscimos. O pagamento deverá ser feito pela área do associado, via Paypal.

Primeiro prazo: 10 de junho a 12 de julho – R$190,00 (profissionais) / R$95,00 (estudantes/profissionais sem vínculo)
Segundo prazo: 15 de julho a 26 de julho – R$220,00 (profissionais) / R$110,00 (estudantes/profissionais sem vínculo)
Prazo final: 29 de julho a 02 de agosto – R$260,00 (profissionais) / R$130,00 (estudantes/profissionais sem vínculo)

Tendo qualquer dúvida ou dificuldade, favor contatar a secretaria no e-mail socine@socine.org.br.

Ficha do Proponente

Proponente

    Lucas Ravazzano de Mattos Batista (FTC)

Minicurrículo

    Doutor em Comunicação e Cultura Contemporâneas pelo POSCOM/UFBA, professor do curso de cinema da FTC Salvador

Ficha do Trabalho

Título

    Charlie Chan e o whitewashing de detetives asiáticos em Hollywood

Resumo

    O presente trabalho visa analisar as questões de representação que emergem do contato com o ciclo de narrativas policiais produzidas nas décadas de 1930 e 1940 protagonizadas por detetives asiáticos como Charlie Chan, Mr. Wong e Mr. Moto. A pesquisa busca demonstrar como a escalação de atores brancos, que recorriam a próteses e maquiagem para dar uma aparência ocidentalizada, para esses papéis contribuiu para a construção de estereótipos a respeito dessa população

Resumo expandido

    Este trabalho parte de uma pesquisa à respeito dos ciclos e tendências da produção de narrativas policiais hollywoodianas. Durante as décadas de 1930 e 1940 o cinema hollywoodiano experimentou um ciclo de produção de filmes com protagonistas asiáticos, capitaneado pelo sucesso das narrativas protagonizadas pelo personagem Charlie Chan. A partir de autores como William K. Everson (1972) ou James Parrish e Michael Pitts (1990) a pesquisa irá demonstrar como personagens como Chan, Mr. Moto ou Mr. Wong foram criados como uma tentativa de combater a constante vilanização de personagens asiáticos em Hollywood e a noção de “perigo amarelo” associada a eles e reforçada por meio de personagens como o arquétipo do vilão Fu Manchu. Através de análises dos filmes protagonizados por esses personagens, o presente artigo buscará argumentar como essas intenções aparentemente positivas falham em se concretizar por conta, entre outros fatores, da escalação de atores ocidentais e sem traços asiáticos para interpretarem esses personagens, além de interpretações cheias de afetações de sotaque e generalização de determinados comportamentos. Através das análises ficará perceptível que intérpretes como o sueco Warner Oland, o romeno Peter Lorre e o britânico Boris Karloff precisavam utilizar próteses e maquiagem na tentativa de se assemelharem a uma aparência asiática, uma prática que Felicia Chan (2017) denomina como “yellowface”. Através dos trabalhos de Chan (2017), bem como os de Leung Wing-Fai e Andy Willis (2014), o trabalho tentará argumentar como essas práticas de colocação de atores e atrizes brancas em papéis de personagens orientais pela indústria hollywoodiana serve como um veículo para encapsular uma série de ansiedades da população branca dos Estados Unidos em relação à presença de imigrantes chineses e japoneses no país e os modos como esses mecanismos de imitação racial, incluindo a das populações negras e indígenas, desempenhou um papel importante na criação do imaginário popular acerca dessas minorias étnicas. A pesquisa, então, irá argumentar que apesar de dificilmente recorrer à “yellowface” na contemporaneidade, Hollywood continua a escalar pessoas brancas em papéis asiáticos como na escalação de Emma Stone como a piloto Allison Ng no filme Sob o Mesmo Céu (2015) ou dos três protagonistas em O Último Mestre do Ar (2010), constituindo um fenômeno que Chan (2017), chama de “whitewashing”, ou seja, um embraquecimento da população asiática representada pelo cinema. Desta maneira, entender os problemas observados nas décadas de 1930 e 1940 em relação à representação de personagens asiáticos em Hollywood contribuiria para o entendimento de como essas questões continuam a se apresentar na contemporaneidade e as diferentes configurações desses esforços de whitewashing.

Bibliografia

    CHAN, Felicia. Cosmopolitan Pleasures and Affects; Or Why Are We Still Talking about Yellowface in Twenty-First-Century Cinema? Alphaville: Journal of Film and Screen Media, v. 14, p. 41-60, 2017

    EVERSON, Willam K. The detective in film. New Jersey: Citadel Press, 1972.

    GRANT, Barry Keith. Film genres: from iconography to ideology. Londres: Wallflower
    Press, 2007

    PARISH, James Robert; PITTS, Michael R. The great detective pictures. New Jersey: The Scarecrow Press, 1990.

    RAVAZZANO, Lucas. Enigmático, meu caro Watson: poéticas do indeterminado nas narrativas policiais hollywoodianas contemporâneas. 2018. 272 f. Tese (Doutorado em Comunicação e Cultura Contemporâneas) – Faculdade de Comunicação, Universidade Federal da Bahia, Salvador, 2018.

    WILLIS, Andy; WING-FAI, Leung. Introduction: Star Power from Hollywood to East Asia. In: WILLIS, Andy; WING-FAI, Leung (Orgs). East Asian Film Stars. Hampshire: Palgrave Macmillan, 2014

O livro “XXII SOCINE: 50 anos do maio de 68”, organizado por Lisandro Nogueira e Cleomar Rocha já está disponível para download em nosso site. A obra é composta de 11 artigos que lidam com a temática do maio de 68 pela perspectiva do cinema, que foi o tema do XXII Encontro SOCINE realizado em Goiânia, em 2018. De acordo com os organizadores, “Não há dúvidas de que o tema foi, é, e será sempre instigante, ainda mais aos olhos de muitos que (sobre)viveram (a)os tempos de 68, especialmente no Brasil, e que durante o evento debateram e refletiram sobre o legado de tão importante período da história mundial para a contemporaneidade. Na presente coletânea de textos procuramos demonstrar um pouquinho do que foi a XXII SOCINE, bastante eclética, mas que correspondeu muito bem à chamada para trazer a reflexão dos acontecimentos políticos, sociais, culturais e artísticos do ano de 1968”. O livro leva o selo editorial da SOCINE e ficará disponível em nosso site para download na seção Livros.

XXII Socine 50 anos de maio de 68
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Tema do XXII encontro da Sociedade Brasileira de Estudos de Cinema e Audiovisual (SOCINE): “herança do maio de 1968 do ponto de vista do cinema, das novas redes de comunicação digital e da televisão”.

A Sociedade Brasileira de Estudos de Cinema e Audiovisual (SOCINE) repudia veementemente as manifestações recentes do governo federal contrárias a disciplinas das Humanidades como Filosofia ou Sociologia. Tais manifestações se constituem como ameaças inaceitáveis a áreas de conhecimento fundamentais que já convivem há anos com espaço reduzido nas políticas de financiamento de ensino e pesquisa no país.

A SOCINE considera que tais manifestações, além de desconhecerem a centralidade das Humanidades na construção da cidadania e no desenvolvimento do país, demonstram uma completa ausência de um projeto sério de educação e ciência.

Por isso, a SOCINE também assina a nota de repudio redigida pela ANPOF, disponível em:
http://www.anpof.org/portal/index.php/pt-BR/artigos-em-destaque/2075-nota-de-repudio-a-declaracoes-do-ministro-da-educacao-e-do-presidente-da-republica-sobre-as-faculdades-de-humanidades-nomeadamente-filosofia-e-sociologia

Diretoria SOCINE

Encerrou-se na última sexta, 19/04, o pagamento da anuidade e a submissão de trabalhos para o XXIII Encontro SOCINE que acontecerá de 08 a 11 de outubro na Unisinos, em Porto Alegre, RS. As propostas entram agora em período de avaliação e a divulgação dos trabalhos selecionados está prevista para o dia 10/06/2019.

Num momento em que a pesquisa brasileira sofre cortes, a SOCINE tem buscado reagir às dificuldades postas a toda área, implementando descontos a profissionais sem vínculo, criando novas formas de desligamento que possibilitam uma economia aos sócios e diminuindo a quantidade de anuidades atrasadas a serem pagas. Além disso, a escolha do tema deste ano levou em consideração a necessidade de refletirmos sobre preservação e memória audiovisual num período como este que vivemos. Por tudo isto, nos anima o fato do Encontro deste ano ter registrado o maior número de trabalhos submetidos nos últimos dez anos, totalizando 595 propostas enviadas. Em momentos de dificuldades como estes que o fortalecimento de nossa Sociedade e Encontro se faz cada vez mais importante e por isso, agradecemos a todas e todos que inscreveram seus trabalhos. Faremos mais um instigante e afetuoso Encontro, dessa vez em Porto Alegre.

Para finalizar, gostaríamos de informar aos sócios que não pagaram a anuidade, que é possível realizar o pagamento normalmente pelo sistema durante todo o ano. Para aqueles que buscam economizar, pode-se optar pelo Desligamento Parcial, que gera um desconto de 50% no valor da anuidade.

Para pagar e submeter os trabalhos é necessário que o sócio já cadastrado na Sociedade acesse nosso site socine.org.br e coloque seu CPF e sua senha no PAINEL DO ASSOCIADO.

Estando logado em nosso sistema, o sócio deverá clicar em MINHA CONTA e em seguida DADOS DE PAGAMENTO. Vai aparecer uma tela com o Histórico de pagamentos e ao lado Instruções de pagamento, onde é feito o processo via Paypal. Assim que o pagamento é realizado, aparece escrito PAGO no Histórico na coluna Anuidade 2019. Com isso é possível submeter o trabalho em seguida.

Para submeter a proposta de comunicação, você deve clicar em ENCONTROe em seguida INSCRIÇÃO. Abrirá uma tela com a explicação sobre cada uma das 4 modalidades e ao lado em Minha proposta você encontra os botões com as modalidades para se inscrever nelas. Você irá clicar naquela que você gostaria de enviar seu trabalho e preencher os campos. Depois de enviar a proposta você ainda pode edita-la até o encerramento do prazo. Após isso, a proposta entra em avaliação e não pode ser mais modificada.

Qualquer dúvida sobre o processo, entre em contato com a Secretaria pelo e-mail socine@socine.org.br