O XXIII Encontro SOCINE acontecerá na Unisinos, em Porto Alegre, de 08 a 11 de outubro de 2019.

A lista dos trabalhos aprovados pode ser acessada aqui. Os associados também podem checar a avaliação final de seus trabalhos pela sua área de associado.

Todos os aprovados precisam realizar o pagamento dentro do prazo para que sua participação seja confirmada. Os valores, após o primeiro prazo, terão acréscimos. O pagamento deverá ser feito pela área do associado, via Paypal.

Primeiro prazo: 10 de junho a 12 de julho – R$190,00 (profissionais) / R$95,00 (estudantes/profissionais sem vínculo)
Segundo prazo: 15 de julho a 26 de julho – R$220,00 (profissionais) / R$110,00 (estudantes/profissionais sem vínculo)
Prazo final: 29 de julho a 02 de agosto – R$260,00 (profissionais) / R$130,00 (estudantes/profissionais sem vínculo)

Tendo qualquer dúvida ou dificuldade, favor contatar a secretaria no e-mail socine@socine.org.br.

Ficha do Proponente

Proponente

    Luis Stéfano Murillo Reyes (PPGIS-UfScar)

Minicurrículo

    Stéfano Murillo Reyes de Quito-Equador, é formado em Cinema e Audiovisual pela Univesidade Federal Fluminense em 2014. Atualmente é mestrando do Programa de Pós-graduação em Imagem e Som da Universidade Federal de São Carlos com o projeto de pesquisa: Chonewood: uma história paralela do cinema equatoriano.

Ficha do Trabalho

Título

    Uma pequena época de ouro do cinema equatoriano.

Resumo

    Durante a década de 1920 a produção cinematográfica no Equador teve grande aumento. O investimento estrangeiro no país cresceu graças às reformas econômicas, o que estimulou a produção cinematográfica realizada por empresas privadas e voltada a propaganda governamental. Nesse cenário formaram-se algumas das produtoras que impulsionaram a produção desse período, que ficou conhecido como pequena época de ouro.

Resumo expandido

    Apesar da histórica descontinuidade da produção cinematográfica equatoriana a década de vinte foi prolífica para o cinema nacional. Devido principalemente ao apoio do Estado e investimento de capitais privados foram realizadas cerca de cinquenta produções documentais e ficcionais.
    O país encontrava-se em um período de recessão economica e instabilidade política o que provocou em 1925 a instauração de Dr. Isidro Ayora no governo provisório do Equador. Durante seu governo a missão norte americana Kemmerer estrutura um modelo de institucionalidade estatal que fortalece o setor público, propiciando maiores investimentos norte americanos respaldados por esta funcionalidade do Estado.
    Vinculado a isto a produção cinematografica do país dá um salto, um grande capital é investido consolidando a exibição e em alguma medida também a produção nacional. Cabe mencionar que em 1920 em Guayaquil existiam vinte salas de cinema e em Quito apenas quatro. Essa diferença significativa devia-se ao fato de que nesse período o número de habitantes em Guayaquil era o dobro de Quito, além de ser pólo economico e principal porto do país.
    Já nesse período o cinema norteamericano ocupava quase totalmente o espaço de exibição dessas salas. Em 1921 foi enviado ao Equador um representante da Cía. de Teatros y Cinema de Lima, subsidiária de empresas norte americanas, para realizar um estudo do mercado equatoriano. A partir disso, em convênio com as empresas de distribuição Ambos Mundos e Cines de Quito são realizadas exibições de obras vinculadas a Metro Golden Mayer, Fox, Pathe de New York e Warner Bros.
    Com a construção de mais salas de cinema surgem as primeiras revistas especializadas. Começa a circular em 1920 a revista Cine Mundial a Colores que compilava notícias e informações sobre Hollywood, em 1921 a revista Proyecciones del Edén compilava notícias sobrecinema e teatro e em 1922 foi criada a coluna Teatros y Cinema no jornal El Telégrafo de Guayaquil.
    Nesse panorama de crescimento do circuito exibidor articulam-se banqueiros, comerciantes e pequenos industriais junto ao Estado que retomam a ideia do cinema como propaganda de gestões governamentais e atividades econômicas privadas, a fim de atrair investimentos estrangeiros no país. Já em 1920 em seu discurso de posse o presidente Luis A. Tamayo sinalizava todo seu apoio a cinematografia que, segundo ele, popularizou as maravilhas da ciência, das letras e da indústria e fazia conhecer o progresso das nações.
    Desse modo é com o apoio do Estado que se formaram empresas vinculadas a produção e distribuição dentro do país, principalmente de cine jornais e revistas de atualidades. Algumas empresas distribuidoras e exibidoras que já existiam passaram a realizar suas próprias produções, entre elas têm destaque nesse período: Olmedo Films, Rivas Films, Gráficos del Ecuador, Gráficos Miranda, Ocaña Films y Ambos Mundos.
    Cabe ainda destacar que neste período referido pela historiografia como época de ouro foram realizados os primeiros filmes de enredo de longa metragem no Equador. As produções estiveram a cargo do guayaquileno Augusto San Miguel que ao cabo de oito meses exibiu, durante o ano de 1924, três películas sendo elas El Tesoro de Atahualpa, Se necesita una Guagua e Un abismo y dos almas (Augusto San Miguel, 1924). Os filmes tiveram certo êxito nas salas de exibição e para além das produções San Miguel, em parceria com o italiano Carlo Bacaccio, fundou em 1923 em Guayaquil a Arts Flms, uma academia destinada a formação de atores para o cinema nacional.

Bibliografia

    LEÓN, Christian. Historia del cine ecuatoriano. Publicado en Diccionario del Cine Iberoamericano. España, Portugal y América; SGAE, 2011; Tomo Tomo 3, pags. 405-412. http://pantallacaci.com/ibermedia-digital/contexto-historico/historia-del-cine-ecuatoriano/
    LUZURIAGA, Camilo. “La industria cinematográfica ecuatoriana”. Quito, Ecuador. 2014. http://www.incinenet.info/incineojs/index.php/inmovil/article/view
    GRANDA, Wilma : El cine silente en Ecuador 1895-1935, Quito, CCE/Unesco, 1995.
    GRANDA, Wilma, Catálogo de películas ecuatorianas de patrimonio 1922-1996, Quito, UNESCO- CCE, 2000.
    GRANDA, Wilma: La cinematografía de Augusto San Miguel: lo popular y lo masivo en los primeros argumentales del cine ecuatoriano. Guayaquil 1924-1925. 2007. http://repositorio.uasb.edu.ec/bitstream/10644/906/1/T412-MEC-Granda-La%20cinematograf%C3%ADa%20de%20Augusto%20San%20Miguel.pdf
    TORRES, Galo. Cine Ecuatoriano: Los susurros de la imagen. 2007. http://www.lafuga.cl/cine-ecuatoriano/30

O livro “XXII SOCINE: 50 anos do maio de 68”, organizado por Lisandro Nogueira e Cleomar Rocha já está disponível para download em nosso site. A obra é composta de 11 artigos que lidam com a temática do maio de 68 pela perspectiva do cinema, que foi o tema do XXII Encontro SOCINE realizado em Goiânia, em 2018. De acordo com os organizadores, “Não há dúvidas de que o tema foi, é, e será sempre instigante, ainda mais aos olhos de muitos que (sobre)viveram (a)os tempos de 68, especialmente no Brasil, e que durante o evento debateram e refletiram sobre o legado de tão importante período da história mundial para a contemporaneidade. Na presente coletânea de textos procuramos demonstrar um pouquinho do que foi a XXII SOCINE, bastante eclética, mas que correspondeu muito bem à chamada para trazer a reflexão dos acontecimentos políticos, sociais, culturais e artísticos do ano de 1968”. O livro leva o selo editorial da SOCINE e ficará disponível em nosso site para download na seção Livros.

XXII Socine 50 anos de maio de 68
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Tema do XXII encontro da Sociedade Brasileira de Estudos de Cinema e Audiovisual (SOCINE): “herança do maio de 1968 do ponto de vista do cinema, das novas redes de comunicação digital e da televisão”.

A Sociedade Brasileira de Estudos de Cinema e Audiovisual (SOCINE) repudia veementemente as manifestações recentes do governo federal contrárias a disciplinas das Humanidades como Filosofia ou Sociologia. Tais manifestações se constituem como ameaças inaceitáveis a áreas de conhecimento fundamentais que já convivem há anos com espaço reduzido nas políticas de financiamento de ensino e pesquisa no país.

A SOCINE considera que tais manifestações, além de desconhecerem a centralidade das Humanidades na construção da cidadania e no desenvolvimento do país, demonstram uma completa ausência de um projeto sério de educação e ciência.

Por isso, a SOCINE também assina a nota de repudio redigida pela ANPOF, disponível em:
http://www.anpof.org/portal/index.php/pt-BR/artigos-em-destaque/2075-nota-de-repudio-a-declaracoes-do-ministro-da-educacao-e-do-presidente-da-republica-sobre-as-faculdades-de-humanidades-nomeadamente-filosofia-e-sociologia

Diretoria SOCINE

Encerrou-se na última sexta, 19/04, o pagamento da anuidade e a submissão de trabalhos para o XXIII Encontro SOCINE que acontecerá de 08 a 11 de outubro na Unisinos, em Porto Alegre, RS. As propostas entram agora em período de avaliação e a divulgação dos trabalhos selecionados está prevista para o dia 10/06/2019.

Num momento em que a pesquisa brasileira sofre cortes, a SOCINE tem buscado reagir às dificuldades postas a toda área, implementando descontos a profissionais sem vínculo, criando novas formas de desligamento que possibilitam uma economia aos sócios e diminuindo a quantidade de anuidades atrasadas a serem pagas. Além disso, a escolha do tema deste ano levou em consideração a necessidade de refletirmos sobre preservação e memória audiovisual num período como este que vivemos. Por tudo isto, nos anima o fato do Encontro deste ano ter registrado o maior número de trabalhos submetidos nos últimos dez anos, totalizando 595 propostas enviadas. Em momentos de dificuldades como estes que o fortalecimento de nossa Sociedade e Encontro se faz cada vez mais importante e por isso, agradecemos a todas e todos que inscreveram seus trabalhos. Faremos mais um instigante e afetuoso Encontro, dessa vez em Porto Alegre.

Para finalizar, gostaríamos de informar aos sócios que não pagaram a anuidade, que é possível realizar o pagamento normalmente pelo sistema durante todo o ano. Para aqueles que buscam economizar, pode-se optar pelo Desligamento Parcial, que gera um desconto de 50% no valor da anuidade.

Para pagar e submeter os trabalhos é necessário que o sócio já cadastrado na Sociedade acesse nosso site socine.org.br e coloque seu CPF e sua senha no PAINEL DO ASSOCIADO.

Estando logado em nosso sistema, o sócio deverá clicar em MINHA CONTA e em seguida DADOS DE PAGAMENTO. Vai aparecer uma tela com o Histórico de pagamentos e ao lado Instruções de pagamento, onde é feito o processo via Paypal. Assim que o pagamento é realizado, aparece escrito PAGO no Histórico na coluna Anuidade 2019. Com isso é possível submeter o trabalho em seguida.

Para submeter a proposta de comunicação, você deve clicar em ENCONTROe em seguida INSCRIÇÃO. Abrirá uma tela com a explicação sobre cada uma das 4 modalidades e ao lado em Minha proposta você encontra os botões com as modalidades para se inscrever nelas. Você irá clicar naquela que você gostaria de enviar seu trabalho e preencher os campos. Depois de enviar a proposta você ainda pode edita-la até o encerramento do prazo. Após isso, a proposta entra em avaliação e não pode ser mais modificada.

Qualquer dúvida sobre o processo, entre em contato com a Secretaria pelo e-mail socine@socine.org.br