O XXIII Encontro SOCINE acontecerá na Unisinos, em Porto Alegre, de 08 a 11 de outubro de 2019.

A lista dos trabalhos aprovados pode ser acessada aqui. Os associados também podem checar a avaliação final de seus trabalhos pela sua área de associado.

Todos os aprovados precisam realizar o pagamento dentro do prazo para que sua participação seja confirmada. Os valores, após o primeiro prazo, terão acréscimos. O pagamento deverá ser feito pela área do associado, via Paypal.

Primeiro prazo: 10 de junho a 12 de julho – R$190,00 (profissionais) / R$95,00 (estudantes/profissionais sem vínculo)
Segundo prazo: 15 de julho a 26 de julho – R$220,00 (profissionais) / R$110,00 (estudantes/profissionais sem vínculo)
Prazo final: 29 de julho a 02 de agosto – R$260,00 (profissionais) / R$130,00 (estudantes/profissionais sem vínculo)

Tendo qualquer dúvida ou dificuldade, favor contatar a secretaria no e-mail socine@socine.org.br.

Ficha do Proponente

Proponente

    Giovanna Durski Dal Pozzo (UTP)

Minicurrículo

    Formou-se em Publicidade e Propaganda pela Pontifícia Universidade Católica do Paraná em 2016. Mestranda do curso de Comunicação e Linguagens, na linha de pesquisa de Cinema e Audiovisual, pela Universidade Tuiuti do Paraná. Desde 2014 atua como freelancer na área audiovisual, com atuação em curtas metragens, comerciais, ensaios fotográficos e afins. Sua pesquisa acadêmica é voltada as diversas representações e significações da figura do malandro no gênero pornochanchada.

Ficha do Trabalho

Título

    O GESTUAL DO MALANDRO DE HUGO CARVANA NA PORNOCHANCHADA

Resumo

    O presente artigo se propõe a analisar o gestual do malandro incorporado por Hugo Carvana sob a ótica de uma plasticidade semiótica. Tendo como corpus os filmes Vai Trabalhar, Vagabundo (Hugo Carvana, 1973) e Se Segura, Malandro (Hugo Carvana, 1978), cria-se um diálogo com o arquétipo do trickster junguiano, objetivando conceituar a linguagem corporal dessa figura marota que se fez presente no cinema brasileiro de comédias eróticas nos anos de repressão militar.

Resumo expandido

    O corpo – com seus movimentos, gesticulações e trejeitos – é capaz de criar signos próprios, lidos como uma forma de fala não-verbal pelo receptor. No universo das “audiovisualidades”, como o cinema e a televisão, a gestualidade é crucial: fornece características essenciais à leitura da personagem por parte do receptor. Nesse contexto, cabe ao ator utilizar o corpo como dispositivo para incorporação desse ser fictício, tornando física tal presença por meio do modo de andar, da gesticulação, de pequenas expressões faciais e maneirismos, entre outros. Objetivando tal vertente de pensamento, propõe-se a análise o gestual sob a ótica de uma plasticidade semiótica – capaz de produzir sentidos dentro da cinematografia – tendo como corpus o malandro incorporado por Hugo Carvana nos filmes Vai Trabalhar, Vagabundo (Hugo Carvana, 1973) e Se Segura, Malandro (Hugo Carvana, 1978).
    Dialogando com o arquétipo do trickster junguiano, pretende-se conceituar a linguagem corporal dessa figura marota que se fez presente no cinema brasileiro de comédias eróticas nos anos de repressão militar.
    Objetiva-se conceituar o gestual do malandro a partir da atuação de Hugo Carvana ao incorporar malandros icônicos nas pornochanchadas, visto que estes possuem gestualidades bem definidas e que seguem um padrão, encaixando-se e traduzindo – de forma visual – o arquétipo do malandro dentro da pornochanchada brasileira. Através de modos e expressões corporais, tem-se o malandro carioca impresso nas películas dessas comédias eróticas, figura que, através de seus trejeitos sígnicos, constrói o que nesse artigo se denominará “gestualidade da malandragem”.
    Percebe-se a figura do malandro sendo encarnada por Carvana diversas vezes em filmes do gênero de comédia erótica, e, no corpus da presente pesquisa, ambas as personagens interpretadas por ele possuem expressões corporais similares, que criam signos e concebem uma linguagem corporal específica para o arquétipo do malandro dentro desse universo, ou seja, pode-se pensar em uma “gestualidade da malandragem” dentro do cinema de pornochanchada realizado por Carvana, onde o dispositivo corporal do ator tece movimentos e trejeitos padrões, tornando possível uma conceituação do malandro através do gestual através de uma tríade indicial entre objeto (o gesto, aquilo que está sendo analisado), signo (o que esse gestual está gerando de informações) e índice (o que esses movimentos estão indiciando ser, algo além daquilo que ele é, ou seja, a criação de uma presença arquetípica malandra).
    Partindo da percepção de que o ator, ao procurar referencial para corporificar um personagem, busque no inconsciente coletivo arquétipos que se relacionem com seu papel, o presente artigo propõe-se a pensar sobre a questão antropológica do surgimento do malandro como um produto cultural, discutindo os entrelaçamentos entre tal figura e o arquétipo junguiano do trickster – que se manifesta no inconsciente coletivo brasileiro. Analisam-se quais significações semióticas emanam do gestual do pícardi incorporado por Hugo Carvana, e, dessa forma, começar a refletir sobre a construção visual e gestual do arquétipo do malandro brasileiro.

Bibliografia

    CHARTIER, Roger. A História Cultural: Entre Práticas e Representações. São Paulo: DIFEL, 2002
    CHAUÍ, Marilena. Brasil Mito Fundador e Sociedade Autoritária. Coleção História do Povo Brasileiro. São Paulo: Fundação Perseu Abramo, 2000.
    EFRON, David. Gesture and Environment. 1941
    JUNG, Carl G. Os Arquétipos e o Inconsciente Coletivo. São Paulo: Editora Vozes. 2014.
    KANT, Immanuel. A Crítica da Razão Pura. 1781
    OLIVEIRA, Ana Claudia de. Fala Gestual. São Paulo. Editora Perspectiva. 1992
    PEIRCE, Charles S. Semiótica. São Paulo: Perspectiva. 1977.
    SCHWARCZ, Lilia Katri Moritz. Complexo de Zé Carioca. Notas sobre uma
    identidade mestiça. São Paulo: IN : Revista Brasileira de Ciências Sociais, v.10 nº29. 1995

O livro “XXII SOCINE: 50 anos do maio de 68”, organizado por Lisandro Nogueira e Cleomar Rocha já está disponível para download em nosso site. A obra é composta de 11 artigos que lidam com a temática do maio de 68 pela perspectiva do cinema, que foi o tema do XXII Encontro SOCINE realizado em Goiânia, em 2018. De acordo com os organizadores, “Não há dúvidas de que o tema foi, é, e será sempre instigante, ainda mais aos olhos de muitos que (sobre)viveram (a)os tempos de 68, especialmente no Brasil, e que durante o evento debateram e refletiram sobre o legado de tão importante período da história mundial para a contemporaneidade. Na presente coletânea de textos procuramos demonstrar um pouquinho do que foi a XXII SOCINE, bastante eclética, mas que correspondeu muito bem à chamada para trazer a reflexão dos acontecimentos políticos, sociais, culturais e artísticos do ano de 1968”. O livro leva o selo editorial da SOCINE e ficará disponível em nosso site para download na seção Livros.

XXII Socine 50 anos de maio de 68
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Tema do XXII encontro da Sociedade Brasileira de Estudos de Cinema e Audiovisual (SOCINE): “herança do maio de 1968 do ponto de vista do cinema, das novas redes de comunicação digital e da televisão”.

A Sociedade Brasileira de Estudos de Cinema e Audiovisual (SOCINE) repudia veementemente as manifestações recentes do governo federal contrárias a disciplinas das Humanidades como Filosofia ou Sociologia. Tais manifestações se constituem como ameaças inaceitáveis a áreas de conhecimento fundamentais que já convivem há anos com espaço reduzido nas políticas de financiamento de ensino e pesquisa no país.

A SOCINE considera que tais manifestações, além de desconhecerem a centralidade das Humanidades na construção da cidadania e no desenvolvimento do país, demonstram uma completa ausência de um projeto sério de educação e ciência.

Por isso, a SOCINE também assina a nota de repudio redigida pela ANPOF, disponível em:
http://www.anpof.org/portal/index.php/pt-BR/artigos-em-destaque/2075-nota-de-repudio-a-declaracoes-do-ministro-da-educacao-e-do-presidente-da-republica-sobre-as-faculdades-de-humanidades-nomeadamente-filosofia-e-sociologia

Diretoria SOCINE

Encerrou-se na última sexta, 19/04, o pagamento da anuidade e a submissão de trabalhos para o XXIII Encontro SOCINE que acontecerá de 08 a 11 de outubro na Unisinos, em Porto Alegre, RS. As propostas entram agora em período de avaliação e a divulgação dos trabalhos selecionados está prevista para o dia 10/06/2019.

Num momento em que a pesquisa brasileira sofre cortes, a SOCINE tem buscado reagir às dificuldades postas a toda área, implementando descontos a profissionais sem vínculo, criando novas formas de desligamento que possibilitam uma economia aos sócios e diminuindo a quantidade de anuidades atrasadas a serem pagas. Além disso, a escolha do tema deste ano levou em consideração a necessidade de refletirmos sobre preservação e memória audiovisual num período como este que vivemos. Por tudo isto, nos anima o fato do Encontro deste ano ter registrado o maior número de trabalhos submetidos nos últimos dez anos, totalizando 595 propostas enviadas. Em momentos de dificuldades como estes que o fortalecimento de nossa Sociedade e Encontro se faz cada vez mais importante e por isso, agradecemos a todas e todos que inscreveram seus trabalhos. Faremos mais um instigante e afetuoso Encontro, dessa vez em Porto Alegre.

Para finalizar, gostaríamos de informar aos sócios que não pagaram a anuidade, que é possível realizar o pagamento normalmente pelo sistema durante todo o ano. Para aqueles que buscam economizar, pode-se optar pelo Desligamento Parcial, que gera um desconto de 50% no valor da anuidade.

Para pagar e submeter os trabalhos é necessário que o sócio já cadastrado na Sociedade acesse nosso site socine.org.br e coloque seu CPF e sua senha no PAINEL DO ASSOCIADO.

Estando logado em nosso sistema, o sócio deverá clicar em MINHA CONTA e em seguida DADOS DE PAGAMENTO. Vai aparecer uma tela com o Histórico de pagamentos e ao lado Instruções de pagamento, onde é feito o processo via Paypal. Assim que o pagamento é realizado, aparece escrito PAGO no Histórico na coluna Anuidade 2019. Com isso é possível submeter o trabalho em seguida.

Para submeter a proposta de comunicação, você deve clicar em ENCONTROe em seguida INSCRIÇÃO. Abrirá uma tela com a explicação sobre cada uma das 4 modalidades e ao lado em Minha proposta você encontra os botões com as modalidades para se inscrever nelas. Você irá clicar naquela que você gostaria de enviar seu trabalho e preencher os campos. Depois de enviar a proposta você ainda pode edita-la até o encerramento do prazo. Após isso, a proposta entra em avaliação e não pode ser mais modificada.

Qualquer dúvida sobre o processo, entre em contato com a Secretaria pelo e-mail socine@socine.org.br