O XXIII Encontro SOCINE acontecerá na Unisinos, em Porto Alegre, de 08 a 11 de outubro de 2019.

A lista dos trabalhos aprovados pode ser acessada aqui. Os associados também podem checar a avaliação final de seus trabalhos pela sua área de associado.

Todos os aprovados precisam realizar o pagamento dentro do prazo para que sua participação seja confirmada. Os valores, após o primeiro prazo, terão acréscimos. O pagamento deverá ser feito pela área do associado, via Paypal.

Primeiro prazo: 10 de junho a 12 de julho – R$190,00 (profissionais) / R$95,00 (estudantes/profissionais sem vínculo)
Segundo prazo: 15 de julho a 26 de julho – R$220,00 (profissionais) / R$110,00 (estudantes/profissionais sem vínculo)
Prazo final: 29 de julho a 02 de agosto – R$260,00 (profissionais) / R$130,00 (estudantes/profissionais sem vínculo)

Tendo qualquer dúvida ou dificuldade, favor contatar a secretaria no e-mail socine@socine.org.br.

Ficha do Proponente

Proponente

    Emilly Belarmino (UFPE)

Minicurrículo

    Emilly Belarmino é graduada em Design Gráfico pela UNIBRATEC, mestranda no Programa de Pós-Graduação em Comunicação da Universidade Federal de Pernambuco, na linha de pesquisa Estética e Culturas da Imagem e do SOM, integrante do LISIM (Laboratório de Investigação de Sons e Imagens) da UFPE e bolsista da FACEPE.

Ficha do Trabalho

Título

    Tensões entre amadorismo e profissionalismo em instaséries

Resumo

    Pretendemos refletir sobre o embate profissional versus amador no contexto das produções audiovisuais encontradas na web, tendo como objeto de análise duas micronarrativas seriadas compartilhadas no Instagram, as instaséries Browmance e Relacionamento Sério. A partir de elementos como estética, técnica e equipamentos utilizados na produção e pós-produção discutimos o que de fato classifica uma obra como amadora ou profissional na web, ambiente onde essa linha tem se tornado cada dia mais tênue.

Resumo expandido

    O audiovisual tem se tornado cada vez mais presente na internet, nela encontramos uma infinidade de obras espalhadas em diversas plataformas, trazendo uma nova retomada ao debate em torno do que é profissional ou amador. Esse artigo pretende refletir as tensões entre esses dois universos através das micronarrativas seriadas disseminadas no Instagram, aqui classificadas como Instaséries. Por meio de uma análise comparativa entre as produções “Browmance”, do grupo carioca @Medaumminutinho e “Relacionamento Sério”, dos gaúchos do @1quarto, discutiremos sobre o que caracteriza uma produção como profissional ou amadora. A estética adotada? A técnica empregada durante a produção? Ou os equipamentos utilizados para captação e pós-produção? As instaséries se diferenciam não apenas pelo ambiente em que são experienciadas, prioritariamente desenvolvido para compartilhamento de fotos e vídeos do cotidiano, mas por trazer à produção elementos característicos da rede em que circula: curta duração, efemeridade, ubiquidade, uso de ferramentas que compõem o app, como hiperlinks, gifs e tags.

    O debate sobre profissionalismo e amadorismo no audiovisual é assunto recorrente em ambientes acadêmicos e mercadológicos. Apesar de toda polêmica que envolve esse debate, diversos realizadores chegaram a afirmar que as experimentações oriundas das produções ditas amadoras são benéficas para o universo audiovisual “Como dizia Flaherty, as grandes mudanças no cinema serão provocadas por amadores e não por profissionais. (ROUCH, Jean, 1964, apud WELLLER, Fernando, 2014). Com o barateamento dos equipamentos de produção, o crescente uso de câmeras de celulares e a expansão de ambientes livres advindos da internet, a linha entre profissional e amador tem se tornado cada vez mais tênue e esse debate ganha força novamente. É certo que produções ditas amadoras sempre existiram. Quando as primeiras câmeras compactas começam a se espalhar pelas casas dá se início a pequenos registros familiares, de atividades do cotidiano, similares aos primeiros registros dos Lumière. Mas, diferentemente dos irmãos, os indivíduos não possuíam equipamento para grandes exibições, não podiam recorrer a uma praça pública ou qualquer outro mecanismo que viesse a atingir grandes audiências e o material ficava registrado em VHS, a espera de encontros familiares na sala de estar.

    Com a chegada da internet o cenário começa a mudar. No início verificamos que, apesar da ausência de ambientes apropriados ou específicos para o compartilhamento desses conteúdos a criatividade entrava em jogo. Através dos e-mails esses materiais eram compartilhados com contatos geograficamente distantes, mas ainda existia a impossibilidade de atingir grandes audiências. Após o nascimento do YouTube em 2005 a sociedade viu tudo isso mudar: nascia um ambiente apropriado para o compartilhamento de suas produções, sem restrições ou limitações. Onde o necessário era apenas filmar, fazer o upload e compartilhar. A partir daí começam a surgir uma série de transformações nas formas de produção e consumo e o despontar das produções ditas amadoras.

    Analisando de forma crítica essas mudanças trazidas pela web 2.0, Andrew Keen (2007) as classifica como “Culto do amador”. Em seu livro homônimo o autor afirma que a sociedade se torna cada dia mais amadora, podendo causar prejuízo em algumas instâncias. Para ele, estar conectado ao computador não transforma um indivíduo em bom jornalista, ter acesso a cozinha não cria um grande cozinheiro e assim sucessivamente. Ao observarmos o audiovisual, porém, é possível considerar que tal instância vem agregando inúmeros benefícios com o avanço da tecnologia virtual. Vários elementos sonoros ou visuais utilizados nas produções encontradas na web têm sido incorporados a produções distribuídas em grandes veículos de mídia.

    Tendo em mente todas as questões mencionadas, entraremos aqui em uma discussão guiada por autores como Weller (2014), Keen (2007), Cassetti (2015) e Carreiro (2018).

Bibliografia

    BAMBOZZI, Lucas. Microcinema e outras possibilidades do vídeo digital. São Paulo: @Livros Digitais, 2009.

    BOLTER, Jay David; GRUSIN, Richard. Remediation. Understanding New Media. Cambridge: The MIT Press, 1999.

    CARREIRO, Rodrigo. A hora dos amadores: notas sobre a estética da imperfeição no audiovisual contemporâneo. RUMORES (USP) , v. 12, p. 153-162, 2018.

    CASETTI, Francesco. The Lumière Galaxy: Seven Key Words for the Cinema to Come. New York, Columbia University Press, 2015.

    KEEN, Andrew. O culto do amador: como blogs, MySpace; YouTube e a pirataria digital estão destruindo nossa economia,cultura e valores. Rio de Janeiro: Zahar, 2009.

    WELLER, Fernando. “Eis o filme” – O formato 16mm e a influência da estética amadora no documentário moderno. E-Compós (Brasília) , v. 17, p. 1, 2014.

O livro “XXII SOCINE: 50 anos do maio de 68”, organizado por Lisandro Nogueira e Cleomar Rocha já está disponível para download em nosso site. A obra é composta de 11 artigos que lidam com a temática do maio de 68 pela perspectiva do cinema, que foi o tema do XXII Encontro SOCINE realizado em Goiânia, em 2018. De acordo com os organizadores, “Não há dúvidas de que o tema foi, é, e será sempre instigante, ainda mais aos olhos de muitos que (sobre)viveram (a)os tempos de 68, especialmente no Brasil, e que durante o evento debateram e refletiram sobre o legado de tão importante período da história mundial para a contemporaneidade. Na presente coletânea de textos procuramos demonstrar um pouquinho do que foi a XXII SOCINE, bastante eclética, mas que correspondeu muito bem à chamada para trazer a reflexão dos acontecimentos políticos, sociais, culturais e artísticos do ano de 1968”. O livro leva o selo editorial da SOCINE e ficará disponível em nosso site para download na seção Livros.

XXII Socine 50 anos de maio de 68
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Tema do XXII encontro da Sociedade Brasileira de Estudos de Cinema e Audiovisual (SOCINE): “herança do maio de 1968 do ponto de vista do cinema, das novas redes de comunicação digital e da televisão”.

A Sociedade Brasileira de Estudos de Cinema e Audiovisual (SOCINE) repudia veementemente as manifestações recentes do governo federal contrárias a disciplinas das Humanidades como Filosofia ou Sociologia. Tais manifestações se constituem como ameaças inaceitáveis a áreas de conhecimento fundamentais que já convivem há anos com espaço reduzido nas políticas de financiamento de ensino e pesquisa no país.

A SOCINE considera que tais manifestações, além de desconhecerem a centralidade das Humanidades na construção da cidadania e no desenvolvimento do país, demonstram uma completa ausência de um projeto sério de educação e ciência.

Por isso, a SOCINE também assina a nota de repudio redigida pela ANPOF, disponível em:
http://www.anpof.org/portal/index.php/pt-BR/artigos-em-destaque/2075-nota-de-repudio-a-declaracoes-do-ministro-da-educacao-e-do-presidente-da-republica-sobre-as-faculdades-de-humanidades-nomeadamente-filosofia-e-sociologia

Diretoria SOCINE

Encerrou-se na última sexta, 19/04, o pagamento da anuidade e a submissão de trabalhos para o XXIII Encontro SOCINE que acontecerá de 08 a 11 de outubro na Unisinos, em Porto Alegre, RS. As propostas entram agora em período de avaliação e a divulgação dos trabalhos selecionados está prevista para o dia 10/06/2019.

Num momento em que a pesquisa brasileira sofre cortes, a SOCINE tem buscado reagir às dificuldades postas a toda área, implementando descontos a profissionais sem vínculo, criando novas formas de desligamento que possibilitam uma economia aos sócios e diminuindo a quantidade de anuidades atrasadas a serem pagas. Além disso, a escolha do tema deste ano levou em consideração a necessidade de refletirmos sobre preservação e memória audiovisual num período como este que vivemos. Por tudo isto, nos anima o fato do Encontro deste ano ter registrado o maior número de trabalhos submetidos nos últimos dez anos, totalizando 595 propostas enviadas. Em momentos de dificuldades como estes que o fortalecimento de nossa Sociedade e Encontro se faz cada vez mais importante e por isso, agradecemos a todas e todos que inscreveram seus trabalhos. Faremos mais um instigante e afetuoso Encontro, dessa vez em Porto Alegre.

Para finalizar, gostaríamos de informar aos sócios que não pagaram a anuidade, que é possível realizar o pagamento normalmente pelo sistema durante todo o ano. Para aqueles que buscam economizar, pode-se optar pelo Desligamento Parcial, que gera um desconto de 50% no valor da anuidade.

Para pagar e submeter os trabalhos é necessário que o sócio já cadastrado na Sociedade acesse nosso site socine.org.br e coloque seu CPF e sua senha no PAINEL DO ASSOCIADO.

Estando logado em nosso sistema, o sócio deverá clicar em MINHA CONTA e em seguida DADOS DE PAGAMENTO. Vai aparecer uma tela com o Histórico de pagamentos e ao lado Instruções de pagamento, onde é feito o processo via Paypal. Assim que o pagamento é realizado, aparece escrito PAGO no Histórico na coluna Anuidade 2019. Com isso é possível submeter o trabalho em seguida.

Para submeter a proposta de comunicação, você deve clicar em ENCONTROe em seguida INSCRIÇÃO. Abrirá uma tela com a explicação sobre cada uma das 4 modalidades e ao lado em Minha proposta você encontra os botões com as modalidades para se inscrever nelas. Você irá clicar naquela que você gostaria de enviar seu trabalho e preencher os campos. Depois de enviar a proposta você ainda pode edita-la até o encerramento do prazo. Após isso, a proposta entra em avaliação e não pode ser mais modificada.

Qualquer dúvida sobre o processo, entre em contato com a Secretaria pelo e-mail socine@socine.org.br