O XXIII Encontro SOCINE acontecerá na Unisinos, em Porto Alegre, de 08 a 11 de outubro de 2019.

A lista dos trabalhos aprovados pode ser acessada aqui. Os associados também podem checar a avaliação final de seus trabalhos pela sua área de associado.

Todos os aprovados precisam realizar o pagamento dentro do prazo para que sua participação seja confirmada. Os valores, após o primeiro prazo, terão acréscimos. O pagamento deverá ser feito pela área do associado, via Paypal.

Primeiro prazo: 10 de junho a 12 de julho – R$190,00 (profissionais) / R$95,00 (estudantes/profissionais sem vínculo)
Segundo prazo: 15 de julho a 26 de julho – R$220,00 (profissionais) / R$110,00 (estudantes/profissionais sem vínculo)
Prazo final: 29 de julho a 02 de agosto – R$260,00 (profissionais) / R$130,00 (estudantes/profissionais sem vínculo)

Tendo qualquer dúvida ou dificuldade, favor contatar a secretaria no e-mail socine@socine.org.br.

Ficha do Proponente

Proponente

    Ruy Cézar Campos Figueiredo (UERJ)

Minicurrículo

    Doutorando em Tecnologias da Comunicação e Cultura pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro, mestre em Artes e Processos de Criação: Poéticas Contemporâneas pela Universidade Federal do Ceará, Bacharel em Audiovisual e Novas Mídias pela Universidade de Fortaleza.

Ficha do Trabalho

Título

    Descolonização do pensar e das infraestruturas Na Maré Profunda

Seminário

    Cinemas pós-coloniais e periféricos

Resumo

    Doutorando em Tecnologias da Comunicação e Cultura pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro, mestre em Artes e Processos de Criação: Poéticas Contemporâneas pela Universidade Federal do Ceará, Bacharel em Audiovisual e Novas Mídias pela Universidade de Fortaleza.

Resumo expandido

    Artistas e pesquisadores têm, recentemente, propulsionado uma onda de atenção crítica sobre relações entre cultura de rede e infraestruturas midiáticas. Essa propulsão não se dá ao acaso e tem trago contribuições importantes para que se possa complexificar camadas ainda pouco exploradas da experiência midiática contemporânea, fomentando respostas e, melhor, novas perguntas às questões que têm se lançado ao se perscrutar relações entre mídia e tecnologia na contemporaneidade a partir de um foco infraestrutural.

    A maior liberdade especulativa e metodológica no fazer artístico possibilita que esses incidam sobre os assuntos que abordam desde perspectivas peculiares, invocando não apenas as linhas lógicas de um texto escrito para produzir conhecimento, mas também outras affordances epistemológicas que estão embutidas nas práticas artísticas contemporâneas. O conhecimento que se fermenta na teia de relações vetorizadas em um trabalho de arte a tornam uma área onde o conhecimento pode brotar escapando da mera objetividade e linearidade científica.

    Nesse sentido, situa-se aqui a videoinstalação Na Maré Profunda (Deep Down Tidal), da artista franco-guianense Tabita Rezaire, que nos últimos anos viveu e desenvolveu sua poética na África do Sul. Alguns trechos da vídeoinstalação serão destacados para se dialogar com autores relacionados aos estudos de mídia e pós-colonialismo, atravessando temas como a água como uma mídia elemental, discussões que envolvem animismo, epistemologia, descolonização e a infraestrutura de cabos submarinos. No Brasil, tal obra esteve exposta na exposição Campos de Invisibilidade, que ocorreu entre o final de 2018 e o início de 2019 no Sesc Belenzinho, em São Paulo, com curadoria de Cláudio Bueno e Lígia Nobre, e na qual fui curador assistente.

    A comunicação pretende abordar o trabalho de Rezaire explicitando primeiramente sua forma de explorar a estética da arte pós-internet através de uma estética que invoca elementos de afrofuturismo; em seguida, espera-se levantar discussões que evocam relações entre oceano, animismo, epistemologia e pensamento midiático; para enfim tentar compreender a significância e a relevância de se discutir uma descolonização das infraestruturas midiáticas a partir de uma perspectiva artística.

    A abordagem de Rezaire está pautada em uma perspectiva em que a materialidade dos objetos e dos elementos são reconhecidos enquanto agentes, dotados de ânimo, isto é, de uma animação vitalizante, provendo a atividade e os sentidos vitais à percepção e à comunicação, sem se tratar de algo como alma, espírito ou consciência humana, mas de ânimo enquanto base de uma epistemologia relacional que descreve os valores do animismo na habilidade de intercomunicação entre diversos elementos, um relacionamento interdependente com o mundo material, o qual inclui mesmo as infraestruturas de telecomunicação e a própria arquitetura da rede digital. Em alguns aspectos, converge e pode ser o sintoma de algo próximo ao que Felinto (2018b, p. 160) chama de “virada objetual […] propugnada por vários autores nos mais diferentes fronts intelectuais”.

    A genealogia do pensamento articulado por Rezaire, todavia, inclui diretamente a influência de sua ancestralidade africana e um desejo de produzir uma diversidade maior de olhares desde essa ancestralidade para a posição que a África pode ter em questões envolvendo mídia e tecnologia na contemporaneidade. Em outros termos, seu trabalho nos provoca a pensar como as tecnologias de comunicação, digitais ou não, são percebidas, desafiadas e afetadas pelas culturas africanas, históricas ou contemporâneas. Isso envolve, como falado reiteradamente por Rezaire, questões relacionadas aos sistemas de conhecimento, pré ou pós-coloniais, e a exploração de como diferentes culturas desdobram distintos modos de engajamento com as tecnologias.

    Analisando elementos de sua obra, dimensiona-se aspectos pouco refletidos sobre distribuição de dados e poder colonial.

Bibliografia

    BORCK, Cornelius. Animism in the Sciences Then and Now. e-flux Journal #36. 2012. [https://www.e-flux.com/journal/36/61266/animism-in-the-sciences-then-and-now/]. 2012
    BRAUN, Leslie. Cyber Siren: What Mami Wata reveals about the Internet and Chinese presence in Kinshasa. Canadian Journal of African Studies/La Revue canadienne des études africaines. 2015
    BRISTOW, Tegan. Post African futures: positioning the globalized digital within contemporary African cultural and decolonizing practices. Critical African Studies,
    Vol. 9, No. 3, 281–301. 2017
    FELINTO, Erick. Oceano digital: imaginário marinho, tecnologia e identidade em Vilém Flusser. Galaxia (São Paulo, online), ISSN 1982-2553, n. 39, set-dez., p. 110-123. 2018.
    GARUBA, Harry. On Animism, Modernity/Colonialism, and the African Order of Knowledge: Provisional Reflections. e-flux JournaL
    SARDAR, alt.civilization.faq: cyberspace as the darker side of the west. In Z. Sardar and J. R. Ravets (Eds.) Cyberfutures. 1995

O livro “XXII SOCINE: 50 anos do maio de 68”, organizado por Lisandro Nogueira e Cleomar Rocha já está disponível para download em nosso site. A obra é composta de 11 artigos que lidam com a temática do maio de 68 pela perspectiva do cinema, que foi o tema do XXII Encontro SOCINE realizado em Goiânia, em 2018. De acordo com os organizadores, “Não há dúvidas de que o tema foi, é, e será sempre instigante, ainda mais aos olhos de muitos que (sobre)viveram (a)os tempos de 68, especialmente no Brasil, e que durante o evento debateram e refletiram sobre o legado de tão importante período da história mundial para a contemporaneidade. Na presente coletânea de textos procuramos demonstrar um pouquinho do que foi a XXII SOCINE, bastante eclética, mas que correspondeu muito bem à chamada para trazer a reflexão dos acontecimentos políticos, sociais, culturais e artísticos do ano de 1968”. O livro leva o selo editorial da SOCINE e ficará disponível em nosso site para download na seção Livros.

XXII Socine 50 anos de maio de 68
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Tema do XXII encontro da Sociedade Brasileira de Estudos de Cinema e Audiovisual (SOCINE): “herança do maio de 1968 do ponto de vista do cinema, das novas redes de comunicação digital e da televisão”.

A Sociedade Brasileira de Estudos de Cinema e Audiovisual (SOCINE) repudia veementemente as manifestações recentes do governo federal contrárias a disciplinas das Humanidades como Filosofia ou Sociologia. Tais manifestações se constituem como ameaças inaceitáveis a áreas de conhecimento fundamentais que já convivem há anos com espaço reduzido nas políticas de financiamento de ensino e pesquisa no país.

A SOCINE considera que tais manifestações, além de desconhecerem a centralidade das Humanidades na construção da cidadania e no desenvolvimento do país, demonstram uma completa ausência de um projeto sério de educação e ciência.

Por isso, a SOCINE também assina a nota de repudio redigida pela ANPOF, disponível em:
http://www.anpof.org/portal/index.php/pt-BR/artigos-em-destaque/2075-nota-de-repudio-a-declaracoes-do-ministro-da-educacao-e-do-presidente-da-republica-sobre-as-faculdades-de-humanidades-nomeadamente-filosofia-e-sociologia

Diretoria SOCINE

Encerrou-se na última sexta, 19/04, o pagamento da anuidade e a submissão de trabalhos para o XXIII Encontro SOCINE que acontecerá de 08 a 11 de outubro na Unisinos, em Porto Alegre, RS. As propostas entram agora em período de avaliação e a divulgação dos trabalhos selecionados está prevista para o dia 10/06/2019.

Num momento em que a pesquisa brasileira sofre cortes, a SOCINE tem buscado reagir às dificuldades postas a toda área, implementando descontos a profissionais sem vínculo, criando novas formas de desligamento que possibilitam uma economia aos sócios e diminuindo a quantidade de anuidades atrasadas a serem pagas. Além disso, a escolha do tema deste ano levou em consideração a necessidade de refletirmos sobre preservação e memória audiovisual num período como este que vivemos. Por tudo isto, nos anima o fato do Encontro deste ano ter registrado o maior número de trabalhos submetidos nos últimos dez anos, totalizando 595 propostas enviadas. Em momentos de dificuldades como estes que o fortalecimento de nossa Sociedade e Encontro se faz cada vez mais importante e por isso, agradecemos a todas e todos que inscreveram seus trabalhos. Faremos mais um instigante e afetuoso Encontro, dessa vez em Porto Alegre.

Para finalizar, gostaríamos de informar aos sócios que não pagaram a anuidade, que é possível realizar o pagamento normalmente pelo sistema durante todo o ano. Para aqueles que buscam economizar, pode-se optar pelo Desligamento Parcial, que gera um desconto de 50% no valor da anuidade.

Para pagar e submeter os trabalhos é necessário que o sócio já cadastrado na Sociedade acesse nosso site socine.org.br e coloque seu CPF e sua senha no PAINEL DO ASSOCIADO.

Estando logado em nosso sistema, o sócio deverá clicar em MINHA CONTA e em seguida DADOS DE PAGAMENTO. Vai aparecer uma tela com o Histórico de pagamentos e ao lado Instruções de pagamento, onde é feito o processo via Paypal. Assim que o pagamento é realizado, aparece escrito PAGO no Histórico na coluna Anuidade 2019. Com isso é possível submeter o trabalho em seguida.

Para submeter a proposta de comunicação, você deve clicar em ENCONTROe em seguida INSCRIÇÃO. Abrirá uma tela com a explicação sobre cada uma das 4 modalidades e ao lado em Minha proposta você encontra os botões com as modalidades para se inscrever nelas. Você irá clicar naquela que você gostaria de enviar seu trabalho e preencher os campos. Depois de enviar a proposta você ainda pode edita-la até o encerramento do prazo. Após isso, a proposta entra em avaliação e não pode ser mais modificada.

Qualquer dúvida sobre o processo, entre em contato com a Secretaria pelo e-mail socine@socine.org.br