O XXIII Encontro SOCINE acontecerá na Unisinos, em Porto Alegre, de 08 a 11 de outubro de 2019.

A lista dos trabalhos aprovados pode ser acessada aqui. Os associados também podem checar a avaliação final de seus trabalhos pela sua área de associado.

Todos os aprovados precisam realizar o pagamento dentro do prazo para que sua participação seja confirmada. Os valores, após o primeiro prazo, terão acréscimos. O pagamento deverá ser feito pela área do associado, via Paypal.

Primeiro prazo: 10 de junho a 12 de julho – R$190,00 (profissionais) / R$95,00 (estudantes/profissionais sem vínculo)
Segundo prazo: 15 de julho a 26 de julho – R$220,00 (profissionais) / R$110,00 (estudantes/profissionais sem vínculo)
Prazo final: 29 de julho a 02 de agosto – R$260,00 (profissionais) / R$130,00 (estudantes/profissionais sem vínculo)

Tendo qualquer dúvida ou dificuldade, favor contatar a secretaria no e-mail socine@socine.org.br.

Ficha do Proponente

Proponente

    Ricardo Jose de Barros Cavalcanti (ESPM)

Minicurrículo

    Mestre em Comunicação, Imagem e Informação na linha de pesquisa da Análise e experimentação da imagem e do som UFF (2002). Foi Sócio Diretor da Plural Filmes e membro da Direção Pedagógica da Escola EDEM, onde foi professor de cinema de Ensino Fundamental e Médio. Atualmente é Professor Adjunto I da ESPM, ministrando disciplinas ligadas à linguagem e produção audiovisual, cinema documentário e história do cinema. CV Lattes: http://lattes.cnpq.br/8813995527159572

Ficha do Trabalho

Título

    Clandestinos: memórias/histórias de uma específica espectatorialidade

Seminário

    Exibição cinematográfica, espectatorialidades e artes da projeção no Brasil

Resumo

    Este trabalho tem como objetivo investigar a história/memória de espectadores clandestinos do final da década de 1960 à de 1990, passando pela ditadura civil militar até a chegada dos complexos de salas no modelo multiplex.
    Esta investigação, inserida no campo denominado “histórias de cinema”, se utiliza de entrevistas semiestruturadas com homens e mulheres de diferentes faixas etárias que narraram as memórias de suas idas clandestinas ao cinema, e dos espaços que abrigaram essas experiências.

Resumo expandido

    Esse trabalho tem como objetivo investigar a história e a memória de espectadores clandestinos, numa época específica, final da década de 1960 e as de 1970, 1980, período da ditadura civil militar no país, e ainda no final dos anos 1990, com a chegada dos primeiro complexos de salas no modelo multiplex. O recorte abrange quatro categorias distintas de possíveis espectadores clandestinos:
    A primeira categoria diz respeito àqueles jovens, sem distinção de sexo, que experimentaram quase que um rito de passagem como espectadores clandestinos, falsificando suas identidades estudantis, numa ação que visava burlar à censura etária de filmes impróprios às suas faixas etárias — normalmente jovens com idade entre 12 e 15 anos e que tinham como objetivo o acesso à filmes com censura de 14 e 16 anos. Essa clandestinidade se dava em salas padrões de cinema e era normalmente feita em grupos onde haviam tanto jovens com idade inferior à censura do filme como outros com idade adequada.
    Segunda categoria trata de um outro tipo de rito de passagem de jovens do sexo masculino, com idade aproximada entre 12 e 17 anos, que iam buscar acesso às suas primeiras “experiências sexuais”, através de uma cinematografia específica ligada a um conteúdo erótico, tanto com os filmes de pornochanchadas nacionais como com os pornôs estrangeiros. Essas vivências aconteciam em um modelo específico de salas de cinema, os “poeiras”, que possibilitavam esse acesso.
    A terceira categoria se aplica a jovens com idade entre 16 e 25 anos, que tinham acesso a sessões, também clandestinas como os próprios, de filmes políticos, ou mesmo de simplesmente de arte, mas que eram vedados à exibição pública pelo departamento de censura da época, justamente pelo seu conteúdo.
    A quarta categoria, mais recente, coincide, e se torna possível, a partir da instalação das primeiras salas multiplex. São jovens, de ambos os sexos, que entravam em uma das salas desses complexos e ao final da sessão para a qual haviam pago ingresso, ou um pouco antes disso, clandestinamente, através de diverso artifícios, se transferiam para outra sala do mesmo complexo tendo acesso a filmes para os quais não haviam pago ingresso e, diversas vezes, também impróprios às suas faixas etárias, estabelecendo assim uma dupla “clandestinidade”
    A pesquisa se coloca dentro de um campo recente do debate nos estudos do cinema que tem se denominado como “histórias de cinema” — e não “História do Cinema”, como pontuou o professor João Luiz Vieira em sua palestra de encerramento 2º Seminário Modos de Ver, realizada em 10 de outubro de 2018 na ESPM Rio — e tem como metodologia pesquisa qualitativa através de entrevistas semiestruturadas, registradas em vídeo, com esses clandestinos, hoje jovens senhores e jovens adultos. A pesquisa, que resultará também num produto audiovisual, se coloca dentro de um campo recente do debate nos estudos do cinema que tem se denominado como “histórias de cinema” — e não “História do Cinema”, como expôs o professor João Luiz Vieira em sua palestra de encerramento 2º Seminário Modos de Ver, realizada em 10 de outubro de 2018 na ESPM Rio — e tem como metodologia de pesquisa a abordagem qualitativa, através de entrevistas semiestruturadas com esses jovens clandestinos, hoje jovens senhores e jovens adultos. Buscamos registrar suas lembranças do contexto histórico político da época em que viveram como espectadores clandestinos, suas histórias de cinema em suas idas às exibições de filmes, e resgatar o sentido que essas histórias de cinemas toma individualmente em suas memórias, traçando uma relação entre a construção da subjetividade e a experiência coletiva. Pretendemos, por fim, relatar as histórias de suas memórias desses espaços específicos que os recebiam em clandestinidade: os tradicionais cinemas de rua, os marginais cinemas poeira, os modernos e contemporâneos multiplex, quando esses estavam em sua fase de implantação e ainda vulneráveis a essas transgressões.

Bibliografia

    AVELLAR, José Carlos e outros. Anos 70 – Cinema. Rio de Janeiro: Europa, 1980.
    COSTA, Luiz Claudio da. Cinema Brasileiro (anos 60-70) Dissimetria, Oscilação e Simulacro. Rio de Janeiro: 7Letras, 2000.
    HARRIS, Ella. Exploring pop-up cinema and the city: Deleuzian encounters with secret cinema’s popup screening of The Third Man. Disponível em: Acesso em: 18 abr. 2019.
    RICCI, Steven. Cinema and Facism: Italian film and society, 1922 – 1943. California: University of California Press Berkeley and Los Angeles, 2008.
    STAN, Robert. O espetáculo interrompido: literatura e cinema de desmistificação.
    XAVIER, I. Alegorias do subdesenvolvimento: cinema novo, tropicalismo e cinema marginal. São Paulo: Cosac Naify, 2012.

O livro “XXII SOCINE: 50 anos do maio de 68”, organizado por Lisandro Nogueira e Cleomar Rocha já está disponível para download em nosso site. A obra é composta de 11 artigos que lidam com a temática do maio de 68 pela perspectiva do cinema, que foi o tema do XXII Encontro SOCINE realizado em Goiânia, em 2018. De acordo com os organizadores, “Não há dúvidas de que o tema foi, é, e será sempre instigante, ainda mais aos olhos de muitos que (sobre)viveram (a)os tempos de 68, especialmente no Brasil, e que durante o evento debateram e refletiram sobre o legado de tão importante período da história mundial para a contemporaneidade. Na presente coletânea de textos procuramos demonstrar um pouquinho do que foi a XXII SOCINE, bastante eclética, mas que correspondeu muito bem à chamada para trazer a reflexão dos acontecimentos políticos, sociais, culturais e artísticos do ano de 1968”. O livro leva o selo editorial da SOCINE e ficará disponível em nosso site para download na seção Livros.

XXII Socine 50 anos de maio de 68
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Tema do XXII encontro da Sociedade Brasileira de Estudos de Cinema e Audiovisual (SOCINE): “herança do maio de 1968 do ponto de vista do cinema, das novas redes de comunicação digital e da televisão”.

A Sociedade Brasileira de Estudos de Cinema e Audiovisual (SOCINE) repudia veementemente as manifestações recentes do governo federal contrárias a disciplinas das Humanidades como Filosofia ou Sociologia. Tais manifestações se constituem como ameaças inaceitáveis a áreas de conhecimento fundamentais que já convivem há anos com espaço reduzido nas políticas de financiamento de ensino e pesquisa no país.

A SOCINE considera que tais manifestações, além de desconhecerem a centralidade das Humanidades na construção da cidadania e no desenvolvimento do país, demonstram uma completa ausência de um projeto sério de educação e ciência.

Por isso, a SOCINE também assina a nota de repudio redigida pela ANPOF, disponível em:
http://www.anpof.org/portal/index.php/pt-BR/artigos-em-destaque/2075-nota-de-repudio-a-declaracoes-do-ministro-da-educacao-e-do-presidente-da-republica-sobre-as-faculdades-de-humanidades-nomeadamente-filosofia-e-sociologia

Diretoria SOCINE

Encerrou-se na última sexta, 19/04, o pagamento da anuidade e a submissão de trabalhos para o XXIII Encontro SOCINE que acontecerá de 08 a 11 de outubro na Unisinos, em Porto Alegre, RS. As propostas entram agora em período de avaliação e a divulgação dos trabalhos selecionados está prevista para o dia 10/06/2019.

Num momento em que a pesquisa brasileira sofre cortes, a SOCINE tem buscado reagir às dificuldades postas a toda área, implementando descontos a profissionais sem vínculo, criando novas formas de desligamento que possibilitam uma economia aos sócios e diminuindo a quantidade de anuidades atrasadas a serem pagas. Além disso, a escolha do tema deste ano levou em consideração a necessidade de refletirmos sobre preservação e memória audiovisual num período como este que vivemos. Por tudo isto, nos anima o fato do Encontro deste ano ter registrado o maior número de trabalhos submetidos nos últimos dez anos, totalizando 595 propostas enviadas. Em momentos de dificuldades como estes que o fortalecimento de nossa Sociedade e Encontro se faz cada vez mais importante e por isso, agradecemos a todas e todos que inscreveram seus trabalhos. Faremos mais um instigante e afetuoso Encontro, dessa vez em Porto Alegre.

Para finalizar, gostaríamos de informar aos sócios que não pagaram a anuidade, que é possível realizar o pagamento normalmente pelo sistema durante todo o ano. Para aqueles que buscam economizar, pode-se optar pelo Desligamento Parcial, que gera um desconto de 50% no valor da anuidade.

Para pagar e submeter os trabalhos é necessário que o sócio já cadastrado na Sociedade acesse nosso site socine.org.br e coloque seu CPF e sua senha no PAINEL DO ASSOCIADO.

Estando logado em nosso sistema, o sócio deverá clicar em MINHA CONTA e em seguida DADOS DE PAGAMENTO. Vai aparecer uma tela com o Histórico de pagamentos e ao lado Instruções de pagamento, onde é feito o processo via Paypal. Assim que o pagamento é realizado, aparece escrito PAGO no Histórico na coluna Anuidade 2019. Com isso é possível submeter o trabalho em seguida.

Para submeter a proposta de comunicação, você deve clicar em ENCONTROe em seguida INSCRIÇÃO. Abrirá uma tela com a explicação sobre cada uma das 4 modalidades e ao lado em Minha proposta você encontra os botões com as modalidades para se inscrever nelas. Você irá clicar naquela que você gostaria de enviar seu trabalho e preencher os campos. Depois de enviar a proposta você ainda pode edita-la até o encerramento do prazo. Após isso, a proposta entra em avaliação e não pode ser mais modificada.

Qualquer dúvida sobre o processo, entre em contato com a Secretaria pelo e-mail socine@socine.org.br