O XXIII Encontro SOCINE acontecerá na Unisinos, em Porto Alegre, de 08 a 11 de outubro de 2019.

A lista dos trabalhos aprovados pode ser acessada aqui. Os associados também podem checar a avaliação final de seus trabalhos pela sua área de associado.

Todos os aprovados precisam realizar o pagamento dentro do prazo para que sua participação seja confirmada. Os valores, após o primeiro prazo, terão acréscimos. O pagamento deverá ser feito pela área do associado, via Paypal.

Primeiro prazo: 10 de junho a 12 de julho – R$190,00 (profissionais) / R$95,00 (estudantes/profissionais sem vínculo)
Segundo prazo: 15 de julho a 26 de julho – R$220,00 (profissionais) / R$110,00 (estudantes/profissionais sem vínculo)
Prazo final: 29 de julho a 02 de agosto – R$260,00 (profissionais) / R$130,00 (estudantes/profissionais sem vínculo)

Tendo qualquer dúvida ou dificuldade, favor contatar a secretaria no e-mail socine@socine.org.br.

Ficha do Proponente

Proponente

    Fabio Geovanni Gomes Teixeira Costa Menezes (ECA-USP)

Minicurrículo

    Mestrando do programa de Meios e Processos Audiovisuais da ECA-USP, no qual desenvolve pesquisa sobre o cinema de Vincent Carelli, graduou-se em Cinema pela UFSC. Desde 2010, é colaborador do projeto Video nas Aldeias como coordenador de oficinas, montador e finalizador dos filmes de realizadores indígenas. Em 2016, dirigiu o telefilme “Residências”, hoje em finalização, e atualmente desenvolve “Desfazenda”, longa-metragem em colaboração com realizadores Guarani e Kaiowá do Mato Grosso do Sul.

Ficha do Trabalho

Título

    O espectador no cinema indígena: entre a mediação e o antagonismo

Seminário

    Cinema comparado

Resumo

    A partir da análise comparativa de um conjunto de seis filmes realizados por cineastas indígenas e não indígenas, no âmbito do projeto Vídeo nas Aldeias, entre os anos 1990 e 2010, propomos uma reflexão sobre os modos que esse cinema indígena tem encontrado para “imaginar” um espectador externo – aquele que não pertence à comunidade ou etnia (a “nação”) da qual o filme se origina.

Resumo expandido

    Partindo da análise de um conjunto de filmes realizados em regime(s) de colaboração entre realizadores indígenas e não indígenas, no âmbito do projeto Vídeo nas Aldeias (VNA) – “A arca dos Zo’é” (1992), “Marangmotxíngmo mïrang, das crianças Ikpeng para o mundo” (2001), “Kuhi ikugu – os Kuikuro se apresentam” (2006), “Bicicletas de Nhanderu” (2011), “Ujirei” (2016) e “Virou Brasil” (2019) – este trabalho se propõe a refletir a cerca dos modos pelos quais este nascente gênero que chamamos de cinema indígena imagina o seu espectador. Tal cotejo nos sugere também uma trajetória histórica desta filmografia, que matiza e diversifica qualquer resposta que possamos imaginar para a pergunta que encontra formulação, pela primeira vez, no artigo de Pat Aufderheide “Vendo o mundo do outro, você olha para o seu: a evolução do projeto Vídeo nas Aldeias”, de 2008: “a quem se destinam estes filmes?”.

    Para além de um primeiro espectador “doméstico” – aquele que pertence à etnia ou comunidade dos realizadores, que não raro é também colaborador e/ou se verá filmado na tela – cada filme também se constrói, de modo inevitável, a um espectador “externo” (de outra etnia, não indígena, estrangeiro etc.) numa relação cujo ponto de partida será sempre a alteridade. Se os filmes pioneiros do VNA apresentam-se, de maneira evidente, subordinados a um projeto pedagógico-ativista que busca situar, educar e engajar quem os assiste a partir de estratégias de linguagem que se ancoram na objetividade, na identificação e na mediação desta alteridade, na criação de empatia e cumplicidade entre o espectador e os sujeitos na tela, certos filmes mais recentes do projeto podem ser tomados como experiências de ruptura com este modelo “de inclusão” na medida em que abrem mão de contextualizações ou explicações didáticas, constroem-se de maneira fragmentária, elíptica, ou então interpelam diretamente o espectador, apontam a câmera para o mundo dele (o dos não-índios) devolvendo-lhe o olhar e invertendo o vetor do discurso: se o efeito daqueles primeiros é o de elaborar um lugar de fala para os cineastas indígenas, podemos entender o dos mais recentes como sendo o de elaborar, sobretudo, um lugar de escuta para esse espectador.

Bibliografia

    ARAÚJO, Ana Carvalho Ziller; CARVALHO, Ernesto Ignacio de; CARELLI, Vincent (Orgs.) Vídeo nas Aldeias 25 anos: 1986-2011. Olinda/PE: Vídeo nas Aldeias, 2011.

    BRASIL, André. “Bicicletas de Nhanderu: lascas do extracampo”. In: Revista. Devires – Cinema e Humanidades, Belo Horizonte, v.9, n.1, jan.

    BERNADET, Jean-Claude. Vídeo nas aldeias, o documentário e a alteridade. In: Catálogo da Mostra Vídeo nas Aldeias: um olhar indígena. Abril 2006.

    CAIXETA DE QUEIROZ, Ruben. Cineastas indígenas e pensamento selvagem. In: Devires – Cinema e Humanidades, v. 5, n. 2, p. 98-125, jul./dez. 2008.

    CARNEIRO DA CUNHA, Manuela. “Cultura” e cultura: conhecimentos tradicionais e direitos intelectuais. In: ______. Cultura com aspas. São Paulo: Cosac Naify, 2009.

    COMOLLI, Jean Louis. Ver y Poder: la inocência perdida – cine, televisión, ficción, documental. Buenos Aires, Nueva Libreria, 2007.

    MIGLIORIN, Cezar (org.). Ensaios no real: o documentário Brasileiro hoje. Rio de Janeiro, Azougue Ed. 2011.

O livro “XXII SOCINE: 50 anos do maio de 68”, organizado por Lisandro Nogueira e Cleomar Rocha já está disponível para download em nosso site. A obra é composta de 11 artigos que lidam com a temática do maio de 68 pela perspectiva do cinema, que foi o tema do XXII Encontro SOCINE realizado em Goiânia, em 2018. De acordo com os organizadores, “Não há dúvidas de que o tema foi, é, e será sempre instigante, ainda mais aos olhos de muitos que (sobre)viveram (a)os tempos de 68, especialmente no Brasil, e que durante o evento debateram e refletiram sobre o legado de tão importante período da história mundial para a contemporaneidade. Na presente coletânea de textos procuramos demonstrar um pouquinho do que foi a XXII SOCINE, bastante eclética, mas que correspondeu muito bem à chamada para trazer a reflexão dos acontecimentos políticos, sociais, culturais e artísticos do ano de 1968”. O livro leva o selo editorial da SOCINE e ficará disponível em nosso site para download na seção Livros.

XXII Socine 50 anos de maio de 68
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Tema do XXII encontro da Sociedade Brasileira de Estudos de Cinema e Audiovisual (SOCINE): “herança do maio de 1968 do ponto de vista do cinema, das novas redes de comunicação digital e da televisão”.

A Sociedade Brasileira de Estudos de Cinema e Audiovisual (SOCINE) repudia veementemente as manifestações recentes do governo federal contrárias a disciplinas das Humanidades como Filosofia ou Sociologia. Tais manifestações se constituem como ameaças inaceitáveis a áreas de conhecimento fundamentais que já convivem há anos com espaço reduzido nas políticas de financiamento de ensino e pesquisa no país.

A SOCINE considera que tais manifestações, além de desconhecerem a centralidade das Humanidades na construção da cidadania e no desenvolvimento do país, demonstram uma completa ausência de um projeto sério de educação e ciência.

Por isso, a SOCINE também assina a nota de repudio redigida pela ANPOF, disponível em:
http://www.anpof.org/portal/index.php/pt-BR/artigos-em-destaque/2075-nota-de-repudio-a-declaracoes-do-ministro-da-educacao-e-do-presidente-da-republica-sobre-as-faculdades-de-humanidades-nomeadamente-filosofia-e-sociologia

Diretoria SOCINE

Encerrou-se na última sexta, 19/04, o pagamento da anuidade e a submissão de trabalhos para o XXIII Encontro SOCINE que acontecerá de 08 a 11 de outubro na Unisinos, em Porto Alegre, RS. As propostas entram agora em período de avaliação e a divulgação dos trabalhos selecionados está prevista para o dia 10/06/2019.

Num momento em que a pesquisa brasileira sofre cortes, a SOCINE tem buscado reagir às dificuldades postas a toda área, implementando descontos a profissionais sem vínculo, criando novas formas de desligamento que possibilitam uma economia aos sócios e diminuindo a quantidade de anuidades atrasadas a serem pagas. Além disso, a escolha do tema deste ano levou em consideração a necessidade de refletirmos sobre preservação e memória audiovisual num período como este que vivemos. Por tudo isto, nos anima o fato do Encontro deste ano ter registrado o maior número de trabalhos submetidos nos últimos dez anos, totalizando 595 propostas enviadas. Em momentos de dificuldades como estes que o fortalecimento de nossa Sociedade e Encontro se faz cada vez mais importante e por isso, agradecemos a todas e todos que inscreveram seus trabalhos. Faremos mais um instigante e afetuoso Encontro, dessa vez em Porto Alegre.

Para finalizar, gostaríamos de informar aos sócios que não pagaram a anuidade, que é possível realizar o pagamento normalmente pelo sistema durante todo o ano. Para aqueles que buscam economizar, pode-se optar pelo Desligamento Parcial, que gera um desconto de 50% no valor da anuidade.

Para pagar e submeter os trabalhos é necessário que o sócio já cadastrado na Sociedade acesse nosso site socine.org.br e coloque seu CPF e sua senha no PAINEL DO ASSOCIADO.

Estando logado em nosso sistema, o sócio deverá clicar em MINHA CONTA e em seguida DADOS DE PAGAMENTO. Vai aparecer uma tela com o Histórico de pagamentos e ao lado Instruções de pagamento, onde é feito o processo via Paypal. Assim que o pagamento é realizado, aparece escrito PAGO no Histórico na coluna Anuidade 2019. Com isso é possível submeter o trabalho em seguida.

Para submeter a proposta de comunicação, você deve clicar em ENCONTROe em seguida INSCRIÇÃO. Abrirá uma tela com a explicação sobre cada uma das 4 modalidades e ao lado em Minha proposta você encontra os botões com as modalidades para se inscrever nelas. Você irá clicar naquela que você gostaria de enviar seu trabalho e preencher os campos. Depois de enviar a proposta você ainda pode edita-la até o encerramento do prazo. Após isso, a proposta entra em avaliação e não pode ser mais modificada.

Qualquer dúvida sobre o processo, entre em contato com a Secretaria pelo e-mail socine@socine.org.br