O XXIII Encontro SOCINE acontecerá na Unisinos, em Porto Alegre, de 08 a 11 de outubro de 2019.

A lista dos trabalhos aprovados pode ser acessada aqui. Os associados também podem checar a avaliação final de seus trabalhos pela sua área de associado.

Todos os aprovados precisam realizar o pagamento dentro do prazo para que sua participação seja confirmada. Os valores, após o primeiro prazo, terão acréscimos. O pagamento deverá ser feito pela área do associado, via Paypal.

Primeiro prazo: 10 de junho a 12 de julho – R$190,00 (profissionais) / R$95,00 (estudantes/profissionais sem vínculo)
Segundo prazo: 15 de julho a 26 de julho – R$220,00 (profissionais) / R$110,00 (estudantes/profissionais sem vínculo)
Prazo final: 29 de julho a 02 de agosto – R$260,00 (profissionais) / R$130,00 (estudantes/profissionais sem vínculo)

Tendo qualquer dúvida ou dificuldade, favor contatar a secretaria no e-mail socine@socine.org.br.

Ficha do Proponente

Proponente

    Natália Alves dos Reis Silva (UFJF)

Minicurrículo

    Mestranda em Cinema e Audiovisual pelo programa de pós-graduação em Artes, Cultura e Linguagens do Instituto de Artes e Design da Universidade Federal de Juiz de Fora.

Ficha do Trabalho

Título

    Cinema experimental brasileiro e a experiência do exílio: Cartografias

Resumo

    O trabalho se propõe como investigação das práticas experimentais no exílio de realizadores brasileiros durante o período da ditadura militar. A partir de obras como: Lágrima Pantera, a Míssil (1972) de Júlio Bressane, Forofina (1973) de Sylvio Lanna e O Demiurgo (1972) de Jorge Mautner, pensar o exílio enquanto experiência permeadora da criação artística.

Resumo expandido

    Etimologicamente, exílio e experiência são palavras que se atravessam. A primeira fala de deslocamento, ser colocado (ou colocar-se) para fora de um lugar ou condição habituais. A experiência por sua vez implica em retirar do universo exterior um novo saber, correr riscos no contato com o real, de certa forma, também sair de um lugar comum. A pergunta central desse trabalho perpassa essas duas direções: De que maneira a experiência do exílio se faz presente no cinema realizado por brasileiros exilados durante a ditadura no país? Mais precisamente nas produções experimentais de Júlio Bressane (Lágrima Pantera,1972), Sylvio Lanna (Forofina, 1973) e Jorge Mautner (O Demiurgo, 1972).
    Geraldo Veloso – montador, diretor, cronista, figura fundamental do chamado cinema marginal – em seu texto memorial “Por uma arqueologia do ‘outro’ cinema” relata o êxodo no início dos anos 1970 de diretores como Rogério Sganzerla, Neville d’Almeida, José Sette de Barros e os já citados, Júlio Bressane, Sylvio Lanna e o estreante Jorge Mautner. Diante da hostilidade crescente de um regime que minava grande parte da produção cultural brasileira, Nova Iorque, Londres, Paris, Amsterdã e alguns países do continente africano se tornaram por um breve período de tempo morada e, em parte, material fílmico para esses realizadores.
    O que é marcante no relato de Veloso – e que aqui será tratado como objeto de investigação – é a afirmação de que no exílio vida e arte se tornam cada vez mais indissociáveis e a noção da criação como forma de existência no desconhecido: “A vida torna-se uma arte de viver. O cinema se banaliza, como processo procurado compulsivamente. Passa a ser ponto de comunicação.” (VELOSO, 1983). Sob um olhar mais atento é possível inferir que o experimental nessas produções não se comporta apenas enquanto método – ensaístico, fragmentário, poético – mas também como experiência/vivência individual e coletiva. A partir dessa constatação, o presente trabalho não busca apenas ser um resgate histórico de um cinema debandado, mas também traçar linhas e percursos que aproximem as noções de experiência, experimentação e exílio em um período tão repreensivo politicamente e ao mesmo tempo tão rico culturalmente.

Bibliografia

    BASUALDO, Carlos. Tropicália: uma revolução na cultura brasileira (1967-1972).
    Editora Cosac Naify, 2007.
    CERTEAU, Michel de et al. A invenção do cotidiano: 1. Artes de fazer, v. 17, 1994.
    CLARK, Lygia; OITICICA, Hélio. CARTAS 1964-74 LYGIA CLARK HELIO OITICICA:
    ORGANIZADO POR LUCIANO FIGUEIREDO. Editora UFRJ, 1996.
    COUTINHO, Carlos Nelson. Cultura e sociedade no Brasil: ensaios sobre idéias e
    formas. DP&A Editora, 2000.
    DE HOLLANDA, Heloisa Buarque. Impressões de viagem. Brasiliense, 1980.
    DIDI-HUBERMAN, Georges. Quando as imagens tomam posição. Trad ao
    português. Trad ao português Cleonice, 2008.
    FERREIRA, Jairo. Cinema de invenção. Empresa Brasileira de Filmes, 1986.
    FLUSSER, Vilém. Exílio e criatividade. PISEAGRAMA, Belo Horizonte, número 04,
    página 50 – 52, 2011.
    KRISTEVA, Julia. Estrangeiros para nós mesmos. Rocco, 1994.
    NETO, Torquato. Os últimos dias de paupéria. Livraria Eldorado Tijuca, 1973.
    ROLLEMBERG, Denise. Exílio: entre raízes e radares. Editora Record, 1999.

O livro “XXII SOCINE: 50 anos do maio de 68”, organizado por Lisandro Nogueira e Cleomar Rocha já está disponível para download em nosso site. A obra é composta de 11 artigos que lidam com a temática do maio de 68 pela perspectiva do cinema, que foi o tema do XXII Encontro SOCINE realizado em Goiânia, em 2018. De acordo com os organizadores, “Não há dúvidas de que o tema foi, é, e será sempre instigante, ainda mais aos olhos de muitos que (sobre)viveram (a)os tempos de 68, especialmente no Brasil, e que durante o evento debateram e refletiram sobre o legado de tão importante período da história mundial para a contemporaneidade. Na presente coletânea de textos procuramos demonstrar um pouquinho do que foi a XXII SOCINE, bastante eclética, mas que correspondeu muito bem à chamada para trazer a reflexão dos acontecimentos políticos, sociais, culturais e artísticos do ano de 1968”. O livro leva o selo editorial da SOCINE e ficará disponível em nosso site para download na seção Livros.

XXII Socine 50 anos de maio de 68
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Tema do XXII encontro da Sociedade Brasileira de Estudos de Cinema e Audiovisual (SOCINE): “herança do maio de 1968 do ponto de vista do cinema, das novas redes de comunicação digital e da televisão”.

A Sociedade Brasileira de Estudos de Cinema e Audiovisual (SOCINE) repudia veementemente as manifestações recentes do governo federal contrárias a disciplinas das Humanidades como Filosofia ou Sociologia. Tais manifestações se constituem como ameaças inaceitáveis a áreas de conhecimento fundamentais que já convivem há anos com espaço reduzido nas políticas de financiamento de ensino e pesquisa no país.

A SOCINE considera que tais manifestações, além de desconhecerem a centralidade das Humanidades na construção da cidadania e no desenvolvimento do país, demonstram uma completa ausência de um projeto sério de educação e ciência.

Por isso, a SOCINE também assina a nota de repudio redigida pela ANPOF, disponível em:
http://www.anpof.org/portal/index.php/pt-BR/artigos-em-destaque/2075-nota-de-repudio-a-declaracoes-do-ministro-da-educacao-e-do-presidente-da-republica-sobre-as-faculdades-de-humanidades-nomeadamente-filosofia-e-sociologia

Diretoria SOCINE

Encerrou-se na última sexta, 19/04, o pagamento da anuidade e a submissão de trabalhos para o XXIII Encontro SOCINE que acontecerá de 08 a 11 de outubro na Unisinos, em Porto Alegre, RS. As propostas entram agora em período de avaliação e a divulgação dos trabalhos selecionados está prevista para o dia 10/06/2019.

Num momento em que a pesquisa brasileira sofre cortes, a SOCINE tem buscado reagir às dificuldades postas a toda área, implementando descontos a profissionais sem vínculo, criando novas formas de desligamento que possibilitam uma economia aos sócios e diminuindo a quantidade de anuidades atrasadas a serem pagas. Além disso, a escolha do tema deste ano levou em consideração a necessidade de refletirmos sobre preservação e memória audiovisual num período como este que vivemos. Por tudo isto, nos anima o fato do Encontro deste ano ter registrado o maior número de trabalhos submetidos nos últimos dez anos, totalizando 595 propostas enviadas. Em momentos de dificuldades como estes que o fortalecimento de nossa Sociedade e Encontro se faz cada vez mais importante e por isso, agradecemos a todas e todos que inscreveram seus trabalhos. Faremos mais um instigante e afetuoso Encontro, dessa vez em Porto Alegre.

Para finalizar, gostaríamos de informar aos sócios que não pagaram a anuidade, que é possível realizar o pagamento normalmente pelo sistema durante todo o ano. Para aqueles que buscam economizar, pode-se optar pelo Desligamento Parcial, que gera um desconto de 50% no valor da anuidade.

Para pagar e submeter os trabalhos é necessário que o sócio já cadastrado na Sociedade acesse nosso site socine.org.br e coloque seu CPF e sua senha no PAINEL DO ASSOCIADO.

Estando logado em nosso sistema, o sócio deverá clicar em MINHA CONTA e em seguida DADOS DE PAGAMENTO. Vai aparecer uma tela com o Histórico de pagamentos e ao lado Instruções de pagamento, onde é feito o processo via Paypal. Assim que o pagamento é realizado, aparece escrito PAGO no Histórico na coluna Anuidade 2019. Com isso é possível submeter o trabalho em seguida.

Para submeter a proposta de comunicação, você deve clicar em ENCONTROe em seguida INSCRIÇÃO. Abrirá uma tela com a explicação sobre cada uma das 4 modalidades e ao lado em Minha proposta você encontra os botões com as modalidades para se inscrever nelas. Você irá clicar naquela que você gostaria de enviar seu trabalho e preencher os campos. Depois de enviar a proposta você ainda pode edita-la até o encerramento do prazo. Após isso, a proposta entra em avaliação e não pode ser mais modificada.

Qualquer dúvida sobre o processo, entre em contato com a Secretaria pelo e-mail socine@socine.org.br