O XXIII Encontro SOCINE acontecerá na Unisinos, em Porto Alegre, de 08 a 11 de outubro de 2019.

A lista dos trabalhos aprovados pode ser acessada aqui. Os associados também podem checar a avaliação final de seus trabalhos pela sua área de associado.

Todos os aprovados precisam realizar o pagamento dentro do prazo para que sua participação seja confirmada. Os valores, após o primeiro prazo, terão acréscimos. O pagamento deverá ser feito pela área do associado, via Paypal.

Primeiro prazo: 10 de junho a 12 de julho – R$190,00 (profissionais) / R$95,00 (estudantes/profissionais sem vínculo)
Segundo prazo: 15 de julho a 26 de julho – R$220,00 (profissionais) / R$110,00 (estudantes/profissionais sem vínculo)
Prazo final: 29 de julho a 02 de agosto – R$260,00 (profissionais) / R$130,00 (estudantes/profissionais sem vínculo)

Tendo qualquer dúvida ou dificuldade, favor contatar a secretaria no e-mail socine@socine.org.br.

Ficha do Proponente

Proponente

    Miriam de Souza Rossini (UFRGS)

Minicurrículo

    Doutora em História (UFRGS) e Mestre em Cinema (USP). Graduada em Jornalismo (PUCRS) e em História (UFRGS). Professora Associada do Departamento de Comunicação e do PPG em Comunicação da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Coordenadora do Grupo de Pesquisa Processos Audiovisuais (PROAv – UFRGS). Bolsista Produtividade do CNPq. Editora E-Compós. Autora de artigos e capítulos de livro sobre cinema brasileiro, cinema e história, e relações entre televisão e cinema no Brasil.

Ficha do Trabalho

Título

    Cinema de baixo orçamento no Rio Grande do Sul e a economia da dádiva

Resumo

    Partindo de filmes realizados no RS desde 2010, com valor até 500 mil, a apresentação busca identificar práticas de produção de realizadores que trabalham com o baixo orçamento, e ver a possibilidade de relacionar suas motivações com a Economia da Dádiva. A discussão integra a pesquisa Cinema brasileiro e a economia da dádiva: o baixo orçamento como projeto político-estético, financiada pelo CNPq, com apoio Capes, e realizada pelo Grupo de Pesquisa Processos Audiovisuais, junto ao PPGCOM/UFRGS.

Resumo expandido

    Esta proposta parte do mapeamento de filmes gaúchos de baixo orçamento, realizados a partir de 2010, no Rio Grande do Sul, e com valor máximo de 500 mil. Busca-se, com isso, identificar as práticas de produção de realizadores que trabalham com o baixo orçamento, e ver a possibilidade de relacionar suas motivações com as discussões sobre Economia da Dádiva. A apresentação integra as discussões da pesquisa Cinema brasileiro e a economia da dádiva: o baixo orçamento como projeto político-estético, financiada pelo CNPq, com apoio Capes, e realizada pelo Grupo de Pesquisa Processos Audiovisuais, junto ao Programa de Pós-Graduação em Comunicação da Universidade Federal do Rio Grande do Sul.
    O conceito de Economia da Dádiva foi desenvolvido por Marcel Mauss, nos anos 1920, para explicar práticas sociais de trocas que não envolviam a questão monetária em sociedades não-capitalistas, ou ditas primitivas. Aos poucos, o conceito foi sendo expandido para pensar muitas outras atividades dentro das próprias sociedades modernas e capitalistas, como as ações beneficentes, de cunho social, ou até mesmo as ações do Estado voltadas para o bem-estar e o desenvolvimento social (como o ensino público e gratuito e a o sistema público de saúde). Já o baixo orçamento foi por muito tempo o próprio entendimento do que é o cinema brasileiro, com uma proposta mais voltada para o cinema enquanto bem cultural do que de consumo ou entretenimento.
    No entanto, desde as mudanças tecnológicas de fins dos anos 1990, mas realmente incorporada pela maioria das cinematografias nos anos 2000, a possibilidade de se redefinir o baixo orçamento tornou-se a tônica. O digital, para captação e edição, ampliou a produção cinematográfica, tornando-a mais ágil, barata e disseminada, atendendo aos interesses de profissionais ou de amadores do campo audiovisual. No Brasil, observa-se que a produção fílmica é assumida por diferentes grupos, coletivos, amadores, nem sempre com vocação para chegar às telas das salas de cinema convencionais ou aos conceituados festivais nacionais e internacionais. Esse cinema ainda mais à margem vem disputando com cinemas ditos de arte, experimental, cult o interesse do público.
    Para entender estas relações entre as práticas de produção e as motivações para os diversos modelos de produção de baixo orçamento, o grupo vem mapeando a produção gaúcha da última década, e propondo encontros com realizadores gaúchos de várias partes do Estado, que atuam no campo do audiovisual de modo profissional ou não. Nesta primeira fase de prospecção, estamos buscando conhecer as formas de organização de equipes, de financiamento, de organização de trabalho, de definição de temas para os filmes, que são tanto ficcionais quanto documentais, de curta, média e longa duração. Buscamos, assim, compreender e discutir os limites e as possibilidades para o uso do conceito de economia da dádiva no cinema brasileiro.
    A discussão nos permite, portanto, fazer a aproximação entre cinema e economia da dádiva, a fim de tensionar os diferentes laços que movem o cinema de baixo orçamento no Brasil e, assim, propor outros entendimentos para as escolhas que são feitas pelos realizadores.

Bibliografia

    BENJAMIN, Walter. Magia e técnica. Arte e política. 7ed. 10ª. reimpressão. São Paulo: Brasiliense, 1996 (obras escolhidas, vol. 1).
    IKEDA, Marcelo. O novíssimo cinema brasileiro. Cinéma d´Amerique Latina, n.20, 2012, p. 136-149.
    MARTINS, Paulo Henrique. A sociologia de Marcel Mauss: dádiva, simbolismo e associação. Revista crítica de ciências sociais. Coimbra, 2004.
    MAUSS, Marcel. Ensaio sobre a dádiva. São Paulo: Cosac Naif, 2013.
    OLIVEIRA, Maria Carolina Vasconlos. O lugar dos independentes: práticas e representações de independência a partir da observação do “novíssimo” cinema brasileiro. Anais do 39º Encontro Anual da Anpocs, 2015.
    RANCIÈRE, Jacques. A partilha do sensível. Estética e política. São Paulo: Editora 34, 2005.
    ROSSINI, Miriam de Souza; OLIVEIRA, Vanessa K. Labre; NILSSEN, Bibiana, ALMEIDA, Guilherme Fumeo. Tendências do Cinema Brasileiro Contemporâneo. Modelos de produção e de representação. Sessões do Imaginário, Porto Alegre, Famecos/PUCRS, v.21, n.35, 2016, p.2-1

O livro “XXII SOCINE: 50 anos do maio de 68”, organizado por Lisandro Nogueira e Cleomar Rocha já está disponível para download em nosso site. A obra é composta de 11 artigos que lidam com a temática do maio de 68 pela perspectiva do cinema, que foi o tema do XXII Encontro SOCINE realizado em Goiânia, em 2018. De acordo com os organizadores, “Não há dúvidas de que o tema foi, é, e será sempre instigante, ainda mais aos olhos de muitos que (sobre)viveram (a)os tempos de 68, especialmente no Brasil, e que durante o evento debateram e refletiram sobre o legado de tão importante período da história mundial para a contemporaneidade. Na presente coletânea de textos procuramos demonstrar um pouquinho do que foi a XXII SOCINE, bastante eclética, mas que correspondeu muito bem à chamada para trazer a reflexão dos acontecimentos políticos, sociais, culturais e artísticos do ano de 1968”. O livro leva o selo editorial da SOCINE e ficará disponível em nosso site para download na seção Livros.

XXII Socine 50 anos de maio de 68
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Tema do XXII encontro da Sociedade Brasileira de Estudos de Cinema e Audiovisual (SOCINE): “herança do maio de 1968 do ponto de vista do cinema, das novas redes de comunicação digital e da televisão”.

A Sociedade Brasileira de Estudos de Cinema e Audiovisual (SOCINE) repudia veementemente as manifestações recentes do governo federal contrárias a disciplinas das Humanidades como Filosofia ou Sociologia. Tais manifestações se constituem como ameaças inaceitáveis a áreas de conhecimento fundamentais que já convivem há anos com espaço reduzido nas políticas de financiamento de ensino e pesquisa no país.

A SOCINE considera que tais manifestações, além de desconhecerem a centralidade das Humanidades na construção da cidadania e no desenvolvimento do país, demonstram uma completa ausência de um projeto sério de educação e ciência.

Por isso, a SOCINE também assina a nota de repudio redigida pela ANPOF, disponível em:
http://www.anpof.org/portal/index.php/pt-BR/artigos-em-destaque/2075-nota-de-repudio-a-declaracoes-do-ministro-da-educacao-e-do-presidente-da-republica-sobre-as-faculdades-de-humanidades-nomeadamente-filosofia-e-sociologia

Diretoria SOCINE

Encerrou-se na última sexta, 19/04, o pagamento da anuidade e a submissão de trabalhos para o XXIII Encontro SOCINE que acontecerá de 08 a 11 de outubro na Unisinos, em Porto Alegre, RS. As propostas entram agora em período de avaliação e a divulgação dos trabalhos selecionados está prevista para o dia 10/06/2019.

Num momento em que a pesquisa brasileira sofre cortes, a SOCINE tem buscado reagir às dificuldades postas a toda área, implementando descontos a profissionais sem vínculo, criando novas formas de desligamento que possibilitam uma economia aos sócios e diminuindo a quantidade de anuidades atrasadas a serem pagas. Além disso, a escolha do tema deste ano levou em consideração a necessidade de refletirmos sobre preservação e memória audiovisual num período como este que vivemos. Por tudo isto, nos anima o fato do Encontro deste ano ter registrado o maior número de trabalhos submetidos nos últimos dez anos, totalizando 595 propostas enviadas. Em momentos de dificuldades como estes que o fortalecimento de nossa Sociedade e Encontro se faz cada vez mais importante e por isso, agradecemos a todas e todos que inscreveram seus trabalhos. Faremos mais um instigante e afetuoso Encontro, dessa vez em Porto Alegre.

Para finalizar, gostaríamos de informar aos sócios que não pagaram a anuidade, que é possível realizar o pagamento normalmente pelo sistema durante todo o ano. Para aqueles que buscam economizar, pode-se optar pelo Desligamento Parcial, que gera um desconto de 50% no valor da anuidade.

Para pagar e submeter os trabalhos é necessário que o sócio já cadastrado na Sociedade acesse nosso site socine.org.br e coloque seu CPF e sua senha no PAINEL DO ASSOCIADO.

Estando logado em nosso sistema, o sócio deverá clicar em MINHA CONTA e em seguida DADOS DE PAGAMENTO. Vai aparecer uma tela com o Histórico de pagamentos e ao lado Instruções de pagamento, onde é feito o processo via Paypal. Assim que o pagamento é realizado, aparece escrito PAGO no Histórico na coluna Anuidade 2019. Com isso é possível submeter o trabalho em seguida.

Para submeter a proposta de comunicação, você deve clicar em ENCONTROe em seguida INSCRIÇÃO. Abrirá uma tela com a explicação sobre cada uma das 4 modalidades e ao lado em Minha proposta você encontra os botões com as modalidades para se inscrever nelas. Você irá clicar naquela que você gostaria de enviar seu trabalho e preencher os campos. Depois de enviar a proposta você ainda pode edita-la até o encerramento do prazo. Após isso, a proposta entra em avaliação e não pode ser mais modificada.

Qualquer dúvida sobre o processo, entre em contato com a Secretaria pelo e-mail socine@socine.org.br