O XXIII Encontro SOCINE acontecerá na Unisinos, em Porto Alegre, de 08 a 11 de outubro de 2019.

A lista dos trabalhos aprovados pode ser acessada aqui. Os associados também podem checar a avaliação final de seus trabalhos pela sua área de associado.

Todos os aprovados precisam realizar o pagamento dentro do prazo para que sua participação seja confirmada. Os valores, após o primeiro prazo, terão acréscimos. O pagamento deverá ser feito pela área do associado, via Paypal.

Primeiro prazo: 10 de junho a 12 de julho – R$190,00 (profissionais) / R$95,00 (estudantes/profissionais sem vínculo)
Segundo prazo: 15 de julho a 26 de julho – R$220,00 (profissionais) / R$110,00 (estudantes/profissionais sem vínculo)
Prazo final: 29 de julho a 02 de agosto – R$260,00 (profissionais) / R$130,00 (estudantes/profissionais sem vínculo)

Tendo qualquer dúvida ou dificuldade, favor contatar a secretaria no e-mail socine@socine.org.br.

Ficha do Proponente

Proponente

    Rafael Castanheira Parrode (USP)

Minicurrículo

    É diretor artístico e diretor de programação do Fronteira Festival, realizado em Goiânia, Goiás. Trabalhou como curador de diversas mostras e festivais como Goiânia Mostra Curtas, FICA, Festival Internacional de Cinema Ambiental, Manifesto: Mostra de Cinema Político e Festival Internacional del Nuevo Cine Latinoamericano de Habana. Foi redator da Revista Cinética entre os anos de 2011 e 2017, tendo publicado textos para catálogos, revistas e jornais como Revista Janela e Jornal O Popular.

Ficha do Trabalho

Título

    Os últimos desertores do terceiro cinema

Seminário

    Audiovisual e América Latina: estudos estético-historiográficos comparados

Resumo

    O presente projeto de pesquisa pretende situar a experiência do coletivo Cineclube Antônio das Mortes (CAM) e suas experiências com a produção de filmes, a partir de aproximações com experiências coletivas similares na América Latina entre os anos 1970 e 1980 (Grupo de Cáli na Colômbia e Grupo Chaski no Perú) a partir de toda uma construção de pensamento sobre o que dentre outros termos, se convencionou a chamar de “Terceiro Cinema” na América Latina.

Resumo expandido

    No Brasil, são diversos os movimentos de coletivos que se juntam em torno dos filmes a partir do cineclubismo popularizado aqui especialmente nos anos 1970. Mas o Cineclube Antônio das Mortes (CAM) é um dos raros casos em que se conjuga não apenas a exibição e debate sobre cinema, mas também da produção de filmes e sua consequente distribuição e difusão no interior de Goiás. Um dos poucos casos brasileiros onde as práticas cinematográficas respondiam diretamente a um processo diverso e as vezes inconsciente, porém repleto de conexões e similaridades com outros coletivos latino americanos surgidos nesse recorte temporal que se inicia em meados dos anos 1970 e início dos anos 1980. Essa delimitação, para além da abordagem historiográfica, representa um período de ruptura e desilusão dessas práticas cinematográficas construídas ao longo de 3 décadas pelos mais célebres teóricos e realizados do cinema latino, que se debruçaram em direção a construção a uma identidade latino americana, acompanhando os movimentos revolucionários políticos que emergiam após o sucesso da revolução cubana em 1959. É não apenas pelo recrudescimento das lutas revolucionárias e do avanço dos governos ditatoriais que se encerra a utopia por um cinema genuinamente vinculado às concepções de um “terceiro cinema”. O surgimento do vídeo e das novas tecnologias da imagem impõem ao cinema novas formas de produção e apreensão da imagem em movimento.
    A consonância das práticas do CAM com a de outros coletivos localizados em centros à margem do debate estético e teórico canônico da América Latina desse período revela ao mesmo tempo a diversidade estética a que o projeto do cinema latino havia se proposto, bem como suas confluências que demonstram o impacto da noção de cinema revolucionário propagada na América Latina nos anos 60. O grupo de Cáli na Colômbia, bem como o Grupo Chaski no Perú se colocam nessa posição comparativa que busca tanto ressaltar questões teóricas complexas e divergentes acerca de termos como “cine imperfecto”, “nuevo cine latino”, “tricontinental”, “cine popular” e “tercer cine”, bem como entender a partir de seus contextos políticos específicos, a produção de seus filmes e a forma como eles ao lado do CAM se inserem como os últimos portadores de uma utopia de cinema construída na américa Latina ao longo de 3 décadas de debates respondendo a esses conceitos de acordo com seus contextos sócio culturais e políticos.
    Dessa forma, além de entender como esses coletivos latino americanos se relacionam e respondem a esse processo de construção identitária e revolucionária é importante analisar como os filmes produzidos por eles se inserem nesse debate percebendo como eles carregam ao mesmo tempo um desejo pela continuidade do projeto latino-americano, como a da desilusão de uma experiência convalescente, reforçada pelo enfraquecimento e fragmentação da própria militância da esquerda nos continente latino. Filmes como Recordações de Um Presídio de Meninos e Conceição My Love produzidos pelo CAM, Agarrando Pueblo produzido pelo Grupo de Cáli e Miss Universo em Perú produzido pelo Grupo Chaski, revelam a partir de abordagens estéticas distintas, seja pela via documental, seja pelo experimentalismo novos olhares sobre um período ainda pouco estudado enquanto desdobramento dos estudos sobre cinema latino americano e “terceiro cinema” – entendendo este termo como o que melhor se adapta às práticas coletivas que se pretende analisar em questão.

Bibliografia

    BIRRI, F. El alquimista poético-político. Por um nuevo cine latino-americano. Madri: Cátedra, 1996.

    ESPINOSA, J. G. Por un cine imperfecto, in: La Doble Moral del Cine. Habana: EICTV. Madrid,1996.

    MACHADO JR., R. “A experimentação cinematográfica superoitista no Brasil” in: Cinema e memória. UFPB, 2013.
    ROCHA, G. Cartas ao mundo. I. Bentes. (org). SP: Cia. das Letras, 1997.

    SANJINÉS, J. & Grupo Ukamau. Teoria e Prática de um Cinema Junto ao Povo. Trad. Mmarte, MG, 2017.

    SOLANAS & GETINO. La cultura nacional, el cine y La Hora de los Hornos, Cine Cubano, nº 56/57, março de 1969.

    PRYSTHON, A. Do Terceiro Cinema ao Cinema Periférico, in: Periferia vol. 1, nº1, 2014.

    PARANAGUÁ, P. A. Le cinéma en Amérique Latine: le miroir eclaté: historiographie et comparatisme. Paris: L’Harmattan, 2000.

    XAVIER, I. 2001. Cinema brasileiro moderno. São Paulo: Paz e Terra.

O livro “XXII SOCINE: 50 anos do maio de 68”, organizado por Lisandro Nogueira e Cleomar Rocha já está disponível para download em nosso site. A obra é composta de 11 artigos que lidam com a temática do maio de 68 pela perspectiva do cinema, que foi o tema do XXII Encontro SOCINE realizado em Goiânia, em 2018. De acordo com os organizadores, “Não há dúvidas de que o tema foi, é, e será sempre instigante, ainda mais aos olhos de muitos que (sobre)viveram (a)os tempos de 68, especialmente no Brasil, e que durante o evento debateram e refletiram sobre o legado de tão importante período da história mundial para a contemporaneidade. Na presente coletânea de textos procuramos demonstrar um pouquinho do que foi a XXII SOCINE, bastante eclética, mas que correspondeu muito bem à chamada para trazer a reflexão dos acontecimentos políticos, sociais, culturais e artísticos do ano de 1968”. O livro leva o selo editorial da SOCINE e ficará disponível em nosso site para download na seção Livros.

XXII Socine 50 anos de maio de 68
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Tema do XXII encontro da Sociedade Brasileira de Estudos de Cinema e Audiovisual (SOCINE): “herança do maio de 1968 do ponto de vista do cinema, das novas redes de comunicação digital e da televisão”.

A Sociedade Brasileira de Estudos de Cinema e Audiovisual (SOCINE) repudia veementemente as manifestações recentes do governo federal contrárias a disciplinas das Humanidades como Filosofia ou Sociologia. Tais manifestações se constituem como ameaças inaceitáveis a áreas de conhecimento fundamentais que já convivem há anos com espaço reduzido nas políticas de financiamento de ensino e pesquisa no país.

A SOCINE considera que tais manifestações, além de desconhecerem a centralidade das Humanidades na construção da cidadania e no desenvolvimento do país, demonstram uma completa ausência de um projeto sério de educação e ciência.

Por isso, a SOCINE também assina a nota de repudio redigida pela ANPOF, disponível em:
http://www.anpof.org/portal/index.php/pt-BR/artigos-em-destaque/2075-nota-de-repudio-a-declaracoes-do-ministro-da-educacao-e-do-presidente-da-republica-sobre-as-faculdades-de-humanidades-nomeadamente-filosofia-e-sociologia

Diretoria SOCINE

Encerrou-se na última sexta, 19/04, o pagamento da anuidade e a submissão de trabalhos para o XXIII Encontro SOCINE que acontecerá de 08 a 11 de outubro na Unisinos, em Porto Alegre, RS. As propostas entram agora em período de avaliação e a divulgação dos trabalhos selecionados está prevista para o dia 10/06/2019.

Num momento em que a pesquisa brasileira sofre cortes, a SOCINE tem buscado reagir às dificuldades postas a toda área, implementando descontos a profissionais sem vínculo, criando novas formas de desligamento que possibilitam uma economia aos sócios e diminuindo a quantidade de anuidades atrasadas a serem pagas. Além disso, a escolha do tema deste ano levou em consideração a necessidade de refletirmos sobre preservação e memória audiovisual num período como este que vivemos. Por tudo isto, nos anima o fato do Encontro deste ano ter registrado o maior número de trabalhos submetidos nos últimos dez anos, totalizando 595 propostas enviadas. Em momentos de dificuldades como estes que o fortalecimento de nossa Sociedade e Encontro se faz cada vez mais importante e por isso, agradecemos a todas e todos que inscreveram seus trabalhos. Faremos mais um instigante e afetuoso Encontro, dessa vez em Porto Alegre.

Para finalizar, gostaríamos de informar aos sócios que não pagaram a anuidade, que é possível realizar o pagamento normalmente pelo sistema durante todo o ano. Para aqueles que buscam economizar, pode-se optar pelo Desligamento Parcial, que gera um desconto de 50% no valor da anuidade.

Para pagar e submeter os trabalhos é necessário que o sócio já cadastrado na Sociedade acesse nosso site socine.org.br e coloque seu CPF e sua senha no PAINEL DO ASSOCIADO.

Estando logado em nosso sistema, o sócio deverá clicar em MINHA CONTA e em seguida DADOS DE PAGAMENTO. Vai aparecer uma tela com o Histórico de pagamentos e ao lado Instruções de pagamento, onde é feito o processo via Paypal. Assim que o pagamento é realizado, aparece escrito PAGO no Histórico na coluna Anuidade 2019. Com isso é possível submeter o trabalho em seguida.

Para submeter a proposta de comunicação, você deve clicar em ENCONTROe em seguida INSCRIÇÃO. Abrirá uma tela com a explicação sobre cada uma das 4 modalidades e ao lado em Minha proposta você encontra os botões com as modalidades para se inscrever nelas. Você irá clicar naquela que você gostaria de enviar seu trabalho e preencher os campos. Depois de enviar a proposta você ainda pode edita-la até o encerramento do prazo. Após isso, a proposta entra em avaliação e não pode ser mais modificada.

Qualquer dúvida sobre o processo, entre em contato com a Secretaria pelo e-mail socine@socine.org.br