O XXIII Encontro SOCINE acontecerá na Unisinos, em Porto Alegre, de 08 a 11 de outubro de 2019.

A lista dos trabalhos aprovados pode ser acessada aqui. Os associados também podem checar a avaliação final de seus trabalhos pela sua área de associado.

Todos os aprovados precisam realizar o pagamento dentro do prazo para que sua participação seja confirmada. Os valores, após o primeiro prazo, terão acréscimos. O pagamento deverá ser feito pela área do associado, via Paypal.

Primeiro prazo: 10 de junho a 12 de julho – R$190,00 (profissionais) / R$95,00 (estudantes/profissionais sem vínculo)
Segundo prazo: 15 de julho a 26 de julho – R$220,00 (profissionais) / R$110,00 (estudantes/profissionais sem vínculo)
Prazo final: 29 de julho a 02 de agosto – R$260,00 (profissionais) / R$130,00 (estudantes/profissionais sem vínculo)

Tendo qualquer dúvida ou dificuldade, favor contatar a secretaria no e-mail socine@socine.org.br.

Ficha do Proponente

Proponente

    Ana Camila de Souza Esteves (UFBA)

Minicurrículo

    Mestre e doutoranda pelo Programa de Pós-Graduação em Comunicação e Cultura Contemporâneas da Universidade Federal da Bahia.

Ficha do Trabalho

Título

    O espaço urbano da experiência LGBT em “Rafiki” (Quênia, 2018)

Seminário

    Cinema Negro africano e diaspórico – Narrativas e representações

Resumo

    A partir de uma pesquisa cartográfica da experiência urbana nos cinemas africanos, esta comunicação busca avançar as discussões propostas anteriormente para pensar a experiência LGBT na cidade de Nairóbi, no Quênia, a partir de uma análise do filme “Rafiki” (Quênia), de Wanuri Kahiu, lançado em 2018.

Resumo expandido

    Esta comunicação busca oferecer uma análise da experiência LGBT na cidade de Nairóbi, no Quênia, a partir da narrativa do filme Rafiki, dirigido pela realizadora queniana Wanuri Kahiu em 2018. O Quênia é um país onde a homossexualidade é considerada crime, e Rafiki foi proibido de ser exibido em seu país de origem, e ao mesmo tempo em que causou comoção no mundo inteiro, também garantiu assim sua notoriedade em diversos festivais nos mais variados países – incluindo contratos de exibição comercial em muitos dele. Rafiki conta a história de amor entre duas adolescentes, Kena e Ziki, que além de se apaixonarem em um contexto proibitivo, são filhas de pais que se enfrentam em uma disputa política na cidade de Nairóbi, capital do Quênia. A relação entre as duas dentro da narrativa pode ser analisada pela forma como se relacionam com a cidade, como a diretora constrói os espaços de existência e de enfrentamento pelos quais as duas jovens passam para estar juntas, a despeito da proibição do estado.

    Nossa proposta é pensar a experiência LGBT como uma experiência urbana possível de conflitos e disputas, partindo da articulação de duas conjunturas teóricas: a noção de experiência urbana articulada ao pensamento sobre cidades do sul global, e metodologias de análise fílmica que permitem pensar o filme em sua materialidade – com o objetivo de analisar o modo como o espaço urbano ao mesmo tempo condiciona e ressignifica a experiência de Kena e Ziki em Rafiki.

    Este trabalho está relacionado a uma pesquisa de doutorado em andamento. O objetivo é primeiro fazer uma espécie de cartografia de como o urbano aparece nos filmes africanos, de 1960 a 2020. Que histórias estão sendo contadas nesses espaços urbanos? Ou ainda: que histórias as metrópoles africanas contam? As cidades se apresentam como cidades reais ou “suspensas” (uma espécie de não-lugar)? O que a cidade faz fazer? – no sentido de: como a cidade condiciona ou mesmo constrói a experiência do sujeito/personagem africano. O que é que acontece com esses personagens só porque eles estão vivendo aquele espaço urbano específico? Que experiência urbana é construída nestes filmes, nestas narrativas?

    O desafio é primeiro olhar para estes filmes a fim de identificar que experiências seriam essas, depois analisar de que modo a cidade move, constrói, condiciona a experiência dos personagens, e então tentar criar categorias de experiência urbana que deem conta de toda essa cinematografia. No fim, talvez haja uma proposta de metodologia para se pensar a experiência urbana nos cinemas africanos, de modo a contribuir para o campo desses estudos, especialmente no sentido de compreender a experiência africana que “se oferece” no cinema a partir do urbano, em suas especificidades de linguagem. Outro ganho é ter um panorama de como a cidade atravessou a história dos cinemas africanos, e como o urbano foi costurando diversas narrativas sobre a experiência africana, até uma perspectiva mais contemporânea, que revela um momento no qual as controvérsias ao redor do que se pode considerar “cinema africano” ainda é uma questão.

Bibliografia

    ÁLVAREZ, Iván Villarmea. Documenting cityscapes: Urban change in contemporary non-fiction film. Columbia University Press, 2015.
    BRUNSDON, Charlotte. The attractions of the cinematic city. Screen, v. 53, n. 3, p. 209-227, 2012.
    COMOLLI, Jean-Louis. A cidade filmada. Cadernos de Antropologia e Imagem. Rio de Janeiro, ano, v. 3, 1995.
    GARRITANO, Carmela. HARROW, Kenneth W (Ed.). A Companion to African Cinema. Wiley-Blackwell, 2018
    KOECK, Richard. Cine-scapes: Cinematic spaces in architecture and cities. Routledge, 2012.
    PFAFF, Françoise (Ed.). Focus on African films. Indiana University Press, 2004.
    PRABHU, Anjali. Contemporary cinema of Africa and the diaspora. John Wiley & Sons, 2014.
    UKADIKE, Nwachukwu Frank (Ed.). Critical Approaches to African cinema discourse. Lexington Books, 2014.

O livro “XXII SOCINE: 50 anos do maio de 68”, organizado por Lisandro Nogueira e Cleomar Rocha já está disponível para download em nosso site. A obra é composta de 11 artigos que lidam com a temática do maio de 68 pela perspectiva do cinema, que foi o tema do XXII Encontro SOCINE realizado em Goiânia, em 2018. De acordo com os organizadores, “Não há dúvidas de que o tema foi, é, e será sempre instigante, ainda mais aos olhos de muitos que (sobre)viveram (a)os tempos de 68, especialmente no Brasil, e que durante o evento debateram e refletiram sobre o legado de tão importante período da história mundial para a contemporaneidade. Na presente coletânea de textos procuramos demonstrar um pouquinho do que foi a XXII SOCINE, bastante eclética, mas que correspondeu muito bem à chamada para trazer a reflexão dos acontecimentos políticos, sociais, culturais e artísticos do ano de 1968”. O livro leva o selo editorial da SOCINE e ficará disponível em nosso site para download na seção Livros.

XXII Socine 50 anos de maio de 68
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Tema do XXII encontro da Sociedade Brasileira de Estudos de Cinema e Audiovisual (SOCINE): “herança do maio de 1968 do ponto de vista do cinema, das novas redes de comunicação digital e da televisão”.

A Sociedade Brasileira de Estudos de Cinema e Audiovisual (SOCINE) repudia veementemente as manifestações recentes do governo federal contrárias a disciplinas das Humanidades como Filosofia ou Sociologia. Tais manifestações se constituem como ameaças inaceitáveis a áreas de conhecimento fundamentais que já convivem há anos com espaço reduzido nas políticas de financiamento de ensino e pesquisa no país.

A SOCINE considera que tais manifestações, além de desconhecerem a centralidade das Humanidades na construção da cidadania e no desenvolvimento do país, demonstram uma completa ausência de um projeto sério de educação e ciência.

Por isso, a SOCINE também assina a nota de repudio redigida pela ANPOF, disponível em:
http://www.anpof.org/portal/index.php/pt-BR/artigos-em-destaque/2075-nota-de-repudio-a-declaracoes-do-ministro-da-educacao-e-do-presidente-da-republica-sobre-as-faculdades-de-humanidades-nomeadamente-filosofia-e-sociologia

Diretoria SOCINE

Encerrou-se na última sexta, 19/04, o pagamento da anuidade e a submissão de trabalhos para o XXIII Encontro SOCINE que acontecerá de 08 a 11 de outubro na Unisinos, em Porto Alegre, RS. As propostas entram agora em período de avaliação e a divulgação dos trabalhos selecionados está prevista para o dia 10/06/2019.

Num momento em que a pesquisa brasileira sofre cortes, a SOCINE tem buscado reagir às dificuldades postas a toda área, implementando descontos a profissionais sem vínculo, criando novas formas de desligamento que possibilitam uma economia aos sócios e diminuindo a quantidade de anuidades atrasadas a serem pagas. Além disso, a escolha do tema deste ano levou em consideração a necessidade de refletirmos sobre preservação e memória audiovisual num período como este que vivemos. Por tudo isto, nos anima o fato do Encontro deste ano ter registrado o maior número de trabalhos submetidos nos últimos dez anos, totalizando 595 propostas enviadas. Em momentos de dificuldades como estes que o fortalecimento de nossa Sociedade e Encontro se faz cada vez mais importante e por isso, agradecemos a todas e todos que inscreveram seus trabalhos. Faremos mais um instigante e afetuoso Encontro, dessa vez em Porto Alegre.

Para finalizar, gostaríamos de informar aos sócios que não pagaram a anuidade, que é possível realizar o pagamento normalmente pelo sistema durante todo o ano. Para aqueles que buscam economizar, pode-se optar pelo Desligamento Parcial, que gera um desconto de 50% no valor da anuidade.

Para pagar e submeter os trabalhos é necessário que o sócio já cadastrado na Sociedade acesse nosso site socine.org.br e coloque seu CPF e sua senha no PAINEL DO ASSOCIADO.

Estando logado em nosso sistema, o sócio deverá clicar em MINHA CONTA e em seguida DADOS DE PAGAMENTO. Vai aparecer uma tela com o Histórico de pagamentos e ao lado Instruções de pagamento, onde é feito o processo via Paypal. Assim que o pagamento é realizado, aparece escrito PAGO no Histórico na coluna Anuidade 2019. Com isso é possível submeter o trabalho em seguida.

Para submeter a proposta de comunicação, você deve clicar em ENCONTROe em seguida INSCRIÇÃO. Abrirá uma tela com a explicação sobre cada uma das 4 modalidades e ao lado em Minha proposta você encontra os botões com as modalidades para se inscrever nelas. Você irá clicar naquela que você gostaria de enviar seu trabalho e preencher os campos. Depois de enviar a proposta você ainda pode edita-la até o encerramento do prazo. Após isso, a proposta entra em avaliação e não pode ser mais modificada.

Qualquer dúvida sobre o processo, entre em contato com a Secretaria pelo e-mail socine@socine.org.br