O XXIII Encontro SOCINE acontecerá na Unisinos, em Porto Alegre, de 08 a 11 de outubro de 2019.

A lista dos trabalhos aprovados pode ser acessada aqui. Os associados também podem checar a avaliação final de seus trabalhos pela sua área de associado.

Todos os aprovados precisam realizar o pagamento dentro do prazo para que sua participação seja confirmada. Os valores, após o primeiro prazo, terão acréscimos. O pagamento deverá ser feito pela área do associado, via Paypal.

Primeiro prazo: 10 de junho a 12 de julho – R$190,00 (profissionais) / R$95,00 (estudantes/profissionais sem vínculo)
Segundo prazo: 15 de julho a 26 de julho – R$220,00 (profissionais) / R$110,00 (estudantes/profissionais sem vínculo)
Prazo final: 29 de julho a 02 de agosto – R$260,00 (profissionais) / R$130,00 (estudantes/profissionais sem vínculo)

Tendo qualquer dúvida ou dificuldade, favor contatar a secretaria no e-mail socine@socine.org.br.

Ficha do Proponente

Proponente

    Karine Joulie Martins (UFSC)

Minicurrículo

    Bacharel em Cinema e Mestre em Educação pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Atua no desenvolvimento de projetos de formação de professores, mediação de cineclubes, além da realização de mostras de cinema voltados para infância, educação e direitos humanos. Atualmente é doutoranda no Programa de Pós-Graduação em Educação da UFSC na linha de Educação e Comunicação, com foco de pesquisa nas imagens produzidas por crianças em contextos de oficinas de cinema.

Ficha do Trabalho

Título

    Infância e cinema: outra perspectiva para o corpo na escola

Seminário

    Cinema e Educação

Resumo

    A dimensão do corpo na escola moderna – modelo que ainda prevalece na escola contemporânea – é fundamental para as discussões de reinvenção da educação. Partindo deste tema, o objetivo da comunicação é pensar as práticas de fruição/produção de cinema na escola como alternativa ao enrijecimento dos corpos na escola. Para tanto, analisaremos algumas imagens produzidas por crianças entre 2016 e 2018 em contextos de pesquisa e extensão em escolas públicas de Florianópolis/SC.

Resumo expandido

    Esta comunicação é uma reflexão inicial que parte de experiências de fruição/produção de cinema na escola pública com crianças em âmbito de pesquisa e extensão. Tem como objetivo nos aproximarmos de uma dimensão central nas discussões de reinvenção da educação na contemporaneidade: o corpo. Partimos do contexto da escola moderna, pautada por valores industriais, sobre a qual se pronuncia Foucault (2007), para chegar ao seguinte questionamento “como o cinema, dentro de uma perspectiva expandida, pode nos ajudar a diluir os enrijecimentos da escola moderna que perduram nos dias atuais?”.

    Conhecer o mundo, para as crianças, tem relação direta com o corpo – em torno do qual se promove o brincar através dos gestos da coleção, da subversão da ordem e da criação de funções para os objetos esquecidos pelos adultos. Como expõe Benjamin (2009), com o brincar as crianças produzem sua cultura e deixam suas marcas no mundo e na história. Sobre o corpo que brinca se dá a ação do adulto nos processos de socialização, imprimindo nele marcas, gestos e valores para transformar a criança em um ser social.

    A escola, um dos principais espaços de socialização, é vista por Masschelein e Simons (2014, p. 105) como uma “intervenção democrática no sentido que cria tempo livre para todos, independentemente de antecedentes ou origem, e por essas razões, instala a igualdade”. O tempo livre é condição necessária para colocar as crianças disponíveis para conhecerem o mundo velho a partir do conteúdo instituído. Porém, as ações pedagógicas pautadas numa dualidade cartesiana entre corpo e mente, impõem limitações e sanções ao tempo livre do corpo na escola. Movimento esse que se estreita especialmente a partir do Ensino Fundamental, quando a estrutura da escola, linear, seriada e fragmentada aproxima-se de parâmetros industriais, exigindo assim o exercício exaustivo da ordem e da disciplina, restringindo o tempo do brincar ao recreio e, eventualmente, às aulas de educação física.

    Numa perspectiva contrária a esse enrijecimento dos corpos das crianças surgem inúmeras propostas que inserem a experiência estética como uma forma de pôr em questão os ordenamentos sociais e estruturais na escola. Como as práticas com fruição/produção de imagens pautadas pela aproximação com cinema, que têm o potencial de resgatar o brincar à medida que dispõe o corpo a sentir a partir do filme, ressignificar o que é visto e propor outra realidade com a produção de uma nova imagem. Tais como o Projeto Inventar com a Diferença: Cinema e Direitos Humanos (MIGLIORIN, 2015), que propõe o encontro com outros sujeitos e espaços na escola e no território frente à câmera ou na própria mobilização em torno dela no pátio da escola, fazendo surgir corpos disponíveis a assumirem seu lugar de experiência.

    Ensaiando caminhos para nossa questão inicial nos aproximaremos de alguns filmes produzidos por crianças dos anos iniciais do Ensino Fundamental entre 2016 e 2018 em contextos de pesquisa e extensão em escolas públicas de Florianópolis/SC. Para além de experimentações audiovisuais, as imagens produzidas por estes corpos “ativados” pelo cinema carregam marcas da singularidade dos seus autores, seus pontos de vista, suas condições de existência, e especialmente um modo diferente de olhar o mundo a partir de uma nova disposição de corpo na escola. Ao mesmo tempo, essas imagens trazem em si o processo de aprendizagem, o seu tempo da apreensão da linguagem enquanto produto. Um processo aberto que convida – especialmente as crianças – a participarem da sua continuidade.

Bibliografia

    ARENDT, H. Entre o passado e o futuro. São Paulo: Perspectiva, 2014.

    BENJAMIN, Walter. Reflexões sobre a criança, o brinquedo e a educação. São Paulo: Livraria Duas Cidades, 2009.

    FOUCAULT, Michel. Vigiar e Punir: história da violência nas prisões. 34 ed. Petrópolis: Rio de Janeiro, 2007.

    KOHAN, Walter. A escola, a disciplinarização dos corpos e as práticas pedagógicas. Escola, experiência e verdade. Salto para o Futuro: o corpo na escola, Brasília, DF, v. 18, n. 4, 2008.

    MACIEL, Katia. (Ors.) Transcinemas. Rio de Janeiro: Contra Capa Livraria, 2009.

    MASSCHELEIN, Jan; SIMONS, Maarten. Em defesa da escola: uma questão pública. Belo Horizonte: Autêntica, 2014. Coleção: Experiência e Sentido.

    MICHAUD, Philippe-Alain. Filme: por uma teoria expandida do cinema. Rio de Janeiro: Contraponto Editora, 2014.

    MIGLIORIN, Cezar. Inevitavelmente Cinema: educação, política e mafuá. Rio de Janeiro: Beco do Azougue, 2015.

O livro “XXII SOCINE: 50 anos do maio de 68”, organizado por Lisandro Nogueira e Cleomar Rocha já está disponível para download em nosso site. A obra é composta de 11 artigos que lidam com a temática do maio de 68 pela perspectiva do cinema, que foi o tema do XXII Encontro SOCINE realizado em Goiânia, em 2018. De acordo com os organizadores, “Não há dúvidas de que o tema foi, é, e será sempre instigante, ainda mais aos olhos de muitos que (sobre)viveram (a)os tempos de 68, especialmente no Brasil, e que durante o evento debateram e refletiram sobre o legado de tão importante período da história mundial para a contemporaneidade. Na presente coletânea de textos procuramos demonstrar um pouquinho do que foi a XXII SOCINE, bastante eclética, mas que correspondeu muito bem à chamada para trazer a reflexão dos acontecimentos políticos, sociais, culturais e artísticos do ano de 1968”. O livro leva o selo editorial da SOCINE e ficará disponível em nosso site para download na seção Livros.

XXII Socine 50 anos de maio de 68
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Tema do XXII encontro da Sociedade Brasileira de Estudos de Cinema e Audiovisual (SOCINE): “herança do maio de 1968 do ponto de vista do cinema, das novas redes de comunicação digital e da televisão”.

A Sociedade Brasileira de Estudos de Cinema e Audiovisual (SOCINE) repudia veementemente as manifestações recentes do governo federal contrárias a disciplinas das Humanidades como Filosofia ou Sociologia. Tais manifestações se constituem como ameaças inaceitáveis a áreas de conhecimento fundamentais que já convivem há anos com espaço reduzido nas políticas de financiamento de ensino e pesquisa no país.

A SOCINE considera que tais manifestações, além de desconhecerem a centralidade das Humanidades na construção da cidadania e no desenvolvimento do país, demonstram uma completa ausência de um projeto sério de educação e ciência.

Por isso, a SOCINE também assina a nota de repudio redigida pela ANPOF, disponível em:
http://www.anpof.org/portal/index.php/pt-BR/artigos-em-destaque/2075-nota-de-repudio-a-declaracoes-do-ministro-da-educacao-e-do-presidente-da-republica-sobre-as-faculdades-de-humanidades-nomeadamente-filosofia-e-sociologia

Diretoria SOCINE

Encerrou-se na última sexta, 19/04, o pagamento da anuidade e a submissão de trabalhos para o XXIII Encontro SOCINE que acontecerá de 08 a 11 de outubro na Unisinos, em Porto Alegre, RS. As propostas entram agora em período de avaliação e a divulgação dos trabalhos selecionados está prevista para o dia 10/06/2019.

Num momento em que a pesquisa brasileira sofre cortes, a SOCINE tem buscado reagir às dificuldades postas a toda área, implementando descontos a profissionais sem vínculo, criando novas formas de desligamento que possibilitam uma economia aos sócios e diminuindo a quantidade de anuidades atrasadas a serem pagas. Além disso, a escolha do tema deste ano levou em consideração a necessidade de refletirmos sobre preservação e memória audiovisual num período como este que vivemos. Por tudo isto, nos anima o fato do Encontro deste ano ter registrado o maior número de trabalhos submetidos nos últimos dez anos, totalizando 595 propostas enviadas. Em momentos de dificuldades como estes que o fortalecimento de nossa Sociedade e Encontro se faz cada vez mais importante e por isso, agradecemos a todas e todos que inscreveram seus trabalhos. Faremos mais um instigante e afetuoso Encontro, dessa vez em Porto Alegre.

Para finalizar, gostaríamos de informar aos sócios que não pagaram a anuidade, que é possível realizar o pagamento normalmente pelo sistema durante todo o ano. Para aqueles que buscam economizar, pode-se optar pelo Desligamento Parcial, que gera um desconto de 50% no valor da anuidade.

Para pagar e submeter os trabalhos é necessário que o sócio já cadastrado na Sociedade acesse nosso site socine.org.br e coloque seu CPF e sua senha no PAINEL DO ASSOCIADO.

Estando logado em nosso sistema, o sócio deverá clicar em MINHA CONTA e em seguida DADOS DE PAGAMENTO. Vai aparecer uma tela com o Histórico de pagamentos e ao lado Instruções de pagamento, onde é feito o processo via Paypal. Assim que o pagamento é realizado, aparece escrito PAGO no Histórico na coluna Anuidade 2019. Com isso é possível submeter o trabalho em seguida.

Para submeter a proposta de comunicação, você deve clicar em ENCONTROe em seguida INSCRIÇÃO. Abrirá uma tela com a explicação sobre cada uma das 4 modalidades e ao lado em Minha proposta você encontra os botões com as modalidades para se inscrever nelas. Você irá clicar naquela que você gostaria de enviar seu trabalho e preencher os campos. Depois de enviar a proposta você ainda pode edita-la até o encerramento do prazo. Após isso, a proposta entra em avaliação e não pode ser mais modificada.

Qualquer dúvida sobre o processo, entre em contato com a Secretaria pelo e-mail socine@socine.org.br