O XXIII Encontro SOCINE acontecerá na Unisinos, em Porto Alegre, de 08 a 11 de outubro de 2019.

A lista dos trabalhos aprovados pode ser acessada aqui. Os associados também podem checar a avaliação final de seus trabalhos pela sua área de associado.

Todos os aprovados precisam realizar o pagamento dentro do prazo para que sua participação seja confirmada. Os valores, após o primeiro prazo, terão acréscimos. O pagamento deverá ser feito pela área do associado, via Paypal.

Primeiro prazo: 10 de junho a 12 de julho – R$190,00 (profissionais) / R$95,00 (estudantes/profissionais sem vínculo)
Segundo prazo: 15 de julho a 26 de julho – R$220,00 (profissionais) / R$110,00 (estudantes/profissionais sem vínculo)
Prazo final: 29 de julho a 02 de agosto – R$260,00 (profissionais) / R$130,00 (estudantes/profissionais sem vínculo)

Tendo qualquer dúvida ou dificuldade, favor contatar a secretaria no e-mail socine@socine.org.br.

Ficha do Proponente

Proponente

    Fernando Artur de Souza (UTP)

Minicurrículo

    Doutorando do Programa de Comunicação e Linguagens, da Universidade Tuiuti do Paraná (UTP), com estágio internacional de co-orientação junto à University of Copenhagen. Mestre em Tecnologia pela UTFPR, especialista em Fotografia e Imagem em Movimento e Bacharel em Artes Visuais. Professor Adjunto da UTP nos cursos de Tecnologia em Fotografia, Design e Comunicação Social. Pesquisa temar que envolvem a arte contemporânea, a fotografia e o cinema.

Ficha do Trabalho

Título

    Uma concepção de “realismo” a partir de Vinterberg

Resumo

    Esta pesquisa visa contrapor algumas das concepções mais usuais do termo “realismo” dentro do campo dos estudos de cinema à teoria elaborada pelo professor e pesquisador dinamarquês Birger Langkjaer que, após os efeitos do Dogma 95, passou a compreender o realismo como uma terceira prática cinematográfica posicionada entre os filmes de arte e os filmes de gênero. Finalmente, utilizaremos sua teoria como baliza para a análise de dois dos mais recentes filmes do diretor Thomas Vinterberg.

Resumo expandido

    O termo “realismo” deve boa parte de seu sucesso ao fato de ser utilizado de maneira ampla para definir um grande número de práticas culturais dentro do campo da literatura, das artes plásticas e do cinema, para mencionar alguns. No cinema é comum vermos o termo realismo sendo utilizado para definir um determinado tipo de tratamento dispensado à realidades sociais dentro de filmes, como no neorrealismo italiano, em outros momentos, este termo é empregado para definir um determinado tipo de efeito psicológico que um filme causa em seus espectadores, como nos apontam muitas pesquisas no campo da teoria cognitiva, ou ainda, para dar conta de determinadas características estilísticas utilizadas por alguns cineastas, como as longas tomadas ou o uso da profundidade de campo, conforme apontado nos escritos de André Bazin.
    Em parte pelo advento e popularização da produção cinematográfica a partir de tecnologias digitais, o “realismo” vem sendo retomado e questionado a partir de novas perspectivas culturais, artísticas e tecnológicas. Em 1995, o grupo dinamarquês Dogma 95, liderado pelo então já reconhecido diretor Lars Von Trier, lança um manifesto e, três anos mais tarde, seus filmes, que recolocariam algumas questões acerca do realismo novamente na centralidade das discussões acadêmicas, ao menos em seu país de origem. O grupo propunha uma série de regras, conhecidas como Voto de Castidade, que rompiam com a misé-en-scene clássica, ao negar o uso de iluminação artificial, locações elaboradas, trilhas sonoras, e impedir o emprego de alguns subterfúgios narrativos, como a violência ou a mortes desnecessárias.
    Neste contexto, o professor e pesquisador dinamarquês Birger Langkjaer passa a desenhar uma noção acerca do termo “realismo”, ancorado nas práticas cinematográficas deste país. Em sua concepção, o realismo deveria ser entendido para além de efeitos psicológicos específicos ou de características estilísticas pontuais possíveis em um filme, mas sim como uma prática mais ampla que abrangeria todo um conjunto de filmes que não seguiam as características tradicionais e consolidadas dos filmes de gênero, mas ao mesmo tempo não se alinhavam com as perspectivas subjetivas, não-lineares e existenciais comuns aos filmes de arte.
    O objetivo desta pesquisa é, portanto, validar a proposta teórica de Langkjaer e analisar sua aderência às obras mais recentes da cinematografia dinamarquesa. Partiremos do princípio de que elementos tradicionais do cinema deste país, observados e caracterizados por Langkjaer em seus textos, tendem a ser permanentes e podem ser encontrados em muitos filmes atuais, fazendo com que sua noção de realismo permaneça relevante para este cinema nacional, e que possa servir de base para a observação de outras cinematografias, desde que consideradas suas idiossincrasias.
    Para isso, propomos utilizar as balizas teóricas e características analíticas propostas por Langkjaer em seus artigos Realism and Danish Cinema, publicado em 2002, onde o autor passa a traçar algumas das características fundamentais do realismo cinematográfico dinamarquês, e Realism as a third film practice, publicado em 2011, onde ele consolida sua noção de realismo, apontando para características e métodos a serem observados para a análise de filmes. Serão observados sob o prisma proposto por Langkjaer os filmes A Caça (Jagten), de 2012, e A Comunidade (Kollektivet), de 2016, ambos idealizados e dirigidos pelo diretor dinamarquês Thomas Vinteberg, co-autor do Voto de Castidade do Dogma 95 ao lado de Lars Von Trier.

Bibliografia

    Allen, R. (2014) “There is not one realism, but several realisms”: a review of Opening Bazin. October. 148, Spring, pp. 63-78.

    Bazin, A. (2005) What is Cinema? – Vol. 1. University of California Press.

    Erkiaga, L (2018) Sacrificial victim: taking the nation apart in Thomas Vinterberg’s The Hunt. Studies in European Cinema, 15:2-3, pp.162-179, DOI:10.1080/17411548.2018.1460055

    Langkjær, B. (2002) Realism and Danish Cinema. In A. Jerslev. Realism and ‘Reality’ in film and media. Museum Tusculanum Press: University of Copenhagen.

    Langkjær, B. (2011) Realism as a third film practice. MediaKultur. 41, pp. 40-54.

    Mitchell, W. (2016). Thomas Vinterberg on how his unusual childhood inspired ‘The Commune’. Screen International, 1-N_A. Retrieved from https://search-proquest-com.ep.fjernadgang.kb.dk/docview/1912462862?accountid=13607

    Nagib, L. (2011) The ethics of realism in world cinema. Continuum International.

O livro “XXII SOCINE: 50 anos do maio de 68”, organizado por Lisandro Nogueira e Cleomar Rocha já está disponível para download em nosso site. A obra é composta de 11 artigos que lidam com a temática do maio de 68 pela perspectiva do cinema, que foi o tema do XXII Encontro SOCINE realizado em Goiânia, em 2018. De acordo com os organizadores, “Não há dúvidas de que o tema foi, é, e será sempre instigante, ainda mais aos olhos de muitos que (sobre)viveram (a)os tempos de 68, especialmente no Brasil, e que durante o evento debateram e refletiram sobre o legado de tão importante período da história mundial para a contemporaneidade. Na presente coletânea de textos procuramos demonstrar um pouquinho do que foi a XXII SOCINE, bastante eclética, mas que correspondeu muito bem à chamada para trazer a reflexão dos acontecimentos políticos, sociais, culturais e artísticos do ano de 1968”. O livro leva o selo editorial da SOCINE e ficará disponível em nosso site para download na seção Livros.

XXII Socine 50 anos de maio de 68
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Tema do XXII encontro da Sociedade Brasileira de Estudos de Cinema e Audiovisual (SOCINE): “herança do maio de 1968 do ponto de vista do cinema, das novas redes de comunicação digital e da televisão”.

A Sociedade Brasileira de Estudos de Cinema e Audiovisual (SOCINE) repudia veementemente as manifestações recentes do governo federal contrárias a disciplinas das Humanidades como Filosofia ou Sociologia. Tais manifestações se constituem como ameaças inaceitáveis a áreas de conhecimento fundamentais que já convivem há anos com espaço reduzido nas políticas de financiamento de ensino e pesquisa no país.

A SOCINE considera que tais manifestações, além de desconhecerem a centralidade das Humanidades na construção da cidadania e no desenvolvimento do país, demonstram uma completa ausência de um projeto sério de educação e ciência.

Por isso, a SOCINE também assina a nota de repudio redigida pela ANPOF, disponível em:
http://www.anpof.org/portal/index.php/pt-BR/artigos-em-destaque/2075-nota-de-repudio-a-declaracoes-do-ministro-da-educacao-e-do-presidente-da-republica-sobre-as-faculdades-de-humanidades-nomeadamente-filosofia-e-sociologia

Diretoria SOCINE

Encerrou-se na última sexta, 19/04, o pagamento da anuidade e a submissão de trabalhos para o XXIII Encontro SOCINE que acontecerá de 08 a 11 de outubro na Unisinos, em Porto Alegre, RS. As propostas entram agora em período de avaliação e a divulgação dos trabalhos selecionados está prevista para o dia 10/06/2019.

Num momento em que a pesquisa brasileira sofre cortes, a SOCINE tem buscado reagir às dificuldades postas a toda área, implementando descontos a profissionais sem vínculo, criando novas formas de desligamento que possibilitam uma economia aos sócios e diminuindo a quantidade de anuidades atrasadas a serem pagas. Além disso, a escolha do tema deste ano levou em consideração a necessidade de refletirmos sobre preservação e memória audiovisual num período como este que vivemos. Por tudo isto, nos anima o fato do Encontro deste ano ter registrado o maior número de trabalhos submetidos nos últimos dez anos, totalizando 595 propostas enviadas. Em momentos de dificuldades como estes que o fortalecimento de nossa Sociedade e Encontro se faz cada vez mais importante e por isso, agradecemos a todas e todos que inscreveram seus trabalhos. Faremos mais um instigante e afetuoso Encontro, dessa vez em Porto Alegre.

Para finalizar, gostaríamos de informar aos sócios que não pagaram a anuidade, que é possível realizar o pagamento normalmente pelo sistema durante todo o ano. Para aqueles que buscam economizar, pode-se optar pelo Desligamento Parcial, que gera um desconto de 50% no valor da anuidade.

Para pagar e submeter os trabalhos é necessário que o sócio já cadastrado na Sociedade acesse nosso site socine.org.br e coloque seu CPF e sua senha no PAINEL DO ASSOCIADO.

Estando logado em nosso sistema, o sócio deverá clicar em MINHA CONTA e em seguida DADOS DE PAGAMENTO. Vai aparecer uma tela com o Histórico de pagamentos e ao lado Instruções de pagamento, onde é feito o processo via Paypal. Assim que o pagamento é realizado, aparece escrito PAGO no Histórico na coluna Anuidade 2019. Com isso é possível submeter o trabalho em seguida.

Para submeter a proposta de comunicação, você deve clicar em ENCONTROe em seguida INSCRIÇÃO. Abrirá uma tela com a explicação sobre cada uma das 4 modalidades e ao lado em Minha proposta você encontra os botões com as modalidades para se inscrever nelas. Você irá clicar naquela que você gostaria de enviar seu trabalho e preencher os campos. Depois de enviar a proposta você ainda pode edita-la até o encerramento do prazo. Após isso, a proposta entra em avaliação e não pode ser mais modificada.

Qualquer dúvida sobre o processo, entre em contato com a Secretaria pelo e-mail socine@socine.org.br