O XXIII Encontro SOCINE acontecerá na Unisinos, em Porto Alegre, de 08 a 11 de outubro de 2019.

A lista dos trabalhos aprovados pode ser acessada aqui. Os associados também podem checar a avaliação final de seus trabalhos pela sua área de associado.

Todos os aprovados precisam realizar o pagamento dentro do prazo para que sua participação seja confirmada. Os valores, após o primeiro prazo, terão acréscimos. O pagamento deverá ser feito pela área do associado, via Paypal.

Primeiro prazo: 10 de junho a 12 de julho – R$190,00 (profissionais) / R$95,00 (estudantes/profissionais sem vínculo)
Segundo prazo: 15 de julho a 26 de julho – R$220,00 (profissionais) / R$110,00 (estudantes/profissionais sem vínculo)
Prazo final: 29 de julho a 02 de agosto – R$260,00 (profissionais) / R$130,00 (estudantes/profissionais sem vínculo)

Tendo qualquer dúvida ou dificuldade, favor contatar a secretaria no e-mail socine@socine.org.br.

Ficha do Proponente

Proponente

    Diego Paleólogo Assunção (UERJ)

Minicurrículo

    Professor substituto na Escola de Comunicação Social da UFRJ; pós-doutorando no PPGCOM UERJ. Doutor em Comunicação e Cultura pela ECO-UFRJ. Pesquisa questões de representação do corpo, alteridade, monstruosidades, estética e política; sexualidades disruptivas no cinema de terror; futuros imaginários e o apocalipse; distopias, fins dos mundos e imaginários; a imagem nos interstícios da necropolítica e da distopia.

Ficha do Trabalho

Título

    Pesadelos, bruxas e películas, oh my! O Gesto dos Mortos, parte 2.

Mesa

    História (s) do horror mundial: estética, tecnologia e convergências

Resumo

    A presente comunicação tem como projeto dar continuidade – e rupturas – à fala de 2018, ‘O gesto dos mortos’. Permanecer na proposta de que o cinema de horror dos anos 90 é um campo profícuo para se pensar o outro lado da vida, ou seja, corpos e subjetividades dissidentes que habitam os subterrâneos do imaginário; penso a partir de três narrativas que tencionam a intimidade entre imagem, fantasia e o gesto dos mortos: O Novo Pesadelo, 1994; A Bruxa de Blair, 1999 e Cut: cenas de horror, de 2000

Resumo expandido

    A presente comunicação tem como projeto dar continuidade – e rupturas – à fala de 2018, ‘O gesto dos mortos: a imagem-zombie e o cinema mainstream dos anos 90’. Permanecer na proposta de que o cinema de horror dos anos 90 é um campo profícuo para se pensar o outro lado da vida, ou seja, corpos e subjetividades dissidentes que habitam os subterrâneos do imaginário; corpos e práticas excluídes da luminosa heteronorma. Nessas narrativas, morte e vida são moduladas em frequências dissonantes, oferecendo possibilidades múltiplas de como experimentar o mundo, os medos e alteridades. O cinema de horror, então, é atravessado pelo medo de tornar-se radicalmente imagem – um medo da desmaterialização do real e da corporeidade; o pavor do fim do século XX.
    Para esse segundo movimento de fala penso a partir dos filmes ‘O Novo Pesadelo’ (Wes Craven, 1994), ‘A Bruxa de Blair’ (Sanchéz e Myrick, 1999) e ‘Cut: cenas de horror’ (Rendall, 2000). Essas três narrativas tencionam a intimidade entre imagem, fantasia e o gesto dos mortos. Mantenho o escopo teórico com Laura Mulvey, Jean Baudrillard, Walter Benjamin, Marie-José Mondzain e alguns outros.
    Imagens em movimento ativam potências e afetos e convocam as fantasias da morte e do vídeo-retorno (a capacidade de replay, do voltar, avançar, pausar…) – nada morre, nada permanece morto, como observamos no retorno de Freddy Krueger, em 1994. Essa ideia é expressa, de maneira mais contundente, nas inúmeras sequências de filmes de terror e horror. Monstros são, em última instância, categoricamente, imagens, fantasmas, fantasmagorias que adquirem vida, densidade e agência através das possibilidades técnicas do cinema – vida, animar corpos, animar imagens.
    Em uma relação dialética é possível cruzar, então, essas três narrativas e pensar em fantasmas, os gestos assombrados dos esquecidos, suas memórias, recusas e permanências – qual a efetiva fronteira entre o real e a ficção?, entre a imagem e a vida?
    O desejo dessa apresentação, mais uma vez, é fazer com que as imagens ‘falem’ – convocar os mortos, os não mortos, os anti-mortos para, mais uma vez, fazê-los performar.
    ‘Pode a imagem matar?’ A questão oferecida por Marie-José Mondzain abre para inúmeras possibilidades. É na medida que destruímos ou subvertemos, de acordo com Walter Benjamin, as imagens, que conseguimos resgatar e ativar as potências de vidas – produzir presença e sentido. Pesadelos, bruxas e película ocupam um estranho campo semântico: as imagens da morte e a morte das imagens. É através dessas personagens insólitas que iremos, então adentrar os interstícios do horror – nunca mais dormir, um novo pesadelo está sempre atrás da porta.

Bibliografia

    BAUDRILLARD, Jean. A ilusão vital. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2001.
    BUCK-MORSS, Susan. A tela do cinema como prótese de percepção. Florianópolis: Cultura e Barbárie, 2009.
    DIDI-HUBERMAN, Georges. Sobrevivência dos vaga-lumes. Belo Horizonte :
    Editora UFMG, 2011.
    GUNNING, Tom. Illusions Past and Future: The Phantasmagoria and its Specters. Disponível em
    http://www.mediaarthistory.org/refresh/Programmatic%20key%20texts/pdfs/Gunning.pdf
    MITCHELL, W. J. T. What do pictures want? the lives and loves of images. Chicago: University of Chicago Press, 2005.
    MONDZAIN, Marie-Jose. A imagem pode matar? Lisboa: Vega, 2009.
    MULVEY, Laura. Death 24x a second: stillness and the moving image. Londres: Reaktion Books, 2006.
    SPIVAK, Gayatri. Pode o subalterno falar? Belo Horizonte: Editora UFMG, 2010.

O livro “XXII SOCINE: 50 anos do maio de 68”, organizado por Lisandro Nogueira e Cleomar Rocha já está disponível para download em nosso site. A obra é composta de 11 artigos que lidam com a temática do maio de 68 pela perspectiva do cinema, que foi o tema do XXII Encontro SOCINE realizado em Goiânia, em 2018. De acordo com os organizadores, “Não há dúvidas de que o tema foi, é, e será sempre instigante, ainda mais aos olhos de muitos que (sobre)viveram (a)os tempos de 68, especialmente no Brasil, e que durante o evento debateram e refletiram sobre o legado de tão importante período da história mundial para a contemporaneidade. Na presente coletânea de textos procuramos demonstrar um pouquinho do que foi a XXII SOCINE, bastante eclética, mas que correspondeu muito bem à chamada para trazer a reflexão dos acontecimentos políticos, sociais, culturais e artísticos do ano de 1968”. O livro leva o selo editorial da SOCINE e ficará disponível em nosso site para download na seção Livros.

XXII Socine 50 anos de maio de 68
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Tema do XXII encontro da Sociedade Brasileira de Estudos de Cinema e Audiovisual (SOCINE): “herança do maio de 1968 do ponto de vista do cinema, das novas redes de comunicação digital e da televisão”.

A Sociedade Brasileira de Estudos de Cinema e Audiovisual (SOCINE) repudia veementemente as manifestações recentes do governo federal contrárias a disciplinas das Humanidades como Filosofia ou Sociologia. Tais manifestações se constituem como ameaças inaceitáveis a áreas de conhecimento fundamentais que já convivem há anos com espaço reduzido nas políticas de financiamento de ensino e pesquisa no país.

A SOCINE considera que tais manifestações, além de desconhecerem a centralidade das Humanidades na construção da cidadania e no desenvolvimento do país, demonstram uma completa ausência de um projeto sério de educação e ciência.

Por isso, a SOCINE também assina a nota de repudio redigida pela ANPOF, disponível em:
http://www.anpof.org/portal/index.php/pt-BR/artigos-em-destaque/2075-nota-de-repudio-a-declaracoes-do-ministro-da-educacao-e-do-presidente-da-republica-sobre-as-faculdades-de-humanidades-nomeadamente-filosofia-e-sociologia

Diretoria SOCINE

Encerrou-se na última sexta, 19/04, o pagamento da anuidade e a submissão de trabalhos para o XXIII Encontro SOCINE que acontecerá de 08 a 11 de outubro na Unisinos, em Porto Alegre, RS. As propostas entram agora em período de avaliação e a divulgação dos trabalhos selecionados está prevista para o dia 10/06/2019.

Num momento em que a pesquisa brasileira sofre cortes, a SOCINE tem buscado reagir às dificuldades postas a toda área, implementando descontos a profissionais sem vínculo, criando novas formas de desligamento que possibilitam uma economia aos sócios e diminuindo a quantidade de anuidades atrasadas a serem pagas. Além disso, a escolha do tema deste ano levou em consideração a necessidade de refletirmos sobre preservação e memória audiovisual num período como este que vivemos. Por tudo isto, nos anima o fato do Encontro deste ano ter registrado o maior número de trabalhos submetidos nos últimos dez anos, totalizando 595 propostas enviadas. Em momentos de dificuldades como estes que o fortalecimento de nossa Sociedade e Encontro se faz cada vez mais importante e por isso, agradecemos a todas e todos que inscreveram seus trabalhos. Faremos mais um instigante e afetuoso Encontro, dessa vez em Porto Alegre.

Para finalizar, gostaríamos de informar aos sócios que não pagaram a anuidade, que é possível realizar o pagamento normalmente pelo sistema durante todo o ano. Para aqueles que buscam economizar, pode-se optar pelo Desligamento Parcial, que gera um desconto de 50% no valor da anuidade.

Para pagar e submeter os trabalhos é necessário que o sócio já cadastrado na Sociedade acesse nosso site socine.org.br e coloque seu CPF e sua senha no PAINEL DO ASSOCIADO.

Estando logado em nosso sistema, o sócio deverá clicar em MINHA CONTA e em seguida DADOS DE PAGAMENTO. Vai aparecer uma tela com o Histórico de pagamentos e ao lado Instruções de pagamento, onde é feito o processo via Paypal. Assim que o pagamento é realizado, aparece escrito PAGO no Histórico na coluna Anuidade 2019. Com isso é possível submeter o trabalho em seguida.

Para submeter a proposta de comunicação, você deve clicar em ENCONTROe em seguida INSCRIÇÃO. Abrirá uma tela com a explicação sobre cada uma das 4 modalidades e ao lado em Minha proposta você encontra os botões com as modalidades para se inscrever nelas. Você irá clicar naquela que você gostaria de enviar seu trabalho e preencher os campos. Depois de enviar a proposta você ainda pode edita-la até o encerramento do prazo. Após isso, a proposta entra em avaliação e não pode ser mais modificada.

Qualquer dúvida sobre o processo, entre em contato com a Secretaria pelo e-mail socine@socine.org.br