O XXIII Encontro SOCINE acontecerá na Unisinos, em Porto Alegre, de 08 a 11 de outubro de 2019.

A lista dos trabalhos aprovados pode ser acessada aqui. Os associados também podem checar a avaliação final de seus trabalhos pela sua área de associado.

Todos os aprovados precisam realizar o pagamento dentro do prazo para que sua participação seja confirmada. Os valores, após o primeiro prazo, terão acréscimos. O pagamento deverá ser feito pela área do associado, via Paypal.

Primeiro prazo: 10 de junho a 12 de julho – R$190,00 (profissionais) / R$95,00 (estudantes/profissionais sem vínculo)
Segundo prazo: 15 de julho a 26 de julho – R$220,00 (profissionais) / R$110,00 (estudantes/profissionais sem vínculo)
Prazo final: 29 de julho a 02 de agosto – R$260,00 (profissionais) / R$130,00 (estudantes/profissionais sem vínculo)

Tendo qualquer dúvida ou dificuldade, favor contatar a secretaria no e-mail socine@socine.org.br.

Ficha do Proponente

Proponente

    Vitor Ferreira Pedrassi (UFSCar)

Minicurrículo

    Graduado em Imagem e Som pela Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), atualmente é mestrando no Programa de Pós-Graduação em Imagem e Som da mesma instituição. Ingressante no ano de 2018 e bolsista CAPES, realiza pesquisa sobre a produtora Sonofilms, destacando as suas relações intermidiáticas e comerciais entre cinema, rádio e indústria fonográfica sob orientação da Profª. Drª. Flavia Cesarino Costa.

Ficha do Trabalho

Título

    A produtora Sonofilms em comparação às suas contemporâneas argentinas

Seminário

    Audiovisual e América Latina: estudos estético-historiográficos comparados

Resumo

    A produtora Sonofilms, uma das principais empresas do cenário brasileiro na década de 1930 e 1940, torna-se conhecida como uma “pequena revolução dentro do cinema brasileiro” (HEFFNER; RAMOS, 1988, p. 222) graças ao seu modo de produção que a diferenciava de suas contemporâneas nacionais. A presente comunicação tem por objetivo investigar se a produtora teria se assemelhado a alguma outra empresa latino-americana da época, focando a sua análise nas produtoras argentinas de então.

Resumo expandido

    Dentro da bibliografia sobre o cinema brasileiro, é recorrente a comparação entre Alberto Byington Jr., dono da produtora Sonofilms, e seus contemporâneos Adhemar Gonzaga e Carmen Santos, que estavam à frente, respectivamente, da Cinédia e da Brasil Vita Filme, as maiores produtoras de cinema nos anos 1930 e 1940. Como aponta Heffner (2009, p. 25), “as diferenças [entre eles] podem ser auferidas em termos de escala, perfil e objetivos econômicos”. Enquanto antes de entrar para a produção de filmes, Gonzaga era um jornalista cinematográfico e Santos uma atriz, Byington era um homem de negócios ligado ao ramo da eletricidade e havia começado a trabalhar na indústria fonográfica e radiofônica há algum tempo. No comando de suas empresas, enquanto “os dois primeiros sempre expressaram um difuso idealismo que misturava arte, nacionalismo e eventualmente lucro”, Byington tinha como principal objetivo justamente o lucro, o que diferenciava o seu tipo de produção.
    Trabalhando também com um projetor cinematográfico sonoro, o Fonocinex, e tendo sua própria distribuidora, a Distribuição Nacional, Byington, através da Sonofilms, buscava uma produção em larga escala com o mínimo de investimento possível. Para isso, utilizava em seus filmes vários artistas que já estavam sob contrato com ele por meio de sua gravadora musical e suas emissoras de rádio e possuía um estúdio próprio com equipamentos modestos no mesmo local em que funcionava sua gravadora. Além disso, tinha um esquema próprio de distribuição e um sistema de lançamentos constituído por um filme-revista no carnaval e uma adaptação teatral no meio do ano, sempre voltados especificamente para o mercado. Desse modo, a Sonofilms apresentava uma produção distinta à da Cinédia e da Brasil Vita Filme, empresas que tinham maiores ambições artísticas e sociais. Essas diferenças eram tão grandes que a empresa foi chamada de “pequena revolução dentro do cinema brasileiro” por Heffner e Ramos (1988, p. 222).
    Com esse cenário produtivo tão díspar em relação às suas contemporâneas brasileiras, em que a empresa se distanciava tanto das principais concorrentes do mercado, é de se questionar se a Sonofilms seria uma experiência única também quando se pensa no cinema latino-americano em geral. Teria a Sonofilms, em seu curto período de existência (entre 1937 e 1944, com produção corrente até 1940, ano em que sofre um grande incêndio, lançando apenas outros dois filmes nos anos posteriores), se assemelhado com alguma outra produtora fora do Brasil?
    Esta comunicação, então, para responder esse questionamento, investiga as semelhanças e diferenças da Sonofilms com aquela que foi a maior indústria cinematográfica da América do Sul daquele momento, a argentina. A escolha pela produção do país se dá, pois, além dela ser a mais expressiva em termos comerciais e estéticos daquele período, Autran (2012) já apontou em estudo anterior quatro hipóteses para que a indústria daquele país tenha se desenvolvido com muito mais êxito que a produção brasileira: o papel do Estado, o uso de profissionais estrangeiros, a influência da tradição teatral e a origem profissional dos donos das produtoras.
    Em breve análise, já pode-se inferir que a produção da Sonofilms teria se assemelhado mais às produtoras argentinas em pelo menos três dos pontos, graças a uma relação diferente com o poder estatal quando comparadas com a Cinédia e a Brasil Vita Filme, a intensa relação entre os seus filmes e o teatro brasileiro e a origem profissional de Byington Jr. A partir dos estudos de autores como Maranghello (2005) e Freire (2013), além dos já citados, pretende-se aprofundar tais pontos, comparando a sua trajetória com a das principais produtoras argentinas, em especial a Argentina Sono Film, de Angel Mentasti, devido principalmente ao seu estilo de produção e à experiência profissional de seu proprietário.

Bibliografia

    AUTRAN, A. Argentina Sono Film e Cinédia: uma comparação. In: Significação: Revista de Cultura Audiovisual, v. 42, p. 15-28, 2015.
    __________. Sonhos Industriais: O Cinema de Estúdio na Argentina e no Brasil nos anos 1930. In: Revista Contracampo, nº. 25, dez de 2012. Niterói: Contracampo, 2012. p. 117-132.
    FREIRE, R. L. Da geração de eletricidade aos divertimentos elétricos: a trajetória empresarial de Alberto Byington Jr. antes da produção de filmes. In: Estudos Históricos, v. 26, jun. 2013. Rio de Janeiro: FGV, 2013. p. 113-131.
    HEFFNER, H. Aproximações a uma antiga economia do cinema. In: FREIRE, R. L.; GATTI, A. P. (Orgs.). Retomando a questão da indústria cinematográfica brasileira. Rio de Janeiro: Caixa Cultural: Tela Brasilis, 2009.
    _________; RAMOS, L. A. Edgar Brasil – Um ensaio biográfico. Rio de Janeiro: mimeo, 1988.
    MARANGHELLO, C. Industrialización: producción y consumo (1933-1945). In: Breve historia del cine argentino. Barcelona: Laertes, 2005.

O livro “XXII SOCINE: 50 anos do maio de 68”, organizado por Lisandro Nogueira e Cleomar Rocha já está disponível para download em nosso site. A obra é composta de 11 artigos que lidam com a temática do maio de 68 pela perspectiva do cinema, que foi o tema do XXII Encontro SOCINE realizado em Goiânia, em 2018. De acordo com os organizadores, “Não há dúvidas de que o tema foi, é, e será sempre instigante, ainda mais aos olhos de muitos que (sobre)viveram (a)os tempos de 68, especialmente no Brasil, e que durante o evento debateram e refletiram sobre o legado de tão importante período da história mundial para a contemporaneidade. Na presente coletânea de textos procuramos demonstrar um pouquinho do que foi a XXII SOCINE, bastante eclética, mas que correspondeu muito bem à chamada para trazer a reflexão dos acontecimentos políticos, sociais, culturais e artísticos do ano de 1968”. O livro leva o selo editorial da SOCINE e ficará disponível em nosso site para download na seção Livros.

XXII Socine 50 anos de maio de 68
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Tema do XXII encontro da Sociedade Brasileira de Estudos de Cinema e Audiovisual (SOCINE): “herança do maio de 1968 do ponto de vista do cinema, das novas redes de comunicação digital e da televisão”.

A Sociedade Brasileira de Estudos de Cinema e Audiovisual (SOCINE) repudia veementemente as manifestações recentes do governo federal contrárias a disciplinas das Humanidades como Filosofia ou Sociologia. Tais manifestações se constituem como ameaças inaceitáveis a áreas de conhecimento fundamentais que já convivem há anos com espaço reduzido nas políticas de financiamento de ensino e pesquisa no país.

A SOCINE considera que tais manifestações, além de desconhecerem a centralidade das Humanidades na construção da cidadania e no desenvolvimento do país, demonstram uma completa ausência de um projeto sério de educação e ciência.

Por isso, a SOCINE também assina a nota de repudio redigida pela ANPOF, disponível em:
http://www.anpof.org/portal/index.php/pt-BR/artigos-em-destaque/2075-nota-de-repudio-a-declaracoes-do-ministro-da-educacao-e-do-presidente-da-republica-sobre-as-faculdades-de-humanidades-nomeadamente-filosofia-e-sociologia

Diretoria SOCINE

Encerrou-se na última sexta, 19/04, o pagamento da anuidade e a submissão de trabalhos para o XXIII Encontro SOCINE que acontecerá de 08 a 11 de outubro na Unisinos, em Porto Alegre, RS. As propostas entram agora em período de avaliação e a divulgação dos trabalhos selecionados está prevista para o dia 10/06/2019.

Num momento em que a pesquisa brasileira sofre cortes, a SOCINE tem buscado reagir às dificuldades postas a toda área, implementando descontos a profissionais sem vínculo, criando novas formas de desligamento que possibilitam uma economia aos sócios e diminuindo a quantidade de anuidades atrasadas a serem pagas. Além disso, a escolha do tema deste ano levou em consideração a necessidade de refletirmos sobre preservação e memória audiovisual num período como este que vivemos. Por tudo isto, nos anima o fato do Encontro deste ano ter registrado o maior número de trabalhos submetidos nos últimos dez anos, totalizando 595 propostas enviadas. Em momentos de dificuldades como estes que o fortalecimento de nossa Sociedade e Encontro se faz cada vez mais importante e por isso, agradecemos a todas e todos que inscreveram seus trabalhos. Faremos mais um instigante e afetuoso Encontro, dessa vez em Porto Alegre.

Para finalizar, gostaríamos de informar aos sócios que não pagaram a anuidade, que é possível realizar o pagamento normalmente pelo sistema durante todo o ano. Para aqueles que buscam economizar, pode-se optar pelo Desligamento Parcial, que gera um desconto de 50% no valor da anuidade.

Para pagar e submeter os trabalhos é necessário que o sócio já cadastrado na Sociedade acesse nosso site socine.org.br e coloque seu CPF e sua senha no PAINEL DO ASSOCIADO.

Estando logado em nosso sistema, o sócio deverá clicar em MINHA CONTA e em seguida DADOS DE PAGAMENTO. Vai aparecer uma tela com o Histórico de pagamentos e ao lado Instruções de pagamento, onde é feito o processo via Paypal. Assim que o pagamento é realizado, aparece escrito PAGO no Histórico na coluna Anuidade 2019. Com isso é possível submeter o trabalho em seguida.

Para submeter a proposta de comunicação, você deve clicar em ENCONTROe em seguida INSCRIÇÃO. Abrirá uma tela com a explicação sobre cada uma das 4 modalidades e ao lado em Minha proposta você encontra os botões com as modalidades para se inscrever nelas. Você irá clicar naquela que você gostaria de enviar seu trabalho e preencher os campos. Depois de enviar a proposta você ainda pode edita-la até o encerramento do prazo. Após isso, a proposta entra em avaliação e não pode ser mais modificada.

Qualquer dúvida sobre o processo, entre em contato com a Secretaria pelo e-mail socine@socine.org.br