O XXIII Encontro SOCINE acontecerá na Unisinos, em Porto Alegre, de 08 a 11 de outubro de 2019.

A lista dos trabalhos aprovados pode ser acessada aqui. Os associados também podem checar a avaliação final de seus trabalhos pela sua área de associado.

Todos os aprovados precisam realizar o pagamento dentro do prazo para que sua participação seja confirmada. Os valores, após o primeiro prazo, terão acréscimos. O pagamento deverá ser feito pela área do associado, via Paypal.

Primeiro prazo: 10 de junho a 12 de julho – R$190,00 (profissionais) / R$95,00 (estudantes/profissionais sem vínculo)
Segundo prazo: 15 de julho a 26 de julho – R$220,00 (profissionais) / R$110,00 (estudantes/profissionais sem vínculo)
Prazo final: 29 de julho a 02 de agosto – R$260,00 (profissionais) / R$130,00 (estudantes/profissionais sem vínculo)

Tendo qualquer dúvida ou dificuldade, favor contatar a secretaria no e-mail socine@socine.org.br.

Ficha do Proponente

Proponente

    Maria Kauffmann (ECA-USP)

Minicurrículo

    Formada em Audiovisual pela ECA-USP em 2017, atualmente cursa mestrado no Programa de Pós-Graduação em Meios e Processos Audiovisuais, ECA-USP. Trabalha com revisão e restauração física de matrizes em película no Laboratório de Imagem e Som da Cinemateca Brasileira desde 2016.

Ficha do Trabalho

Título

    Pistas de som feitas à mão: Sintetização sonora de Norman McLaren

Resumo

    Nesta comunicação, vou discutir a sintetização sonora por intervenção direta em película na obra de Norman McLaren partindo dos curtas-metragem “Blinkty Blank” (1955) e “Mosaic” (1965). Pretendo expor os princípios gerais dos procedimentos adotados, a partir das notas técnicas do realizador, e propor algumas interpretações da relação som-imagem nos filmes tratados.

Resumo expandido

    A pista de som ótico, em um rolo de filme em película cinematográfica, é uma estreita faixa posicionada entre os limites laterais do quadro do fotograma e as perfurações destinadas às grifas do projetor ou câmera. Nesta área, estão inscritos padrões gráficos que são a transcrição em luz do sinal elétrico de um microfone. Na cabeça de leitura de som de um projetor típico, esta parte do filme corre continuamente entre uma fonte de luz e uma estreita abertura voltada à uma célula fotoelétrica, que traduz as variações de luminosidade provocadas pelos padrões gráficos da pista novamente em sinal elétrico e, consequentemente, som.
    Na primeira metade do século XX, diversos experimentos foram realizados com o objetivo de gerar pistas de som sem a necessidade de um sinal elétrico de um microfone, ou seja, sem uma fonte sonora. Chamados geralmente de “som ornamental” ou “som gráfico”, tais procedimentos de sintetização sonora através da manipulação dos padrões gráficos das pistas de som eram experiências muito pontuais e restritas ao âmbito dos laboratórios.
    Um dos primeiros cineastas a sintetizar a trilha de seus filmes foi o escocês-canadense Norman McLaren (1914-87), conhecido por suas animações a partir de intervenção direta na película, ou cameraless animation (“animação sem câmera”). McLaren, que foi durante quase quatro décadas uma figura-chave do departamento de animação do National Film Board do Canadá, deixou extensa bibliografia de notas técnicas referentes à feitura de grande parte de seus filmes.
    Por meio deste material, podemos investigar o desenvolvimento de diversas técnicas não-convencionais de realização, procedimentos de laboratório fotoquímico e experiências de sonorização, tanto a partir de trilhas pré-gravadas ou compostas a posteriori quanto seus procedimentos de som sintético. McLaren, ao longo de sua carreira, desenvolveu duas técnicas distintas de sintetização sonora: a intervenção direta e o “Som animado”, a partir de cartelas de timbres.
    Nesta comunicação, vou discutir a sintetização sonora por intervenção direta em película na obra de Norman McLaren partindo dos curtas-metragem “Blinkty Blank” (1955) e “Mosaic” (1965). No primeiro, temos as pontuações do som sintético mixadas junto com a trilha musical, gravada com instrumentos convencionais; enquanto no segundo, filme abstrato que pertence à fase mais madura do diretor, a trilha puramente sintetizada opera no limiar entre música e ruído. Pretendo expor os princípios gerais dos procedimentos adotados, a partir das notas técnicas do realizador, e propor algumas interpretações da relação som-imagem nos filmes tratados.

Bibliografia

    CHION, Michel. Audio-Vision. Nova York: Columbia University Press, 1994.
    DOBSON, Terence. The Film-work of Norman McLaren. Bloomington: Indiana University Press, 2006.
    MCLAREN, Norman. Notes on Animated Sound. The Quarterly of Film Radio and Television, Vol. 7, No. 3, pp. 223- 229, University of California Press, 1953.
    MCLAREN, Norman. Handmade Soundtrack for Beginners. TECHNICAL NOTES by Norman McLaren (1933-1984), National Film Board of Canada, 2006. Disponível em: Acesso em: 2019-04-19
    MOLLAGHAN, Aimee. ‘“An Experiment in Pure Design”: The Minimalist Aesthetic in the Line Films of Norman McLaren,’ Animation Studies, Vol. 6, 2011. Disponível em: Acesso em: 2019-04-19
    RUSSETT, Robert; STARR, Cecile (org.). Experimental Animation: An Illustrated Anthology. Nova York: Van Nostrand, 1976.

O livro “XXII SOCINE: 50 anos do maio de 68”, organizado por Lisandro Nogueira e Cleomar Rocha já está disponível para download em nosso site. A obra é composta de 11 artigos que lidam com a temática do maio de 68 pela perspectiva do cinema, que foi o tema do XXII Encontro SOCINE realizado em Goiânia, em 2018. De acordo com os organizadores, “Não há dúvidas de que o tema foi, é, e será sempre instigante, ainda mais aos olhos de muitos que (sobre)viveram (a)os tempos de 68, especialmente no Brasil, e que durante o evento debateram e refletiram sobre o legado de tão importante período da história mundial para a contemporaneidade. Na presente coletânea de textos procuramos demonstrar um pouquinho do que foi a XXII SOCINE, bastante eclética, mas que correspondeu muito bem à chamada para trazer a reflexão dos acontecimentos políticos, sociais, culturais e artísticos do ano de 1968”. O livro leva o selo editorial da SOCINE e ficará disponível em nosso site para download na seção Livros.

XXII Socine 50 anos de maio de 68
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Tema do XXII encontro da Sociedade Brasileira de Estudos de Cinema e Audiovisual (SOCINE): “herança do maio de 1968 do ponto de vista do cinema, das novas redes de comunicação digital e da televisão”.

A Sociedade Brasileira de Estudos de Cinema e Audiovisual (SOCINE) repudia veementemente as manifestações recentes do governo federal contrárias a disciplinas das Humanidades como Filosofia ou Sociologia. Tais manifestações se constituem como ameaças inaceitáveis a áreas de conhecimento fundamentais que já convivem há anos com espaço reduzido nas políticas de financiamento de ensino e pesquisa no país.

A SOCINE considera que tais manifestações, além de desconhecerem a centralidade das Humanidades na construção da cidadania e no desenvolvimento do país, demonstram uma completa ausência de um projeto sério de educação e ciência.

Por isso, a SOCINE também assina a nota de repudio redigida pela ANPOF, disponível em:
http://www.anpof.org/portal/index.php/pt-BR/artigos-em-destaque/2075-nota-de-repudio-a-declaracoes-do-ministro-da-educacao-e-do-presidente-da-republica-sobre-as-faculdades-de-humanidades-nomeadamente-filosofia-e-sociologia

Diretoria SOCINE

Encerrou-se na última sexta, 19/04, o pagamento da anuidade e a submissão de trabalhos para o XXIII Encontro SOCINE que acontecerá de 08 a 11 de outubro na Unisinos, em Porto Alegre, RS. As propostas entram agora em período de avaliação e a divulgação dos trabalhos selecionados está prevista para o dia 10/06/2019.

Num momento em que a pesquisa brasileira sofre cortes, a SOCINE tem buscado reagir às dificuldades postas a toda área, implementando descontos a profissionais sem vínculo, criando novas formas de desligamento que possibilitam uma economia aos sócios e diminuindo a quantidade de anuidades atrasadas a serem pagas. Além disso, a escolha do tema deste ano levou em consideração a necessidade de refletirmos sobre preservação e memória audiovisual num período como este que vivemos. Por tudo isto, nos anima o fato do Encontro deste ano ter registrado o maior número de trabalhos submetidos nos últimos dez anos, totalizando 595 propostas enviadas. Em momentos de dificuldades como estes que o fortalecimento de nossa Sociedade e Encontro se faz cada vez mais importante e por isso, agradecemos a todas e todos que inscreveram seus trabalhos. Faremos mais um instigante e afetuoso Encontro, dessa vez em Porto Alegre.

Para finalizar, gostaríamos de informar aos sócios que não pagaram a anuidade, que é possível realizar o pagamento normalmente pelo sistema durante todo o ano. Para aqueles que buscam economizar, pode-se optar pelo Desligamento Parcial, que gera um desconto de 50% no valor da anuidade.

Para pagar e submeter os trabalhos é necessário que o sócio já cadastrado na Sociedade acesse nosso site socine.org.br e coloque seu CPF e sua senha no PAINEL DO ASSOCIADO.

Estando logado em nosso sistema, o sócio deverá clicar em MINHA CONTA e em seguida DADOS DE PAGAMENTO. Vai aparecer uma tela com o Histórico de pagamentos e ao lado Instruções de pagamento, onde é feito o processo via Paypal. Assim que o pagamento é realizado, aparece escrito PAGO no Histórico na coluna Anuidade 2019. Com isso é possível submeter o trabalho em seguida.

Para submeter a proposta de comunicação, você deve clicar em ENCONTROe em seguida INSCRIÇÃO. Abrirá uma tela com a explicação sobre cada uma das 4 modalidades e ao lado em Minha proposta você encontra os botões com as modalidades para se inscrever nelas. Você irá clicar naquela que você gostaria de enviar seu trabalho e preencher os campos. Depois de enviar a proposta você ainda pode edita-la até o encerramento do prazo. Após isso, a proposta entra em avaliação e não pode ser mais modificada.

Qualquer dúvida sobre o processo, entre em contato com a Secretaria pelo e-mail socine@socine.org.br