O XXIII Encontro SOCINE acontecerá na Unisinos, em Porto Alegre, de 08 a 11 de outubro de 2019.

A lista dos trabalhos aprovados pode ser acessada aqui. Os associados também podem checar a avaliação final de seus trabalhos pela sua área de associado.

Todos os aprovados precisam realizar o pagamento dentro do prazo para que sua participação seja confirmada. Os valores, após o primeiro prazo, terão acréscimos. O pagamento deverá ser feito pela área do associado, via Paypal.

Primeiro prazo: 10 de junho a 12 de julho – R$190,00 (profissionais) / R$95,00 (estudantes/profissionais sem vínculo)
Segundo prazo: 15 de julho a 26 de julho – R$220,00 (profissionais) / R$110,00 (estudantes/profissionais sem vínculo)
Prazo final: 29 de julho a 02 de agosto – R$260,00 (profissionais) / R$130,00 (estudantes/profissionais sem vínculo)

Tendo qualquer dúvida ou dificuldade, favor contatar a secretaria no e-mail socine@socine.org.br.

Ficha do Proponente

Proponente

    Lucas de Castro Murari (UFRJ)

Minicurrículo

    Professor e pesquisador. Doutor em Comunicação e Cultura pela Escola de Comunicação da Universidade Federal do Rio de Janeiro, com período sanduíche na Université Sorbonne Nouvelle – Paris 3. Mestre pelo PPGCOM/UFRJ (2015). Foi bolsista do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) entre 2013 e 2019. Integra o corpo editorial da Revista ECO-Pós (UFRJ) e da Imagofagia, revista acadêmica científica da Associação Argentina de Estudos de Cinema e Audiovisual (AsAECA).

Ficha do Trabalho

Título

    O imaginário nuclear e a vanguarda cinematográfica

Resumo

    Este trabalho tem como objetivo analisar como o cinema tem abordado a questão nuclear. Esse imaginário se tornou uma temática recorrente nas reflexões do meio artístico desde as primeiras explosões. Alguns artistas e cineastas em particular serão destacados nessa análise, como é o caso das obras de Bruce Conner, Jacob Kirkegaard e Tomonari Nishikawa, que abordaram respectivamente a segunda guerra mundial, Chernobyl e Fukushima. A ênfase do estudo é a investigação estética.

Resumo expandido

    Ficou evidente a partir dos bombardeamentos atômicos das cidades de Hiroshima e Nagasaki realizados pelos Estados Unidos contra o Japão durante a segunda Guerra Mundial o potencial bélico altamente destruidor desenvolvido pela humanidade. Mais de 200 mil pessoas morreram instantaneamente com as bombas e durante os meses seguintes, milhares morreram ou foram marcadas para sempre pelos efeitos de queimaduras e/ou radiação. Em uma das Teses para a Era Atômica escrita por Günther Anders (2014), o filósofo alemão define “Hiroshima como Condição Mundial”, isto é, o Dia de Hiroshima (mais especificamente 6 de agosto de 1945) marca o início de uma nova era: a era em que, a qualquer momento, temos o poder de transformar qualquer lugar do nosso planeta, e até o nosso próprio planeta, em uma Hiroshima. Cria-se com isso um rompimento entre o conhecimento técnico-científico e a incapacidade política. A tecnização armamentista chegou em um nível tão elevado que mal conseguimos compreender realisticamente suas consequências. O estoque de armas nucleares (bombas atômicas, bombas de hidrogênio, bombas de nêutrons) já são mais do que suficientes para pôr fim à vida na Terra. Hiroshima não passa mais a ser um simples nome de cidade ou local de um evento histórico, mas um símbolo, a possível condição de um mundo por vir. As Teses para a Era Atômica foram escritas originalmente em fevereiro de 1959, mas a problematização continua extremamente atual. A partir dos bombardeamentos na segunda Guerra Mundial, é constante o discurso e a produção de imagens em torno da questão nuclear. Do ano de 1945 para cá, a fabricação e o armazenamento de armas se acentuaram, assim como as chamadas explosões experimentais, a instalação de bases de mísseis e o treinamento de especialistas. A comunidade internacional no início do século XXI estimava a existência de aproximadamente 30 mil ogivas nucleares (WEISMAN, 2007, p. 252).

    O cinema de vanguarda/experimental é um campo artístico que tem abordado o assunto por múltiplas maneiras. Os filmes têm respondido às questões nucleares por meios singulares. Os artistas e cineastas ligados a esse tipo de produção vêm desenvolvendo trabalhos para sensibilizar o problema. As obras se tornam os agentes mediadores entre o processo de conscientização humana e a sociedade vista sob condições alarmantes. Em alguns casos, propõem especulações no tocante aos modos de extinção. Esse imaginário se tornou uma temática recorrente nas reflexões do meio artístico desde as primeiras explosões. Os bombardeamentos vêm sendo utilizados para refletir sobre distopias extremas, apocalípticas e pós-apocalípticas. Além disso, é uma imagem que foi amplamente filmada e documentada nas últimas décadas. Outra abordagem se refere ao imaginário ligado aos acidentes de usinas como Chernobyl e Fukushima. No caso do Japão, mesmo depois de ter vivenciado dois desastres na Segunda Guerra Mundial, o país se tornou ao longo das décadas cada vez mais dependente da energia atômica. A mesma ciência que antes havia arrasado suas cidades agora as ilumina.

    Este trabalho tem como objetivo analisar como o cinema tem abordado a questão nuclear. Alguns nomes em particular serão destacados nessa análise, como é o caso das obras de Bruce Conner, Jacob Kirkegaard e Tomonari Nishikawa, que abordaram respectivamente a segunda guerra mundial, Chernobyl e Fukushima. A ênfase do estudo é a investigação estética.

Bibliografia

    ANDERS, Gunther. Diario di Hiroshima e Nagasaki – un racconto, un testamento
    intellettuale. Milão: Edizioni Ghibli, 2014.

    ANDERS, Gunther. Le Temps de la fin. Paris: L’Herne, 2007.

    DELEUZE, Gilles. A imagem-tempo – cinema 2. São Paulo: Brasiliense, 2007.

    GOSSE, Johanna. Cinema at the Crossroads: Bruce Conner’s Atomic Sublime, 1958 – 2008. 2014. Bryn Mawr College, Bryn Mawr, 2014.

    MARCUS, Greil. Bruce Conners’ Black Dahlia. In: FRIELING, Rudolf; GARRELS, Gary (Orgs.). Bruce Conner: It’s All True. São Francisco: San Francisco Museum of Modern Art & University of California Press, 2016. p. 79-80.

    SZENDY, Peter. Apocalypse-Cinema: 2012 and Other Ends of the World. Nova York: Fordham University Press, 2015.

    WEES, William C. Representing the unrepresentable: Bruce Conner’s Crossroads and the nuclear sublime. In: Incite – Journal of Experimental Media, n. 2, p. 73-86, Spring-Fall 2010.

    WEISMAN, Alan. O Mundo Sem Nós. São Paulo: Planeta do Brasil, 2007.

O livro “XXII SOCINE: 50 anos do maio de 68”, organizado por Lisandro Nogueira e Cleomar Rocha já está disponível para download em nosso site. A obra é composta de 11 artigos que lidam com a temática do maio de 68 pela perspectiva do cinema, que foi o tema do XXII Encontro SOCINE realizado em Goiânia, em 2018. De acordo com os organizadores, “Não há dúvidas de que o tema foi, é, e será sempre instigante, ainda mais aos olhos de muitos que (sobre)viveram (a)os tempos de 68, especialmente no Brasil, e que durante o evento debateram e refletiram sobre o legado de tão importante período da história mundial para a contemporaneidade. Na presente coletânea de textos procuramos demonstrar um pouquinho do que foi a XXII SOCINE, bastante eclética, mas que correspondeu muito bem à chamada para trazer a reflexão dos acontecimentos políticos, sociais, culturais e artísticos do ano de 1968”. O livro leva o selo editorial da SOCINE e ficará disponível em nosso site para download na seção Livros.

XXII Socine 50 anos de maio de 68
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Tema do XXII encontro da Sociedade Brasileira de Estudos de Cinema e Audiovisual (SOCINE): “herança do maio de 1968 do ponto de vista do cinema, das novas redes de comunicação digital e da televisão”.

A Sociedade Brasileira de Estudos de Cinema e Audiovisual (SOCINE) repudia veementemente as manifestações recentes do governo federal contrárias a disciplinas das Humanidades como Filosofia ou Sociologia. Tais manifestações se constituem como ameaças inaceitáveis a áreas de conhecimento fundamentais que já convivem há anos com espaço reduzido nas políticas de financiamento de ensino e pesquisa no país.

A SOCINE considera que tais manifestações, além de desconhecerem a centralidade das Humanidades na construção da cidadania e no desenvolvimento do país, demonstram uma completa ausência de um projeto sério de educação e ciência.

Por isso, a SOCINE também assina a nota de repudio redigida pela ANPOF, disponível em:
http://www.anpof.org/portal/index.php/pt-BR/artigos-em-destaque/2075-nota-de-repudio-a-declaracoes-do-ministro-da-educacao-e-do-presidente-da-republica-sobre-as-faculdades-de-humanidades-nomeadamente-filosofia-e-sociologia

Diretoria SOCINE

Encerrou-se na última sexta, 19/04, o pagamento da anuidade e a submissão de trabalhos para o XXIII Encontro SOCINE que acontecerá de 08 a 11 de outubro na Unisinos, em Porto Alegre, RS. As propostas entram agora em período de avaliação e a divulgação dos trabalhos selecionados está prevista para o dia 10/06/2019.

Num momento em que a pesquisa brasileira sofre cortes, a SOCINE tem buscado reagir às dificuldades postas a toda área, implementando descontos a profissionais sem vínculo, criando novas formas de desligamento que possibilitam uma economia aos sócios e diminuindo a quantidade de anuidades atrasadas a serem pagas. Além disso, a escolha do tema deste ano levou em consideração a necessidade de refletirmos sobre preservação e memória audiovisual num período como este que vivemos. Por tudo isto, nos anima o fato do Encontro deste ano ter registrado o maior número de trabalhos submetidos nos últimos dez anos, totalizando 595 propostas enviadas. Em momentos de dificuldades como estes que o fortalecimento de nossa Sociedade e Encontro se faz cada vez mais importante e por isso, agradecemos a todas e todos que inscreveram seus trabalhos. Faremos mais um instigante e afetuoso Encontro, dessa vez em Porto Alegre.

Para finalizar, gostaríamos de informar aos sócios que não pagaram a anuidade, que é possível realizar o pagamento normalmente pelo sistema durante todo o ano. Para aqueles que buscam economizar, pode-se optar pelo Desligamento Parcial, que gera um desconto de 50% no valor da anuidade.

Para pagar e submeter os trabalhos é necessário que o sócio já cadastrado na Sociedade acesse nosso site socine.org.br e coloque seu CPF e sua senha no PAINEL DO ASSOCIADO.

Estando logado em nosso sistema, o sócio deverá clicar em MINHA CONTA e em seguida DADOS DE PAGAMENTO. Vai aparecer uma tela com o Histórico de pagamentos e ao lado Instruções de pagamento, onde é feito o processo via Paypal. Assim que o pagamento é realizado, aparece escrito PAGO no Histórico na coluna Anuidade 2019. Com isso é possível submeter o trabalho em seguida.

Para submeter a proposta de comunicação, você deve clicar em ENCONTROe em seguida INSCRIÇÃO. Abrirá uma tela com a explicação sobre cada uma das 4 modalidades e ao lado em Minha proposta você encontra os botões com as modalidades para se inscrever nelas. Você irá clicar naquela que você gostaria de enviar seu trabalho e preencher os campos. Depois de enviar a proposta você ainda pode edita-la até o encerramento do prazo. Após isso, a proposta entra em avaliação e não pode ser mais modificada.

Qualquer dúvida sobre o processo, entre em contato com a Secretaria pelo e-mail socine@socine.org.br