O XXIII Encontro SOCINE acontecerá na Unisinos, em Porto Alegre, de 08 a 11 de outubro de 2019.

A lista dos trabalhos aprovados pode ser acessada aqui. Os associados também podem checar a avaliação final de seus trabalhos pela sua área de associado.

Todos os aprovados precisam realizar o pagamento dentro do prazo para que sua participação seja confirmada. Os valores, após o primeiro prazo, terão acréscimos. O pagamento deverá ser feito pela área do associado, via Paypal.

Primeiro prazo: 10 de junho a 12 de julho – R$190,00 (profissionais) / R$95,00 (estudantes/profissionais sem vínculo)
Segundo prazo: 15 de julho a 26 de julho – R$220,00 (profissionais) / R$110,00 (estudantes/profissionais sem vínculo)
Prazo final: 29 de julho a 02 de agosto – R$260,00 (profissionais) / R$130,00 (estudantes/profissionais sem vínculo)

Tendo qualquer dúvida ou dificuldade, favor contatar a secretaria no e-mail socine@socine.org.br.

Ficha do Proponente

Proponente

    João Luiz Vieira (UFF)

Minicurrículo

    Doutor em Estudos Cinematográficos pela NYU (1984), Professor Titular do Departamento de Cinema e Vídeo e Coordenador do PPGCine-Programa de Pós-Graduação em Cinema e Audiovisual da UFF.

Ficha do Trabalho

Título

    Mais popular que o “popular”: PelMex, Cine Azteca, circuito periférico

Seminário

    Exibição cinematográfica, espectatorialidades e artes da projeção no Brasil

Resumo

    O que pode significar um “simples” anúncio semanal de lançamento cinematográfico, presente na imprensa desde o início do cinema e durante quase todo o século XX? As respostas estariam em análises detalhadas de como os anúncios publicitários dos lançamentos semanais, ajudando-nos a pensar e ampliar questões a respeito de como um “público popular” foi adquirindo determinado capital cultural enquanto conjunto de conhecimentos e habilidades que lhe permitiu apreciar o o que era oferecido.

Resumo expandido

    O que pode significar um “simples” anúncio semanal de lançamento cinematográfico de um filme, presente na imprensa diária desde o início do cinema e durante quase todo o século XX? A memória hoje me faz voltar num distante passado quando, assim que aprendi a ler, me vejo passando muito tempo diante do Correio da Manhã, recebido em casa por assinatura, exatamente na página dos lançamentos semanais, no geral uma ou duas páginas duplas daquele periódico que não existe mais. Lia e relia típicas e muitas vezes repetidas frases publicitárias de impacto. Tentava, pelo título do filme e suas bem escolhidas imagens, criar algum sentido a partir da imagem narrativa construída naqueles pequenos, médios ou muitas vezes grandes anúncios, dependendo também da importância do filme e de seus valores de (super) produção. E da lista geralmente vertical à direita ou esquerda do anúncio, me perdia mesmerizado pela relação dos cinemas que formavam aquele circuito exibidor para tal ou tal título. Não demorou muito tempo para que um esboço de uma nascente cinefilia infanto-juvenil me pegar com uma tesoura recortando e colecionando esses anúncios. Alguns iriam direto para ilustrar um caderno de cinema, onde, cronologicamente entre 1960 e 1966 eu anotei todos os filmes que assisti, acompanhados de seu elenco principal, diretor e, com muita ênfase, os cinemas onde esses filmes foram vistos.
    Há algum tempo esse latente interesse tem se transformado em mais alimento para um outro tipo de cinefilia relacionado à teoria, história e pesquisa em torno da exibição cinematográfica, marcado por uma diversificação de interesses que hoje abrange, o que venho chamando de histórias de cinemas (assim mesmo, em minúsculas e no plural). Nesta revisão e ampliação de pesquisas anteriores já apresentadas no âmbito de outros encontros SOCINE, volto a essa tão fundamental quanto ainda negligenciada forma de intermediação entre o cinema (filme) e seu público, através do que Christian Metz chamava de “terceira indústria, que era o contato intermidiático via imprensa entre o cinema (primeira indústria) e seu público (segunda indústria). A partir do foco em torno da uma sala de cinema bastante especial do Rio de Janeiro, o Cine Azteca (12/10/1951-12/05/1973), e da presença da distribuidora PelMex no Rio e no Brasil, expandindo a exposição continuada da presença e exibição mexicanas no Rio, a pesquisa ora apresentada apontou para uma hipótese comparativa entre a comprovada popularidade da chanchada na primeira metade dos anos 1950 e a popularidade dos filmes mexicanos de gênero (melodrama, policial, romance histórico, erotismo etc.). De que popularidade estamos falando aqui? Como pensar uma formação e fidelização de uma geração de plateia definida como “público”, não só relacionado à oferta cultural, mas principalmente enquanto interpelação, interesse e acesso que envolve, entre outros fatores determinantes, o preço do ingresso, escolaridade, ocupação, idade, gênero e a área geográfica onde se habita, em relação à proximidade ou não de uma sala de cinema? Partimos da hipótese de que “gosto”, “hábito”, ou a “construção de fidelidade” (que envolve, por exemplo, o interesse e culto por determinados gêneros narrativos) enfrentam sempre barreiras e limites geográficos e sócio-econômico-culturais. No Rio de Janeiro dos anos 1950-60, de onde falamos, uma cidade claramente dividida e segmentada se comparada com determinados mas ainda poucos avanços (metrô unindo Barra da Tijuca e Acari, o mais recente sistema de BRT) era comum os pejorativos de “suburbano”, “farofeiro” para todo um público excluído de certos equipamentos. Uma hipótese que vem sendo aprofundada nesta pesquisa está relacionada à inauguração do Cine Azteca e da entrada da PelMex no Rio tentando minimizar um desequilíbrio de acesso cultural à produção mexicana ao dirigir boa parte de sua exibição para subúrbios da zona norte e periferias do chamado Grande Rio, encabeçados pelo Cine Azteca.

Bibliografia

    Gonzaga, Alice. Palácios e poeiras. Rio de Janeiro: Record, 1996.
    Ferraz, Talitha. A segunda Cinelândia carioca. Rio de Janeiro: Multifoco, 2009.
    Freire, Rafael de Luna. Cinematopgrapho em Nictheroy. Niterói: Niterói Livros, 2012.
    Fuller, Kathryn H. At the Picture Show. Washington & London: Smithsonian Institution Press, 1996.
    Mantecón, Ana Rosas. Ir al cine: antropologia de los públicos, la ciudad y las pantallas. Barcelona: Editorial Gedisa, 2017.
    Vieira, João Luiz & Margareth Pereira. Espaços do sonho: cinema e arquitetura no Rio de Janeiro, 1920-1950. Embrafilme/ Cinetema, 1982.

O livro “XXII SOCINE: 50 anos do maio de 68”, organizado por Lisandro Nogueira e Cleomar Rocha já está disponível para download em nosso site. A obra é composta de 11 artigos que lidam com a temática do maio de 68 pela perspectiva do cinema, que foi o tema do XXII Encontro SOCINE realizado em Goiânia, em 2018. De acordo com os organizadores, “Não há dúvidas de que o tema foi, é, e será sempre instigante, ainda mais aos olhos de muitos que (sobre)viveram (a)os tempos de 68, especialmente no Brasil, e que durante o evento debateram e refletiram sobre o legado de tão importante período da história mundial para a contemporaneidade. Na presente coletânea de textos procuramos demonstrar um pouquinho do que foi a XXII SOCINE, bastante eclética, mas que correspondeu muito bem à chamada para trazer a reflexão dos acontecimentos políticos, sociais, culturais e artísticos do ano de 1968”. O livro leva o selo editorial da SOCINE e ficará disponível em nosso site para download na seção Livros.

XXII Socine 50 anos de maio de 68
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Tema do XXII encontro da Sociedade Brasileira de Estudos de Cinema e Audiovisual (SOCINE): “herança do maio de 1968 do ponto de vista do cinema, das novas redes de comunicação digital e da televisão”.

A Sociedade Brasileira de Estudos de Cinema e Audiovisual (SOCINE) repudia veementemente as manifestações recentes do governo federal contrárias a disciplinas das Humanidades como Filosofia ou Sociologia. Tais manifestações se constituem como ameaças inaceitáveis a áreas de conhecimento fundamentais que já convivem há anos com espaço reduzido nas políticas de financiamento de ensino e pesquisa no país.

A SOCINE considera que tais manifestações, além de desconhecerem a centralidade das Humanidades na construção da cidadania e no desenvolvimento do país, demonstram uma completa ausência de um projeto sério de educação e ciência.

Por isso, a SOCINE também assina a nota de repudio redigida pela ANPOF, disponível em:
http://www.anpof.org/portal/index.php/pt-BR/artigos-em-destaque/2075-nota-de-repudio-a-declaracoes-do-ministro-da-educacao-e-do-presidente-da-republica-sobre-as-faculdades-de-humanidades-nomeadamente-filosofia-e-sociologia

Diretoria SOCINE

Encerrou-se na última sexta, 19/04, o pagamento da anuidade e a submissão de trabalhos para o XXIII Encontro SOCINE que acontecerá de 08 a 11 de outubro na Unisinos, em Porto Alegre, RS. As propostas entram agora em período de avaliação e a divulgação dos trabalhos selecionados está prevista para o dia 10/06/2019.

Num momento em que a pesquisa brasileira sofre cortes, a SOCINE tem buscado reagir às dificuldades postas a toda área, implementando descontos a profissionais sem vínculo, criando novas formas de desligamento que possibilitam uma economia aos sócios e diminuindo a quantidade de anuidades atrasadas a serem pagas. Além disso, a escolha do tema deste ano levou em consideração a necessidade de refletirmos sobre preservação e memória audiovisual num período como este que vivemos. Por tudo isto, nos anima o fato do Encontro deste ano ter registrado o maior número de trabalhos submetidos nos últimos dez anos, totalizando 595 propostas enviadas. Em momentos de dificuldades como estes que o fortalecimento de nossa Sociedade e Encontro se faz cada vez mais importante e por isso, agradecemos a todas e todos que inscreveram seus trabalhos. Faremos mais um instigante e afetuoso Encontro, dessa vez em Porto Alegre.

Para finalizar, gostaríamos de informar aos sócios que não pagaram a anuidade, que é possível realizar o pagamento normalmente pelo sistema durante todo o ano. Para aqueles que buscam economizar, pode-se optar pelo Desligamento Parcial, que gera um desconto de 50% no valor da anuidade.

Para pagar e submeter os trabalhos é necessário que o sócio já cadastrado na Sociedade acesse nosso site socine.org.br e coloque seu CPF e sua senha no PAINEL DO ASSOCIADO.

Estando logado em nosso sistema, o sócio deverá clicar em MINHA CONTA e em seguida DADOS DE PAGAMENTO. Vai aparecer uma tela com o Histórico de pagamentos e ao lado Instruções de pagamento, onde é feito o processo via Paypal. Assim que o pagamento é realizado, aparece escrito PAGO no Histórico na coluna Anuidade 2019. Com isso é possível submeter o trabalho em seguida.

Para submeter a proposta de comunicação, você deve clicar em ENCONTROe em seguida INSCRIÇÃO. Abrirá uma tela com a explicação sobre cada uma das 4 modalidades e ao lado em Minha proposta você encontra os botões com as modalidades para se inscrever nelas. Você irá clicar naquela que você gostaria de enviar seu trabalho e preencher os campos. Depois de enviar a proposta você ainda pode edita-la até o encerramento do prazo. Após isso, a proposta entra em avaliação e não pode ser mais modificada.

Qualquer dúvida sobre o processo, entre em contato com a Secretaria pelo e-mail socine@socine.org.br