O XXIII Encontro SOCINE acontecerá na Unisinos, em Porto Alegre, de 08 a 11 de outubro de 2019.

A lista dos trabalhos aprovados pode ser acessada aqui. Os associados também podem checar a avaliação final de seus trabalhos pela sua área de associado.

Todos os aprovados precisam realizar o pagamento dentro do prazo para que sua participação seja confirmada. Os valores, após o primeiro prazo, terão acréscimos. O pagamento deverá ser feito pela área do associado, via Paypal.

Primeiro prazo: 10 de junho a 12 de julho – R$190,00 (profissionais) / R$95,00 (estudantes/profissionais sem vínculo)
Segundo prazo: 15 de julho a 26 de julho – R$220,00 (profissionais) / R$110,00 (estudantes/profissionais sem vínculo)
Prazo final: 29 de julho a 02 de agosto – R$260,00 (profissionais) / R$130,00 (estudantes/profissionais sem vínculo)

Tendo qualquer dúvida ou dificuldade, favor contatar a secretaria no e-mail socine@socine.org.br.

Ficha do Proponente

Proponente

    Fernando Arenas (UMich)

Minicurrículo

    Fernando Arenas é professor de Estudos Culturais Lusófonos nos departamentos de Estudos Afro-Americanos e Africanos e Línguas e Literaturas Românicas na University of Michigan. É o autor de Lusophone África: Beyond Independence (University of Minnesota Press, 2011), [a ser publicado em breve em tradução pela Edusp].

Ficha do Trabalho

Título

    Filmografia de Licínio Azevedo: estórias de Moçambique do pós-guerra

Resumo

    A minha comunicação oferece um breve panorama crítico da filmografia do cineasta gaúcho-moçambicano Licínio Azevedo a residir há mais de 30 anos naquele país lusófono da África austral. A sua produção fílmica centra-se nos anos de transição da era colonial à pós-independência sob a sombra da guerra civil e as consequências devastadoras sobre as vidas humanas retratadas, constituindo um arquivo fundamental para entender a formação de Moçambique enquanto nação. A minha comunicação também destaca e

Resumo expandido

    Licínio Azevedo —cineasta, jornalista e escritor— nasceu no Rio Grande do Sul, mas vive em Moçambique desde a independência. Trabalhou no Instituto Nacional de Cinema durante os primeiros anos do cinema moçambicano, colaborando com Jean Rouch e Jean-Luc Godard. Azevedo também trabalhou para a televisão de Moçambique e hoje é um cineasta independente e diretor da produtora de filmes e multimídia Ébano Multimedia, com sede em Maputo. A sua produção fílmica centra-se nos anos de transição da era colonial à pós-independência sob a sombra da guerra civil e as consequências devastadoras sobre as vidas humanas retratadas, constituindo um arquivo fundamental para entender a formação de Moçambique enquanto nação. Azevedo tem realizado um número considerável de documentários e longa-metragens abordando um amplo leque de questões importantes ao entendimento da experiência pós-colonial e pós-guerra de Moçambique, do retorno emocional dos refugiados de guerra à sua terra natal (A árvore dos antepassados); à ameaça mortal das minas terrestres espalhadas pelo interior de Moçambique (O acam¬pamento da desminagem); às perdas humanas e ambientais causadas por quinze anos de guerra civil (A guerra da água); às injustiças decorrentes do dogmatismo ideológico do governo na pós-independência (Virgem Margarida); às trágicas consequências da epidemia da AIDS (Night Stop) e a vitimização dos civis inocentes em estado de guerra (O comboio do sal e do açúcar).
    Vários de seus filmes foram exibidos em festivais internacionais e ganharam prêmios. Porém, a obra de Licínio Azevedo ainda não recebeu a atenção crítica que merece apesar de ser o cineasta mais importante de Moçambique e um dos cineastas mais prolíficos na África lusófona.
    Azevedo permanece fiel ao imperativo ético de representar o povo de Moçambique e proporcionar agenciamento histórico aos pobres das zonas rurais, evidenciado por esse capítulo extraordinário na história do cinema africano que ocorreu em Moçambique durante os primeiros anos de independência. Acontecimentos cataclísmicos levaram à destruição da utopia de uma sociedade igualitária, sob a liderança de um governo de partido único nacionalista e marxista-leninista, causando uma ruptura no paradigma socioeconômico e político hegemônico, enquanto que o cinema se adaptou aos tempos em mudança. Licínio Azevedo tem dedicado sua arte cinematográfica a documentar as consequências do fracasso violento da utopia; em especial, o preço cobrado dos sobreviventes que hoje em dia constroem um futuro incerto num país que se encontra, grande parte, reconciliado.

Bibliografia

    ARENAS, Fernando. Lusophone Africa: Beyond Independence. Minneapolis, University of Minnesota Press, 2011.
    ______. África lusófona, além da independencia. São Paulo, Edusp, 2019.
    BAMBA, Mohamed. “In the Name of ‘Cinema-Action’ and Third World: The Intervention of Foreign Film-Makers in Mozambican Cinema in the 1970s and 1980s”. Journal of African Cinemas, vol. 3, n. 2, 2011, pp. 173-185.
    DIAWARA, Manthia. African Cinema. Bloomington e Indianapolis, Indiana University Press, 1992a.
    FERREIRA, Carolin Overhoff. Identity and Difference: Postcoloniality and Transnationality in Lusophone Films. Zurique, Lit Verlag, 2012.
    GRAY, Ros. “Cinema on the Cultural Front: Film-Making and the Mozambican Revolution”. Journal of African Cinemas, vol. 3, n. 2, 2011, pp. 139-160.
    HARROW, Kenneth W. “Introduction”. In: HARROW, Kenneth W. (org). African Cinema: Postcolonial and Feminist Readings. Trenton, NJ & Asmara, Eritreia, Africa World Press, pp ix-xxiv, 1999.
    POWER, Marcus. “Post-colonial Cinema and

O livro “XXII SOCINE: 50 anos do maio de 68”, organizado por Lisandro Nogueira e Cleomar Rocha já está disponível para download em nosso site. A obra é composta de 11 artigos que lidam com a temática do maio de 68 pela perspectiva do cinema, que foi o tema do XXII Encontro SOCINE realizado em Goiânia, em 2018. De acordo com os organizadores, “Não há dúvidas de que o tema foi, é, e será sempre instigante, ainda mais aos olhos de muitos que (sobre)viveram (a)os tempos de 68, especialmente no Brasil, e que durante o evento debateram e refletiram sobre o legado de tão importante período da história mundial para a contemporaneidade. Na presente coletânea de textos procuramos demonstrar um pouquinho do que foi a XXII SOCINE, bastante eclética, mas que correspondeu muito bem à chamada para trazer a reflexão dos acontecimentos políticos, sociais, culturais e artísticos do ano de 1968”. O livro leva o selo editorial da SOCINE e ficará disponível em nosso site para download na seção Livros.

XXII Socine 50 anos de maio de 68
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Tema do XXII encontro da Sociedade Brasileira de Estudos de Cinema e Audiovisual (SOCINE): “herança do maio de 1968 do ponto de vista do cinema, das novas redes de comunicação digital e da televisão”.

A Sociedade Brasileira de Estudos de Cinema e Audiovisual (SOCINE) repudia veementemente as manifestações recentes do governo federal contrárias a disciplinas das Humanidades como Filosofia ou Sociologia. Tais manifestações se constituem como ameaças inaceitáveis a áreas de conhecimento fundamentais que já convivem há anos com espaço reduzido nas políticas de financiamento de ensino e pesquisa no país.

A SOCINE considera que tais manifestações, além de desconhecerem a centralidade das Humanidades na construção da cidadania e no desenvolvimento do país, demonstram uma completa ausência de um projeto sério de educação e ciência.

Por isso, a SOCINE também assina a nota de repudio redigida pela ANPOF, disponível em:
http://www.anpof.org/portal/index.php/pt-BR/artigos-em-destaque/2075-nota-de-repudio-a-declaracoes-do-ministro-da-educacao-e-do-presidente-da-republica-sobre-as-faculdades-de-humanidades-nomeadamente-filosofia-e-sociologia

Diretoria SOCINE

Encerrou-se na última sexta, 19/04, o pagamento da anuidade e a submissão de trabalhos para o XXIII Encontro SOCINE que acontecerá de 08 a 11 de outubro na Unisinos, em Porto Alegre, RS. As propostas entram agora em período de avaliação e a divulgação dos trabalhos selecionados está prevista para o dia 10/06/2019.

Num momento em que a pesquisa brasileira sofre cortes, a SOCINE tem buscado reagir às dificuldades postas a toda área, implementando descontos a profissionais sem vínculo, criando novas formas de desligamento que possibilitam uma economia aos sócios e diminuindo a quantidade de anuidades atrasadas a serem pagas. Além disso, a escolha do tema deste ano levou em consideração a necessidade de refletirmos sobre preservação e memória audiovisual num período como este que vivemos. Por tudo isto, nos anima o fato do Encontro deste ano ter registrado o maior número de trabalhos submetidos nos últimos dez anos, totalizando 595 propostas enviadas. Em momentos de dificuldades como estes que o fortalecimento de nossa Sociedade e Encontro se faz cada vez mais importante e por isso, agradecemos a todas e todos que inscreveram seus trabalhos. Faremos mais um instigante e afetuoso Encontro, dessa vez em Porto Alegre.

Para finalizar, gostaríamos de informar aos sócios que não pagaram a anuidade, que é possível realizar o pagamento normalmente pelo sistema durante todo o ano. Para aqueles que buscam economizar, pode-se optar pelo Desligamento Parcial, que gera um desconto de 50% no valor da anuidade.

Para pagar e submeter os trabalhos é necessário que o sócio já cadastrado na Sociedade acesse nosso site socine.org.br e coloque seu CPF e sua senha no PAINEL DO ASSOCIADO.

Estando logado em nosso sistema, o sócio deverá clicar em MINHA CONTA e em seguida DADOS DE PAGAMENTO. Vai aparecer uma tela com o Histórico de pagamentos e ao lado Instruções de pagamento, onde é feito o processo via Paypal. Assim que o pagamento é realizado, aparece escrito PAGO no Histórico na coluna Anuidade 2019. Com isso é possível submeter o trabalho em seguida.

Para submeter a proposta de comunicação, você deve clicar em ENCONTROe em seguida INSCRIÇÃO. Abrirá uma tela com a explicação sobre cada uma das 4 modalidades e ao lado em Minha proposta você encontra os botões com as modalidades para se inscrever nelas. Você irá clicar naquela que você gostaria de enviar seu trabalho e preencher os campos. Depois de enviar a proposta você ainda pode edita-la até o encerramento do prazo. Após isso, a proposta entra em avaliação e não pode ser mais modificada.

Qualquer dúvida sobre o processo, entre em contato com a Secretaria pelo e-mail socine@socine.org.br