O XXIII Encontro SOCINE acontecerá na Unisinos, em Porto Alegre, de 08 a 11 de outubro de 2019.

A lista dos trabalhos aprovados pode ser acessada aqui. Os associados também podem checar a avaliação final de seus trabalhos pela sua área de associado.

Todos os aprovados precisam realizar o pagamento dentro do prazo para que sua participação seja confirmada. Os valores, após o primeiro prazo, terão acréscimos. O pagamento deverá ser feito pela área do associado, via Paypal.

Primeiro prazo: 10 de junho a 12 de julho – R$190,00 (profissionais) / R$95,00 (estudantes/profissionais sem vínculo)
Segundo prazo: 15 de julho a 26 de julho – R$220,00 (profissionais) / R$110,00 (estudantes/profissionais sem vínculo)
Prazo final: 29 de julho a 02 de agosto – R$260,00 (profissionais) / R$130,00 (estudantes/profissionais sem vínculo)

Tendo qualquer dúvida ou dificuldade, favor contatar a secretaria no e-mail socine@socine.org.br.

Ficha do Proponente

Proponente

    João Paulo Amaral Schlittler (ECA USP)

Minicurrículo

    João Paulo Amaral Schlittler é mestre em Telecomunicação Interativa na New York University, Tisch School of Arts e doutor em Design e Arquitetura pela Universidade de São Paulo. Foi diretor de efeitos gráficos da HBO, diretor de arte da Discovery Networks e da TV Cultura. Desde 2004 é professor doutor do Departamento de Cinema, Rádio e TV da ECA USP. No CTR ECA USP pesquisa e ministra disciplinas na área de animação e design audiovisual. É líder do ZOOTROPO – Grupo de estudos em animação da ECA.

Ficha do Trabalho

Título

    Animação eletrônica brasileira dos anos 1980: uma memória esvaecente

Seminário

    Montagem Audiovisual: reflexões e experiências

Resumo

    Nos anos 1980 e 90, artistas, videomakers, e animadores tiveram acesso a ferramentas de edição eletrônica e os primeiros softwares de computação gráfica, produzindo animações eletrônicas e vinhetas, explorando as fronteiras da montagem com a animação. Tomando como ponto de partida vídeos exibidos no festival Videobrasil, a pesquisa apresenta um levantamento de obras representativas deste recorte, resgatando uma produção que transita nas intersecções da animação, motion-graphics e videoclipe.

Resumo expandido

    A década de 1980 foi marcada por uma crise econômica que intensificou os danos a indústria cinematográfica brasileira – já desmantelada na década anterior durante o regime militar. Neste período a sobrevivência do mercado nacional de animação dependia em grande parte da produção de comerciais para agências de publicidade. A partir do final dos anos 1990 houve uma mudança dramática nesse cenário, evidenciada pelo crescimento da produção audiovisual independente no país. Esta transformação teve diversos motivos: democratização do acesso a ferramentas digitais, a expansão da TV por assinatura, leis de fomento à produção, entre outros. Muitos dos artistas envolvidos nesse renascimento da animação foram pioneiros na manipulação eletrônica de imagens atuando junto à produtoras independentes, que durante os anos 1980 e 1990 permitiram que artistas, videomakers, e animadores encontrassem um ambiente propício à exploração das possibilidades criativas advindas da edição eletrônica e os primeiros softwares de computação gráfica introduzidos no país, realizando uma produção audiovisual experimental multidisciplinar inovadora.

    Esta produção híbrida, fruto da montagem articulada “frame a frame” e da manipulação de imagens no ecrã, adota procedimentos como a sobreposição de vídeos através do recorte eletrônico (keying), o movimento auxiliado por efeitos digitais como o A.D.O. (Ampex Digital Optics) e a síntese eletrônica por processadores de imagem. É importante ressaltar que na gravação de vídeo analógica há uma degeneração da imagem, incrementada a cada nova camada sobreposta, limitando o número destas, fato que diferencia esta tecnologia da composição digital (digital compositing) que sucede o processo eletrônico. No período vemos a introdução da computação gráfica na televisão, possível, através de um processo lento de renderização quadro-a-quadro das animações que só podiam ser visualizadas após serem descarregadas em fitas de vídeo, marcando a dependência da síntese digital às mídias eletrônicas analógicas. Colagens como o “scratch video” e “video sampling” marcaram o início da cultura do remix, onde a micro-edição caracteriza uma linguagem própria adotada largamente em videoclipes. Esta edição picotada infinitamente repercutida pela MTV e o uso desproposital de imagens que “voavam” de forma mirabolante nas aberturas da Rede Globo, re-apropriadas por pioneiros da animação digital no Brasil, evidenciam a aproximação da montagem à manipulação eletrônica de imagens,

    Embora exista um extenso repertório de animação experimental produzido por artistas de mídia eletrônica atuantes nas intersecções entre artes plásticas e comerciais, a distribuição de filmes autorais nos anos 80 foi geralmente limitada a festivais de cinema e vídeo, atingindo uma audiência mais ampla apenas em 1990 com o lançamento da MTV no Brasil. Parte significativa dessa produção foi produzida exclusivamente em videoteipe. Infelizmente muitos vídeos foram perdidos, ou pior: apagados, uma “prática comum” na época, devido ao alto custo da mídia eletrônica no Brasil. No entanto, alguns exemplos foram preservados em coleções particulares e arquivos de festivais, particularmente no acervo da Associação Cultural Videobrasil.

    A pesquisa pretende resgatar uma produção que transita nas fronteiras da animação, motion-graphics, videoarte, videoclipe e do vídeo experimental, documentando a obra de artistas pioneiros que marcaram o início da produção audiovisual digital independente no Brasil nas últimas duas décadas do século XX. Tomando como ponto de partida vídeos exibidos no festival Videobrasil, realizei um levantamento de obras representativas deste recorte com o objetivo de investigar como sistemas de edição eletrônica e softwares de animação digital influenciaram a linguagem e processos de criação da produção audiovisual de vídeo-artistas e animadores como: Marina Abs, Paulo Barreto, Sandra Kogut, Alfredo Nagib, Alícia Nogueira e Eder Santos.

Bibliografia

    AMARAL, A., MOREIRA CRUZ, R.; Expo1973projeção2013: expoprojeção 73 e os anos seguintes. Catálogo (exposição). São Paulo: SESC, 2013
    BETANCOURT, M.; The History of Motion Graphics: From Avant-Garde to Industry in the United States. Maryland: Wildside, 2013
    CHOLODENKO, A.; A Animação do Cinema. In: Galáxia, n. 34, pp. 20–54, São Paulo: PUCSP, 2017
    CUNHA LIMA, J.; Uma história da TV Cultura. São Paulo: Imprensa oficial, 2008
    DONNER, H.; The Universe of Hans Donner. Rio de Janeiro: Salamanda, 1996
    FLUSSER, V.; O Mundo Codificado. São Paulo: Cosac Naify, 2010
    MACHADO, A. (org.); Made in Brasil: três décadas do vídeo brasileiro. São Paulo: Itaú Cultural, 2003
    MACHADO, A.; A Arte do Vídeo. São Paulo: Brasiliense, 1990
    MANOVICH, L.; The language of new media. Cambridge: MIT Press, 2001
    MELLO, C.; Extremidades do Vídeo. São Paulo: Senac, 2008
    VELHO, J.; Motion graphics: linguagem e tecnologia-anotações para uma metodologia de análise. Dissertação (Mestrado), Rio de Janeiro: ESDI – UERJ, 2008

O livro “XXII SOCINE: 50 anos do maio de 68”, organizado por Lisandro Nogueira e Cleomar Rocha já está disponível para download em nosso site. A obra é composta de 11 artigos que lidam com a temática do maio de 68 pela perspectiva do cinema, que foi o tema do XXII Encontro SOCINE realizado em Goiânia, em 2018. De acordo com os organizadores, “Não há dúvidas de que o tema foi, é, e será sempre instigante, ainda mais aos olhos de muitos que (sobre)viveram (a)os tempos de 68, especialmente no Brasil, e que durante o evento debateram e refletiram sobre o legado de tão importante período da história mundial para a contemporaneidade. Na presente coletânea de textos procuramos demonstrar um pouquinho do que foi a XXII SOCINE, bastante eclética, mas que correspondeu muito bem à chamada para trazer a reflexão dos acontecimentos políticos, sociais, culturais e artísticos do ano de 1968”. O livro leva o selo editorial da SOCINE e ficará disponível em nosso site para download na seção Livros.

XXII Socine 50 anos de maio de 68
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Tema do XXII encontro da Sociedade Brasileira de Estudos de Cinema e Audiovisual (SOCINE): “herança do maio de 1968 do ponto de vista do cinema, das novas redes de comunicação digital e da televisão”.

A Sociedade Brasileira de Estudos de Cinema e Audiovisual (SOCINE) repudia veementemente as manifestações recentes do governo federal contrárias a disciplinas das Humanidades como Filosofia ou Sociologia. Tais manifestações se constituem como ameaças inaceitáveis a áreas de conhecimento fundamentais que já convivem há anos com espaço reduzido nas políticas de financiamento de ensino e pesquisa no país.

A SOCINE considera que tais manifestações, além de desconhecerem a centralidade das Humanidades na construção da cidadania e no desenvolvimento do país, demonstram uma completa ausência de um projeto sério de educação e ciência.

Por isso, a SOCINE também assina a nota de repudio redigida pela ANPOF, disponível em:
http://www.anpof.org/portal/index.php/pt-BR/artigos-em-destaque/2075-nota-de-repudio-a-declaracoes-do-ministro-da-educacao-e-do-presidente-da-republica-sobre-as-faculdades-de-humanidades-nomeadamente-filosofia-e-sociologia

Diretoria SOCINE

Encerrou-se na última sexta, 19/04, o pagamento da anuidade e a submissão de trabalhos para o XXIII Encontro SOCINE que acontecerá de 08 a 11 de outubro na Unisinos, em Porto Alegre, RS. As propostas entram agora em período de avaliação e a divulgação dos trabalhos selecionados está prevista para o dia 10/06/2019.

Num momento em que a pesquisa brasileira sofre cortes, a SOCINE tem buscado reagir às dificuldades postas a toda área, implementando descontos a profissionais sem vínculo, criando novas formas de desligamento que possibilitam uma economia aos sócios e diminuindo a quantidade de anuidades atrasadas a serem pagas. Além disso, a escolha do tema deste ano levou em consideração a necessidade de refletirmos sobre preservação e memória audiovisual num período como este que vivemos. Por tudo isto, nos anima o fato do Encontro deste ano ter registrado o maior número de trabalhos submetidos nos últimos dez anos, totalizando 595 propostas enviadas. Em momentos de dificuldades como estes que o fortalecimento de nossa Sociedade e Encontro se faz cada vez mais importante e por isso, agradecemos a todas e todos que inscreveram seus trabalhos. Faremos mais um instigante e afetuoso Encontro, dessa vez em Porto Alegre.

Para finalizar, gostaríamos de informar aos sócios que não pagaram a anuidade, que é possível realizar o pagamento normalmente pelo sistema durante todo o ano. Para aqueles que buscam economizar, pode-se optar pelo Desligamento Parcial, que gera um desconto de 50% no valor da anuidade.

Para pagar e submeter os trabalhos é necessário que o sócio já cadastrado na Sociedade acesse nosso site socine.org.br e coloque seu CPF e sua senha no PAINEL DO ASSOCIADO.

Estando logado em nosso sistema, o sócio deverá clicar em MINHA CONTA e em seguida DADOS DE PAGAMENTO. Vai aparecer uma tela com o Histórico de pagamentos e ao lado Instruções de pagamento, onde é feito o processo via Paypal. Assim que o pagamento é realizado, aparece escrito PAGO no Histórico na coluna Anuidade 2019. Com isso é possível submeter o trabalho em seguida.

Para submeter a proposta de comunicação, você deve clicar em ENCONTROe em seguida INSCRIÇÃO. Abrirá uma tela com a explicação sobre cada uma das 4 modalidades e ao lado em Minha proposta você encontra os botões com as modalidades para se inscrever nelas. Você irá clicar naquela que você gostaria de enviar seu trabalho e preencher os campos. Depois de enviar a proposta você ainda pode edita-la até o encerramento do prazo. Após isso, a proposta entra em avaliação e não pode ser mais modificada.

Qualquer dúvida sobre o processo, entre em contato com a Secretaria pelo e-mail socine@socine.org.br