O XXIII Encontro SOCINE acontecerá na Unisinos, em Porto Alegre, de 08 a 11 de outubro de 2019.

A lista dos trabalhos aprovados pode ser acessada aqui. Os associados também podem checar a avaliação final de seus trabalhos pela sua área de associado.

Todos os aprovados precisam realizar o pagamento dentro do prazo para que sua participação seja confirmada. Os valores, após o primeiro prazo, terão acréscimos. O pagamento deverá ser feito pela área do associado, via Paypal.

Primeiro prazo: 10 de junho a 12 de julho – R$190,00 (profissionais) / R$95,00 (estudantes/profissionais sem vínculo)
Segundo prazo: 15 de julho a 26 de julho – R$220,00 (profissionais) / R$110,00 (estudantes/profissionais sem vínculo)
Prazo final: 29 de julho a 02 de agosto – R$260,00 (profissionais) / R$130,00 (estudantes/profissionais sem vínculo)

Tendo qualquer dúvida ou dificuldade, favor contatar a secretaria no e-mail socine@socine.org.br.

Ficha do Proponente

Proponente

    Marcus Vinicius Fainer Bastos (PUC-SP)

Minicurrículo

    Marcus Bastos é professor da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo. Publicou os livros Limiares das Redes (Intermeios, 2014) e Cultura da Reciclagem (Noema, 2007 ebook), além de organizar Cinema Apesar da Imagem (com Gabriel Menotti e Patricia Moran, Intermeios 2016) e Mediações, Tecnologia, Espaço Público: panorama crítico da arte em mídias móveis (com Lucas Bambozzi e Rodrigo Minelli, Conrad, 2010).

Ficha do Trabalho

Título

    Antecedentes da Performance AV nos Arquivos See this Sound e CVM

Seminário

    Interseções Cinema e Arte

Resumo

    Amy Alexander afirma que um ponto-de-partida comum nas histórias da performance audiovisual é o órgão de cor. Em diálogo com estas práticas, uma série de experiências foram realizadas. Dieter Daniels contextualiza esta trajetória, que considera errática e recursiva. Baseado nos arquivos See this Sound e Center for Visual Music, este artigo apresenta uma história do diálogo entre cor e som, procurando relacionar os experimentos relevantes e estabelecer uma cronologia de seu desenvolvimento.

Resumo expandido

    O termo ao vivo (e similares como tempo real, tempo presente e acontecimento) são cada vez mais usuais em discussões sobre as linguagens contemporâneas, especialmente como resultado dos processos de comunicação que migram dos formatos analógicos do broadcast para as tecnologias digitais de transmissão em rede. Podemos atribuir sua menção recorrente à aceleração experimentada no mundo atual, mas é preciso avaliar o tema com prudência, pois querelas sobre a mudança de velocidade são antigas e recorrentes. A percepção de um mundo veloz ao redor é uma característica do mundo moderno — no sentido histórico, que refere-se à sociedade urbana e industrial configurada a partir do século 17. Não por acaso, tornou-se bastante conhecida a máxima marxista, que comenta a fugacidade dos fenômenos e das relações sociais sob o capitalismo, de que tudo o que é sólido desmancha no ar.
    As poéticas ao vivo tem antecedentes que aparecem ainda mais cedo, desde o século 16. Apesar de terem acontecido de forma dispersa, muitas vezes sem que as informações sobre um experimento fossem conhecidas pelos desenvolvedores de outro, em retrospectiva eles formam um corpo coeso que culmina no interesse pela sinestesia marcante no século 19. O arquivo online See this Sound, com curadoria de Sandra Naumann, e o acervo do Center for Visual Music, com curadoria de Cindy Kieffer, permitem destrinchar dois dos três principais momentos deste percurso: os precursores e o primeiro momento de densidade nas décadas de 1910 e 1920.
    Em Audiovisual Live Performance, Amy Alexander afirma que um ponto-de-partida comum nas histórias da performance audiovisual é o órgão de cor. Conforme Alexander, o conceito remonta à aproximadamente 300 anos, “o que torna sua semelhança com algumas performances audiovisuais contemporâneas ainda mais arrebatadora”1. Baseado na tradição filosófica que remonta a Pitágoras, que imaginou a possibilidade de relação entre os sons existentes e as cores do arco-íris, nomes como Aristóteles, Da Vinci ou Goethe dedicaram-se em alguma medida ao debate dos problemas das relações entre cor e som, campo de pesquisa que, no século 19, passou a abranger os estudos da sinestesia.
    Em diálogo com este contexto, uma série de experiências foram realizadas buscando dar materialidade a estas relações. Em Hybrids of Art, Science, Technology, Perception, Entertainment and Commerce at the Interface of Sound and Vision, Dieter Daniels contextualiza esta trajetória, que ele considera errática e recursiva:
    A maioria destes dispositivos foram, de fato, construídos e apresentados, mas alguns foram apenas descritos e patenteados, ainda que uns poucos tenham sido manufaturados em pequenas séries. A maioria demonstrava analogias cor/som, alguns também eram para tocar composições imagem/som de escopo livre, e outros só produziam visual music silenciosa. Tecnologicamente os dispositivos diferiam consideravelmente, mas eram na maioria uma combinação de partes mecânicas e elétricas. Por causa destas diferenças técnicas, a história das ideias embutidas nos instrumentos toma precedência sobre seu lugar na história da tecnologia. Paradoxalmente, esta história das ideias não é uma genealogia contínua, mas uma história de múltiplas reinvenções porque os autores raramente sabiam da existência uns dos outros2.

    Em diálogo com os já mencionados arquivos See this Sound e Center for Visual Music, este artigo propõe apresentar uma história do diálogo entre cor e som, procurando relacionar os experimentos relevantes e estabelecer uma cronologia que permita perceber o desenvolvimento do tema.

Bibliografia

    Alexander, Amy. Audiovisual Live Performance, in: Dieter Daniels; Sandra Naumann (ed), See This Sound: Audiovisuology Compendium, Cologne: Walther König, 2010.
    Center for Visual Music. http://www.centerforvisualmusic.org
    Daniels, Dieter. Hybrids of Art, Science, Technology, Perception, Entertainment and Commerce at the Interface of Sound and Vision, in: Daniels, Dieter; Naumann, Sandra (Ed). See This Sound: Audiovisuology Reader, Cologne: Walther König, 2015.
    Hankins, Thomas L. The Ocular Harpischord of Louis-Bertrand Castel; or, The Instrument that Wasn’t, in: Osiris Vol. 9, Instruments (1994), pp. 141-156. JSTOR, www.jstor.org/stable/302003.
    Jewanski, Jörg. Von der Farben-Ton-Beziehung zur Farblichtmusik, in: Jewanski, Jörg; Sidler, Natalia (Orgs). Farb – Licht – Musik. Synästhesie und Farblichtmusik. Berlin: Peter Lang, 2006.
    Lucassen, Teun. Color Organs. https://pdfs.semanticscholar.org/229e/239ab7e955886d0e553e1e50f73d2257df97.pdf
    See this Sound. http://www.see-this-sound.at.

O livro “XXII SOCINE: 50 anos do maio de 68”, organizado por Lisandro Nogueira e Cleomar Rocha já está disponível para download em nosso site. A obra é composta de 11 artigos que lidam com a temática do maio de 68 pela perspectiva do cinema, que foi o tema do XXII Encontro SOCINE realizado em Goiânia, em 2018. De acordo com os organizadores, “Não há dúvidas de que o tema foi, é, e será sempre instigante, ainda mais aos olhos de muitos que (sobre)viveram (a)os tempos de 68, especialmente no Brasil, e que durante o evento debateram e refletiram sobre o legado de tão importante período da história mundial para a contemporaneidade. Na presente coletânea de textos procuramos demonstrar um pouquinho do que foi a XXII SOCINE, bastante eclética, mas que correspondeu muito bem à chamada para trazer a reflexão dos acontecimentos políticos, sociais, culturais e artísticos do ano de 1968”. O livro leva o selo editorial da SOCINE e ficará disponível em nosso site para download na seção Livros.

XXII Socine 50 anos de maio de 68
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Tema do XXII encontro da Sociedade Brasileira de Estudos de Cinema e Audiovisual (SOCINE): “herança do maio de 1968 do ponto de vista do cinema, das novas redes de comunicação digital e da televisão”.

A Sociedade Brasileira de Estudos de Cinema e Audiovisual (SOCINE) repudia veementemente as manifestações recentes do governo federal contrárias a disciplinas das Humanidades como Filosofia ou Sociologia. Tais manifestações se constituem como ameaças inaceitáveis a áreas de conhecimento fundamentais que já convivem há anos com espaço reduzido nas políticas de financiamento de ensino e pesquisa no país.

A SOCINE considera que tais manifestações, além de desconhecerem a centralidade das Humanidades na construção da cidadania e no desenvolvimento do país, demonstram uma completa ausência de um projeto sério de educação e ciência.

Por isso, a SOCINE também assina a nota de repudio redigida pela ANPOF, disponível em:
http://www.anpof.org/portal/index.php/pt-BR/artigos-em-destaque/2075-nota-de-repudio-a-declaracoes-do-ministro-da-educacao-e-do-presidente-da-republica-sobre-as-faculdades-de-humanidades-nomeadamente-filosofia-e-sociologia

Diretoria SOCINE

Encerrou-se na última sexta, 19/04, o pagamento da anuidade e a submissão de trabalhos para o XXIII Encontro SOCINE que acontecerá de 08 a 11 de outubro na Unisinos, em Porto Alegre, RS. As propostas entram agora em período de avaliação e a divulgação dos trabalhos selecionados está prevista para o dia 10/06/2019.

Num momento em que a pesquisa brasileira sofre cortes, a SOCINE tem buscado reagir às dificuldades postas a toda área, implementando descontos a profissionais sem vínculo, criando novas formas de desligamento que possibilitam uma economia aos sócios e diminuindo a quantidade de anuidades atrasadas a serem pagas. Além disso, a escolha do tema deste ano levou em consideração a necessidade de refletirmos sobre preservação e memória audiovisual num período como este que vivemos. Por tudo isto, nos anima o fato do Encontro deste ano ter registrado o maior número de trabalhos submetidos nos últimos dez anos, totalizando 595 propostas enviadas. Em momentos de dificuldades como estes que o fortalecimento de nossa Sociedade e Encontro se faz cada vez mais importante e por isso, agradecemos a todas e todos que inscreveram seus trabalhos. Faremos mais um instigante e afetuoso Encontro, dessa vez em Porto Alegre.

Para finalizar, gostaríamos de informar aos sócios que não pagaram a anuidade, que é possível realizar o pagamento normalmente pelo sistema durante todo o ano. Para aqueles que buscam economizar, pode-se optar pelo Desligamento Parcial, que gera um desconto de 50% no valor da anuidade.

Para pagar e submeter os trabalhos é necessário que o sócio já cadastrado na Sociedade acesse nosso site socine.org.br e coloque seu CPF e sua senha no PAINEL DO ASSOCIADO.

Estando logado em nosso sistema, o sócio deverá clicar em MINHA CONTA e em seguida DADOS DE PAGAMENTO. Vai aparecer uma tela com o Histórico de pagamentos e ao lado Instruções de pagamento, onde é feito o processo via Paypal. Assim que o pagamento é realizado, aparece escrito PAGO no Histórico na coluna Anuidade 2019. Com isso é possível submeter o trabalho em seguida.

Para submeter a proposta de comunicação, você deve clicar em ENCONTROe em seguida INSCRIÇÃO. Abrirá uma tela com a explicação sobre cada uma das 4 modalidades e ao lado em Minha proposta você encontra os botões com as modalidades para se inscrever nelas. Você irá clicar naquela que você gostaria de enviar seu trabalho e preencher os campos. Depois de enviar a proposta você ainda pode edita-la até o encerramento do prazo. Após isso, a proposta entra em avaliação e não pode ser mais modificada.

Qualquer dúvida sobre o processo, entre em contato com a Secretaria pelo e-mail socine@socine.org.br