O XXIII Encontro SOCINE acontecerá na Unisinos, em Porto Alegre, de 08 a 11 de outubro de 2019.

A lista dos trabalhos aprovados pode ser acessada aqui. Os associados também podem checar a avaliação final de seus trabalhos pela sua área de associado.

Todos os aprovados precisam realizar o pagamento dentro do prazo para que sua participação seja confirmada. Os valores, após o primeiro prazo, terão acréscimos. O pagamento deverá ser feito pela área do associado, via Paypal.

Primeiro prazo: 10 de junho a 12 de julho – R$190,00 (profissionais) / R$95,00 (estudantes/profissionais sem vínculo)
Segundo prazo: 15 de julho a 26 de julho – R$220,00 (profissionais) / R$110,00 (estudantes/profissionais sem vínculo)
Prazo final: 29 de julho a 02 de agosto – R$260,00 (profissionais) / R$130,00 (estudantes/profissionais sem vínculo)

Tendo qualquer dúvida ou dificuldade, favor contatar a secretaria no e-mail socine@socine.org.br.

Ficha do Proponente

Proponente

    Silvia Helena Cardoso (UNIFESSPA)

Minicurrículo

    Silvia Helena Cardoso, artista, antropóloga e professora universitária; Doutora em Artes e Mestre em Multimeios, IA/UNICAMP; Bacharel em Ciências Sociais/Antropologia, FFLCH/USP; Fotógrafa e Filmmaker; Ministra as disciplinas de Linguagem Fotográfica, Linguagem Audiovisual e Pesquisa em Poética Visual; É docente no curso de Licenciatura em Artes Visuais da Faculdade de Artes na Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará; De São Paulo Capital para Marabá, Sudeste Paraense.

Ficha do Trabalho

Título

    Tão Perto, Tão Longe – Filmes Inocentes em Serra Pelada, Brasil.

Resumo

    Dois curtas-metragens produzidos por estudantes de Licenciatura em Artes Visuais na disciplina de Linguagem Audiovisual sobre o universo da Vila de Serra Pelada. A experiência do cinema trouxe ao debate a história social viva presente na maioria das famílias do sudeste do Pará. A tríade – ouro, sonho, garimpo – foi o fio condutor dos filmes. A experiência do cinema – o fazer propriamente – marcou a produção como lugar do conhecimento, do diálogo constante entre diferentes áreas do saber.

Resumo expandido

    A Vila de Serra Pelada, Município de Curionópolis, está localizada a 154 km da Cidade de Marabá no Sudeste do Estado do Pará. Serra Pelada tem uma história nacional dramática: o garimpo movimentou centenas de pessoas de todas as partes do país; a extração manual do ouro foi a atividade que dinamizou a economia local, bem como impulsionou o desejo e o sonho individual de riqueza, mesmo que colocando a própria vida em risco (1980/1992). Não é difícil encontrar uma família na região sem uma história com o garimpo: “meu pai trabalhou na cava”, “minha mãe ficou sozinha, enquanto meu pai garimpava”; “meu pai tinha o sonho de ficar rico, mas não ficou, tudo ilusão”, “minha sogra espera até hoje o dinheiro retido pelo banco”, “ele bamburrou”, dentre outras afirmações. Portanto, essa é uma das realidades encontradas no sudeste paraense. Simultaneamente, o Bico do Papagaio, área histórica da Guerrilha do Araguaia (1972/1975), uma espécie de vista panorâmica entre os estados do Pará, Tocantins e Maranhão, também está presente no imaginário coletivo, contudo de forma menos contundente do que Serra Pelada, uma vez que existe uma vaga memória da passagem dos “guerrilheiros pela região”. Desta forma, duas narrativas relativamente recentes se entrelaçam: de um lado, o garimpo, de outro, a guerrilha. Neste contexto social e emocional, o que fazer? Fotografar, Filmar, Entrevistar, Viajar? Tudo era muito novo, não só para a docente, como também para os discentes, mesmo morando por toda a vida em Marabá e cidades vizinhas, a maioria dos estudantes nunca tinham viajado para a Serra Pelada, enquanto outros ignoravam totalmente a Guerrilha do Araguaia. O projeto foi lançado: duas viagens para fotografar, filmar e conversar com os moradores da Vila de Serra Pelada. O primeiro deslocamento entre a UNIFESSPA e a Vila foi marcadamente para conhecer o trajeto, a cava, o túnel, os moradores e ex-garimpeiros; o segundo para filmar, isto é, produzir vários planos e sequências, com a intenção de fazer curtas-metragens. Além dos alunos, convidamos um poeta cordelista e um ex-armador de minas de minérios para nos acompanhar. Portanto, professora, alunos e convidados rumaram para a Serra Pelada… A disciplina de Linguagem Audiovisual ofereceu suporte teórico – os gêneros documentário e experimental foram os mais trabalhados, uma vez que contávamos com estudantes de Licenciatura em Artes Visuais, portanto futuros professores dos ensinos fundamental e médio, além de alguns aspirantes ao universo cinematográfico. O fazer audiovisual e/ou cinema, preferimos audiovisual, uma vez que os recursos técnicos são pequenos ou quase inexistentes (contamos com alguns equipamentos emprestados de uma pró-reitoria, com celulares e câmeras fotográficas para captação de imagem estática e em movimento, além de som), sempre esteve presente no conteúdo da disciplina, bem como refletir sobre a dimensão da imagem em movimento aliada ao registro da história social viva, especialmente no sudeste paraense. Da experiência, dois filmes de curtas-metragens foram finalizados: Ferida Amazônica (estética experimental) e Artistas da Serra (documentário), ambos de 2018; enquanto dois outros audiovisuais permanecem em etapa de edição. Considerando a área “Cinema e Educação”, especificamente a Lei 13.006/14, além do assistir filmes, apreciar um produto audiovisual brasileiro disponível em diferentes plataformas e posterior discussão acerca da temática, da linguagem, das personagens, entre outros assuntos de possível debate, com o intuito de “formar o olhar”, faz-se necessário o FAZER filmes, porque tal empreendimento necessita de: pesquisa, relações interpessoais (considerando o caráter coletivo do audiovisual), das alternativas para solucionar os problemas enfrentados, das questões técnicas e de linguagens eleitas, ou melhor, tirar o filme da dimensão do fascínio, do estado de pura contemplação e transportá-lo para o nível da confecção, pois o cinema é o lugar do conhecimento.

Bibliografia

    BERNARDET, Jean-Claude. Cinema Brasileiro: propostas para uma história. São Paulo: Companhia das Letras, 2009.
    BRASIL, J. O Garimpeiro: Do Sul e Sudeste Paraense. Marabá: Edição Autônoma, 2004.
    FRESNET, A. (org). Cinema e Educação: A lei 13.006/2014 – Reflexões, Perspectivas e Propostas. Belo Horizonte: Ed. Universo Produção:, s/d.
    JESUS, E. Walter Zanini: vanguardas, desmaterialização, tecnologias na arte. São Paulo: WMF Martins Fontes, 2018.
    MARTIN, M. A linguagem cinematográfica. Trad. Paulo Neves. São Paulo: Brasiliense, 2013.
    MELLO, C. Extremidades do Vídeo. São Paulo: Editora Senac São Paulo, 2008.
    OHATA, M. (org). Eduardo Coutinho. São Paulo: Cosac Naify, 2013.
    RANCIÈRE, J. O espectador emancipado. Trad. Ivone C. Benedetti. São Paulo: WMF Martins Fontes, 2014.
    TARKOVSKI, A. Esculpir o Tempo. Trad. Jefferson Luiz Camargo. 3. Ed. – São Paulo: Martins Martins Fontes, 2010.
    XAVIER, I. (org). O Cinema no Século. Rio de Janeiro: Imago Ed., 1996.

O livro “XXII SOCINE: 50 anos do maio de 68”, organizado por Lisandro Nogueira e Cleomar Rocha já está disponível para download em nosso site. A obra é composta de 11 artigos que lidam com a temática do maio de 68 pela perspectiva do cinema, que foi o tema do XXII Encontro SOCINE realizado em Goiânia, em 2018. De acordo com os organizadores, “Não há dúvidas de que o tema foi, é, e será sempre instigante, ainda mais aos olhos de muitos que (sobre)viveram (a)os tempos de 68, especialmente no Brasil, e que durante o evento debateram e refletiram sobre o legado de tão importante período da história mundial para a contemporaneidade. Na presente coletânea de textos procuramos demonstrar um pouquinho do que foi a XXII SOCINE, bastante eclética, mas que correspondeu muito bem à chamada para trazer a reflexão dos acontecimentos políticos, sociais, culturais e artísticos do ano de 1968”. O livro leva o selo editorial da SOCINE e ficará disponível em nosso site para download na seção Livros.

XXII Socine 50 anos de maio de 68
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Tema do XXII encontro da Sociedade Brasileira de Estudos de Cinema e Audiovisual (SOCINE): “herança do maio de 1968 do ponto de vista do cinema, das novas redes de comunicação digital e da televisão”.

A Sociedade Brasileira de Estudos de Cinema e Audiovisual (SOCINE) repudia veementemente as manifestações recentes do governo federal contrárias a disciplinas das Humanidades como Filosofia ou Sociologia. Tais manifestações se constituem como ameaças inaceitáveis a áreas de conhecimento fundamentais que já convivem há anos com espaço reduzido nas políticas de financiamento de ensino e pesquisa no país.

A SOCINE considera que tais manifestações, além de desconhecerem a centralidade das Humanidades na construção da cidadania e no desenvolvimento do país, demonstram uma completa ausência de um projeto sério de educação e ciência.

Por isso, a SOCINE também assina a nota de repudio redigida pela ANPOF, disponível em:
http://www.anpof.org/portal/index.php/pt-BR/artigos-em-destaque/2075-nota-de-repudio-a-declaracoes-do-ministro-da-educacao-e-do-presidente-da-republica-sobre-as-faculdades-de-humanidades-nomeadamente-filosofia-e-sociologia

Diretoria SOCINE

Encerrou-se na última sexta, 19/04, o pagamento da anuidade e a submissão de trabalhos para o XXIII Encontro SOCINE que acontecerá de 08 a 11 de outubro na Unisinos, em Porto Alegre, RS. As propostas entram agora em período de avaliação e a divulgação dos trabalhos selecionados está prevista para o dia 10/06/2019.

Num momento em que a pesquisa brasileira sofre cortes, a SOCINE tem buscado reagir às dificuldades postas a toda área, implementando descontos a profissionais sem vínculo, criando novas formas de desligamento que possibilitam uma economia aos sócios e diminuindo a quantidade de anuidades atrasadas a serem pagas. Além disso, a escolha do tema deste ano levou em consideração a necessidade de refletirmos sobre preservação e memória audiovisual num período como este que vivemos. Por tudo isto, nos anima o fato do Encontro deste ano ter registrado o maior número de trabalhos submetidos nos últimos dez anos, totalizando 595 propostas enviadas. Em momentos de dificuldades como estes que o fortalecimento de nossa Sociedade e Encontro se faz cada vez mais importante e por isso, agradecemos a todas e todos que inscreveram seus trabalhos. Faremos mais um instigante e afetuoso Encontro, dessa vez em Porto Alegre.

Para finalizar, gostaríamos de informar aos sócios que não pagaram a anuidade, que é possível realizar o pagamento normalmente pelo sistema durante todo o ano. Para aqueles que buscam economizar, pode-se optar pelo Desligamento Parcial, que gera um desconto de 50% no valor da anuidade.

Para pagar e submeter os trabalhos é necessário que o sócio já cadastrado na Sociedade acesse nosso site socine.org.br e coloque seu CPF e sua senha no PAINEL DO ASSOCIADO.

Estando logado em nosso sistema, o sócio deverá clicar em MINHA CONTA e em seguida DADOS DE PAGAMENTO. Vai aparecer uma tela com o Histórico de pagamentos e ao lado Instruções de pagamento, onde é feito o processo via Paypal. Assim que o pagamento é realizado, aparece escrito PAGO no Histórico na coluna Anuidade 2019. Com isso é possível submeter o trabalho em seguida.

Para submeter a proposta de comunicação, você deve clicar em ENCONTROe em seguida INSCRIÇÃO. Abrirá uma tela com a explicação sobre cada uma das 4 modalidades e ao lado em Minha proposta você encontra os botões com as modalidades para se inscrever nelas. Você irá clicar naquela que você gostaria de enviar seu trabalho e preencher os campos. Depois de enviar a proposta você ainda pode edita-la até o encerramento do prazo. Após isso, a proposta entra em avaliação e não pode ser mais modificada.

Qualquer dúvida sobre o processo, entre em contato com a Secretaria pelo e-mail socine@socine.org.br