O XXIII Encontro SOCINE acontecerá na Unisinos, em Porto Alegre, de 08 a 11 de outubro de 2019.

A lista dos trabalhos aprovados pode ser acessada aqui. Os associados também podem checar a avaliação final de seus trabalhos pela sua área de associado.

Todos os aprovados precisam realizar o pagamento dentro do prazo para que sua participação seja confirmada. Os valores, após o primeiro prazo, terão acréscimos. O pagamento deverá ser feito pela área do associado, via Paypal.

Primeiro prazo: 10 de junho a 12 de julho – R$190,00 (profissionais) / R$95,00 (estudantes/profissionais sem vínculo)
Segundo prazo: 15 de julho a 26 de julho – R$220,00 (profissionais) / R$110,00 (estudantes/profissionais sem vínculo)
Prazo final: 29 de julho a 02 de agosto – R$260,00 (profissionais) / R$130,00 (estudantes/profissionais sem vínculo)

Tendo qualquer dúvida ou dificuldade, favor contatar a secretaria no e-mail socine@socine.org.br.

Ficha do Proponente

Proponente

    MARIA PAULA PINTO DOS SANTOS BELCAVELLO (UFJF)

Minicurrículo

    Graduada em Pedagogia (UFJF), mestra em Educação (UFJF) e doutoranda em Educação (UFJF). Atualmente, está Vice-Diretora Pedagógica do Colégio Tiradentes da Polícia Militar (PMMG) e Professora da UAB (FACED-UFJF). Pesquisadora associada ao Travessia Grupo de Pesquisa (NEC-UFJF). Desenvolve pesquisas no campo da Filosofia da Diferença. Áreas de interesse: educação-cinema-filosofia: experimentação-linguagem-formação. mariapaulaufjf@gmail.com.

Coautor

    Wescley Dinali (UFJF)

Ficha do Trabalho

Título

    O que pode o cinema? O que pode a educação?: rastros de um CineDebate

Resumo

    A proposta de trabalho à SOCINE é apresentar rastros de um exercício de experimentação com o cinema, que se deu em um CineDebate – filme Rabbit-Proof Fence (2002); junto à Faculdade de Educação da UFJF. Problematizações como: O que pode o cinema? O que pode a educação? O podem o cinema e a educação em tempos de ataques e retrocessos? O que pode o corpo como resistência? O que pode a micropolítica como campo revolucionário?, moveram as discussões relacionadas à tríade “Cinema-Educação-Filosofia”.

Resumo expandido

    Este trabalho é movido por um exercício de experimentação que se deu junto à Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), na III Semana de Acolhimento da Faculdade de Educação (FACED), na qual propomos um CineDebate com o filme Rabbit-Proof Fence (2002), de Phillip Noyce. Tal filme se passa na Austrália (1930) e narra a história de três meninas aborígenes que são retiradas de suas famílias, por um oficial, e levadas para um Centro Educacional, a fim de serem educadas e inseridas na sociedade ocidentalizada. Uma ação realizada por ordem da política oficial colonizadora de branqueamento do governo australiano, que tinha como um dos seus projetos a extinção dos povos aborígenes. No Centro Educacional, as meninas são sujeitadas a se enquadrarem aos costumes ocidentais cristãos, sendo “adestradas” por meio de violência e privações, para se tornarem, futuramente, empregadas e servirem aos brancos “civilizados” em todos os aspectos, inclusive sexual. Contudo, mesmo com o constante controle e vigilância, elas conseguem fugir e caminham, por quase 3 mil km, à procura da cerca à prova de coelho que as levaria de voltar para casa. Essa história é baseada em fatos que nos levam a imaginar o que se passou com essas crianças que se arriscaram e enfrentaram, por 9 semanas, os perigos que um deserto pode oferecer. De acordo com Michel Foucault (2019), mesmo o corpo sofrendo as ações micropolíticas do controle ele, constantemente, resiste, pois onde há poder sempre existirá resistência. O filme dá a ver corpos sequestrados lutando contra forças de controle. Diante disso, problematiza-se: O que pode o cinema? O que pode a educação? O que podem o cinema e a educação em tempos de ataques e retrocessos? O que pode o corpo como resistência? O que pode a micropolítica como campo revolucionário? Essas, e outras problematizações, relacionadas à tríade “Cinema-Educação-Filosofia”, surgiram nesse espaço de formação da Universidade como desejo de um debate. O modo como as três meninas movimentam a narrativa do filme, lançam-nos para múltiplas reflexões, dando-nos a pensar, sobretudo, a potência do cinema (que não se reduz ao filme) e da educação no processo formativo. Um convite para saída dos clichês, das verdades cinematográficas e pensar com o cinema, problematizar com o tempo, com as imagens (DELEUZE, 2013). Um cinema que desconfia do próprio cinema, de “um aparelho ideológico produtor de imagens que circulam na sociedade” (RANCIÈRE, 2012, p. 14). É também uma proposta de construção de um novo olhar, que não pretende dar conta do visível, do molar, mas que penetra no mundo, na sua molecularidade, em uma experimentação, antes de ser uma consideração ou contemplação, como sugere o filósofo Jean-Luc Nancy. Nesse sentido, pensamos como Giovana Scareli e Priscila Fernandes quando ressaltam que “o cinema, os filmes, os diretores de cinema e seus métodos de fazer cinema nos ajudam a compreender, não somente os seus filmes, mas também o mundo à nossa volta” (2016, p. 16). Assim sendo, nossa proposta foi a de acionar a sétima arte como potência do pensar, que envolve e produz “um choque no pensamento, comunicar vibrações ao córtex, tocar diretamente o sistema nervoso e cerebral”, convertendo em potência o que ainda só era possibilidade (DELEUZE, 2007, p. 189). Deleuze destaca três relações que operam no entre, nessa distância cinema-pensamento: “a supressão de um todo ou de uma totalidade das imagens, em favor de um fora que se insere entre elas; a supressão do monólogo interior como todo do filme em favor de um discurso e de uma visão indiretos livre e a supressão da unidade do homem e do mundo, em favor de uma ruptura que nada mais nos deixa que uma crença neste mundo. Uma relação que faz devir o pensamento, problematizando a vida contemporânea” (2013, p. 226). Trata-se, portanto, de pensar a potência do cinema como abertura a outros modos de produção de subjetividade e de experimentação com a educação e com a vida.

Bibliografia

    DELEUZE, Gilles. A imagem-tempo. São Paulo: Brasiliense, 2013.

    FOUCAULT, Michel. História da sexualidade I: A vontade do Saber. 19.ª ed. Rio de Janeiro: Edições Graal, 2019.

    NANCY, Jean-Luc. La evidencia del filme: El Cine Deabbas Kiarostami. 2.ª ed. Espanha: Errata Naturae, 2008.

    RANCIÈRE, Jacques. As distâncias do cinema. Rio de Janeiro: Contraponto, 2012.

    SCARELI, Giovana; FERNANDES, Priscila Correia. Cinema e cotidianos e pesquisa em educação. Quaestio, Sorocaba, SP, v. 18, n. 1, p. 15-33, maio 2016.

O livro “XXII SOCINE: 50 anos do maio de 68”, organizado por Lisandro Nogueira e Cleomar Rocha já está disponível para download em nosso site. A obra é composta de 11 artigos que lidam com a temática do maio de 68 pela perspectiva do cinema, que foi o tema do XXII Encontro SOCINE realizado em Goiânia, em 2018. De acordo com os organizadores, “Não há dúvidas de que o tema foi, é, e será sempre instigante, ainda mais aos olhos de muitos que (sobre)viveram (a)os tempos de 68, especialmente no Brasil, e que durante o evento debateram e refletiram sobre o legado de tão importante período da história mundial para a contemporaneidade. Na presente coletânea de textos procuramos demonstrar um pouquinho do que foi a XXII SOCINE, bastante eclética, mas que correspondeu muito bem à chamada para trazer a reflexão dos acontecimentos políticos, sociais, culturais e artísticos do ano de 1968”. O livro leva o selo editorial da SOCINE e ficará disponível em nosso site para download na seção Livros.

XXII Socine 50 anos de maio de 68
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Tema do XXII encontro da Sociedade Brasileira de Estudos de Cinema e Audiovisual (SOCINE): “herança do maio de 1968 do ponto de vista do cinema, das novas redes de comunicação digital e da televisão”.

A Sociedade Brasileira de Estudos de Cinema e Audiovisual (SOCINE) repudia veementemente as manifestações recentes do governo federal contrárias a disciplinas das Humanidades como Filosofia ou Sociologia. Tais manifestações se constituem como ameaças inaceitáveis a áreas de conhecimento fundamentais que já convivem há anos com espaço reduzido nas políticas de financiamento de ensino e pesquisa no país.

A SOCINE considera que tais manifestações, além de desconhecerem a centralidade das Humanidades na construção da cidadania e no desenvolvimento do país, demonstram uma completa ausência de um projeto sério de educação e ciência.

Por isso, a SOCINE também assina a nota de repudio redigida pela ANPOF, disponível em:
http://www.anpof.org/portal/index.php/pt-BR/artigos-em-destaque/2075-nota-de-repudio-a-declaracoes-do-ministro-da-educacao-e-do-presidente-da-republica-sobre-as-faculdades-de-humanidades-nomeadamente-filosofia-e-sociologia

Diretoria SOCINE

Encerrou-se na última sexta, 19/04, o pagamento da anuidade e a submissão de trabalhos para o XXIII Encontro SOCINE que acontecerá de 08 a 11 de outubro na Unisinos, em Porto Alegre, RS. As propostas entram agora em período de avaliação e a divulgação dos trabalhos selecionados está prevista para o dia 10/06/2019.

Num momento em que a pesquisa brasileira sofre cortes, a SOCINE tem buscado reagir às dificuldades postas a toda área, implementando descontos a profissionais sem vínculo, criando novas formas de desligamento que possibilitam uma economia aos sócios e diminuindo a quantidade de anuidades atrasadas a serem pagas. Além disso, a escolha do tema deste ano levou em consideração a necessidade de refletirmos sobre preservação e memória audiovisual num período como este que vivemos. Por tudo isto, nos anima o fato do Encontro deste ano ter registrado o maior número de trabalhos submetidos nos últimos dez anos, totalizando 595 propostas enviadas. Em momentos de dificuldades como estes que o fortalecimento de nossa Sociedade e Encontro se faz cada vez mais importante e por isso, agradecemos a todas e todos que inscreveram seus trabalhos. Faremos mais um instigante e afetuoso Encontro, dessa vez em Porto Alegre.

Para finalizar, gostaríamos de informar aos sócios que não pagaram a anuidade, que é possível realizar o pagamento normalmente pelo sistema durante todo o ano. Para aqueles que buscam economizar, pode-se optar pelo Desligamento Parcial, que gera um desconto de 50% no valor da anuidade.

Para pagar e submeter os trabalhos é necessário que o sócio já cadastrado na Sociedade acesse nosso site socine.org.br e coloque seu CPF e sua senha no PAINEL DO ASSOCIADO.

Estando logado em nosso sistema, o sócio deverá clicar em MINHA CONTA e em seguida DADOS DE PAGAMENTO. Vai aparecer uma tela com o Histórico de pagamentos e ao lado Instruções de pagamento, onde é feito o processo via Paypal. Assim que o pagamento é realizado, aparece escrito PAGO no Histórico na coluna Anuidade 2019. Com isso é possível submeter o trabalho em seguida.

Para submeter a proposta de comunicação, você deve clicar em ENCONTROe em seguida INSCRIÇÃO. Abrirá uma tela com a explicação sobre cada uma das 4 modalidades e ao lado em Minha proposta você encontra os botões com as modalidades para se inscrever nelas. Você irá clicar naquela que você gostaria de enviar seu trabalho e preencher os campos. Depois de enviar a proposta você ainda pode edita-la até o encerramento do prazo. Após isso, a proposta entra em avaliação e não pode ser mais modificada.

Qualquer dúvida sobre o processo, entre em contato com a Secretaria pelo e-mail socine@socine.org.br