O XXIII Encontro SOCINE acontecerá na Unisinos, em Porto Alegre, de 08 a 11 de outubro de 2019.

A lista dos trabalhos aprovados pode ser acessada aqui. Os associados também podem checar a avaliação final de seus trabalhos pela sua área de associado.

Todos os aprovados precisam realizar o pagamento dentro do prazo para que sua participação seja confirmada. Os valores, após o primeiro prazo, terão acréscimos. O pagamento deverá ser feito pela área do associado, via Paypal.

Primeiro prazo: 10 de junho a 12 de julho – R$190,00 (profissionais) / R$95,00 (estudantes/profissionais sem vínculo)
Segundo prazo: 15 de julho a 26 de julho – R$220,00 (profissionais) / R$110,00 (estudantes/profissionais sem vínculo)
Prazo final: 29 de julho a 02 de agosto – R$260,00 (profissionais) / R$130,00 (estudantes/profissionais sem vínculo)

Tendo qualquer dúvida ou dificuldade, favor contatar a secretaria no e-mail socine@socine.org.br.

Ficha do Proponente

Proponente

    Thais Vanessa Lara (UNICAMP/FLUP)

Minicurrículo

    Doutoranda em Multimeios no Instituto de Artes da Universidade Estadual de Campinas em cotutela com o doutoramento em Estudos do Património da Universidade do Porto. Graduada em Comunicação Social – Rádio e TV (FEBASP) e Mestra em Multimeios (UNICAMP) com período sanduíche na Universidade Sorbonne Nouvelle – Paris 3. Bolsista FAPESP – Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo.

Ficha do Trabalho

Título

    Conversas ao pé do ouvido: vamos falar do museu de cinema?

Resumo

    Esta comunicação apresenta o resultado parcial de um levantamento realizado na base do periódico “Journal of Film Preservation” da Federação Internacional de Arquivos de Filmes sobre “film museum/musée du cinéma”. A partir dessa pesquisa foram selecionados 37 artigos que abordam o tema: cinema, museu e público. Objetiva-se investigar como a FIAF e as próprias instituições afiliadas se classificam com o intuito de aproximar as discussões internacionais do contexto brasileiro.

Resumo expandido

    A ideia de apresentar o cinema como tema de exposição não é recente, os objetos indicados como “não-fílmico” – equipamentos, figurinos, cartazes e outros documentos relacionados ao filme – foram exibidos com maior ou menor frequência ao longo do século XX. Nos últimos anos, entretanto, o filme em exposição tem seduzido artistas, cineastas e teóricos de cinema que intencionam compreender a representação dessas imagens no espaço museológico.

    Sem dúvidas, a exposição do cinema ou a formação de espaços museais tem sido tema de discussão, desde o princípio das cinematecas, e ampliou seu espectro de debate com a banalização das tecnologias digitais e a introdução das imagens em movimento nos museus de artes. O cinema “tornou-se o negócio de uma prática de museu” e assiste-se, hoje, a (re) criação de espaços museais associados às cinematecas ou a uma emancipação do museu de cinema. Stéphanie Louis (2013) parte do propósito que somente um estudo do que foi descrito como um museu do cinema tornaria possível definir as práticas do museu cinematográfico.

    Em 2014, na comemoração do centenário de um dos seus mais lendários fundadores, a Cinemateca Francesa inaugurou a exposição: “Le Musée Imaginaire d´Henri Langlois”. Como parte da programação, que envolveu uma sucessão de eventos, o curador e ex-diretor, Dominique Païni proferiu uma conferência sobre o processo de montagem da exposição enfatizando as noções de “tudo acessível” e “raridade” para construir seu discurso em torno do futuro das cinematecas e suas funções, em especial, quanto à difusão do acervo diante da “web” – a era digital.

    É exatamente a partir desse ponto decisivo, rede de acesso, que postula a mudança por qual passam as cinematecas, advertindo não existir mais convicção sobre a vocação dessas instituições e destaca que “as cinematecas não serão definidas somente do ponto de vista da coleção – raridade – , mas se distinguiram segundo sua capacidade de programar e colocar em cena sua coleção de “não-filme” – “o melhor do arquivo” (PAINI, 2014).

    Corroborando a tendência já enunciada, José Manuel, diretor da Cinemateca Portuguesa, afirmaria que “Morreu o cinema, viva aí o museu de cinema”. A frase mencionada numa comunicação sobre os públicos das instituições culturais contemporâneas, faz alusão a transição do cinema analógico para o digital que alterou e tem alterado não somente a forma de produção, exibição e preservação, mas também o consumo. E por consequência a difusão das obras fílmicas. A esse respeito, regressa-se a fala de Païni que categoricamente afirma “uma cinemateca, hoje, que não tenha, ou não planeje para o futuro, um espaço expositivo é deficiente no seu desenvolvimento e na sua procura por novos públicos e está mesmo condenada a extinção” (PAINI, 2014).

    Mas, afinal quais são as discussões estabelecidas no seio da Federação Internacional de Arquivos de Filmes (FIAF)? Existe alguma orientação normativa para/sobre esses museus? Quando utilizar o termo “de” ou “do” cinema? Qual o futuro dos museus de/do cinema?

    Ao mesmo tempo, é preciso sublinhar que a abrangência da nomenclatura e a dificuldade de se estabelecer parâmetros e definições se configuram em obstáculos que dificultam seu entendimento, principalmente, quando traduzidos para a língua portuguesa. Por exemplo, uma pesquisa pela palavra “cinema” no site MuseuBr (http://museus.cultura.gov.br) resultara em nove diferentes instituições do Museu do Cinema Carlos Scalla ao Museu do Festival de Cinema de Gramado.

    Esta comunicação apresenta o resultado parcial de um levantamento realizado base do periódico Journal of Film Preservation (JFP índex) da FIAF sobre film museum/musée du cinéma. A partir dessa pesquisa foram selecionados 37 artigos escritos, entre 1995 e 2018, que abordam o tema: cinema, museu e público. Objetiva-se investigar como a FIAF e as próprias instituições afiliadas atualmente se classificam com o intuito de aproximar as discussões internacionais do contexto brasileiro.

Bibliografia

    CERE, Rinella. An International Study of Film Museums. Londres : Routledge, 2019. (No prelo)
    COSTA, José Manuel. Ciclos de conferências preso por ter cão preso por não ter. Fundação Carmona e Costa, Lisboa. 15 de abril de 2016. Disponível em http://www.fundacaocarmona.org.pt/pt/ciclos_conferencias/2016.aspx
    LOUIS, Stéphanie-Emmanuelle. Le Musée au pluriel (1944-1968). Faire voir le patrimoine cinématographique en France à l’heure de l’expansion cinéphile. Tese de Doutorado. École de Hautes études en sciences sociales (EHESS), 2013.
    PAÏNI, Dominique. Conserver pour transmettre. Cinémathèque, n°2, novembre 1992, _______________. “Le Musée imaginaire d’Henri Langlois”. Conferência. Cinemateca Francesa, Paris. 14 de abril de 2014. Disponível em http://www.cinematheque.fr/video/261.html
    Periódicos
    Journal of Film Preservation (1995 -2018)
    Museum International. UNESCO: Paris, n.184. Vol. 46, n.4, 1994.
    Film History: An International Journal. Indiana University Press, vol.18, n.3, 2006.

O livro “XXII SOCINE: 50 anos do maio de 68”, organizado por Lisandro Nogueira e Cleomar Rocha já está disponível para download em nosso site. A obra é composta de 11 artigos que lidam com a temática do maio de 68 pela perspectiva do cinema, que foi o tema do XXII Encontro SOCINE realizado em Goiânia, em 2018. De acordo com os organizadores, “Não há dúvidas de que o tema foi, é, e será sempre instigante, ainda mais aos olhos de muitos que (sobre)viveram (a)os tempos de 68, especialmente no Brasil, e que durante o evento debateram e refletiram sobre o legado de tão importante período da história mundial para a contemporaneidade. Na presente coletânea de textos procuramos demonstrar um pouquinho do que foi a XXII SOCINE, bastante eclética, mas que correspondeu muito bem à chamada para trazer a reflexão dos acontecimentos políticos, sociais, culturais e artísticos do ano de 1968”. O livro leva o selo editorial da SOCINE e ficará disponível em nosso site para download na seção Livros.

XXII Socine 50 anos de maio de 68
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Tema do XXII encontro da Sociedade Brasileira de Estudos de Cinema e Audiovisual (SOCINE): “herança do maio de 1968 do ponto de vista do cinema, das novas redes de comunicação digital e da televisão”.

A Sociedade Brasileira de Estudos de Cinema e Audiovisual (SOCINE) repudia veementemente as manifestações recentes do governo federal contrárias a disciplinas das Humanidades como Filosofia ou Sociologia. Tais manifestações se constituem como ameaças inaceitáveis a áreas de conhecimento fundamentais que já convivem há anos com espaço reduzido nas políticas de financiamento de ensino e pesquisa no país.

A SOCINE considera que tais manifestações, além de desconhecerem a centralidade das Humanidades na construção da cidadania e no desenvolvimento do país, demonstram uma completa ausência de um projeto sério de educação e ciência.

Por isso, a SOCINE também assina a nota de repudio redigida pela ANPOF, disponível em:
http://www.anpof.org/portal/index.php/pt-BR/artigos-em-destaque/2075-nota-de-repudio-a-declaracoes-do-ministro-da-educacao-e-do-presidente-da-republica-sobre-as-faculdades-de-humanidades-nomeadamente-filosofia-e-sociologia

Diretoria SOCINE

Encerrou-se na última sexta, 19/04, o pagamento da anuidade e a submissão de trabalhos para o XXIII Encontro SOCINE que acontecerá de 08 a 11 de outubro na Unisinos, em Porto Alegre, RS. As propostas entram agora em período de avaliação e a divulgação dos trabalhos selecionados está prevista para o dia 10/06/2019.

Num momento em que a pesquisa brasileira sofre cortes, a SOCINE tem buscado reagir às dificuldades postas a toda área, implementando descontos a profissionais sem vínculo, criando novas formas de desligamento que possibilitam uma economia aos sócios e diminuindo a quantidade de anuidades atrasadas a serem pagas. Além disso, a escolha do tema deste ano levou em consideração a necessidade de refletirmos sobre preservação e memória audiovisual num período como este que vivemos. Por tudo isto, nos anima o fato do Encontro deste ano ter registrado o maior número de trabalhos submetidos nos últimos dez anos, totalizando 595 propostas enviadas. Em momentos de dificuldades como estes que o fortalecimento de nossa Sociedade e Encontro se faz cada vez mais importante e por isso, agradecemos a todas e todos que inscreveram seus trabalhos. Faremos mais um instigante e afetuoso Encontro, dessa vez em Porto Alegre.

Para finalizar, gostaríamos de informar aos sócios que não pagaram a anuidade, que é possível realizar o pagamento normalmente pelo sistema durante todo o ano. Para aqueles que buscam economizar, pode-se optar pelo Desligamento Parcial, que gera um desconto de 50% no valor da anuidade.

Para pagar e submeter os trabalhos é necessário que o sócio já cadastrado na Sociedade acesse nosso site socine.org.br e coloque seu CPF e sua senha no PAINEL DO ASSOCIADO.

Estando logado em nosso sistema, o sócio deverá clicar em MINHA CONTA e em seguida DADOS DE PAGAMENTO. Vai aparecer uma tela com o Histórico de pagamentos e ao lado Instruções de pagamento, onde é feito o processo via Paypal. Assim que o pagamento é realizado, aparece escrito PAGO no Histórico na coluna Anuidade 2019. Com isso é possível submeter o trabalho em seguida.

Para submeter a proposta de comunicação, você deve clicar em ENCONTROe em seguida INSCRIÇÃO. Abrirá uma tela com a explicação sobre cada uma das 4 modalidades e ao lado em Minha proposta você encontra os botões com as modalidades para se inscrever nelas. Você irá clicar naquela que você gostaria de enviar seu trabalho e preencher os campos. Depois de enviar a proposta você ainda pode edita-la até o encerramento do prazo. Após isso, a proposta entra em avaliação e não pode ser mais modificada.

Qualquer dúvida sobre o processo, entre em contato com a Secretaria pelo e-mail socine@socine.org.br