O XXIII Encontro SOCINE acontecerá na Unisinos, em Porto Alegre, de 08 a 11 de outubro de 2019.

A lista dos trabalhos aprovados pode ser acessada aqui. Os associados também podem checar a avaliação final de seus trabalhos pela sua área de associado.

Todos os aprovados precisam realizar o pagamento dentro do prazo para que sua participação seja confirmada. Os valores, após o primeiro prazo, terão acréscimos. O pagamento deverá ser feito pela área do associado, via Paypal.

Primeiro prazo: 10 de junho a 12 de julho – R$190,00 (profissionais) / R$95,00 (estudantes/profissionais sem vínculo)
Segundo prazo: 15 de julho a 26 de julho – R$220,00 (profissionais) / R$110,00 (estudantes/profissionais sem vínculo)
Prazo final: 29 de julho a 02 de agosto – R$260,00 (profissionais) / R$130,00 (estudantes/profissionais sem vínculo)

Tendo qualquer dúvida ou dificuldade, favor contatar a secretaria no e-mail socine@socine.org.br.

Ficha do Proponente

Proponente

    Carla Conceição da Silva Paiva (UNEB)

Minicurrículo

    Doutora em Multimeios pela UNICAMP e Professora Adjunta na UNEB, atuando na graduação em jornalismo e mestrado em Educação, Cultura e Territórios Semiáridos. Pesquisa as questões sobre identidade de gênero, sexualidade e Nordeste nas narrativas audiovisuais.

Ficha do Trabalho

Título

    GÊNERO, RACISMO E EDUCAÇÃO EM DIÁRIOS DE CLASSE (2017)

Resumo

    Diários de classe (2017), de Maria Carolina e Igor Souza, é um documentário que acompanha o cotidiano de alunas de centros de alfabetização para adultos em Salvador. Nosso trabalho, parte de uma investigação sobre os tipos de representações sociais construídas das mulheres negras no cinema contemporâneo brasileiro, realizará uma análise fílmica acerca das questões atribuídas ao ser mulher negra, a partir das desigualdades sociais, resultantes das relações de gênero, classe e raça.

Resumo expandido

    Diários de classe (2017) é um documentário independente d@s diretor@s Maria Carolina e Igor Souza que acompanham o cotidiano de três alunas de centros de alfabetização para adultos em Salvador – BA. Entre todas as desigualdades sociais, resultantes das relações de gênero e raça, essa produção escolhe abordar a educação feminina. Nossas primeiras observações, com base na leitura de autoras como Rosemberg (2012); Bispo e Macêdo (2014) e Ribeiro (2018), indicam que se trata de um filme que colabora com discussões oportunas sobre gênero, feminismo negro, racismo, transsexualidade, justiça e educação, tudo saindo da boca das três protagonistas que amplia suas vozes, para além da revolta e do medo, refletindo e agindo contra as posições sócio-históricas forçosamente impostas a ambas também pelas relações de gênero e classe (SAFFIOTI, 1992). Tifany Moura é uma adolescente que vive num abrigo público e está em sua trajetória de descoberta com a transsexualidade. A segunda é Vânia Costa, uma mãe encarcerada que tenta aprender o Código Penal para se defender no Tribunal, uma vez que ainda não teve acesso a assistência jurídica. E, por fim, Maria José Santana, que concilia o trabalho de doméstica com os estudos. Diários de classe ainda observa as dificuldades de se aprender e ensinar, demonstrando como as mulheres, que estão no lugar da educação básica, tanto como professoras, diretoras e estudantes (LOURO, 1994), assumem papéis que vão além de educadoras, são conselheiras e incentivadoras de uma silenciosa revolução social (AREND, 2012). Face ao exposto, nosso trabalho, que é parte de uma investigação sobre os tipos de representações sociais que estão sendo construídas das mulheres negras no documentário contemporâneo brasileiro, realizará uma análise fílmica acerca das questões atribuídas ao ser mulher negra, a partir do contexto histórico do feminismo negro, buscando nessa narrativa audiovisual algumas respostas para tantos questionamentos que o processo histórico direciona a esse grupo social.

Bibliografia

    AREND, S. Trabalho, escola e lazer. In: PINSKY, C. B. E PEDRO, J. M. (Org.) Nova história das mulheres. São Paulo: Contexto, 2012.
    BISPO, S. e MACÊDO, M. Mulheres negras: ativismo e paradoxos na luta antirracista e antissexista na Bahia. In: SOUZA, Â. M. F. de L. e ARAS, L. B. de (Org.) Mulheres e movimentos: estudos interdisciplinares de gênero. Salvador: EDUFBA: NEIM, 2014.
    LOURO, G. Mulheres na sala de aula. In: PRIORE, M. D. (Org.) História das mulheres no Brasil. São Paulo: Contexto, 2011.
    MOREIRA, N. A organização das feministas negras no Brasil. Vitória da Conquista, BA: UESB, 2018.
    RIBEIRO, D. O que é lugar de fala? Belo Horizonte: Letramento: Justificando, 2017.
    ROSEMBERG, F. Mulheres educadas e a educação de mulheres. In: PINSKY, C. B. E PEDRO, J. M. (Org.). Nova história das mulheres. São Paulo: Contexto, 2012.
    SAFFIOTTI. H. Rearticulando gênero e classe social. In: COSTA, A. O. ; Bruschini, C. (Orgs.) Uma questão de gênero. São Paulo ; Rio de Janeiro: Rosa dos Tempos, 1992.

O livro “XXII SOCINE: 50 anos do maio de 68”, organizado por Lisandro Nogueira e Cleomar Rocha já está disponível para download em nosso site. A obra é composta de 11 artigos que lidam com a temática do maio de 68 pela perspectiva do cinema, que foi o tema do XXII Encontro SOCINE realizado em Goiânia, em 2018. De acordo com os organizadores, “Não há dúvidas de que o tema foi, é, e será sempre instigante, ainda mais aos olhos de muitos que (sobre)viveram (a)os tempos de 68, especialmente no Brasil, e que durante o evento debateram e refletiram sobre o legado de tão importante período da história mundial para a contemporaneidade. Na presente coletânea de textos procuramos demonstrar um pouquinho do que foi a XXII SOCINE, bastante eclética, mas que correspondeu muito bem à chamada para trazer a reflexão dos acontecimentos políticos, sociais, culturais e artísticos do ano de 1968”. O livro leva o selo editorial da SOCINE e ficará disponível em nosso site para download na seção Livros.

XXII Socine 50 anos de maio de 68
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Tema do XXII encontro da Sociedade Brasileira de Estudos de Cinema e Audiovisual (SOCINE): “herança do maio de 1968 do ponto de vista do cinema, das novas redes de comunicação digital e da televisão”.

A Sociedade Brasileira de Estudos de Cinema e Audiovisual (SOCINE) repudia veementemente as manifestações recentes do governo federal contrárias a disciplinas das Humanidades como Filosofia ou Sociologia. Tais manifestações se constituem como ameaças inaceitáveis a áreas de conhecimento fundamentais que já convivem há anos com espaço reduzido nas políticas de financiamento de ensino e pesquisa no país.

A SOCINE considera que tais manifestações, além de desconhecerem a centralidade das Humanidades na construção da cidadania e no desenvolvimento do país, demonstram uma completa ausência de um projeto sério de educação e ciência.

Por isso, a SOCINE também assina a nota de repudio redigida pela ANPOF, disponível em:
http://www.anpof.org/portal/index.php/pt-BR/artigos-em-destaque/2075-nota-de-repudio-a-declaracoes-do-ministro-da-educacao-e-do-presidente-da-republica-sobre-as-faculdades-de-humanidades-nomeadamente-filosofia-e-sociologia

Diretoria SOCINE

Encerrou-se na última sexta, 19/04, o pagamento da anuidade e a submissão de trabalhos para o XXIII Encontro SOCINE que acontecerá de 08 a 11 de outubro na Unisinos, em Porto Alegre, RS. As propostas entram agora em período de avaliação e a divulgação dos trabalhos selecionados está prevista para o dia 10/06/2019.

Num momento em que a pesquisa brasileira sofre cortes, a SOCINE tem buscado reagir às dificuldades postas a toda área, implementando descontos a profissionais sem vínculo, criando novas formas de desligamento que possibilitam uma economia aos sócios e diminuindo a quantidade de anuidades atrasadas a serem pagas. Além disso, a escolha do tema deste ano levou em consideração a necessidade de refletirmos sobre preservação e memória audiovisual num período como este que vivemos. Por tudo isto, nos anima o fato do Encontro deste ano ter registrado o maior número de trabalhos submetidos nos últimos dez anos, totalizando 595 propostas enviadas. Em momentos de dificuldades como estes que o fortalecimento de nossa Sociedade e Encontro se faz cada vez mais importante e por isso, agradecemos a todas e todos que inscreveram seus trabalhos. Faremos mais um instigante e afetuoso Encontro, dessa vez em Porto Alegre.

Para finalizar, gostaríamos de informar aos sócios que não pagaram a anuidade, que é possível realizar o pagamento normalmente pelo sistema durante todo o ano. Para aqueles que buscam economizar, pode-se optar pelo Desligamento Parcial, que gera um desconto de 50% no valor da anuidade.

Para pagar e submeter os trabalhos é necessário que o sócio já cadastrado na Sociedade acesse nosso site socine.org.br e coloque seu CPF e sua senha no PAINEL DO ASSOCIADO.

Estando logado em nosso sistema, o sócio deverá clicar em MINHA CONTA e em seguida DADOS DE PAGAMENTO. Vai aparecer uma tela com o Histórico de pagamentos e ao lado Instruções de pagamento, onde é feito o processo via Paypal. Assim que o pagamento é realizado, aparece escrito PAGO no Histórico na coluna Anuidade 2019. Com isso é possível submeter o trabalho em seguida.

Para submeter a proposta de comunicação, você deve clicar em ENCONTROe em seguida INSCRIÇÃO. Abrirá uma tela com a explicação sobre cada uma das 4 modalidades e ao lado em Minha proposta você encontra os botões com as modalidades para se inscrever nelas. Você irá clicar naquela que você gostaria de enviar seu trabalho e preencher os campos. Depois de enviar a proposta você ainda pode edita-la até o encerramento do prazo. Após isso, a proposta entra em avaliação e não pode ser mais modificada.

Qualquer dúvida sobre o processo, entre em contato com a Secretaria pelo e-mail socine@socine.org.br