O XXIII Encontro SOCINE acontecerá na Unisinos, em Porto Alegre, de 08 a 11 de outubro de 2019.

A lista dos trabalhos aprovados pode ser acessada aqui. Os associados também podem checar a avaliação final de seus trabalhos pela sua área de associado.

Todos os aprovados precisam realizar o pagamento dentro do prazo para que sua participação seja confirmada. Os valores, após o primeiro prazo, terão acréscimos. O pagamento deverá ser feito pela área do associado, via Paypal.

Primeiro prazo: 10 de junho a 12 de julho – R$190,00 (profissionais) / R$95,00 (estudantes/profissionais sem vínculo)
Segundo prazo: 15 de julho a 26 de julho – R$220,00 (profissionais) / R$110,00 (estudantes/profissionais sem vínculo)
Prazo final: 29 de julho a 02 de agosto – R$260,00 (profissionais) / R$130,00 (estudantes/profissionais sem vínculo)

Tendo qualquer dúvida ou dificuldade, favor contatar a secretaria no e-mail socine@socine.org.br.

Ficha do Proponente

Proponente

    Leonardo Cesar Alves Moreira (UFRJ)

Minicurrículo

    Pedagogo (UFRJ) e mestrando em Educação pelo PPGE/UFRJ. É membro do Programa de Ensino, Pesquisa e Extensão CINEAD/UFRJ – Cinema para Aprender e Desaprender, onde atua em suas escolas de cinema desde 2015. Atualmente é professor substituto da Escola de Educação Infantil da UFRJ.

Ficha do Trabalho

Título

    Experiências de iniciação ao cinema numa escola de favela carioca

Seminário

    Cinema e Educação

Resumo

    O ensaio apresenta alguns do movimentos para a experiência de iniciação ao cinema com estudantes de uma escola pública municipal de favela, da cidade do Rio de Janeiro. Tratam-se de 6 aulas que foram sendo inventadas e experimentadas ao longo do próprio percurso. E que centradas nos gestos de assistir, fazer e exibir as produções fílmicas, produziram uma experiência criada junto aos estudantes. Pretendemos nesse texto, algumas reflexões em torno desses movimentos.

Resumo expandido

    Esse ensaio surge em conjunto a experiências de iniciação ao cinema do CINEAD (FE/PPGE/UFRJ). Onde nos debruçamos no campo educacional, dentro e fora da escola, desenvolvendo os gestos de assistir, fazer e exibir as produções fílmicas com, e para o diversificado público que participa dos cineclubes e da prática de exercícios de “fazer” cinema.
    Partimos de uma concepção que enxerga os filmes como obras de arte e cultura (BERGALA, 2008) e de uma Pedagogia da Criação (Ibidem, 2008), como capacidade de ampliação da imaginação através da valorização dos processos criativos. Partilhamos, também, da noção de igualdade de inteligências (RANCIÈRE, 2002) entre os sujeitos envolvidos, como ponto de partida para assistirmos criativamente às obras.
    Nesta escrita, procuramos partilhar de reflexões sobre os gestos cinematográficos supracitados com estudantes da rede pública de ensino. Onde refletimos sobre experiências de criação e realização de aulas de iniciação ao cinema com estudantes entre 9 e 14 anos, do segundo segmento da educação básica de uma escola municipal de uma favela da zona sul da cidade do Rio de Janeiro.
    Nossos esforços se concentram em algumas apostas, que nos caminhos com cinema e educação, reverberam reflexões sobre os campos do currículo, da docência e da linguagem.
    A primeira aposta está na criação de aulas de iniciação ao cinema. Essas aulas emergem como um conjunto de inspirações, que implicam na escolhas dos filmes/ fragmentos exibidos. Além de exercícios de iniciação ao cinema (BERGALA, 2008; FRESQUET, 2014), que junto a algumas regras do jogo e de motivos visuais do cinema (BALLÓ et. BERGALA, 2016) manifestam possíveis gestos de criação.
    A segunda, está na forma como o processo foi sendo realizado. À medida como experimentávamos cada aula, e esta prática levava a diferentes desafios. Gerando uma composição de aulas desenhadas semanalmente.
    A terceira, é de que as apostas acima só são válidas se inventarmos e experimentarmos essas aulas com o público. O público em questão, são os estudantes, que compartilharam conosco dos movimentos de assistir, fazer e exibir aos filmes.
    Essa relação entre inventar e experimentar se dá no percurso de pesquisa realizado, uma vez que é indissociável das ações arquitetadas e realizadas na escola. Durante o período de aproximadamente 3 meses numa pequena sala com projetor, um computador, uma caixa de som e algumas cadeiras enfileiradas, procurávamos inventar um outro espaço-tempo na escola através das relações que se davam entre nós. Semanalmente, pela manhã, dispúnhamos de um curto tempo para exibir filmes e realizar algumas experiências práticas de “fazimento” de cinema. Foi nesse contexto que inventamos e experimentamos um conjunto de 6 aulas, que se manifestam em possíveis linhas de fuga dentro da concepção de ensino vigente.
    Nessa experiência, à cada aula, procuramos nos concentrar em três movimentos com os/as estudantes: o primeiro, voltado a assistirmos aos fragmentos de filmes e/ou curta-metragens coletivamente. Neste momento, procurando exercitar nossos pontos de vista e de escuta através da análise criativa de planos e cenas (BERGALA, 2008). Em geral, assistíamos aos fragmentos/filmes procurando perceber novos e diferentes elementos a cada exibição; no segundo, focamos na realização de exercícios práticos de iniciação ao cinema (BERGALA, 2008; FRESQUET, 2014). Sendo acrescido do desafio de filmar a partir de regras do jogo acordadas com o grupo. Através desses gestos, presumem-se a passagem ao ato (BERGALA, 2008), envolvendo a realização de filmes; e por fim, a terceira, onde acontece a exibição dos filmes criados pelos/as estudantes para o próprio grupo, seguido da observação/ escuta criativa, refletindo coletivamente sobre os gestos de eleição, disposição e ataque (BERGALA, 2008). Partimos, portanto, dos movimentos de assistir, fazer e exibir filmes como pilares desta experiência com cinema e educação na escola.

Bibliografia

    BALLÓ, Jordi & BERGALA, Alain. Motivos Visuales del Cine. Barcelona: Galaxia Gutemberg, 2016.

    BERGALA, Alain. A hipótese-cinema: pequeno tratado de transmissão do cinema dentro e fora da escola. Rio de Janeiro: Booklink; CINEAD/UFRJ, 2008.

    FRESQUET, Adriana. Cinema e educação: reflexões e experiências com professores e estudantes de educação básica, dentro e “fora” da escola. Belo Horizonte: Autêntica, 2013. (Coleção Alteridade e Criação, 2).

    FRESQUET, Adriana. Princípios e propostas para uma introdução ao cinema com professores e estudantes: a experiência do CINEAD/UFRJ. In: BARBOSA, Maria Carmen Silveira; SANTOS, Maria Angélica. (Org.). Escritos de Alfabetização Audiovisual. Porto Alegre: Libretos, 2014. cap. 1, p. 68-85.

    RANCIÈRE, Jacques. O mestre ignorante: Cinco lições sobre a emancipação intelectual. Belo Horizonte: Autêntica; 2002.

    RANCIÉRE, Jacques. O espectador emancipado. São Paulo: Editora WMF Martins Fontes, 2012.

O livro “XXII SOCINE: 50 anos do maio de 68”, organizado por Lisandro Nogueira e Cleomar Rocha já está disponível para download em nosso site. A obra é composta de 11 artigos que lidam com a temática do maio de 68 pela perspectiva do cinema, que foi o tema do XXII Encontro SOCINE realizado em Goiânia, em 2018. De acordo com os organizadores, “Não há dúvidas de que o tema foi, é, e será sempre instigante, ainda mais aos olhos de muitos que (sobre)viveram (a)os tempos de 68, especialmente no Brasil, e que durante o evento debateram e refletiram sobre o legado de tão importante período da história mundial para a contemporaneidade. Na presente coletânea de textos procuramos demonstrar um pouquinho do que foi a XXII SOCINE, bastante eclética, mas que correspondeu muito bem à chamada para trazer a reflexão dos acontecimentos políticos, sociais, culturais e artísticos do ano de 1968”. O livro leva o selo editorial da SOCINE e ficará disponível em nosso site para download na seção Livros.

XXII Socine 50 anos de maio de 68
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Tema do XXII encontro da Sociedade Brasileira de Estudos de Cinema e Audiovisual (SOCINE): “herança do maio de 1968 do ponto de vista do cinema, das novas redes de comunicação digital e da televisão”.

A Sociedade Brasileira de Estudos de Cinema e Audiovisual (SOCINE) repudia veementemente as manifestações recentes do governo federal contrárias a disciplinas das Humanidades como Filosofia ou Sociologia. Tais manifestações se constituem como ameaças inaceitáveis a áreas de conhecimento fundamentais que já convivem há anos com espaço reduzido nas políticas de financiamento de ensino e pesquisa no país.

A SOCINE considera que tais manifestações, além de desconhecerem a centralidade das Humanidades na construção da cidadania e no desenvolvimento do país, demonstram uma completa ausência de um projeto sério de educação e ciência.

Por isso, a SOCINE também assina a nota de repudio redigida pela ANPOF, disponível em:
http://www.anpof.org/portal/index.php/pt-BR/artigos-em-destaque/2075-nota-de-repudio-a-declaracoes-do-ministro-da-educacao-e-do-presidente-da-republica-sobre-as-faculdades-de-humanidades-nomeadamente-filosofia-e-sociologia

Diretoria SOCINE

Encerrou-se na última sexta, 19/04, o pagamento da anuidade e a submissão de trabalhos para o XXIII Encontro SOCINE que acontecerá de 08 a 11 de outubro na Unisinos, em Porto Alegre, RS. As propostas entram agora em período de avaliação e a divulgação dos trabalhos selecionados está prevista para o dia 10/06/2019.

Num momento em que a pesquisa brasileira sofre cortes, a SOCINE tem buscado reagir às dificuldades postas a toda área, implementando descontos a profissionais sem vínculo, criando novas formas de desligamento que possibilitam uma economia aos sócios e diminuindo a quantidade de anuidades atrasadas a serem pagas. Além disso, a escolha do tema deste ano levou em consideração a necessidade de refletirmos sobre preservação e memória audiovisual num período como este que vivemos. Por tudo isto, nos anima o fato do Encontro deste ano ter registrado o maior número de trabalhos submetidos nos últimos dez anos, totalizando 595 propostas enviadas. Em momentos de dificuldades como estes que o fortalecimento de nossa Sociedade e Encontro se faz cada vez mais importante e por isso, agradecemos a todas e todos que inscreveram seus trabalhos. Faremos mais um instigante e afetuoso Encontro, dessa vez em Porto Alegre.

Para finalizar, gostaríamos de informar aos sócios que não pagaram a anuidade, que é possível realizar o pagamento normalmente pelo sistema durante todo o ano. Para aqueles que buscam economizar, pode-se optar pelo Desligamento Parcial, que gera um desconto de 50% no valor da anuidade.

Para pagar e submeter os trabalhos é necessário que o sócio já cadastrado na Sociedade acesse nosso site socine.org.br e coloque seu CPF e sua senha no PAINEL DO ASSOCIADO.

Estando logado em nosso sistema, o sócio deverá clicar em MINHA CONTA e em seguida DADOS DE PAGAMENTO. Vai aparecer uma tela com o Histórico de pagamentos e ao lado Instruções de pagamento, onde é feito o processo via Paypal. Assim que o pagamento é realizado, aparece escrito PAGO no Histórico na coluna Anuidade 2019. Com isso é possível submeter o trabalho em seguida.

Para submeter a proposta de comunicação, você deve clicar em ENCONTROe em seguida INSCRIÇÃO. Abrirá uma tela com a explicação sobre cada uma das 4 modalidades e ao lado em Minha proposta você encontra os botões com as modalidades para se inscrever nelas. Você irá clicar naquela que você gostaria de enviar seu trabalho e preencher os campos. Depois de enviar a proposta você ainda pode edita-la até o encerramento do prazo. Após isso, a proposta entra em avaliação e não pode ser mais modificada.

Qualquer dúvida sobre o processo, entre em contato com a Secretaria pelo e-mail socine@socine.org.br