O XXIII Encontro SOCINE acontecerá na Unisinos, em Porto Alegre, de 08 a 11 de outubro de 2019.

A lista dos trabalhos aprovados pode ser acessada aqui. Os associados também podem checar a avaliação final de seus trabalhos pela sua área de associado.

Todos os aprovados precisam realizar o pagamento dentro do prazo para que sua participação seja confirmada. Os valores, após o primeiro prazo, terão acréscimos. O pagamento deverá ser feito pela área do associado, via Paypal.

Primeiro prazo: 10 de junho a 12 de julho – R$190,00 (profissionais) / R$95,00 (estudantes/profissionais sem vínculo)
Segundo prazo: 15 de julho a 26 de julho – R$220,00 (profissionais) / R$110,00 (estudantes/profissionais sem vínculo)
Prazo final: 29 de julho a 02 de agosto – R$260,00 (profissionais) / R$130,00 (estudantes/profissionais sem vínculo)

Tendo qualquer dúvida ou dificuldade, favor contatar a secretaria no e-mail socine@socine.org.br.

Ficha do Proponente

Proponente

    Gustavo Padovani (UNICAMP)

Minicurrículo

    Gustavo Padovani é jornalista, especialista em gestão em Marketing pela Fundação Getulio Vargas e doutorando em Multimeios pela UNICAMP. É professor na Especialização em Produção de Conteúdo Audiovisual para Multiplataformas (EAM) da UFScar e na Pós-Graduação em Administração de Empresas da FGV / UniSEB.

Ficha do Trabalho

Título

    A inovação na cadeia produtiva do audiovisual brasileiro contemporâneo

Resumo

    O trabalho pretende discutir a noção de inovação aplicada a cadeia produtiva do audiovisual contemporâneo no Brasil. O estudo utilizará a Propriedade Intelectual (PI) como ponto de partida para uma investigação cartográfica das produções audiovisuais contemporâneas para auxiliar na discussão e no desenvolvimento de parâmetros para o conceito de inovação.

Resumo expandido

    Os conteúdos audiovisuais e de outras artes no século XXI, passaram por grandes mudanças estruturais que afetaram o tradicional tripé do cinema: produção, distribuição e exibição. Ao tornar-se majoritariamente digitalizado, o cinema passou a possuir uma relação cada vez mais imbricada com a tecnologia, trazendo à tona novas questões que não podem ser condicionadas a um reducionismo tecnológico e não devem ser entendidas apenas como uma simples mudança na forma de consumo.
    Ao analisarmos as formas de criação e circulação do audiovisual, é possível identificar que o cinema é dotado de descontinuidades e rupturas não-lineares, principalmente, em sua relação com as mídias convergentes que surgiram ao longo do tempo (ELSAESSER, 2018). Como aponta Bazin ao questionar a ordem tecnicista de algumas análises sobre a historiografia do cinema, “uma realização aproximativa e complicada da ideia precede, quase sempre, a descoberta industrial que é a única a poder tornar viável a sua aplicação prática.” (BAZIN, 1991, p.27-28). Embora não nomeado desta forma, a descrição de Bazin é análoga a um processo de inovação: um dispositivo de criação imaginado que, ao materializar-se, torna-se uma descoberta disruptiva com as estruturas preexistentes.
    Em sua perspectiva econômica, Schumpeter (1991) considera a inovação um processo de destruição criativa contido em descobertas científicas, aberturas de novos mercados, criações de novos produtos ou em novas formas de produções. Assim como sua aplicação a qualquer campo do conhecimento, a inovação é um conceito que depende de um referencial relacional, uma prática ou uma constatação para que pensemos então em que medida, tempo ou processo ocorre seu ponto de ruptura. Além disso, a inovação também emerge por meio da aceitação dos sujeitos implicados por ela nos meios em que atuam, pois como explicita Howard Becker sobre o mundo das artes, “as inovações que suscitam vitórias institucionais são as que conseguiram criar em seu torno todo o aparato de um mundo da arte que mobilizaram pessoas em número suficiente para cooperar regularmente e que lograram promover novas ideias.” (BECKER, 1982, p.249)
    Ao buscar uma conexão entre a inovação e a cadeia produtiva do audiovisual brasileiro, se torna essencial o entendimento de um certo “estado das coisas”. Ainda que essas estruturas de produção sejam atravessadas por tensões e instabilidades nos modelos de financiamento (IKEDA, 2015), é preciso identificar os projetos que se tornam desvios dentro de um certo modelo padrão entre os esforços coletivos para mobilizar recursos para a realização e distribuição dessas obras, principalmente, porque a atividade cinematográfica depende diretamente de um “confronto do ato criador com uma práxis econômica” (CRETON, 1994, p. 11)
    Ao pensar no trinômio tecnologia, audiovisual e inovação, a Propriedade Intelectual (PI) se apresenta como um ponto de partida possível para a investigação, uma vez que grande parte dos projetos audiovisuais inicia-se na tradição secular da escrita para então ser materializado nos processos de produção, distribuição e exibição. Ao entender a PI como um dos “ativos mais valiosos que um produtor pode ter em suas mãos quando aborda o financiamento do projeto de uma película” (RAMZI et al, 2008 p.38), é possível questionarmos como a inovação atravessa os mais diversos tipos de realizadores brasileiros do audiovisual através de novas práticas de produção e negociações em suas relações com os novos ambientes e plataformas midiáticas.
    Em um estágio inicial de pesquisa, a presente proposta pretende cartografar as produções que apresentam características inovadoras para tecer, em paralelo, uma revisão conceitual que auxiliará na construção de parâmetros sobre a inovação no campo do audiovisual brasileiro.

Bibliografia

    BECKER, Howard. Mundos da Arte. Livros Horizonte: Lisboa. 2010.
    BAZIN, André. O Cinema – Ensaios. Editora Brasiliense: São Paulo. 1985.
    CRETON, Laurent. Economie du cinéma et de l’audiovisuel. Paris: Armand Colin, 1994.
    ELSAESSER, Thomas. Cinema como arqueologia das mídias. Editora Senac. São Paulo. 2018
    IKEDA, Marcelo. Cinema Brasileiro a Partir da Retomada: Aspectos Políticos e Econômicos. São Paulo: Summus Editorial. 2015.
    RAMZI et Al: ¡Derechos, cámara, acción! Los derechos de propiedad intelectual y el proceso cinematográfico. Organización Mundial de La Propried Intectual. 2007.
    SCHUMPETER, Joseph. Teoria do desenvolvimento econômico: uma investigação sobre lucros, capital, crédito, juro e o ciclo econômico. São Paulo: Editora Nova Cultural. 1991.

O livro “XXII SOCINE: 50 anos do maio de 68”, organizado por Lisandro Nogueira e Cleomar Rocha já está disponível para download em nosso site. A obra é composta de 11 artigos que lidam com a temática do maio de 68 pela perspectiva do cinema, que foi o tema do XXII Encontro SOCINE realizado em Goiânia, em 2018. De acordo com os organizadores, “Não há dúvidas de que o tema foi, é, e será sempre instigante, ainda mais aos olhos de muitos que (sobre)viveram (a)os tempos de 68, especialmente no Brasil, e que durante o evento debateram e refletiram sobre o legado de tão importante período da história mundial para a contemporaneidade. Na presente coletânea de textos procuramos demonstrar um pouquinho do que foi a XXII SOCINE, bastante eclética, mas que correspondeu muito bem à chamada para trazer a reflexão dos acontecimentos políticos, sociais, culturais e artísticos do ano de 1968”. O livro leva o selo editorial da SOCINE e ficará disponível em nosso site para download na seção Livros.

XXII Socine 50 anos de maio de 68
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Tema do XXII encontro da Sociedade Brasileira de Estudos de Cinema e Audiovisual (SOCINE): “herança do maio de 1968 do ponto de vista do cinema, das novas redes de comunicação digital e da televisão”.

A Sociedade Brasileira de Estudos de Cinema e Audiovisual (SOCINE) repudia veementemente as manifestações recentes do governo federal contrárias a disciplinas das Humanidades como Filosofia ou Sociologia. Tais manifestações se constituem como ameaças inaceitáveis a áreas de conhecimento fundamentais que já convivem há anos com espaço reduzido nas políticas de financiamento de ensino e pesquisa no país.

A SOCINE considera que tais manifestações, além de desconhecerem a centralidade das Humanidades na construção da cidadania e no desenvolvimento do país, demonstram uma completa ausência de um projeto sério de educação e ciência.

Por isso, a SOCINE também assina a nota de repudio redigida pela ANPOF, disponível em:
http://www.anpof.org/portal/index.php/pt-BR/artigos-em-destaque/2075-nota-de-repudio-a-declaracoes-do-ministro-da-educacao-e-do-presidente-da-republica-sobre-as-faculdades-de-humanidades-nomeadamente-filosofia-e-sociologia

Diretoria SOCINE

Encerrou-se na última sexta, 19/04, o pagamento da anuidade e a submissão de trabalhos para o XXIII Encontro SOCINE que acontecerá de 08 a 11 de outubro na Unisinos, em Porto Alegre, RS. As propostas entram agora em período de avaliação e a divulgação dos trabalhos selecionados está prevista para o dia 10/06/2019.

Num momento em que a pesquisa brasileira sofre cortes, a SOCINE tem buscado reagir às dificuldades postas a toda área, implementando descontos a profissionais sem vínculo, criando novas formas de desligamento que possibilitam uma economia aos sócios e diminuindo a quantidade de anuidades atrasadas a serem pagas. Além disso, a escolha do tema deste ano levou em consideração a necessidade de refletirmos sobre preservação e memória audiovisual num período como este que vivemos. Por tudo isto, nos anima o fato do Encontro deste ano ter registrado o maior número de trabalhos submetidos nos últimos dez anos, totalizando 595 propostas enviadas. Em momentos de dificuldades como estes que o fortalecimento de nossa Sociedade e Encontro se faz cada vez mais importante e por isso, agradecemos a todas e todos que inscreveram seus trabalhos. Faremos mais um instigante e afetuoso Encontro, dessa vez em Porto Alegre.

Para finalizar, gostaríamos de informar aos sócios que não pagaram a anuidade, que é possível realizar o pagamento normalmente pelo sistema durante todo o ano. Para aqueles que buscam economizar, pode-se optar pelo Desligamento Parcial, que gera um desconto de 50% no valor da anuidade.

Para pagar e submeter os trabalhos é necessário que o sócio já cadastrado na Sociedade acesse nosso site socine.org.br e coloque seu CPF e sua senha no PAINEL DO ASSOCIADO.

Estando logado em nosso sistema, o sócio deverá clicar em MINHA CONTA e em seguida DADOS DE PAGAMENTO. Vai aparecer uma tela com o Histórico de pagamentos e ao lado Instruções de pagamento, onde é feito o processo via Paypal. Assim que o pagamento é realizado, aparece escrito PAGO no Histórico na coluna Anuidade 2019. Com isso é possível submeter o trabalho em seguida.

Para submeter a proposta de comunicação, você deve clicar em ENCONTROe em seguida INSCRIÇÃO. Abrirá uma tela com a explicação sobre cada uma das 4 modalidades e ao lado em Minha proposta você encontra os botões com as modalidades para se inscrever nelas. Você irá clicar naquela que você gostaria de enviar seu trabalho e preencher os campos. Depois de enviar a proposta você ainda pode edita-la até o encerramento do prazo. Após isso, a proposta entra em avaliação e não pode ser mais modificada.

Qualquer dúvida sobre o processo, entre em contato com a Secretaria pelo e-mail socine@socine.org.br