O XXIII Encontro SOCINE acontecerá na Unisinos, em Porto Alegre, de 08 a 11 de outubro de 2019.

A lista dos trabalhos aprovados pode ser acessada aqui. Os associados também podem checar a avaliação final de seus trabalhos pela sua área de associado.

Todos os aprovados precisam realizar o pagamento dentro do prazo para que sua participação seja confirmada. Os valores, após o primeiro prazo, terão acréscimos. O pagamento deverá ser feito pela área do associado, via Paypal.

Primeiro prazo: 10 de junho a 12 de julho – R$190,00 (profissionais) / R$95,00 (estudantes/profissionais sem vínculo)
Segundo prazo: 15 de julho a 26 de julho – R$220,00 (profissionais) / R$110,00 (estudantes/profissionais sem vínculo)
Prazo final: 29 de julho a 02 de agosto – R$260,00 (profissionais) / R$130,00 (estudantes/profissionais sem vínculo)

Tendo qualquer dúvida ou dificuldade, favor contatar a secretaria no e-mail socine@socine.org.br.

Ficha do Proponente

Proponente

    Fabiano Leandro Pandolfi (PUCRS)

Minicurrículo

    Arquiteto (UFRGS), pós-graduado em Cinema Expandido (PucRS), mestrando em Comunicação Social (PucRS).
    Diretor de Animação da 2ª temporada da série “Dino Aventuras” para a Disney, do longa “Até que a Sbórnia nos Separe”, da Campanha da RBS tv “A Educação é a Melhor Herança, Cuide das Crianças” e do curta “Castillo y el Armado”, este último, finalista para as cinco vagas de melhor curta animado do OSCAR 2016.

    Atualmente, é diretor de Animação da 1ª temporada da série “Tainá” para a Nickelodeon.

Ficha do Trabalho

Título

    O Aranhaverso. Ruptura e ousadia na burocrática Indústria de Hollywood

Resumo

    Este artigo pretende debater as inovações visuais e estéticas do longa-metragem animado “Homem-Aranha no Aranhaverso”, através de um estudo de caso debruçado sobre o processo de produção da obra, com base em pesquisa bibliográfica, documentários e entrevistas com membros da equipe, bem como uma posterior análise fílmica, indicando como e quais seriam essas inovações, através da decupagem frame a frame de trechos selecionados.

Resumo expandido

    Este artigo pretende debater as inovações visuais e estéticas do longa-metragem animado “Homem-Aranha no Aranhaverso”, através de um estudo de caso debruçado sobre o processo de produção da obra, com base em pesquisa bibliográfica, documentários e entrevistas com membros da equipe, bem como uma posterior análise fílmica, indicando como e quais seriam essas inovações, através da decupagem frame a frame de trechos selecionados.

    Num negócio multibilionário como é a indústria do cinema em Hollywood, “jogar para ganhar” é mais do que uma força de expressão, é uma imposição dos estúdios para com seus colaboradores. Os projetos cinematográficos são investimentos caros e sob o ponto de vista dos agentes financiadores, precisam gerar lucros, os quais, em última análise, são responsáveis por manter a cadeia produtiva em funcionamento. Como a demanda por obras de fácil consumo e alta rentabilidade é imensa, os agentes produtores costumeiramente recorrem à utilização de “fórmulas” que atendam ao gosto popular. Se por um lado, o uso de tais “fórmulas”, garante o ritmo contínuo das produções cinematográficas, por outro, ironicamente, a utilização indiscriminada dessa “fórmula” acaba por comprometer a cadeia produtiva, devido ao seu esgotamento.

    Algumas vezes, porém, somos surpreendidos por obras cujos avanços artísticos, técnicos ou narrativos confrontam os moldes padronizados pela indústria e elevam os padrões do entretenimento de massa. Foi assim com a introdução da cor em “O Mágico de Oz” (1939), com a retórica irrepreensível de “Cidadão Kane” (1941), com a prova de que animação em longa-metragem era um negócio viável em “Branca de Neve e os Sete Anões” (1937), e com a excelência dos efeitos em computação gráfica do “Parque dos Dinossauros” (1993).

    No final de 2018, a Sony Pictures Entertainment estreou uma animação cuja principal função era bastante prática: seguir utilizando a franquia “Homem-Aranha”, cuja licença retornaria à Marvel (empresa criadora do herói) caso não houvesse nova produção com o personagem. Seria fácil supor que a Sony desenvolveria mais um filme “formulaico”, apenas para dar cabo das obrigatoriedades legais, mas não foi isso o que aconteceu.

    “Homem-Aranha no Aranhaverso” (2018), foi uma animação que impactou positivamente crítica e público, fato sustentado pela longa lista de 58 premiações, incluindo o Globo de Ouro e o Oscar de melhor animação.
    O filme possui como características, um roteiro básico mas bem estruturado, personagens carismáticos e uma notável trilha sonora. O que o torna único, entretanto, é a sua ousadia visual. Não é difícil perceber nessa obra, a tentativa mais bem-sucedida de emular a linguagem das histórias em quadrinhos para a tela do cinema (convergência já buscada de forma mais tímida por filmes como “Hulk” (2003), “Sin City” (2005) e “Scott Pilgrimm contra o Mundo” (2010)).

    O “Aranhaverso” traz inovações técnicas e artísticas que se tornaram referenciais para o setor audiovisual, mesmo antes de seu lançamento. Com enquadramentos dinâmicos e exagerados, uma movimentação mais cadenciada, um visual repleto de onomatopeias, reticulados, cores vibrantes (muitas vezes fora de registro) e traçados aparentemente aleatórios, mas que servem de guia ao olhar do espectador, o filme conduz a narrativa com elegância, e nos dá, a perfeita impressão de contemplar de forma cinemática, as obras pop de Roy Lichtenstein e Steve Ditko.

    Na animação, baseada nos quadrinhos da linha “Marvel Ultimate” (2000) e dirigida à seis mãos por Bob Persichetti, Peter Ramsey e Rodney Rothman, Miles Morales é um adolescente afro-hispânico-americano que vê sua vida ser virada ao avesso após ser picado uma aranha geneticamente modificada. Agora, Morales precisa aprender com seu mentor, Peter Parker (o Homem-Aranha original) a lidar com seus novos poderes, enquanto enfrenta uma ameaça que põe em risco não só o seu mundo, mas todo o multiverso.

Bibliografia

    CAMPBELL, Joseph. O Herói de Mil Faces. São Paulo. Editora Pensamento, 1997;

    CATMULL, Ed. Criatividade S.A. Superando as forças invisíveis que ficam no caminho da verdadeira inspiração. Rio de janeiro: 1ª edição, Rocco, 2014;

    HAHN, Don. The Alchemy of Animation: making an animated film in the modern age. New York: 1st edition, Disney Editions, 2008;

    JENKINS, Henry. Convergence culture: where the old and new media colide. New York: New York University Press, 2006;

    PRODANOV, C. C. Metodologia do trabalho científico: métodos e técnicas da pesquisa e do trabalho acadêmico. Novo Hamburgo: Feevale, 2013;

    SANTAELLA, Lucia. Culturas e Artes do Pós-Humano: da Cultura das Mídias à Cibernética. São Paulo: Paulus, 2003;

    TRYON, Chuck. Reinventing Cinema: Movies in the Age of Media Convergence. London: Rutgers University Press, 2009;

    ZAHED, Ramin. Spider-Man: Into the Spiderverse. The Official Movie Special. London: Titan Books Ltd, 2018.

O livro “XXII SOCINE: 50 anos do maio de 68”, organizado por Lisandro Nogueira e Cleomar Rocha já está disponível para download em nosso site. A obra é composta de 11 artigos que lidam com a temática do maio de 68 pela perspectiva do cinema, que foi o tema do XXII Encontro SOCINE realizado em Goiânia, em 2018. De acordo com os organizadores, “Não há dúvidas de que o tema foi, é, e será sempre instigante, ainda mais aos olhos de muitos que (sobre)viveram (a)os tempos de 68, especialmente no Brasil, e que durante o evento debateram e refletiram sobre o legado de tão importante período da história mundial para a contemporaneidade. Na presente coletânea de textos procuramos demonstrar um pouquinho do que foi a XXII SOCINE, bastante eclética, mas que correspondeu muito bem à chamada para trazer a reflexão dos acontecimentos políticos, sociais, culturais e artísticos do ano de 1968”. O livro leva o selo editorial da SOCINE e ficará disponível em nosso site para download na seção Livros.

XXII Socine 50 anos de maio de 68
1650 Downloads

Tema do XXII encontro da Sociedade Brasileira de Estudos de Cinema e Audiovisual (SOCINE): “herança do maio de 1968 do ponto de vista do cinema, das novas redes de comunicação digital e da televisão”.

A Sociedade Brasileira de Estudos de Cinema e Audiovisual (SOCINE) repudia veementemente as manifestações recentes do governo federal contrárias a disciplinas das Humanidades como Filosofia ou Sociologia. Tais manifestações se constituem como ameaças inaceitáveis a áreas de conhecimento fundamentais que já convivem há anos com espaço reduzido nas políticas de financiamento de ensino e pesquisa no país.

A SOCINE considera que tais manifestações, além de desconhecerem a centralidade das Humanidades na construção da cidadania e no desenvolvimento do país, demonstram uma completa ausência de um projeto sério de educação e ciência.

Por isso, a SOCINE também assina a nota de repudio redigida pela ANPOF, disponível em:
http://www.anpof.org/portal/index.php/pt-BR/artigos-em-destaque/2075-nota-de-repudio-a-declaracoes-do-ministro-da-educacao-e-do-presidente-da-republica-sobre-as-faculdades-de-humanidades-nomeadamente-filosofia-e-sociologia

Diretoria SOCINE

Encerrou-se na última sexta, 19/04, o pagamento da anuidade e a submissão de trabalhos para o XXIII Encontro SOCINE que acontecerá de 08 a 11 de outubro na Unisinos, em Porto Alegre, RS. As propostas entram agora em período de avaliação e a divulgação dos trabalhos selecionados está prevista para o dia 10/06/2019.

Num momento em que a pesquisa brasileira sofre cortes, a SOCINE tem buscado reagir às dificuldades postas a toda área, implementando descontos a profissionais sem vínculo, criando novas formas de desligamento que possibilitam uma economia aos sócios e diminuindo a quantidade de anuidades atrasadas a serem pagas. Além disso, a escolha do tema deste ano levou em consideração a necessidade de refletirmos sobre preservação e memória audiovisual num período como este que vivemos. Por tudo isto, nos anima o fato do Encontro deste ano ter registrado o maior número de trabalhos submetidos nos últimos dez anos, totalizando 595 propostas enviadas. Em momentos de dificuldades como estes que o fortalecimento de nossa Sociedade e Encontro se faz cada vez mais importante e por isso, agradecemos a todas e todos que inscreveram seus trabalhos. Faremos mais um instigante e afetuoso Encontro, dessa vez em Porto Alegre.

Para finalizar, gostaríamos de informar aos sócios que não pagaram a anuidade, que é possível realizar o pagamento normalmente pelo sistema durante todo o ano. Para aqueles que buscam economizar, pode-se optar pelo Desligamento Parcial, que gera um desconto de 50% no valor da anuidade.

Para pagar e submeter os trabalhos é necessário que o sócio já cadastrado na Sociedade acesse nosso site socine.org.br e coloque seu CPF e sua senha no PAINEL DO ASSOCIADO.

Estando logado em nosso sistema, o sócio deverá clicar em MINHA CONTA e em seguida DADOS DE PAGAMENTO. Vai aparecer uma tela com o Histórico de pagamentos e ao lado Instruções de pagamento, onde é feito o processo via Paypal. Assim que o pagamento é realizado, aparece escrito PAGO no Histórico na coluna Anuidade 2019. Com isso é possível submeter o trabalho em seguida.

Para submeter a proposta de comunicação, você deve clicar em ENCONTROe em seguida INSCRIÇÃO. Abrirá uma tela com a explicação sobre cada uma das 4 modalidades e ao lado em Minha proposta você encontra os botões com as modalidades para se inscrever nelas. Você irá clicar naquela que você gostaria de enviar seu trabalho e preencher os campos. Depois de enviar a proposta você ainda pode edita-la até o encerramento do prazo. Após isso, a proposta entra em avaliação e não pode ser mais modificada.

Qualquer dúvida sobre o processo, entre em contato com a Secretaria pelo e-mail socine@socine.org.br