O XXIII Encontro SOCINE acontecerá na Unisinos, em Porto Alegre, de 08 a 11 de outubro de 2019.

A lista dos trabalhos aprovados pode ser acessada aqui. Os associados também podem checar a avaliação final de seus trabalhos pela sua área de associado.

Todos os aprovados precisam realizar o pagamento dentro do prazo para que sua participação seja confirmada. Os valores, após o primeiro prazo, terão acréscimos. O pagamento deverá ser feito pela área do associado, via Paypal.

Primeiro prazo: 10 de junho a 12 de julho – R$190,00 (profissionais) / R$95,00 (estudantes/profissionais sem vínculo)
Segundo prazo: 15 de julho a 26 de julho – R$220,00 (profissionais) / R$110,00 (estudantes/profissionais sem vínculo)
Prazo final: 29 de julho a 02 de agosto – R$260,00 (profissionais) / R$130,00 (estudantes/profissionais sem vínculo)

Tendo qualquer dúvida ou dificuldade, favor contatar a secretaria no e-mail socine@socine.org.br.

Ficha do Proponente

Proponente

    Filipe Barros Beltrão (UFPE)

Minicurrículo

    Professor na Universidade Federal da Pernambuco (UFPE) lecionando disciplinas ligadas à design de som e áudio no cinema e rádio nos cursos de Cinema e RTVI. Doutor no PPGCOM/UFPE com pesquisa sobre Design de som, Mestre em Comunicação Social pelo PPGCOM/UFPE na linha de pesquisa Mídia e Processos Sociais e Graduado em Jornalismo pela Universidade Católica de Pernambuco. Possui experiência na área de comunicação com ênfase em arte e tecnologia. Atua como músico, compositor e produtor musical.

Ficha do Trabalho

Título

    Dispositivos Sonoros: o design de som e a arte sonora no filme A Balsa

Seminário

    Estilo e som no audiovisual

Resumo

    No presente artigo vamos desenvolver uma reflexão sobre as aproximações e simbioses entre os campos da arte sonora e o design de som no cinema. Partiremos do estudo de caso do trabalho do artista sonoro e sound designer Thelmo Cristovam no média-metragem A Balsa (Marcelo Pedroso, 2009). O som deste filme evoca ligações diretas com o campo da arte sonora, o conceito de instalação e objetos sonoros e da balsa como dispositivo sonoro.

Resumo expandido

    O design de som no cinema é um campo vasto para criação artística e também uma área para frequentes experimentações e simbioses com outros campos sonoros existentes. Neste artigo trataremos da relação entre o design de som e a arte sonora. O design de som no cinema se estabelece conceitualmente a partir dos anos 70 e da maturação dos processos tecnológicos e artísticos que se consolidam desde então (MURCH, 2004). Nesta mesma década, a arte sonora se consolida como um novo campo artístico. “Na fronteira entre as artes visuais e a música, assistimos à emergência de uma forma de arte na qual o som é utilizado de modo peculiar, num processo que se aproxima mais de um contexto expandido de escultura e criação plástica do que dos modos tradicionais de criação musical. Esse repertório, caracterizado pelo intercâmbio entre as artes, mesclando música, artes plásticas e arquitetura, passou a ser designado como arte sonora (sound art)” (CAPESATO e IAZZETTA, 2016, p. 1). Dentro dessa terminologia algumas obras surgem apontando gêneros estabelecidos tais como: paisagem sonora, escultura sonora e instalação sonora (LICHT, 2009). Neste artigo, buscamos interconectar a arte sonora ao design de som para filmes, a fim de mostrar possíveis processos de conexão entre as duas áreas e como lógicas comuns podem nortear os processos criativos. Como estudo de caso iremos estabelecer uma relação entre o trabalho do artista sonoro americano Bill Fontana e o sound designer e artista sonoro pernambucano Thelmo Cristovam. Essa aproximação entre os dois campos emerge a partir da análise do filme A Balsa (Marcelo Pedroso, 2009), no qual Cristovam desenvolve o trabalho de captação e design de som. O média-metragem em questão é um documentário que aborda o trajeto de balsa entre as cidades de Japaratinga e Porto de Pedras, no litoral norte de Alagoas. O deslocamento entre os dois pontos está em vias de transformação a partir da construção de uma ponte e o filme documenta esse processo de transição histórica e de obsolescência da Balsa como meio de transporte. No som deste filme, toda bagagem de Cristovam como artista sonoro vem à tona pensando o processo de captação e design de som em relação à narrativa. O som constitui um importante contraponto ao panorama visual apresentado, no qual as cenas tem uma temporalidade marcada, com planos lentos, contemplativos, pensando a balsa como um dispositivo fílmico (MIGLIORIN, 2005) onde o panorama visual é captado a partir dela. A mesma lógica opera no âmbito sonoro, no entanto dentro desse lugar o som gerado pela balsa é algo vigoroso, ruidoso, pulsante e vibrátil. Dentro desse direcionamento, Thelmo Cristovam realiza um sound design que concebe a balsa como dispositivo sonoro, produtor de sons, que inclusive perpassam o meio aquático e o terrestre. Para capturar esses sons e dar materialidade a esse direcionamento, Cristovam utilizou vários tipos de microfone que traduzem a versatilidade dos sons produzidos pela balsa. Ele usou microfones dinâmicos e condensadores shotgun, mais tradicionais no som direto, microfones de contato que captam a vibração do corpo material da balsa e microfones subaquáticos que registravam os sons produzidos no meio aquático e essa dimensão do dispositivo da balsa. O resultado estético do design de som se assemelha a uma escultura sonora onde realmente temos uma sensação de imersão tridimensional em diversas nuances da balsa e na sua vasta sensibilidade sonora. O som do filme A Balsa nos permite criar um paralelo com a escultura sonora Harmonic Bridge (Bill Fontana, 2006) onde acelerômetros captam o som da ponte Millennium Foot Bridge e reproduzem ao vivo os sons no hall central do museu Tate Modern, localizado a frente da ponte. Nesta escultura podemos acessar simultaneamente os sons escondidos dos passos, ventos e vibrações que emanam da ponte. Os dois trabalhos analisados apontam para uma simbiose e compartilhamentos de processos criativos entre a arte sonora e o design de som no cinema.

Bibliografia

    CAMPESATO, Lilian e IAZZETTA, Fernando. Som, espaço e tempo na arte sonora. In: XVI Congresso da Associação Nacional de Pesquisa e Pós-graduação em Música (ANPPOM), Brasília, 2006.
    DUBOIS, Philippe. Cinema, vídeo, Godard. São Paulo: Cosac Naify, 2004.
    FONTANA, Bill. Harmonic Bridge. 2006. Disponível em: . Acessado em Abril de 2019.
    LICHT, Alan. Sound Art: Origins, development and ambiguities. Organised Sound, n. 14, p. 3­10, 2009.
    MIGLIORIN, Cezar. O dispositivo como estratégia Narrativa. In: Compós, 2005, Niterói. XVIII Encontro Anual da Associação Nacional dos Programas de Pós-Graduação em Comunicação, 2005.
    MURCH, Walter. Num piscar de olhos: a edição de filmes sob a ótica de um mestre. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2004.

O livro “XXII SOCINE: 50 anos do maio de 68”, organizado por Lisandro Nogueira e Cleomar Rocha já está disponível para download em nosso site. A obra é composta de 11 artigos que lidam com a temática do maio de 68 pela perspectiva do cinema, que foi o tema do XXII Encontro SOCINE realizado em Goiânia, em 2018. De acordo com os organizadores, “Não há dúvidas de que o tema foi, é, e será sempre instigante, ainda mais aos olhos de muitos que (sobre)viveram (a)os tempos de 68, especialmente no Brasil, e que durante o evento debateram e refletiram sobre o legado de tão importante período da história mundial para a contemporaneidade. Na presente coletânea de textos procuramos demonstrar um pouquinho do que foi a XXII SOCINE, bastante eclética, mas que correspondeu muito bem à chamada para trazer a reflexão dos acontecimentos políticos, sociais, culturais e artísticos do ano de 1968”. O livro leva o selo editorial da SOCINE e ficará disponível em nosso site para download na seção Livros.

XXII Socine 50 anos de maio de 68
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Tema do XXII encontro da Sociedade Brasileira de Estudos de Cinema e Audiovisual (SOCINE): “herança do maio de 1968 do ponto de vista do cinema, das novas redes de comunicação digital e da televisão”.

A Sociedade Brasileira de Estudos de Cinema e Audiovisual (SOCINE) repudia veementemente as manifestações recentes do governo federal contrárias a disciplinas das Humanidades como Filosofia ou Sociologia. Tais manifestações se constituem como ameaças inaceitáveis a áreas de conhecimento fundamentais que já convivem há anos com espaço reduzido nas políticas de financiamento de ensino e pesquisa no país.

A SOCINE considera que tais manifestações, além de desconhecerem a centralidade das Humanidades na construção da cidadania e no desenvolvimento do país, demonstram uma completa ausência de um projeto sério de educação e ciência.

Por isso, a SOCINE também assina a nota de repudio redigida pela ANPOF, disponível em:
http://www.anpof.org/portal/index.php/pt-BR/artigos-em-destaque/2075-nota-de-repudio-a-declaracoes-do-ministro-da-educacao-e-do-presidente-da-republica-sobre-as-faculdades-de-humanidades-nomeadamente-filosofia-e-sociologia

Diretoria SOCINE

Encerrou-se na última sexta, 19/04, o pagamento da anuidade e a submissão de trabalhos para o XXIII Encontro SOCINE que acontecerá de 08 a 11 de outubro na Unisinos, em Porto Alegre, RS. As propostas entram agora em período de avaliação e a divulgação dos trabalhos selecionados está prevista para o dia 10/06/2019.

Num momento em que a pesquisa brasileira sofre cortes, a SOCINE tem buscado reagir às dificuldades postas a toda área, implementando descontos a profissionais sem vínculo, criando novas formas de desligamento que possibilitam uma economia aos sócios e diminuindo a quantidade de anuidades atrasadas a serem pagas. Além disso, a escolha do tema deste ano levou em consideração a necessidade de refletirmos sobre preservação e memória audiovisual num período como este que vivemos. Por tudo isto, nos anima o fato do Encontro deste ano ter registrado o maior número de trabalhos submetidos nos últimos dez anos, totalizando 595 propostas enviadas. Em momentos de dificuldades como estes que o fortalecimento de nossa Sociedade e Encontro se faz cada vez mais importante e por isso, agradecemos a todas e todos que inscreveram seus trabalhos. Faremos mais um instigante e afetuoso Encontro, dessa vez em Porto Alegre.

Para finalizar, gostaríamos de informar aos sócios que não pagaram a anuidade, que é possível realizar o pagamento normalmente pelo sistema durante todo o ano. Para aqueles que buscam economizar, pode-se optar pelo Desligamento Parcial, que gera um desconto de 50% no valor da anuidade.

Para pagar e submeter os trabalhos é necessário que o sócio já cadastrado na Sociedade acesse nosso site socine.org.br e coloque seu CPF e sua senha no PAINEL DO ASSOCIADO.

Estando logado em nosso sistema, o sócio deverá clicar em MINHA CONTA e em seguida DADOS DE PAGAMENTO. Vai aparecer uma tela com o Histórico de pagamentos e ao lado Instruções de pagamento, onde é feito o processo via Paypal. Assim que o pagamento é realizado, aparece escrito PAGO no Histórico na coluna Anuidade 2019. Com isso é possível submeter o trabalho em seguida.

Para submeter a proposta de comunicação, você deve clicar em ENCONTROe em seguida INSCRIÇÃO. Abrirá uma tela com a explicação sobre cada uma das 4 modalidades e ao lado em Minha proposta você encontra os botões com as modalidades para se inscrever nelas. Você irá clicar naquela que você gostaria de enviar seu trabalho e preencher os campos. Depois de enviar a proposta você ainda pode edita-la até o encerramento do prazo. Após isso, a proposta entra em avaliação e não pode ser mais modificada.

Qualquer dúvida sobre o processo, entre em contato com a Secretaria pelo e-mail socine@socine.org.br