O XXIII Encontro SOCINE acontecerá na Unisinos, em Porto Alegre, de 08 a 11 de outubro de 2019.

A lista dos trabalhos aprovados pode ser acessada aqui. Os associados também podem checar a avaliação final de seus trabalhos pela sua área de associado.

Todos os aprovados precisam realizar o pagamento dentro do prazo para que sua participação seja confirmada. Os valores, após o primeiro prazo, terão acréscimos. O pagamento deverá ser feito pela área do associado, via Paypal.

Primeiro prazo: 10 de junho a 12 de julho – R$190,00 (profissionais) / R$95,00 (estudantes/profissionais sem vínculo)
Segundo prazo: 15 de julho a 26 de julho – R$220,00 (profissionais) / R$110,00 (estudantes/profissionais sem vínculo)
Prazo final: 29 de julho a 02 de agosto – R$260,00 (profissionais) / R$130,00 (estudantes/profissionais sem vínculo)

Tendo qualquer dúvida ou dificuldade, favor contatar a secretaria no e-mail socine@socine.org.br.

Ficha do Proponente

Proponente

    Regina Lucia Gomes Souza e Silva (UFBA)

Minicurrículo

    Doutora em Ciências da Comunicação pela Universidade Nova de Lisboa (especialidade em Cinema), professora no Programa de Pós-Graduação em Comunicação e Cultura Contemporâneas da Universidade Federal da Bahia onde também é coordenadora do Grupo de Pesquisa Recepção e Crítica da Imagem – GRIM. Tem experiência na área de Comunicação com ênfase em Estudos de Recepção, Análise e Crítica de Cinema e Audiovisual. Email: reginagomesbr@gmail.com.

Coautor

    Letícia Moreira de Oliveira (Unicamp)

Ficha do Trabalho

Título

    Cinema de Heroínas: Olhares Críticos sobre Mulher Maravilha e Capitã M

Seminário

    Mulheres no cinema e audiovisual

Resumo

    A proposta do trabalho visa analisar um conjunto de discursos críticos brasileiros sobre os filmes Mulher Maravilha (2017), com direção de Patty Jenkins e Capitã Marvel (2019) realizado por Anna Boden e Ryan Fleck. Partimos da ideia de que esses discursos podem ser considerados como experiências receptivas (Staiger, 2005) que se articulam com os debates atuais sobre a questão da representação (Stacey, 2009), gênero (Lauretis, 1987) e ainda sobre o tema das narrativas culturais das super-heroínas

Resumo expandido

    Desde o lançamento de Mulher Maravilha (2017), com a direção de Patty Jenkins, o debate sobre o protagonismo feminino no cinema ganhou força e assumiu novas direções, pondo em centralidade o lugar das heroínas nesse universo (dos quadrinhos de heróis) historicamente masculinista. Dois anos depois, Capitã Marvel (2019), dirigido por Anna Boden e Ryan Fleck, potencializou as discussões que se constituíram como campo de disputas em torno das obras. Embora sejam produtos de duas franquias distintas e concorrentes (Mulher Maravilha pertencente à DC Comics e Capitã Marvel ao Universo Cinematográfico da Marvel), o fato é que a recepção discursiva pelo público brasileiro tem recorrentemente convocado temas-chaves como “empoderamento”, “feminismo” e “representatividade”.
    Entretanto, se entendemos Mulher Maravilha e Capitã Marvel como produtos expoentes de um cinema que não é universal, mas atravessado por marcadores econômicos, culturais e políticos, é possível que percebamos que a extensão alcançada pelo debate valorativo sobre representação em torno deles é no mínimo curiosa, afinal, representatividade para quem e a partir de quem? De qual lugar (geográfico, cultural, subjetivo) de fala? Por que, dentre tantos filmes protagonizados por mulheres, ou que tenham personagens femininas “fortes”, interno inclusive ao próprio cenário brasileiro, são estes o que mais angariam engajamento do público, mundo afora, para analisar e celebrar seus personagens? Quais inquietações em torno de temas ligados à raça e padrões de beleza? Por que os estúdios hollywoodianos resolveram apostar em personagens super-heroínas? Essas são algumas perguntas que nos estimulam a investigar as operações simbólicas da recepção nacional dos filmes.
    Nossa proposta visa analisar textos críticos específicos e parte da reflexão sobre o protagonismo feminino no cinema e em como esses discursos possibilitam compreender quais sentidos são socialmente compartilhados neles. Integram nosso recorte discursos valorativos coletados em publicações digitais de variados formatos (weblogs e sites de críticas) elaborados por autores brasileiros.
    A análise se baseia, nos pressupostos teóricos de pesquisadoras que, nos estudos de cinema, tensionam a questão de gênero, seja adotando-a como categoria analítica, seja investigando a experiência receptiva. Consideramos os estudos contextualistas explorados por Janet Staiger (2000; 2005) que compreende que os diferentes modos de recepção relacionam-se às condições históricas específicas, moldadas por processos interpretativos que escapam às análises imanentistas dos textos. Dessa forma, os textos aqui examinados são vistos como instâncias de recepção cujos vestígios apontam caminhos interpretativos de leituras sociais dos filmes.
    Entenderemos a representação midiática feminina a partir das contribuições de diferentes abordagens que refletem sobre o tema, como a Jackie Stacey (2009), para observar como as mulheres entendiam a representação das estrelas de Hollywood dos anos 1940 e 1950 explorando três processos adotados pelas espectadoras: consumo, identificação e escapismo; Teresa de Lauretis (1987) e sua conceituação sobre as diferentes tecnologias sociais que constroem o conceito de gênero (Tecnologias de Gênero); e, ainda, nos parece relevante revisitar as formulações de Laura Mulvey (1983) para perceber como seu paradigma se aplica nesses exemplos mais contemporâneos.
    Nos apoiaremos ainda, em uma reflexão sobre como os personagens femininos de super-heróis se transformaram em importantes chaves de leituras para lutas atuais sobre gênero, raça e sexualidade (Cocca, 2016). Historicamente sub-representados e estereotipados, as super-heroínas tornaram-se mais numerosas nas telas, porém, não em condições de paridade com os heróis masculinos.
    Por fim, pensamos que essas recorrências de temas vinculados à ideia de gênero e representação, inscritas nos textos, emergem de um contexto de negociação entre os grandes estúdios e o público receptor.

Bibliografia

    COCCA, Carolyn. Superwomen: Gender, Power and Representation. New York: Bloomsbury Academic, 2016.

    LAURETIS, Teresa de. Technologies of Gender: Essays on Theory, Filme and Fiction. Bloomington: Indiana University Press, 1987.

    LAURETIS, Tereasa de. A tecnologia do gênero. In: HOLLANDA, H. B. de. Tendências e impasses. O feminismo como crítica da cultura. Rio de Janeiro: Rocco, 1994.

    MULVEY, Laura. “Prazer Visual e Cinema Narrativo”. In XAVIER, Ismail. (org.) A Experiência do Cinema. Col. Arte e Cultura, no 5. Rio de Janeiro: Edições Graal, 1983.

    STAIGER, Janet. Perverse spectators: the practices of film reception. N.Y: New York University Press, 2000.

    STAIGER, Janet. Media Reception Studies. New York: New York University Press, 2005.

    STACEY, Jackie. Star Gazin: Hollywoody cinema and the female spectatorship. New York: Routledge, 2009.

O livro “XXII SOCINE: 50 anos do maio de 68”, organizado por Lisandro Nogueira e Cleomar Rocha já está disponível para download em nosso site. A obra é composta de 11 artigos que lidam com a temática do maio de 68 pela perspectiva do cinema, que foi o tema do XXII Encontro SOCINE realizado em Goiânia, em 2018. De acordo com os organizadores, “Não há dúvidas de que o tema foi, é, e será sempre instigante, ainda mais aos olhos de muitos que (sobre)viveram (a)os tempos de 68, especialmente no Brasil, e que durante o evento debateram e refletiram sobre o legado de tão importante período da história mundial para a contemporaneidade. Na presente coletânea de textos procuramos demonstrar um pouquinho do que foi a XXII SOCINE, bastante eclética, mas que correspondeu muito bem à chamada para trazer a reflexão dos acontecimentos políticos, sociais, culturais e artísticos do ano de 1968”. O livro leva o selo editorial da SOCINE e ficará disponível em nosso site para download na seção Livros.

XXII Socine 50 anos de maio de 68
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Tema do XXII encontro da Sociedade Brasileira de Estudos de Cinema e Audiovisual (SOCINE): “herança do maio de 1968 do ponto de vista do cinema, das novas redes de comunicação digital e da televisão”.

A Sociedade Brasileira de Estudos de Cinema e Audiovisual (SOCINE) repudia veementemente as manifestações recentes do governo federal contrárias a disciplinas das Humanidades como Filosofia ou Sociologia. Tais manifestações se constituem como ameaças inaceitáveis a áreas de conhecimento fundamentais que já convivem há anos com espaço reduzido nas políticas de financiamento de ensino e pesquisa no país.

A SOCINE considera que tais manifestações, além de desconhecerem a centralidade das Humanidades na construção da cidadania e no desenvolvimento do país, demonstram uma completa ausência de um projeto sério de educação e ciência.

Por isso, a SOCINE também assina a nota de repudio redigida pela ANPOF, disponível em:
http://www.anpof.org/portal/index.php/pt-BR/artigos-em-destaque/2075-nota-de-repudio-a-declaracoes-do-ministro-da-educacao-e-do-presidente-da-republica-sobre-as-faculdades-de-humanidades-nomeadamente-filosofia-e-sociologia

Diretoria SOCINE

Encerrou-se na última sexta, 19/04, o pagamento da anuidade e a submissão de trabalhos para o XXIII Encontro SOCINE que acontecerá de 08 a 11 de outubro na Unisinos, em Porto Alegre, RS. As propostas entram agora em período de avaliação e a divulgação dos trabalhos selecionados está prevista para o dia 10/06/2019.

Num momento em que a pesquisa brasileira sofre cortes, a SOCINE tem buscado reagir às dificuldades postas a toda área, implementando descontos a profissionais sem vínculo, criando novas formas de desligamento que possibilitam uma economia aos sócios e diminuindo a quantidade de anuidades atrasadas a serem pagas. Além disso, a escolha do tema deste ano levou em consideração a necessidade de refletirmos sobre preservação e memória audiovisual num período como este que vivemos. Por tudo isto, nos anima o fato do Encontro deste ano ter registrado o maior número de trabalhos submetidos nos últimos dez anos, totalizando 595 propostas enviadas. Em momentos de dificuldades como estes que o fortalecimento de nossa Sociedade e Encontro se faz cada vez mais importante e por isso, agradecemos a todas e todos que inscreveram seus trabalhos. Faremos mais um instigante e afetuoso Encontro, dessa vez em Porto Alegre.

Para finalizar, gostaríamos de informar aos sócios que não pagaram a anuidade, que é possível realizar o pagamento normalmente pelo sistema durante todo o ano. Para aqueles que buscam economizar, pode-se optar pelo Desligamento Parcial, que gera um desconto de 50% no valor da anuidade.

Para pagar e submeter os trabalhos é necessário que o sócio já cadastrado na Sociedade acesse nosso site socine.org.br e coloque seu CPF e sua senha no PAINEL DO ASSOCIADO.

Estando logado em nosso sistema, o sócio deverá clicar em MINHA CONTA e em seguida DADOS DE PAGAMENTO. Vai aparecer uma tela com o Histórico de pagamentos e ao lado Instruções de pagamento, onde é feito o processo via Paypal. Assim que o pagamento é realizado, aparece escrito PAGO no Histórico na coluna Anuidade 2019. Com isso é possível submeter o trabalho em seguida.

Para submeter a proposta de comunicação, você deve clicar em ENCONTROe em seguida INSCRIÇÃO. Abrirá uma tela com a explicação sobre cada uma das 4 modalidades e ao lado em Minha proposta você encontra os botões com as modalidades para se inscrever nelas. Você irá clicar naquela que você gostaria de enviar seu trabalho e preencher os campos. Depois de enviar a proposta você ainda pode edita-la até o encerramento do prazo. Após isso, a proposta entra em avaliação e não pode ser mais modificada.

Qualquer dúvida sobre o processo, entre em contato com a Secretaria pelo e-mail socine@socine.org.br